Riqueza das famílias portuguesas é a sexta mais baixa da Zona Euro
Riqueza das famílias portuguesas está cerca de 30% abaixo da média da Zona Euro. Portugal fica em 15.º na tabela dos países que utilizam o euro.
A riqueza média líquida das famílias portuguesas é a sexta mais baixa da Zona Euro, segundo os dados do Banco Central Europeu referentes ao segundo trimestre de 2023. Ainda assim, este indicador tem vindo a subir acima da média dos países que utilizam o euro. Mesmo com uma dinâmica de convergência, a riqueza das famílias em Portugal continua 30% abaixo da média da Zona Euro.
Os dados para a riqueza média líquida das famílias portuguesas, tendo em conta os ativos que incluem depósitos, títulos de dívida, ações, seguros de vida, riqueza habitacional e riqueza empresarial não financeira, apontam para cerca de 270 mil euros. Este valor coloca o país na metade inferior da tabela da Zona Euro, cuja média é de 385 mil euros.
As famílias portuguesas têm assim uma riqueza 30% abaixo da média da Zona Euro. Ficam apenas à frente da Estónia, Eslováquia, Grécia, Lituânia e Letónia.
Se compararmos com os valores de 2018, cinco anos antes, a posição de Portugal piorou, passando de 14º para 15º – foi a Eslovénia que ultrapassou os valores nacionais, com a riqueza média das famílias eslovenas a atingir os 276 mil euros no segundo trimestre der 2.
Apesar deste desempenho, a verdade é que a comparação com a média da Zona Euro melhorou. A riqueza passou de estar 32,3% abaixo da média da área do euro para ser inferior em 29,72%.
Já se olharmos para a evolução homóloga, é possível perceber que desde 2015, a riqueza das famílias registou subidas anuais superiores à Zona Euro, apenas com a exceção de 2021.
A riqueza média das famílias portuguesas cresceu, em média 5,74% ao ano nos últimos cinco anos, o que compara com 4,93% para a Zona Euro. Registou-se assim uma dinâmica de convergência, ainda que não se tenha voltado aos valores do pré-pandemia.
Entre os membros da Zona Euro, são os Países Baixos que têm registado um crescimento mais acelerado da riqueza das famílias nos últimos anos – em média, 11% ao ano desde 2018. Seguem-se a Eslovénia e a Estónia com os ritmos de crescimento mais rápido. Por outro lado, em países como a Grécia e Itália tem-se observado um crescimento mais tímido da riqueza média das famílias, à volta de 2% ao ano.
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