Custos de construção desaceleram em março. Preços dos materiais caem há 12 meses consecutivos
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 2,1% em março, mas menos do que no mês anterior. Os preços dos materiais estão há 12 meses em terreno negativo.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 2,1% em março, face ao mesmo mês de 2023, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas a subida é menor do que a registada no mês passado, com o indicador a ser pressionado pela queda do preço dos materiais, em terreno negativo pelo 12.º mês consecutivo.
A subida de 2,1% do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova do INE representa uma desaceleração de 0,4 pontos percentuais em relação à subida registada em fevereiro. O indicador é influenciado pelo preço dos materiais, que tem estado em queda, e pelo custo da mão-de-obra.
De acordo com os dados do gabinete estatístico, em março, o preço dos materiais caiu 1,3% (-0,4% no mês anterior), uma trajetória de queda iniciada em abril do ano passado. Já o custo da mão-de-obra teve uma subida homóloga de 6,7%, mais 0,3 pontos percentuais do que em fevereiro.
Variação Homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova:
O custo da mão-de-obra contribuiu com 2,9 pontos percentuais (2,7 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e os materiais com -0,8 pontos percentuais (-0,2 pontos percentuais em fevereiro), explica o INE.
O aço para betão e perfilados pesados e ligeiros, a chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização são os materiais que mais contribuíram negativamente para a variação agregada do preço, ao registarem descidas de cerca de 15% no mês em análise, seguidos dos tubos de PVC e os produtos para instalações elétricas, com reduções de cerca de 10%.
Em sentido inverso, o INE destaca o cimento, o betão pronto e as obras de carpintaria com crescimentos homólogos de cerca de 5%.
No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do índice foi de -0,3% em março, 0,8 pontos percentuais inferior à de fevereiro, tendo o custo dos materiais descido 0,9% e o da mão-de-obra subido 0,4%.
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