Preços dos combustíveis vão baixar esta semana. Gasóleo desce dois cêntimos e a gasolina meio cêntimo
A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,624 euros por litro de gasóleo simples e 1,805 euros por litro de gasolina simples 95.
Os preços dos combustíveis vão ficar mais baratos esta semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer dois cêntimos, enquanto a gasolina baixará meio cêntimo, disse ao ECO uma fonte do setor.
Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,624 euros por litro de gasóleo simples e 1,805 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.
Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.
Esta semana, os preços do gasóleo subiram 2,4 cêntimos e os da gasolina subiram 1,4 cêntimos, abaixo das expectativas do mercado que apontavam para uma subida do diesel de 3,5 cêntimos e da gasolina de 0,5 cêntimos.
O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir 1,08% esta sexta-feira, para os 90,71 dólares por barril, mas caminha para uma perda semanal de 1,57%, interrompendo quatro semanas consecutivas de subidas. Esta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu a sua previsão para o crescimento da procura de petróleo em 2024, justificando a decisão com um consumo inferior ao esperado nos países da OCDE e uma queda na atividade industrial. No relatório mensal, o organismo reduziu as suas previsões para este ano em cerca de 130.000 barris por dia, para 1,2 milhões de barris por dia.
Os investidores também apostam na descida dos preços. O estratega global de energia Vikas Dwivedi, da Macquarie, disse, citado pela Reuters que será difícil manter o brent acima dos 90 dólares por barril na segunda metade do ano sem uma rutura efetiva da oferta associada a eventos geopolíticos. “Como resultado, esperamos que os preços do petróleo comecem em sentido descendente à medida que o ano avança devido ao crescimento da oferta além da OPEP, uma quantidade significativa de capacidade sobressalente da OPEP+ a reentrar no mercado e o potencial de que a inflação contínua diminua a procura”, acrescentou.
Os preços continuam inflacionados com os receios de escalada do conflito no Oriente Médio, que poderia perturbar ainda mais o fornecimento de petróleo. A última ronda de negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas não produziu até agora resultados, e a violência em Gaza continua. Os EUA já alertaram Israel sobre ataques iminentes de mísseis ou drones do Irão, já que Teerão prometeu uma retaliação por alegados ataques israelitas à embaixada do Irão na Síria. O Irão é o terceiro maior produtor da OPEP, produz cerca de três milhões de barris de petróleo por dia, e fornece principalmente a Ásia.
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