Abanca espera ter luz verde do regulador à compra do Eurobic em meados do ano
O banco espanhol, que chegou a acordo para a compra do português Eurobic em novembro, espera obter as autorizações do regulador em meados deste ano. Passa a ser o sétimo maior banco em Portugal.
O Abanca espera obter luz verde da parte do regulador à compra do Eurobic em meados deste ano, prevendo completar a integração da instituição financeira portuguesa em 2025. Esta aquisição vai permitir à entidade tornar-se o sétimo maior banco em Portugal.
“A aprovação do regulador para a compra do Eurobic deverá ocorrer em meados do ano e a integração tecnológica no grupo em 2025”, adiantou o líder do Abanca, Juan Carlos Escotet, na conferência de apresentação de resultados de 2023.
O Abanca comunicou em meados de novembro que fechou um acordo de compra de 100% do capital do EuroBic, com a operação agora à espera da autorização do Banco de Portugal.
O processo de aquisição do Eurobic pelo Abanca é um processo que já esteve prestes a concretizar-se em várias ocasiões e se arrasta há vários anos (quatro anos), quando rebentou a polémica do Luanda Leaks, envolvendo Isabel dos Santos, em janeiro de 2020. Só em novembro do ano passado é que os acionistas angolanos, incluindo a filha do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acordaram a venda de 100% do capital do banco aos galegos do Abanca por cerca de 300 milhões.
O Abanca já esteve prestes a fechar a compra do ex-Bic logo em 2020, mas o negócio ruiu por falta de acordo quanto ao valor do negócio (em plena pandemia). Agora, a transação parece bem encaminhada e não deverá levantar muitos obstáculos junto do regulador, na medida em que o comprador é bem conhecido das autoridades de supervisão.
Questionado sobre o facto deste processo de aquisição se ter prolongado tanto tempo e se não teria sido possível fechar a compra mais cedo, Escotet realçou que “foi tão rápido quanto conseguimos”.
Escotet realçou ainda que com a aquisição do Eurobic, o Abanca vai passar a ser a sétima maior instituição bancária em Portugal e em Espanha. A operação traduziu-se na aquisição orgânica de mais de 130.000 novos clientes em 2023, com um crescimento de 84% no número de clientes em Portugal, adianta o banco.
Em novembro, o Abanca antecipava que a operação iria permitir ao Abanca triplicar a presença em Portugal, com mais de 300 mil clientes, quase 250 agências e cerca de 18,5 mil milhões de euros de volume de negócios.
Em relação a outras aquisições, o líder do Abanca destacou que a entidade, que tem crescido via aquisições, está sempre atenta “às oportunidades no mercado”. No entanto, recusou-se comentar um possível interesse no Novo Banco, adiantando que, para já, há demasiada especulação em torno da informação que está a sair.
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