Boicote às eleições seria não garantir “segurança da democracia”, avisa Marcelo
À semelhança de António Costa, Marcelo defende que um boicote às eleições iria colocar em causa a democracia e seria a mesma coisa que dizer: "Nós não garantimos a segurança da democracia", avisa.
Apesar de considerar que as reivindicações das forças de segurança são “justas”, o Presidente da República alerta para as formas de luta escolhidas, que podem, “por cansaço ou incompreensão”, fazer perder o apoio da sociedade civil. Marcelo defende ainda que um eventual boicote das forças de segurança às eleições seria “dar uma sensação de insegurança” e poria em causa o ato democrático. “É a mesma coisa que dizer: ‘Nós não garantimos a segurança da democracia'”, avisou Marcelo.
O Chefe de Estado considera que as reivindicações da PSP e GNR são “justas” e “legítimas” e lembra que já tinha alertado para a “necessidade de fazer uma compensação” a estas forças de segurança, quando promulgou o diploma relativo ao suplemento para a Polícia Judiciária (PJ), pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Marcelo Rebelo de Sousa considera “prioritário” que o Governo que saia das eleições legislativas, de 10 de março, corresponda às “aspirações” destas forças de segurança e acredita que tem existido um consenso entre os partidos políticos de que “o protesto é legítimo e que “é urgente resolver problema”, disse, em declarações transmitidas pela RTP3.
O Chefe de Estado considera que “objetivo principal da plataforma que reúne sindicatos” tem sido atingido ao terem reunido o apoio da sociedade civil e dos partidos. Mas alerta para as formas de luta escolhidas, lembrando que houve outros protestos “que, por razões muito variadas” – desde “por cansaço ou incompreensão” – e que tiveram que ver “com a forma de luta escolhida o apoio perde-se”. “Penso que não seja este o caso, mas é importante ter em consideração”, afirmou.
Questionado sobre um eventual boicote às eleições – cenário que tinha sido colocado em cima da mesa pelo presidente do Sindicato Nacional da Polícia –, Marcelo congratula-se que o assunto tenha sido “esclarecido” e avisou que “não era bom para a luta das forças de segurança dar uma sensação de insegurança“, lembrando que o ato eleitoral é “o fusível de segurança da democracia”. “É a mesma coisa que dizer: ‘Nós não garantimos a segurança da democracia'”, rematou. Também António Costa tinha considerado que seria um “ato grave de traição à democracia”.
(Notícia atualizada pela última vez às 17h28)
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