Grupo Ardonagh compra corretora grega SRS

  • ECO Seguros
  • 1 Junho 2023

A Ardonagh anunciou a entrada no mercado grego com a aquisição maioritária do SRS, grupo corretor em expansão. A medida estratégica tem por objetivo entrar em mercados europeus inexplorados.

O Ardonagh Group anunciou a entrada no mercado grego com a aquisição maioritária do SRS Group of Companies, sediado em Atenas. Fundado em 2019, opera como corretor de resseguros independente e plataforma de agente geral de gestão (MGA).

Com operações que abrangem a Grécia, Israel, Chipre e os Balcãs, é especializado em oferecer soluções business-to-business para a colocação de riscos complexos nos mercados grego e internacional. A empresa apresenta um crescimento acentuado, tendo atingido um volume de negócios de aproximadamente 11,6 milhões de euros em 2022.

A aquisição do SRS Group é uma oportunidade para The Ardonagh Group estabelecer uma parceria com uma empresa de resseguros em rápido crescimento que serve a região do sul do Mediterrâneo. A líder aproveita a presença estabelecida do SRS no mercado para reforçar a sua própria posição na região.

Konstantine Antonopoulos, fundador e diretor executivo da SRS, continua a liderar a empresa e mantém uma participação significativa no Grupo SRS como parte da transação. A The Ardonagh Europe, liderada pelo diretor executivo Conor Brennan, supervisiona a aquisição, alinhando-se com os planos do grupo para entrar em novos mercados europeus.

Com 10 mil milhões de euros de prémios brutos emitidos e 1,7 mil milhões de euros de volume de negócios em 2022, a aquisição do SRS Group pelo grupo segue-se à recente expansão no mercado neerlandês através da compra dos corretores Klap Verzekeringsmakelaar e Classicus.

Ao comentar a aquisição, Conor Brennan sublinhou a compatibilidade entre o SRS Group e a visão da Ardonagh, realçando o valor da experiência local do SRS e a sua orientação para a comunidade.

Brennan manifestou vontade em investir em recursos e aproveitar as capacidades da Ardonagh para reforçar a trajetória de crescimento da SRS, permitindo a colaboração entre a SRS e a rede global da Ardonagh para fornecimento de soluções de resseguro inovadoras.

Antonopoulos expressou entusiasmo sobre a parceria, enfatizando o alinhamento dos valores independentes e empresariais compartilhados: “estamos entusiasmados por unir forças com uma plataforma global com escala e cultura dinâmica para apoiar a nossa trajetória ascendente. Esperamos tirar partido das relações globais de resseguro, da capacidade de colocação e da experiência que a plataforma da Ardonagh International oferece, para reforçar o nosso compromisso para com os nossos clientes”, acrescentou Antonopoulos.

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“Papel do mediador junto do cliente não pode ser substituído por máquina alguma”

  • ECO Seguros
  • 1 Junho 2023

David Pereira, presidente APROSE, deixou “palavra de confiança no futuro do papel do mediador” e reforçou que “devemos encarar a tecnologia como aliada e como uma ferramenta complementar ao trabalho".

O presidente da Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE), David Pereira, deixou uma “palavra de confiança no futuro do papel do mediador” e reforçou que “devemos encarar a tecnologia como aliada e como uma ferramenta complementar ao trabalho”, na mais recente reunião APROSE ABERTA, que teve lugar no Fundão.

Segundo o Presidente da APROSE, David Pereira, “várias das questões levantadas neste encontro pelos mediadores dos distritos de Castelo Branco e da Guarda vieram comprovar que o tema escolhido para o nosso recente congresso não poderia ser mais oportuno”.

Inteligência Artificial: uma ameaça ou uma oportunidade para os profissionais da mediação?” foi o título da conferência, que juntou mediadores da Guarda e de Castelo Branco. Organizados pela APROSE, os encontros têm como objetivo ouvir as preocupações e sugestões dos profissionais da mediação, sejam ou não associados.

Também no setor mediador, a Inteligência Artificial (IA) está a originar uma “troca de ideias e de opiniões, que nem sempre são consensuais, como, de resto, é habitual acontecer quando abordamos novas realidades e as suas múltiplas valências”, escreve a associação de mediadores em comunicado.

Mas a APROSE aponta: “se, por um lado há quem olhe com preocupação e como uma ameaça que, no futuro, pode colocar em causa o papel do mediador, por outro há também os profissionais que encaram a tecnologia como um parceiro, um complemento ao seu trabalho“.

A associação lembra que a IA “não retirará a fundamental importância que o mediador assume na defesa dos interesses dos clientes e no papel que tem no aconselhamento das melhores opções, considerando que isso só se consegue no contacto direto com o profissionais da mediação, não havendo tecnologia que substitua essas funções“.

Digitalização como aliada do setor mediador

Segundo o Presidente da APROSE, “várias das questões levantadas neste encontro
pelos mediadores dos distritos de Castelo Branco e da Guarda vieram comprovar que o tema escolhido para o nosso recente congresso não poderia ser mais oportuno”.

David Pereira deixou uma “palavra de confiança no futuro do papel do mediador” e reforçou que “devemos encarar a tecnologia como nossa aliada e como uma ferramenta complementar ao trabalho que desenvolvemos, em prol dos direitos e dos interesses dos nossos clientes”.

“Este papel de provedor do cliente de seguros, não pode ser substituído por máquina alguma”, garantiu.

A iniciativa APROSE ABERTA já passou por Leiria, Setúbal, Aveiro, Faro e Fundão, estando o próximo encontro marcado para dia 11 de julho, em Trás-os-Montes. No final deste périplo pelo país, a Associação vai reunir num único documento todos os contributos apresentados pelos profissionais do setor e vai incorporá-los no Plano de Ação da APROSE.

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Em 1 em cada 3 reclamações a ASF deu razão ao segurado

  • Lusa e ECO Seguros
  • 1 Junho 2023

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões analisou e concluiu 4.331 reclamações no segundo semestre do ano passado, a maioria das quais submetidas digitalmente.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) analisou e concluiu 4.331 reclamações no segundo semestre do ano passado, a maioria das quais submetidas através do Livro de Reclamações Eletrónico, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira.

Tendo em conta a nova metodologia adotada, o relatório divulga apenas uma análise dos dados do segundo semestre, sem integrar uma perspetiva comparativa com o período homólogo “por estarem em causa dimensões não comparáveis“, explica a ASF.

“Verificou-se que durante o segundo semestre de 2022 a ASF analisou e concluiu 4.331 processos de reclamação. Esta autoridade tomou conhecimento de 3.675 processos apresentados, no mesmo período, contra as entidades supervisionadas através do Livro de Reclamações, sendo que 3.119 (cerca de 85%) foram submetidos através do Livro de Reclamações Eletrónico”, informa o relatório.

Segundo os dados, as reclamações referentes a seguros dos ramos Não Vida representaram 74% do total dos processos analisados, das quais 35% se referem a seguro automóvel.

O ramo Vida representou 10% das reclamações, destacando-se os seguros de vida com 7%. Já os fundos de pensões representaram 0,8% das reclamações analisadas de julho a dezembro de 2022. Do total das reclamações, 50% dizem respeito a “sinistro”, 19% estão relacionados com o “conteúdo/vigência do contrato” e 8% com assuntos sobre “prémio”, indica a ASF. Quanto à natureza do reclamante, 63% das reclamações analisadas no segundo semestre foram apresentadas pelo cliente do operador, 20% por terceiros, lesados ou beneficiários de contratos de seguro, e 18% dos reclamantes não se enquadram em nenhuma daquelas situações.

As empresas de seguros com sede em Portugal foram as mais reclamadas, com 76% dos casos, “devido à sua maior predominância no mercado segurador nacional, refere a ASF.

Por sua vez, as reclamações apresentadas contra mediadores de seguros representaram 12% e contra as sucursais de empresas de seguros com sede na União Europeia 9%.

Em 36% dos casos, o desfecho das reclamações foi favorável ao reclamante.

O relatório hoje divulgado “reflete as alterações ao procedimento no tratamento de reclamações pela ASF no que diz respeito às reclamações apresentadas via Livro de Reclamações, tendo em conta que estas são dirigidas diretamente às entidades reclamadas que, desta forma, assumem a responsabilidade pela resolução das mesmas”.

“Assim, a partir de final do julho de 2022, as reclamações apresentadas através da Plataforma Digital do Livro de Reclamações Eletrónico deixaram de ser consideradas individualmente para análise e resposta da ASF“, explica a autoridade.

A ASF refere ainda que uma norma regulamentar, de 07 de junho, veio estabelecer que as reclamações apresentadas passam a dever ser analisadas previamente pelo operador.

No primeiro semestre de 2022, as reclamações dos tomadores de seguros, segurados, subscritores, participantes, beneficiários e lesados aumentaram 12% em termos homólogos, para 4.511, segundo um relatório da ASF divulgado em agosto.

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Força Aérea Portuguesa prepara “zonas de exclusão em Lisboa e Fátima” durante visita do Papa

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

"Vai haver zonas de exclusão em Lisboa e Fátima", avança a Força Aérea, "em que toda a atividade aérea no país vai ser perfeitamente escrutinada, vigiada".

A Força Aérea Portuguesa revelou esta quinta-feira que vai garantir a segurança do espaço aéreo durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), avançando que vai ter no ar meios aéreos para vigilância, proteção e transporte do Papa Francisco.

“Vamos garantir, durante todo esse período, a segurança e a integridade do espaço aéreo. Vai haver zonas de exclusão em Lisboa e Fátima, em que toda a atividade aérea no país vai ser perfeitamente escrutinada, vigiada, sempre em coordenação com as forças e serviços de segurança”, disse à agência Lusa o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), Cartaxo Alves, que visitou hoje à tarde a sede do Comité Organizador Local da JMJ, no Beato, em Lisboa.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa e contará com a presença do chefe da Igreja Católica, que estará também em Fátima a 05 de agosto. Cartaxo Alves afirmou que a Força Aérea Portuguesa (FAP) terá várias unidades para apoio logístico à JMJ, mas a sua atividade será de maior empenho “principalmente durante o período da presença do Papa Francisco em Portugal”, que acontece entre 2 e 6 de agosto.

“Vai ser uma atividade contínua enquanto o Papa estiver em Portugal”, sublinhou, adiantando que “a FAP vai ter drones, helicópteros, aviões de vigilância e aviões de defesa área no ar”. O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea explicou que o controlo dos voos comerciais é feito pela NAV (Navegação Aérea), que é a entidade que tem a prestação dos serviços de tráfego aéreo, que vai estar “em permanente coordenação com a FAP”.

“Qualquer dúvida ou situação que seja anómala é a FAP que entra na questão da segurança do espaço. Iremos ter aeronaves preparadas para garantir esse mesma segurança no ar. Todos os voos comerciais são assegurados e terão as suas rotas específicas como estão planeados. Não vai haver qualquer atraso ou qualquer impedimento da chegada de peregrinos“, salientou.

Cartaxo Alves alertou as pessoas que costumam usar drones para que cumpram as regras previstas porque vão existir sistemas anti-drones para os intercetar. O uso de drones vai ser proibido em algumas zonas, nomeadamente no santuário de Fátima, Parque Tejo-Trancão e Parque Eduardo VII.

“Este é um evento que levanta a curiosidade de toda a gente e toda a gente quer estar perto do Papa, se não poder estar fisicamente, tem agora à disposição todos estes drones para estar mais perto (…), mas os drones em algumas zonas não entram. Não há necessidade das pessoas tentarem ir mais perto, vai haver essa bolha de segurança, vai haver este cuidado muito próximo com a segurança do evento e das pessoas que estão a partilhar o evento”, disse.

O Papa Francisco vai chegar ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa (dia 2 de agosto), onde a FAP vai fazer uma receção, sendo também transportado para Fátima num helicóptero, à semelhança do que já aconteceu em visitas anteriores.

Irá voar num helicóptero H101, iremos ter vários helicópteros à disposição não só do Papa, como também da comitiva e da segurança. Iremos ter helicópteros no ar para segurança aérea em coordenação com a GNR“, disse, escusando-se em avançar o local onde o Papa vai aterrar em Fátima “por motivos de segurança”, o que se só revelado na altura.

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea disse ainda que a FAP vai ter todo o efetivo disponível durante esse período que vai estar a trabalhar 24 horas por dia sem qualquer interrupção”, disse. Durante a visita à sede do Comité Organizador Local, o presidente da Fundação JMJ e coordenador-geral, Américo Aguiar, agradeceu à Força Aérea por ter permitido que os símbolos da JMJ chegassem a todo o país.

“Só foi possível os símbolos da JMJ terem ido a todo o território português graças à FAP. Se não fosse a Força Aérea Portuguesa, [as ilhas açorianas] Corvo, Flores e Santa Maria tinham ficado de fora”, disse o Bispo Auxiliar de Lisboa. São esperadas mais de um milhão de pessoas na JMJ de Lisboa, que esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

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Fernando Jorge renuncia ao mandato de presidente da Câmara de Oleiros

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

A renúncia ao seu mandato autárquico foi justificada por motivos de saúde.

O social-democrata Fernando Marques Jorge renunciou esta quinta-feira ao mandato de presidente da Câmara Municipal de Oleiros por motivos de saúde.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o município de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, referiu que, “após comunicação informal aos funcionários do município de Oleiros por sua expressa vontade”, o presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, “comunicou de forma oficial, hoje, a renúncia ao seu mandato autárquico por motivos de saúde, tal como está previsto no Artigo n.º 76 da Lei n.º 169/99, que rege as Autarquias Locais”.

Fernando Marques Jorge, médico, foi eleito pela primeira vez presidente da Câmara de Oleiros em 2013 e recandidatou-se em 2017, renovando o seu mandato após vencer novamente as eleições autárquicas desse ano. Em 2021, venceu novamente as eleições, mas motivos de saúde têm afetado o autarca social-democrata que decidiu, formalmente, renunciar ao seu mandato terceiro e último mandato.

“Durante estes 10 anos à frente dos destinos dos oleirenses dei sempre o meu melhor no sentido de solucionar os problemas do nosso concelho e das suas gentes”, afirmou Fernando Marques Jorge. O autarca agradeceu a todos os funcionários da Câmara Municipal de Oleiros por toda a dedicação à causa pública.

“Agradeço ainda à população de todas as freguesias deste magnífico concelho, do qual também sou natural, pela sua resiliência, afabilidade e simpatia”, concluiu.

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Os mitos e o futuro da televisão

Em Portugal o tempo de consumo de televisão é 90 minutos superior ao da média europeia. Cada português viu em média 5 horas e 21 minutos de televisão em 2022.

Rui Almeida, Insights & Marketing Sciences Director IPG Mediabrands.Hugo Amaral/ECO

Apesar de haver mercados com quedas não se pode dizer que seja uma tendência generalizada”, defendeu Rui Almeida, diretor de insights & marketing sciences da IPG Mediabrands, na conferência subordinada ao tema “A televisão do futuro”. A ideia foi transmitida após uma referência ao facto de o consumo em direto de televisão em Espanha ter diminuído dez pontos percentuais (embora tenha registado um aumento em outras plataformas de consumo televisivo) – realidade que não se verificou em Portugal.

Esta foi uma das conclusões apresentadas numa intervenção de Rui Almeida, que começou por relembrar que a televisão sempre se adaptou e que a transformação tem sido contínua.

Segundo o responsável da Mediabrands, os conteúdos deixaram de chegar aos consumidores de forma quase involuntária para passarem a uma ótica de recomendações, a experiência partilhada passou a ser cada vez mais uma experiência individual e o alcance massivo (que continua a existir) está a inclinar-se tendencialmente para uma experiência mais personalizada, sendo que a televisão continua a evoluir em todas estas dimensões.

A experiência de televisão está a expandir-se “muito para além do conteúdo tradicional visto no ecrã da televisão”, defendeu Rui Almeida, cuja apresentação se debruçou sobre a desmistificação de alguns mitos do setor, começando desde logo pela ideia de que o consumo de televisão está a diminuir.

Rui Almeida afirmou também que “o que não é medido não pode ser valorizado”, aludindo ao facto de atualmente o consumo de televisão ser multiplataforma e não apenas através de um aparelho televisivo, mas também de computadores, telemóveis ou tablets.

Segundo os dados apresentados, desde 2017 mais de 81% dos portugueses tem contacto com a televisão, mas existem diferenças nas dinâmicas geracionais. Em 2022, e em média, cada português viu 5 horas e 21 minutos de televisão, considerando todas as componentes possíveis de medir (televisão em direto, em diferido etc.).

Já quanto à “pura visualização” de televisão, este valor desce para uma média de cerca de quatro horas e meia, sendo que a tendência é diminuir entre os mais novos e a aumentar nos mais velhos.

Em Portugal o tempo total de consumo de televisão continua a ser em uma hora e meia superior ao da média europeia, pelo que ainda que haja uma diminuição de consumo, essa não é assim tão expressiva tendo em conta que se parte de um patamar muito alto, referiu Rui Almeida.

O responsável adiantou ainda que existe um panorama de consumo de televisão mais baixo entre os países nórdicos e mais alto entre os países do sul da Europa e que, neste ranking, Portugal se encontra num “cluster”, estando mais perto de países como a Polónia, Roménia, Bulgária e Grécia.

Rui Almeida, Insights & Marketing Sciences Director IPG Mediabrands.Hugo Amaral/ECO

Outro dos mitos abordados por Rui Almeida foi o de os jovens já não consumirem televisão e só estarem presentes no digital. Rui Almeida explicou que, cada vez mais, existe uma acumulação e que uma coisa não substitui a outra. “Não está a haver diminuição, estão é a existir transferências”, afirmou, referindo que os jovens continuam a consumir televisão mas não de forma linear.

O terceiro mito apresentado foi o de que o streaming vai substituir a televisão atual. Neste campo, Rui Almeida começou por desmistificar esta ideia com o facto de Portugal ter uma população muito envelhecida e uma penetração digital ainda baixa entre as pessoas com mais de 65 anos, características que condicionam esta evolução no mercado da televisão.

Segundo Rui Almeida, a penetração de serviços de streaming no país também foi atrasada devido a uma infraestrutura tecnológica avançada e à existência de pacotes de baixo valor, comparativamente à maioria dos outros países, o que faz com que a taxa de subscrição de serviços de televisão em Portugal seja muito elevada. Além disso, o ritmo de adesão em Portugal a plataformas de streaming está a abrandar, apontou, citando dados estatísticos.

O diretor de insights & marketing sciences da IPG Mediabrands disse ainda que o sistema de “connected tv” em Portugal ainda é emergente mas começa a ganhar tração, sendo que o futuro poderá passar por este modelo híbrido.

Na desmistificação do quarto mito, Rui Almeida afirmou que tudo indica que a televisão vai continuar a evoluir, englobando várias formas de acesso. Segundo os dados apresentados pelo mesmo, existe uma relação entre “big screen” quando o conteúdo é pago, o que leva à ideia de que a smart tv vai ganhar espaço no centro do entretenimento familiar.

Com base num estudo da Deloitte, Rui Almeida apontou que não existe ainda um predomínio dos players globais e que os portugueses continuam a ter um poder relevante, considerando que o acordo para se criar uma plataforma agregadora dos conteúdos dos broadcasters nacionais “seria uma materialização muito interessante”.

Está demonstrada a mais-valia do uso combinado de várias formas de televisão para otimização de alcance e eficácia da comunicação, mas isto implica um melhoramento da medição, porque só se pode avaliar o que se pode medir”, defendeu ainda Rui Almeida.

Alberto Rui Pereira, CEO da Mediabrands Portugal.Hugo Amaral/ECO

Antes da apresentação, coube a Alberto Rui Pereira, CEO da Mediabrands Portugal, dar as boas vindas aos participantes da conferência “A televisão do futuro”, esclarecendo desde logo que o encontro não pretendia debater se a televisão tem futuro, mas sim qual a televisão do futuro, pois “é claro que a televisão tem futuro”.

Alberto Rui Pereira explicou ainda que, tendo em conta que o futuro das televisões depende dos seus territórios, o encontro seria focado no mercado em Portugal, país que não tem uma grande dimensão de investimento publicitário – sendo que as televisões vivem da publicidade, embora possam ter outros modelos alternativos de receitas.

É “muito importante” perceber o que os operadores estão a pensar para o futuro e é importante que também as marcas saibam o que se pretende fazer no futuro, defendeu o CEO da Mediabrandas Portugal.

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Fernando Pinto era em simultâneo CEO da TAP e gestor da empresa que a comprou. “Não tenho memória”, diz Sérgio Monteiro

Bruno Dias, do PCP, assinalou que Fernando Pinto foi duas vezes gestor da Atlantic Gateway, a "holding" que comprou a TAP na privatização de 2015. Antes e depois da venda.

Fernando Pinto foi simultaneamente gestor da TAP e da Atlantic Gateway quando esta estava a comprar a TAP e depois de concluir a aquisição, afirmou Bruno Dias, deputado do PCP, durante a audição de Sérgio Monteiro, antigo secretário de Estado das infraestruturas na comissão parlamentar de inquérito à TAP.

O deputado comunista assinalou que Fernando Pinto, então CEO da TAP, era também administrador da Atlantic Gateway quando a holding de David Neeleman e Humberto Pedrosa estavam a fechar a compra de 61% da companhia aérea. Já o era a 4 de novembro de 2015, quando o presidente executivo alerta o Governo que a transportadora estava em rutura emitente de tesouraria.

Ainda com Fernando Pinto como gestor da Atlantic Gateway, esta faz uma apresentação à TAP sobre o contrato celebrado com a Airbus para a aquisição de 53 novos aviões e a capitalização da companhia, a 8 de novembro de 2015. No dia seguinte, Fernando Pinto deixa a holding de Neeleman e Pedrosa. Depois da assinatura do acordo final da privatização, a 12 de novembro, volta a ser administrador da Atlantic Gateway, relatou Bruno Dias.

“Temos um gestor público que é ao mesmo tempo administrador da empresa que a vai adquirir”, conclui o deputado do PCP. “Não tenho memória dessa passagem”, respondeu Sérgio Monteiro. Nessa altura, já não estava no Governo, uma vez que saiu no final de outubro com o fim da legislatura.

O antigo secretário de Estado lembrou depois uma declaração de Fernando Pinto, a 10 de novembro, em que o CEO da TAP diz que a sua nomeação para gestor da Atlantic Gateway se tratou de “um lapso, um erro administrativo”.

“É estranho alguém ir parar a uma administração por erro administrativo, tendo em conta que há passos que têm de ser dados pelo próprio”, apontou Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda. “Era preferível que erro administrativo em novembro não tivesse acontecido, acompanho-o nessa observação”, disse Sérgio Monteiro.

Sérgio Monteiro rejeita que TAP tenha pago a sua capitalização

A Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, assumiu na compra de 61% da TAP em 2015 o compromisso de capitalizar a companhia aérea com 226,75 milhões de euros. Dinheiro que foi entregue ao empresário de nacionalidade brasileira e americana pela Airbus, no âmbito da desistência de um contrato para a compra de 12 aviões A350 e a aquisição de 53 aeronaves da família A320 e A330.

Uma análise legal da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, pedida pela TAP em 2022 e noticiada pelo ECO, considera a capitalização ilegal, porque foi a companhia que pagou a sua própria capitalização com o pagamento dos aviões

O primeiro acordo entre a Airbus e a DGN, uma empresa de David Neeleman, data de 16 de junho. Sérgio Monteiro disse aos deputado que só em setembro soube da existências dos chamados “fundos Airbus” e em outubro de forma detalhada, através da Parpública.

Questionado se a companhia tinha pago a sua própria capitalização, o antigo secretário de Estado negou. “Não tenho essa opinião”, respondeu, referindo que a informação que recebeu do fabricante de aviões foi de que os 226,75 milhões de euros estavam ancorados no apoio da Airbus ao plano de recuperação, incluindo a alteração da frota, e que a transação no seu global e as contribuições estavam dependentes e eram justificadas pela proposta oferecida pela DGN e a magnitude da encomenda de novos aviões.

(notícia atualizada às 19h47)

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Vendas de carros até maio 16,4% abaixo de 2019

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

Só em maio foram matriculados 22.672 veículos automóveis, menos 15,2% do que no mesmo mês de 2019 e mais 51,2% em comparação com maio de 2022. A Renault liderou as vendas nos ligeiros de passageiros.

O mercado automóvel em Portugal somou 101.510 novos veículos colocados em circulação até maio, um aumento de 40,4% face a igual período do ano passado, mas, em comparação com 2019, período pré-pandemia, apresenta uma descida de 16,4%.

“De janeiro a maio de 2023, foram colocados em circulação 101.510 novos veículos, o que representou uma diminuição de 16,4% relativamente a janeiro a maio de 2019, apesar da comparação com 2022 apresentar um aumento de 40,4%”, indicou nesta quinta-feira, em comunicado, a ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

Só em maio foram matriculados 22.672 veículos automóveis, menos 15,2% do que no mesmo mês de 2019 e mais 51,2% em comparação com maio de 2022. A Renault liderou as vendas nos ligeiros de passageiros, à frente da Peugeot e da Volkswagen.

Entre janeiro e maio, as matrículas de ligeiros de passageiros ascenderam a 88.114 unidades, uma descida de 14,9% face a 2019 e um acréscimo de 46,4% em comparação com 2022.

Neste período, 47,1% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos.

Entre janeiro e maio, o mercado de ligeiros de mercadorias contou com 10.545 unidades, um decréscimo de 31,5% face a 2019 e um ganho de 7,4% em comparação com 2022.

Nos primeiros cinco meses do ano, as matrículas de veículos pesados de ligeiros e mercadorias ascenderam a 2.851 unidades, progredindo 14,8% em comparação com 2019 e 25,3% face a 2022.

“Na decomposição do mercado de veículos pesados observamos uma evolução muito positiva nos pesados de mercadorias (+88,1%) em maio de 2023 face ao mesmo mês de 2022, e uma queda muito significativa (-77,3%) nos pesados de passageiros em igual período”, destacou.

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Cabaz IVA zero só desceu 59 cêntimos na última semana

Na última semana, cabaz IVA zero monitorizado pela Deco ficou apenas 59 cêntimos mais barato. Mas, se a comparação for feita com há um mês, o preço recuou mais de oito euros.

O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos pelo IVA zero ficou apenas 59 cêntimos mais barato, na última semana, passando a custar 130,07 euros, de acordo com os cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem o peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

Se a 24 de maio, o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco custava 130,66 euros, esta quarta-feira já custava 130,07 euros. Contas feitas, trata-se de uma redução de apenas 59 cêntimos (0,45%). Contudo, se a comparação for feita com há um mês (a 29 de março), a diminuição é mais expressiva: nesse período este cabaz ficou 8,39 euros mais barato. Esta tendência foi aliás, sinalizada pelo INE, que adiantou, na quarta-feira, que a taxa de inflação homóloga abrandou para 4% em maio, com a ajuda da implementação do IVA zero.

Ainda assim, na última semana, o iogurte líquido o foi o produto que mais subiu de preço, registando um aumento de 16% (mais 30 cêntimos). Segue-se a pescada fresca (11%), a maça gala (9%), a curgete e o esparguete (ambos 8%), o bife de peru (5%), a batata vermelha (4%), o arroz agulha (2%) e o queijo flamengo fatiado e o leite UHT meio gordo (1%).

Já em termos de categorias de produtos, desde que entrou em vigor o IVA zero, os congelados foram a categoria que mais beneficiou desta medida, dado que uma cesta destes produtos recuou 11,47% (menos 41 cêntimos), passando a custar 3,18 euros. Segue-se a mercearia, que caiu 8,45% (menos 1,88 euros) para 20,41 euros; o peixe, cujo preço caiu 6,66% (menos 2,32 euros) para 32,55 euros; as frutas e legumes, cuja cesta ficou 5,70% mais barata (menos 1,31 euros) para 21,71 euros; a carne, que recuou 5,30% (menos 2,17 euros) para 38,72 euros; e, por fim os laticínios, cujo preço caiu 4,27% (menos 60 cêntimos) para 13,49 euros.

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo “IVA zero”. Só na última semana, o cabaz de bens alimentares ficou 2,49 euros mais barato, passando a custar 217,60 euros. É a terceira semana a recuar. Desde o início deste ano ficou 1,80 euros mais barato (0,82%).

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Patrões europeus defendem menos burocracia e mais integração para aumentar competitividade na UE

Confederação das empresas europeias defende que a Presidência espanhola do Conselho da UE "deve promover uma abordagem estratégica da competitividade".

Os patrões europeus mostram-se preocupados com a perda de competitividade da União Europeia, defendendo medidas como a redução da carga regulamentar e o aprofundamento da integração do mercado único. Os presidentes das federações empresariais de 35 países europeus vão apresentar as sugestões e prioridades para serem aplicadas durante a presidência espanhola do Conselho da UE ao vice-presidente da Comissão Europeia e à vice-primeira-ministra de Espanha.

Apelidado de declaração de Madrid, o documento elaborado pela BusinessEurope, a Confederação das Empresas Europeias contempla cinco áreas que precisam de “ação urgente”. A primeira é “reduzir a excessiva carga regulamentar”, seguindo-se “aprofundar o mercado interno e assegurar condições de concorrência equitativa” e “assegurar o abastecimento de energia a preços competitivos”.

As federações querem também “resolver o défice de competências, promover a inovação e apoiar reformas para aumentar a produtividade” e “criar oportunidades no mercado internacional para as empresas europeias”.

Para a BusinessEurope, “ao orientar as negociações sobre as políticas da UE, a Presidência espanhola deve promover uma abordagem estratégica da competitividade, ajudar a reduzir a carga regulamentar para as empresas, aprofundar a integração do mercado único e garantir o aprovisionamento energético a preços competitivos”, segundo indica o presidente da associação, Frederik Persson, citado em comunicado.

A Confederação Empresarial de Portugal está também integrada nesta confederação, com o presidente Armindo Monteiro a defender que “a deslocalização é uma realidade que já está em curso, e isto trará sérias consequências para a economia europeia, e com impactos prolongados, dado que uma vez tomada a decisão de deslocalizar, o processo não é facilmente reversível”.

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EUA abrem primeira representação diplomática no Ártico

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

O "posto de observação", geralmente ocupado por um único diplomata, será inaugurado em Tromso, a maior cidade do norte da Noruega.

Os Estados Unidos da América (EUA) vão abrir a primeira representação diplomática acima do Círculo Polar Ártico, no norte da Noruega, anunciou esta quinta-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. O lugar – classificado como “posto de observação” e geralmente ocupado por um único diplomata – será inaugurado em Tromso, a maior cidade do norte da Noruega, e será a representação diplomática dos EUA mais a norte no planeta.

Em 2020, os Estados Unidos já tinham reaberto uma representação em Nuuk, na Groenlândia, logo abaixo do Círculo Polar Ártico. Numa declaração em Oslo, após uma reunião ministerial informal da NATO, Blinken explicou que Washington quer “trabalhar com aliados que pensam da mesma forma para promover a visão dos EUA de um Ártico pacífico, estável, próspero e cooperativo”.

“A nossa abordagem é exclusivamente garantir que o Ártico continue a ser uma região de cooperação pacífica”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando que o cargo se concentrará nas mudanças climáticas e na proteção dos povos indígenas. O recuo acelerado do gelo marinho no Ártico, devido ao aquecimento global, abre oportunidades económicas (hidrocarbonetos, minerais, pesca) e rotas marítimas promissoras, mas que podem ameaçar um ecossistema frágil e populações vulneráveis.

Assim como a Rússia – que faz fronteira com a Noruega – e a China, os EUA olham cada vez mais para esta região como um ponto de relevância estratégica. A Noruega assumiu este mês a presidência do Conselho do Ártico, um fórum de cooperação regional que ficou enfraquecido quando a Rússia abandonou a estrutura, na sequência da invasão da Ucrânia.

A chefe da diplomacia norueguesa, Anniken Huitfeld, disse estar “muito feliz” com a decisão norte-americana. “A Noruega e os Estados Unidos há muito que cooperam no Ártico”, lembrou Huitfeldt, mostrando-se confiante de que as relações entre os dois países se irão fortalecer.

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EDP Renováveis arrecada 43% da capacidade atribuída em leilão italiano

Em causa estão quatro projetos localizados na região de Puglia, em Itália, dos quais 70% são projetos eólicos e 30% são projetos solares.

A EDP Renováveis arrecadou 43% da capacidade total atribuída num leilão em Itália, anuncia a empresa esta quinta-feira, em comunicado publicado na página da Comissão do Mercado e de Valores Mobiliários.

O leilão de renováveis, promovido pela Gestore Servizi Energetici (“GSE“) em Itália, atribuiu à energética portuguesa uma feed-in-tariff (“FiT”) a 20 anos, de 65,17 euros por megawatt-hora (MWh), para 159 MW de capacidade renovável. O volume máximo disponível para alocação foi de 1.200 MW.

Estas feed-in-tariffs foram atribuídas a quatro projetos localizados na região de Puglia, em Itália, dos quais 70% são projetos eólicos e 30% são projetos solares. Prevê-se que entrem em operação até 2024.

A EDP Renováveis informa ainda que já assegurou aproximadamente 52% dos cerca de 17 GW estabelecidos como objetivo de adições anunciado no Capital Markets Day da empresa no passado mês de março.

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