Riscos criados pela dívida em Portugal continuam a diminuir, afirma Bruxelas
Bruxelas destaca ainda que, em 2023, os indicadores de sustentabilidade externa de Portugal "melhoraram substancialmente", com a balança corrente a registar um excedente.
As vulnerabilidades de Portugal relacionadas com o elevado nível de endividamento continuam a diminuir, indica esta terça-feira a Comissão Europeia, na avaliação dos desequilíbrios macroeconómicos no contexto do Semestre Europeu.
No documento, o executivo comunitário conclui que “as vulnerabilidades relacionadas com o elevado nível de endividamento público, privado e externo continuam a diminuir”, com os rácios da dívida pública e privada “a diminuírem a um ritmo acelerado”, situando-se muito abaixo dos picos históricos. O relatório salienta também terem sido “realizados progressos políticos em resposta às vulnerabilidades identificadas, com especial destaque para a atenuação dos riscos decorrentes do aumento das taxas de juro”.
Bruxelas destaca ainda que, em 2023, os indicadores de sustentabilidade externa de Portugal “melhoraram substancialmente”, com a balança corrente a registar um excedente. No entanto, a avaliação aponta que “os riscos para a sustentabilidade orçamental de Portugal são considerados elevados a médio prazo e reduzidos a curto e longo prazo”.
A Comissão Europeia prevê que o endividamento privado, público e externo do país continue a sua trajetória favorável, apoiado pelo crescimento económico, continuando a procura interna a beneficiar das subvenções e empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Os principais riscos “referem-se ao ambiente externo incerto e ao seu potencial impacto no crescimento económico de Portugal”, é ainda salientado. A avaliação final sobre a existência de desequilíbrios macroeconómicos nos 12 Estados-membros sujeitos a análises aprofundadas será apresentada no âmbito do pacote da primavera do Semestre Europeu, em junho, juntamente com recomendações específicas para cada país.
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