Produção de renováveis da EDP aumenta 10% no primeiro trimestre
Somando também os contributos dos combustíveis fósseis, a EDP produziu 17,4 TWh de eletricidade até março, o que significa uma quebra de 1%. EDP Renováveis avança com a instalação de mais 0,5 GW.
A produção global de energias renováveis da EDP aumentou 10% no primeiro trimestre de 2024, para 16,9 terawatts-hora (TWh), o que representou 97% da produção total de eletricidade durante aquele período. Somando a produção de eletricidade proveniente de combustíveis fósseis, esse valor sobe para 17,4 TWho que resultou numa quebra de 1% da eletricidade total produzida, revelam os dados operacionais da EDP, comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quarta-feira.
Embora a principal fonte tivesse sido proveniente da energia eólica (45%), a energética liderada por Miguel Stilwell d’Andrade também recebeu contributos da energia hídrica para os resultados do primeiro trimestre, tendo representando 40% do total de eletricidade produzida, a globalmente.
Ainda de acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, a produção hídrica aumentou 37% face ao período homólogo, para 7 TWh. “1,4 TWh acima da média histórica na Península Ibérica”, informa a empresa. Isto acontece devido aos “elevados volumes de afluência” no primeiro trimestre deste ano, explica a EDP.
Já nas barragens equipadas com bombas hidroelétricas, a produção hídrica aumentou 46% face ao período homólogo para 545 GWh nos primeiros três meses do ano, “suportado pelo aumento da volatilidade do preço horário de eletricidade”, indica a energética, acrescentando que, no final de março, os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 94%, “um nível recorde” que fica 26 pontos percentuais acima da média histórica para o período.
Apesar de ter sido o principal contributo para o aumento da produção de energias “verdes”, a EDP revela que a produção eólica diminuiu 6% para 9.056 GWh, sobretudo devido ao impacto negativo proveniente da América do Sul e Ásia Pacífico. Na Europa, o aumento foi de 1% e na América do Norte aumentou 3%.
Relativamente à eletricidade proveniente de combustíveis fósseis, que contribuíram com 3% para o total de eletricidade produzida nos primeiros três meses do ano, a EDP revela, ainda assim, que a produção térmica baixou 80%, traduzindo-se numa redução de 95% no carvão e menos 68% no gás. Isto permitiu retirar 1% à produção total de eletricidade da EDP, no primeiro trimestre. Isto acontece depois de a energética ter concluído a venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil e da venda de 50% da termoelétrica da Aboño em Espanha.
Em sentido contrário, o grupo EDP adicionou 3,2 GW de capacidade eólica e solar ao portefólio global, atingindo uma capacidade instalada eólica e solar de 17 GW até março de 2024, um aumento de 13% face ao período homólogo.
EDP Renováveis avança com instalação de mais 0,5 GW
A EDP Renováveis também divulgou esta manhã os seus dados operacionais referentes ao primeiro trimestre. De acordo com o comunicado, até março, a empresa de energias renováveis do grupo EDP avançou com a instalação de mais 0,5 GW de nova capacidade renovável. Desse valor, 0,4 GW são provenientes da instalação de nova capacidade solar nos EUA, “dada a normalização da cadeia de fornecimento de painéis solares nos EUA após as restrições observadas em 2023”.
Entre janeiro e março, a capacidade em construção da EDPR era de 4,6 GW (no trimestre anterior era 4,4 GW). Mais de metade, são projetos de energia solar.
O comunicado indica que, geograficamente, dessa capacidade em construção, 1,7 GW estavam em construção nos EUA (dos quais 0,2 GW relacionados com baterias), 1,1 GW na Europa, 1,1 GW na América do Sul e os restantes 0,8 GW em APAC e em projetos offshore.
Ao todo, a capacidade instalada da EDP Renováveis assenta nos 16,5 GWh, sendo que 50% desses projetos tem origem nos Estados Unidos, seguindo-lhe a Europa com 36%. A energia eólica em terra continua a representar a maior fatia da tecnologia instalada (77%), enquanto a solar representa 16%.
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