Slots cedidos pela TAP à easyJet motivam queixa da Ryanair em Bruxelas
Companhia irlandesa acusa a concorrente de "utilização indevida" das faixas horárias que recebeu da TAP no aeroporto Humberto Delgado.
A Ryanair avançou com uma queixa na Comissão Europeia contra a easyJet, acusando a companhia low cost britânica de “utilização indevida” das faixas horárias que recebeu na TAP, no âmbito dos remédios impostos por Bruxelas para aprovar o auxílio de Estado.
A queixa da transportadora liderada por Michael O’Leary foi entregue esta quinta-feira, segundo a informação avançada pelo Jornal de Negócios e a que o ECO também teve acesso, e segue-se a vários pedidos para a intervenção do executivo comunitário.
“Temos vindo a solicitar à Comissão que investigue a utilização indevida pela easyJet das faixas horárias de Lisboa que lhe foram atribuídas na qualidade de remedy taker, na sequência da atribuição à TAP de um auxílio estatal no valor de 3,2 mil milhões de euros”, indica fonte oficial da Ryanair.
A companhia aérea portuguesa foi obrigada a ceder 18 faixas horárias de descolagem e aterragem no aeroporto Humberto Delgado, tendo a easyjet sido a vencedora do concurso, onde a Ryanair também participou. A companhia anunciou, em julho de 2022, o lançamento de 13 novas rotas a partir de Lisboa e o reforço em oito destinos.
“A Comissão não fez nada em relação a esta questão, apesar das cartas enviadas há meses, pelo que apresentámos hoje uma queixa formal à Comissão“, reclama a transportadora irlandesa.
“A Comissão tem de controlar adequadamente as medidas de correção que aprova para garantir que são favoráveis à concorrência, o que não está a acontecer neste caso. Esperamos ver uma investigação adequada por parte da Comissão nas próximas semanas”, pede a Ryanair.
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