Biden opõe-se ao “reconhecimento unilateral” do Estado palestiniano
"Um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, opõe-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, indicou esta quarta-feira fonte oficial da Casa Branca. “[Joe Biden] acredita que um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.
“O Presidente [Biden] é um forte apoiante de uma solução de dois Estados e tem-no sido ao longo da sua carreira. Acredita que um Estado palestiniano deve ser criado através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou em reação à decisão de três países europeus de reconhecerem o Estado da Palestina.
Por outro lado, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, reiterou que Israel não permitirá a declaração da Palestina como Estado.
Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram esta quarta que vão reconhecer o Estado da Palestina a 28 de maio, o que levou Israel a chamar os seus embaixadores nestes três países para consultas. Os anúncios destes três países, aplaudidos pela Arábia Saudita, Jordânia e Egito, elevam para 146 o número de Estados-membros das Nações Unidas que reconhecem o Estado da Palestina.
Malta e a Eslovénia também afirmaram que poderiam dar este passo em breve, enquanto Israel criticou todas estas decisões e afirmou que terão um impacto negativo na região .O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros disse entretanto que “tomou nota” da decisão de Espanha e da Irlanda de reconhecerem o Estado da Palestina, mas insistiu numa posição comum a 27.
“Tomo nota do anúncio de dois Estados-membros – Espanha e Irlanda – e pela Noruega de reconhecerem o Estado da Palestina. No quadro da política externa e de segurança comum, vou trabalhar sem descansar com todos os Estados-membros para promover uma posição comum na UE baseada na solução dos dois Estados”, escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).
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