“Problemas do país são muito mais graves que a cor política da solução”, diz presidente do Health Cluster Portugal
Guy Villax, presidente do Health Cluster Portugal realça que independente da cor política, é necessário pessoas capazes e sensatas que encontrem soluções para os problemas que o país atravessa.
A menos de um mês das eleições legislativas, Guy Villax, presidente do Health Cluster Portugal, considera que “os problemas que o país tem são muito mais sérios e graves que a cor política da solução“. Em declarações ao ECO, acrescenta que Portugal “está numa situação catastrófica e independentemente da cor política esta situação tem que ser resolvida com pessoas com capacidade de execução e pessoas que saibam fazer acontecer as soluções” que o país precisa.
“Vamos ter três partidos com vinte e tal por cento e isso é um problema matemático. Temos de acreditar que vamos ter pessoas sensatas que vão aprender a trabalhar juntos”, destaca Guy Villax em declarações ao ECO, à margem de uma conferência organizada pela CIP, no Porto, na quarta-feira.
Em relação à governação de oito anos do partido socialista, liderado por António Costa, Guy Villax considera que “não fez acontecer muita coisa”. Enumera alguns problemas como a demografia, o envelhecimento da população, a fraca natalidade e a emigração, destacando que “Portugal não tem política de emigração”.
“Temos uma posição muito favorável graças à língua e as ligações históricas com uma série de países que podemos criar canais de emigração que vão ser favoráveis ao país, mas isso não acontece por acidente, tem que existir uma politica deliberada e não vejo isso a acontecer”, atira o líder da Health Cluster Portugal.
A acrescentar aos problemas do país, reforça a saída do talento português para outros países. “Um em cada quatro jovens licenciados, mestres e doutorados formam-se e vão-se embora”, lamenta, considerando que “é um prejuízo enorme para o país”. “Quando fazemos um investimento que tem retorno o país enriquece, quando o país faz um investimento sem retorno, como estar a formar jovens portugueses do zero dos 18 aos 22 anos, que depois vão embora, isso empobrece o país”. Perante a tendência, não tem dúvidas que “alguém tem de tomar medidas concretas e eficazes” para travar a saída dos jovens.
Em relação aos fundos europeus diz que não beneficia dos apoios e justifica que “as empresas grandes são consideradas como diabos e não há nada nas políticas de incentivos e proveitos que seja dirigido às grandes empresas“. Lamenta que “não existe o reconhecimento que são as grandes empresas que produzem riqueza, quem paga impostos, quem cria boas empregos e desenvolve pessoas”, conclui o membro do conselho de administração e acionista da Hovione.
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