Cabos submarinos 2Africa do consórcio da Vodafone amarrados em Carcavelos à estação da Altice
Lançado em maio de 2020, o novo cabo ligará 33 países de três continentes (Europa, África e Ásia) e terá 46 pontos de amarração ao longo de 45 mil quilómetros de extensão.
O sistema de cabos submarinos 2Africa, do consórcio internacional da qual faz parte a Vodafone, foi amarrado e ligado esta terça-feira em Carcavelos, Cascais, à estação de cabos submarinos da Altice Portugal, dona da Meo.
“O 2Africa, o maior sistema de cabos submarinos do mundo, chegou a Portugal graças aos investimentos de um consórcio internacional“, refere a Vodafone Portugal, em comunicado, adiantando que “a amarração do cabo ocorreu esta terça-feira em Carcavelos, um dos pontos de desembarque europeus e a partir do qual esta infraestrutura de última geração entra em Portugal Continental”.
Em 12 de fevereiro tinha sido publico um despacho em Diário da República a reconhecer como “ação de relevante interesse público” o projeto de instalação e amarração do cabo submarino de telecomunicações em fibra ótica no sistema 2Africa na praia de Carcavelos foi reconhecido como “ação de relevante interesse público”, segundo despacho publicado esta terça-feira.
O consórcio 2Africa integra oito parceiros internacionais: Bayobab, Center3, China Mobile International, Meta, Orange, Telecom Egypt, Vodafone Group e WIOCC. A Alcatel Submarine Networks é responsável pelo fabrico e instalação do cabo 2Africa.
“A chegada a Portugal do cabo 2Africa, o maior cabo submarino de fibra do mundo, reforça a importância estratégica do país — sobretudo pela sua localização privilegiada — para este tipo de infraestruturas fundamentais às comunicações nacionais e internacionais, potenciando a digitalização de empresas, instituições e clientes particulares”, afirma o chief network officer [administrador com o pelouro da rede] da Vodafone Portugal, Paulino Corrêa, citado em comunicado.
“A Vodafone associa-se orgulhosamente a este projeto que faz de Portugal uma peça fundamental no desenvolvimento tecnológico, reforçando ainda mais a ligação do país ao mundo”, acrescenta.
O cabo oferece uma importante capacidade adicional para responder à procura de serviços globais de telecomunicações nas próximas décadas (serviços de Internet, videoconferência, aplicações multimédia e móveis avançadas para vídeo digital, televisão de alta-definição e computação em nuvem) e melhorará a conectividade para empresas, instituições e clientes particulares.
Lançado em maio de 2020, o novo cabo ligará 33 países de três continentes (Europa, África e Ásia) e terá 46 pontos de amarração ao longo de 45 mil quilómetros de extensão, quando estiver concluído.
A Meo, da Altice Portugal, tem estado ligada à indústria de cabos submarinos nacionais e internacionais há mais de 50 anos.
É a empresa responsável pela operação dos cabos submarinos que ligam o Continente-Açores-Madeira (CAM), bem como pela operação do sistema de cabos submarinos que interliga as ilhas dos Açores que constitui o sistema Inter-Ilhas.
A Meo tem duas Estações de Cabos Submarinos (ECS) internacionais, localizadas em Sesimbra (inaugurada em 1969) e Carcavelos (cuja origem remota ao século XIX). Além destas, existem outras ECS nas ilhas (Açores e Madeira) e no continente que amarram cabos submarinos domésticos.
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