A Napptilus e a X-One lançam a NAPPAI, uma plataforma pioneira para acelerar a integração de soluções de IA nas empresas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A Napptilus grupo tecnológico, e a X-One, empresa tecnológica proprietária da plataforma espanhola 'low code' especializada em multi-experiência móvel, formaram uma joint-venture para lançar a NAPPAI.

Segundo um comunicado divulgado na terça-feira, esta plataforma é um “marco tecnológico” porque sistematiza de forma eficiente e segura a adoção da IA nos processos das empresas, um desafio que muitas corporações enfrentam atualmente devido ao leque de benefícios envolvidos na utilização da inteligência artificial generativa.

Perante este desafio, a Napptilus e a X-One desenvolveram o NAPPAI para apoiar as grandes e médias empresas europeias na organização da integração e assimilação da IA no seu quotidiano.

Segundo as duas empresas, a plataforma integra automaticamente os dados a processar e consumir pela IA, atuando como um orquestrador entre toda a informação fornecida, os motores que a processam, a forma como é gerada e como é posteriormente utilizada.

Para o projeto, um grupo de trinta engenheiros esteve envolvido na sua conceção e implementação, com uma equipa de até cinquenta pessoas envolvidas noutras fases do processo tecnológico.

“Apresentamos o NAPPAI como uma plataforma única e pioneira na Europa que organiza os serviços de IA em cada empresa, uma espécie de orquestrador que facilita a integração e se torna uma ferramenta eficiente e, sem dúvida, muito estratégica do ponto de vista empresarial”, explicou Rafa Terradas, fundador da Napptilus, uma empresa tecnológica criada em Barcelona em 2004 que se estabeleceu como uma referência em soluções de IA personalizadas para cada empresa.

CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO

Outra das suas características diferenciadoras enquanto plataforma é a sua elevada capacidade de integração com a maioria das bases de dados e plataformas de gestão existentes no mercado, como SAP, Oracle e Salesforce, entre outras. É independente do motor e prepara os dados de forma totalmente autónoma para serem consumidos pela inteligência artificial. Para além disso, não necessita de programação especializada através da utilização de um “canvas” e de ferramentas Low Code, pelo que não requer um nível de especialização, facilitando a sua utilização em todos os departamentos.

Outro destaque é o facto de o NAPAAI trabalhar não só com dados, mas também com vídeo e imagens e permitir consumir novos desenvolvimentos em IA, gerando aplicações móveis rapidamente, capitalizando a experiência em visão computacional dos seus criadores. Trata-se de uma caraterística distintiva única que a Napptilus valoriza graças a um vasto conhecimento acumulado em matéria de desenvolvimento móvel. O NAPPAI abre, assim, um novo quadro de possibilidades neste domínio da inovação: “É um impulso que acelera o teste de conceitos, permitindo testar rapidamente as ideias para avaliar os seus resultados e decidir se as aplicamos ou se seguimos outras vias”, recorda Terradas.

Para a Napptilus, o lançamento do NAPPAI foi um processo natural, depois de se ter afirmado como uma referência nos serviços de IA através de uma divisão de consultoria que se tornou um aliado das empresas que ambicionam obter o máximo rendimento da utilização da inteligência artificial. A área de consultoria em IA da Napptilus conta com mais de 150 especialistas e atua como parceiro tecnológico de grandes empresas, incluindo empresas cotadas em bolsa, para prestar serviços de conhecimento e desenvolvimento tecnológico.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de junho

  • ECO
  • 18 Junho 2024

Ao longo desta terça-feira, 18 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Fundación Jiménez Díaz, o centro de Madrid com o menor tempo de espera para intervenções cirúrgicas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A Fundación Jiménez Díaz é o centro de Madrid com o menor tempo de espera para cirurgia, com 24,8 dias, muito abaixo da média da região, que se situou em 50 dias em 2023.

Apenas este hospital e o Clínico San Carlos, com uma espera média de 49 dias, estão abaixo da média do CAM, já que o próximo hospital com a espera mais curta é o Hospital Universitario 12 de Octubre, com 51,2 dias. Em quarto e quinto lugar, o Monitor classifica o Hospital Universitário de la Princesa e o Hospital Universitário La Paz, com 55,5 e 58 dias de espera média, respetivamente.

O número de pacientes à espera de cirurgia é de 4.274 na Fundación Jiménez Díaz, 5.300 no Clínico San Carlos e 6.639 no Hospital Universitário 12 de Octubre. La Princesa, por seu lado, apresenta os melhores números do sistema de saúde de Madrid, com apenas 2.979 pacientes em espera, enquanto em La Paz o número de pacientes à espera de uma cirurgia é de 7.500.

O Monitor do Sistema Hospitalar da Comunidade de Madrid analisa a eficiência económica e operacional dos hospitais de alta complexidade da CAM, a comunidade mais populosa de Espanha e cujo sistema de saúde oferece cobertura de cuidados de saúde a 6,8 milhões de pessoas que vivem na região e aos mais de dois milhões de turistas que a visitam todos os anos. Utilizando dados públicos dos hospitais, o Monitor analisa aspetos como as despesas, a satisfação dos doentes, os avanços na digitalização, a livre escolha do centro e, nesta ocasião, os tempos médios de espera.

Para além do tempo médio de espera de cada hospital, o Monitor teve em conta o tempo que os pacientes esperam para serem atendidos por especialistas, um valor que no caso da Fundación Jiménez Díaz é de 13,7 dias, muito abaixo da média dos centros comunitários. O segundo lugar é ocupado pelo Hospital Universitário Gregorio Marañón, com 33,4 dias, e o terceiro pelo Hospital Universitário 12 de Octubre, com 55,28 dias.

O Hospital Clínico San Carlos, em quarto lugar, regista uma demora média nas consultas de especialidade de cerca de 68 dias, enquanto o Hospital Universitário Puerta de Hierro de Majadahonda e o Hospital Universitário de la Princesa partilham o quinto lugar com 68 dias de espera.

Por Comunidade Autónoma, de acordo com o Monitor do Sistema Hospitalar da Comunidade de Madrid, o CAM é a comunidade autónoma com o menor tempo de espera para cirurgia, com uma média de 50 dias em 2023. Segue-se o País Basco, com 56 dias, e a Região de Valência, com 64 dias. Além disso, a região de Madrid é a quinta em termos de tempo de espera para consultas de especialidade, com um tempo médio de espera de 67 dias.

No outro extremo da escala, com os maiores atrasos estão a Cantábria, com 144 dias, a cidade autónoma de Ceuta, com 141 dias, e a Comunidade Autónoma de Valência e Andaluzia, ambas com um tempo médio de espera de 128 dias. Três delas (Cantábria, Ceuta e Andaluzia) estão também no fundo do poço em termos de percentagem de doentes que esperam mais de seis meses por uma operação. Em contrapartida, no CAM, apenas 0,6% demoram mais de seis meses a ser operados, 0,8% no País Basco e 1,5% na Galiza.

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America’s Cup conquista Madrid e pede às autoridades e aos meios de comunicação social que “espalhem a notícia pelo resto de Espanha”

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

Liderada pelo CEO Grant Dalton e pela Vice-Presidente Aurora Catà, uma delegação dos organizadores da America's Cup Barcelona 2024 (America's Cup Event Barcelona) efetuou uma visita a Madrid.

Nesta visita reuniram-se com o Presidente do Governo, Pedro Sánchez; a Ministra da Educação, Formação Profissional e Desporto e Porta-voz do Governo, Pilar Alegría; e o Presidente do Consejo Superior de Deportes (CSD), José Manuel Rodríguez Uribes.

Durante o encontro, Sánchez sublinhou o envolvimento do Governo nesta competição náutica, que este ano é organizada pela capital catalã, com uma contribuição financeira de mais de 23,5 milhões de euros. Anteriormente, o responsável pelo troféu desportivo mais antigo do mundo sublinhou a importância de envolver toda a Espanha na próxima edição do evento, que terá lugar na capital catalã a partir de 22 de agosto. O velejador e empresário neozelandês sublinhou que, embora a Catalunha e Barcelona sejam fundamentais para o êxito do Evento, é também crucial que Madrid colabore na sua divulgação a nível nacional: “Precisamos que nos ajude a espalhar a palavra também pelo resto de Espanha”.

“Vir para Barcelona foi provavelmente a melhor decisão para a America’s Cup em 50 anos”, acrescentou Dalton, antes de deixar clara a importância de deixar um “legado” na cidade e no país. O CEO da Emirates Team New Zealand sublinhou que o desafio agora é ganhar o apoio de toda a Espanha.

Na sua anterior presença no Fórum Europa, em que esteve acompanhado pelo Ministro da Indústria, Jordi Hereu; pelo Ministro interino do Território da Generalitat de Catalunya, Roger Torrent, e pelo Presidente da Câmara de Barcelona, Jaume Collboni, entre outras autoridades, o representante máximo da equipa defensora do troféu mais antigo do planeta agradeceu o apoio do governo central, da Generalitat de Catalunya e de outras instituições envolvidas, como a Câmara Municipal e o Porto de Barcelona. Dalton apelou ainda para que a 37ª edição da Taça América Louis Vuitton atinja a máxima relevância “a nível nacional” e “não apenas em Barcelona e na Catalunha”. “O desafio que vos lanço hoje é que nos ajudem, a nós, a America’s Cup, a tornar este evento maior em Espanha”, afirmou.

O velejador e empresário neozelandês manifestou ainda o seu desejo de que a Espanha volte a ter uma equipa na competição, recordando o êxito histórico do país na vela olímpica: “Se ganharmos, ajudaremos a facilitar isso, se possível. A Espanha pode participar na próxima edição porque a sua génese está na Unicredit Youth America’s Cup e na Puig Women’s America’s Cup”.

TELA GIGANTE

A visita institucional da direção da ACE a Madrid coincidiu com o lançamento de uma campanha promovida pelo Turisme de Barcelona para divulgar o evento nos países participantes na regata. A campanha inclui uma faixa de 1.080 m² na entrada de Madrid pela autoestrada A2 com o slogan “Barcelona, anfitriã por natureza”. Destaca o caráter hospitaleiro e cosmopolita de Barcelona, além de fornecer informações pormenorizadas sobre o evento através de um sítio Web especialmente concebido para o efeito.

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Europa tem de retomar iniciativa na sustentabilidade com plano “pagável e fazível”

Numa altura em que o contexto político na Europa não é favorável para alcançar os objetivos de sustentabilidade, o economista Jeffrey Sachs defende que o Velho Continente deve relançar o repto.

O economista Jeffrey Sachs, que é também presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN) das Nações Unidas, acredita que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável só serão atingidos com uma maior transparência da classe política e, no caso da Europa, faz sentido retomar o ímpeto criado com o Pacto Ecológico Europeu, através de um plano “pagável e fazível”.

“A Europa tem de retomar a iniciativa e dizer: aqui está o plano. É pagável, é fazível. E vamos fazê-lo da seguinte forma“, defende. Isto porque a pandemia e a guerra na Ucrânia vieram espoletar grandes mudanças na Europa, que estão “a minar o consenso político“.

Não há outra forma de atingir o desenvolvimento sustentável sem ser através de política“, isto é, a partir de uma ação coletiva praticada através de governos, e com o bem-comum em vista, indica Sachs. E a boa política “responsabiliza-se”, fazendo um plano, divulgando-o, discutindo-o publicamente e revendo-o em função disso. No final, perceber como está a correr o plano.

O tipo de irracionalidade na qual se adotam objetivos mas não se adotam os meios para os atingir, é o pior tipo de política. Só leva a uma frustração generalizada“, defende. Nos Estados Unidos, por exemplo, Sachs considera que o Governo não faz um bom trabalho a informar como pretende atingir os objetivos a que se propõe.

A Europa, no que toca aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, tem avanços que Sachs considera “impressionantes”, como o caso do Pacto Ecológico Europeu. Esta segunda-feira foi divulgado um ranking de desempenho no que diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 167 países, sendo que, das 30 primeiras posições, 27 são ocupadas por países europeus. No entanto, a principal conclusão do relatório é que nenhum dos 17 objetivos está em vias de ser alcançado até 2030 e apenas um sexto das metas deverão ser alcançadas até esse ano.

No caso do Velho Continente, vê duas falhas: por um lado, o facto de ter delineado os objetivos mas deixar do lado dos Estados-membros os planos para os atingir, quando é necessário que estes sejam suportados por uma infraestrutura europeia comum, um sistema energético partilhado e uma indústria interligada.

Por outro lado, afirma que a guerra na Ucrânia ganhou um lugar central nas prioridades europeias, aliada à Defesa, em detrimento da sustentabilidade. O economista vê o crescimento da NATO como um dos principais motivos para o espoletar da invasão russa à Ucrânia. Nesse sentido, considera que, no novo ciclo que se inicia este ano para os órgãos legislativos europeus (Parlamento e Comissão Europeia), deve haver uma reflexão sobre a política externa.

Confrontado com as mudanças no panorama político europeu, tendo em conta o alargamento das forças de extrema-direita que se verificou nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, Sachs prefere colocar o ónus nos partidos convencionais. “A meu ver, não é tanto a extrema-direita que é vencedora. São mais os partidos no poder que são os grandes perdedores“, já que têm estado a decrescer em popularidade, em particular nos três anos desde que a guerra se instalou na Europa, com as respetivas consequências. “Na Europa, todos os líderes convencionais (mainstream) são muito impopulares”, com índices de desaprovação bastante superiores aos de aprovação há anos, comenta Sachs. Inflação e preços da eletricidade e dos alimentos galopantes são algumas das justificações para a insatisfação popular. Pelo que nas últimas eleições os eleitores disseram “isto não está a funcionar para nós”.

Sanções aos elétricos chineses podem funcionar. Mas com o foco certo

Há seis pontos que o economista considera serem a chave para que seja possível atingir os ODS. Ter uma educação e ciência de qualidade, bons cuidados de saúde e boa infraestrutura são três dos pilares, os quais a Europa já tem algo consolidados, na opinião de Sachs. Plataformas digitais também não são um problema no Velho Continente. Mas a transição energética e o uso dos solos são os dois pontos fracos da Europa para Sachs.

No que diz respeito à energia, as linhas guias estão cá fora, mas falta a implementação. Um exemplo prático é a promoção da mobilidade elétrica, na qual o economista considera que a Europa se atrasou, em particular os fabricantes alemães.

Em relação às recentes políticas de aplicar taxas sobre a importação de veículos elétricos chineses, considera que podem ser bem-sucedidas desde que temporárias e usadas para os fabricantes europeus ganharem tempo em relação à China, em vez de se acomodarem e aproveitarem para explorar mais a venda de veículos a combustão. “Se a Europa diz que se protege mas deixa a China ganhar no resto do mundo, não será bom para a Europa“, alerta. Portanto, mais que medidas protecionistas, a Europa deve concentrar-se em baixar os seus custos e aumentar a qualidade dos seus veículos elétricos, sugere.

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Empresa portuguesa cria ferramenta que simplifica reembolso de despesas a trabalhadores

Trabalhadores submetem pedido de reembolso através da app e empregadores analisam na mesma plataforma. Após aprovação, pagamento é instantâneo. CEO diz que funcionalidade tem tido feeback positivo.

Há uma nova ferramenta que promete tornar mais simples o pagamento das despesas aos trabalhadores. A portuguesa Paynest acaba de lançar o gestor de despesas, que permite aos empregadores analisar os pedidos dos trabalhadores numa plataforma digital, sendo o reembolso feito instantaneamente após a aprovação.

“O gestor de despesas procura simplificar o processo de aprovação, reembolso e conciliação de despesas“, anuncia a Paynest, detalhando que o trabalhador pode submeter as despesas em representação da empresa através da app, cabendo ao empregador dar “luz verde” ao pagamento nessa mesma plataforma.

“Este mecanismo vem eliminar a acumulação de faturas em papel, o preenchimento de folhas de despesas e os longos períodos de aprovação e pagamento aos colaboradores“, sublinha a startup portuguesa.

Em declarações ao ECO, o CEO, Nuno Pereira, adianta que, antes do lançamento oficial, essa funcionalidade já foi implementada em alguns dos clientes da Paynest, de modo a “entregar um produto que se adequasse às reais necessidades do mercado“.

“Dado o feedback positivo e a sua continuidade nesses e implementação noutros clientes com os quais já trabalhamos, estamos confiantes que esta oferta irá reforçar a nossa abordagem e posicionamento enquanto solução integrada para líderes de empresas e equipas, permitindo-nos crescer rapidamente“, afirma o responsável, que não revela, pelo menos por agora, quantos empregadores já estão a usar o gestor de despesas.

Além desta nova ferramenta, a Paynet acaba de lançar também uma funcionalidade de cashback instantâneo. “Pretende reforçar o programa de benefícios dos empregadores através da redução dos gastos dos colaboradores em retalhistas no seu dia-a-dia, devolvendo uma percentagem das compras de forma imediata“, é explicado.

Por outro lado, a funcionalidade de acesso antecipado aos salários, o pilar da Paynest, é agora alargada. A partir de agora, os trabalhadores podem também receber o subsídio de Natal e de férias antes do período tradicional.

“O empregador pode optar por oferecer os dois subsídios ou apenas um, sendo que este benefício permite flexibilizar o acesso a maiores montantes para possibilitar ao trabalhador um planeamento a médio prazo (por exemplo, pagar a totalidade da creche de um filho a pronto pagamento para obter um desconto). Do lado das empresas, é outra forma de apoiar os colaboradores, fidelizando o talento“, assinala a Paynest.

Fundada em 2022, a Paynest é uma plataforma de rendimentos flexíveis, que disponibiliza, por exemplo, ferramentas que permitem o acesso instantâneo ao salário pelo qual os trabalhadores já trabalhadores, bem como ferramentas de promoção de literacia financeira.

Hoje é usada por 35 empresas, que representam um universo de mais de 30 mil trabalhadores. Entre as organizações aderentes, estão a CCA, a Multipessoal, a Procalçado e o Grupo Estrela da Manhã.

Em dezembro, foi anunciado que esta startup tinha levantado dois milhões de euros numa ronda seed. Reforçar a equipa e expandir a presença no mercado europeu estavam entre os objetivos depois desta nova injeção de capital.

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Nasce Rebuild Rehabilita, o novo evento profissional dedicado a impulsionar a inovação no setor da reabilitação de edifícios e casas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A feira, que terá lugar de 22 a 24 de outubro em Sevilha, reunirá mais de 8.000 profissionais da reabilitação que procuram materiais, soluções e serviços para os seus projetos.

O setor da construção encontra-se num momento de mudança imperativa. O atual quadro legislativo, com o Pacto Verde Europeu que visa a descarbonização dos edifícios e das habitações, um parque de 24 milhões de edifícios construídos em Espanha, 81% dos quais não cumprem qualquer norma de eficiência energética, com a necessidade vital de reabilitação e, em muitos casos, com problemas de acessibilidade, são algumas das razões pelas quais o setor da construção, no seu conjunto, aposta no potencial da reabilitação.

Esta solução surge como uma resposta para aumentar a oferta de habitação, a certificação energética dos edifícios e a sua valorização, ao mesmo tempo que aumenta a sua funcionalidade e segurança. Para tal, a reabilitação ultrapassou o contexto setorial e iniciou o seu percurso como uma questão nacional com o objetivo de inverter o atual panorama da construção, caracterizado pela idade dos edifícios. Quase metade (45%) são anteriores a 1980 e, em termos de eficiência energética, 81% deles estão classificados como E, F ou G em termos de emissões.

Por esta razão, as instituições espanholas e europeias estão a implementar propostas transformadoras como o Plano de Reabilitação Habitacional e Regeneração Urbana, ou a extensão dos fundos Next Generation, que não só se dirigem ao património residencial, mas também à assistência social e sanitária, à hotelaria e aos escritórios, com o objetivo de impulsionar temporariamente a sustentabilidade do ambiente construído.

Apesar deste enquadramento, o campo da reabilitação ainda não dispõe de um ponto nevrálgico especializado onde os profissionais se possam encontrar para descobrir inovações em materiais, soluções e serviços, explorar as últimas tendências e estabelecer contactos. É por esta razão que, de mãos dadas com a REBUILD, a cimeira que trouxe a industrialização a Espanha e promove um modelo de construção descarbonizado, nasce o Rebuild Rehabilita, o evento dedicado a impulsionar a inovação no setor da renovação de edifícios e a tornar efetiva a “onda de renovação” que está a acontecer em toda a Europa.

A primeira edição do evento, que terá lugar em Sevilha, de 22 a 24 de outubro, reunirá mais de 8.000 profissionais de toda a cadeia de valor da construção: desde empresas de reabilitação e renovação, arquitetos técnicos e avaliadores de quantidades, empresas de construção, promotores, empresas de engenharia e grandes instaladores, distribuidores grossistas, lojas generalistas, distribuidores especializados, associações de moradores, empresas de manutenção de edifícios, bem como arquitetos e técnicos municipais, entre outros. Todos eles estarão presentes com o objetivo de encontrar o seu parceiro industrial para promover os seus projetos de renovação, de climatização e de renovação.

Por seu lado, mais de 180 empresas expositoras oferecerão sistemas, envelopes, instalações, soluções de autoconsumo, impermeabilização, sistemas de ar condicionado, janelas, elevadores, cozinhas e casas de banho, pavimentos e superfícies, sistemas construtivos industrializados para a reabilitação e ferramentas digitais, entre outras propostas, com o objetivo de reparar patologias estruturais nos edifícios, modernizar áreas comuns como fachadas, pátios e escadas, incorporar medidas de acessibilidade como elevadores, eliminar barreiras arquitetónicas e estimular a poupança energética.

Assim, Rebuild Rehabilita converter-se-á na plataforma nacional de inovação onde se promoverá e estimulará a renovação, a reabilitação e a eficiência, com o objetivo de elevar o parque habitacional espanhol à média europeia e reforçá-lo de acordo com os critérios atuais de clima, acessibilidade e conforto.

O evento incluirá também o Congresso Nacional de Reabilitação Avançada, o principal fórum de tendências com um programa de conferências único. Mais de 250 oradores internacionais irão reunir-se nos seus palcos para debater o futuro do setor com base nos eixos da descarbonização, industrialização e digitalização. Para tal, analisarão o panorama regulamentar existente em torno da atualização e do retrofit das habitações, a ascensão dos elementos circulares, o impacto dos fundos europeus, o desenvolvimento residencial ou o estado das certificações energéticas, entre outros temas.

O congresso contará também com fóruns verticais organizados por tipo de edifício e zona urbana. Desta forma, será analisado em detalhe o estado e a evolução da habitação, centros sociais e de saúde, hotéis, infra-estruturas institucionais, património histórico e bairros, ao mesmo tempo que serão realizadas agendas exclusivas centradas em diferentes perfis profissionais, como instaladores, empresas de reabilitação, promotores, técnicos municipais e arquitetos.

Para além da área de exposições e congressos, a Rebuild Rehabilita também acolherá uma série de encontros profissionais para promover a criação de relações comerciais. Alguns deles são os Advanced Rehabitech Awards 2024, prémios que reconhecem projetos que estão a liderar a transformação no campo da reabilitação; o Leaders Lunch, um almoço entre empresários do setor e administrações; ou o Rehabitech Startup Forum, onde será dada visibilidade a empresas tecnológicas emergentes que tenham uma proposta de valor viável e escalável para a renovação de edifícios.

 

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O mundo nunca viu tantos milionários e tão ricos

O número de milionários disparou para quase 23 milhões de pessoas, com as suas fortunas a crescerem 4,7% no último ano para cerca de 87 biliões de dólares.

O número de milionários no mundo não para de crescer. De acordo com dados do “World Wealth Report 2024”, contavam-se quase 23 milhões de indivíduos com mais de um milhão de dólares no final do ano passado. São mais 1,1 milhões de pessoas do que em 2022 e mais 55% face aos números contabilizados há dez anos.

A acompanhar de perto o crescimento do número de indivíduos de elevado património líquido (HNWI) está também o aumento das suas riquezas. Segundo o relatório, que englobou a análise de 72 países responsáveis por 98% do rendimento nacional bruto, a população global de HNWI cresceu 5,1% em 2023, enquanto a sua riqueza engordou 4,7% para quase 87 biliões de dólares.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Este crescimento foi particularmente visível na América do Norte, que registou um aumento de 7,1% na população de HNWI e um aumento de 7,2% na sua riqueza. A região Ásia-Pacífico registou um crescimento de 4,8% na população de milionários e 4,2% da sua riqueza. Na Europa o aumento foi mais moderado, com um crescimento de 4% do número de HNWI e de 3,9% dos seus patrimónios.

“A economia global continua a recuperar dos desafios de 2022”, destacam os autores do relatório, sublinhando que, “embora as taxas de juro se mantenham elevadas, os bancos centrais sinalizaram o fim das subidas das taxas na segunda metade de 2023, com a possibilidade de cortes de taxas no final deste ano ou no início de 2025″, contribuindo com isso para uma subida da riqueza mundial no ano passado.

Ao longo do último ano observámos uma recuperação robusta no segmento dos ultra-ricos, impulsionada pela recuperação do mercado de ações e um panorama económico mais brilhante.

Anirban Bose

CEO da unidade de negócios estratégicos de serviços financeiros da Capgemini

A análise dos especialistas da Capgemini destaca ainda o desempenho dos ultra-HNWI, indivíduos com mais de 30 milhões de dólares em ativos investidos, que recuperaram significativamente das perdas de 2022, com os seus patrimónios a crescerem 3,9% no ano passado, detendo atualmente cerca de 34% da riqueza global da população de HNWI, apesar de serem apenas 220 mil indivíduos (1% do total de HNWI).

“Ao longo do último ano observámos uma recuperação robusta no segmento dos ultra-ricos, impulsionada pela recuperação do mercado de ações e um panorama económico mais brilhante,” afirmou Anirban Bose, CEO da unidade de negócios estratégicos de serviços financeiros da Capgemini.

Estratégias de investimento dos milionários

A análise da Capgemini revela que os HNWI têm demonstrado uma mudança significativa nas suas estratégias de investimento, movendo-se de uma postura defensiva para uma abordagem cada vez mais equilibrada e orientada para o crescimento. Esta mudança é, segundo “World Wealth Report 2024”, uma resposta direta à recuperação dos mercados de capitais e à melhoria das condições económicas globais.

Já em janeiro deste ano, a alocação em dinheiro e ativos semelhantes (cash) nas carteiras dos HNWI representava 25% dos seus portefólios, quando em janeiro de 2023 essa exposição era de 34%, destacam os especialistas da Capgemini.

Esta diminuição reflete uma redução na aversão ao risco por parte dos milionários que predominou nos últimos anos. A normalização das reservas de dinheiro sugere que os investidores estão agora mais dispostos a reinvestir em ativos com maior potencial de crescimento, aproveitando as oportunidades oferecidas pela recuperação da economia global.

A relocalização das carteiras dos HNWI para um perfil mais arriscado é também visível pelo aumento da exposição dos seus portefólios a ativos alternativos, que subiu de 13% em 2023 para 15% no início deste ano. Estes ativos incluem matérias-primas, moedas, private equity, hedge funds, produtos estruturados e ativos digitais.

No entanto, o peso das ações nas suas carteiras registou uma ligeira queda, passando de 23% para 21%. Esta redução ocorreu apesar do bom desempenho dos mercados de ações em 2023. As tensões geopolíticas, os custos elevados de empréstimos e a volatilidade contínua do mercado são fatores que contribuíram para a menor confiança dos investidores em ações, lê-se no relatório.

O mercado imobiliário também está a desempenhar um papel crucial na estratégia de rebalanceamento das carteiras dos HNWI. Em 2023, houve um aumento de quatro pontos percentuais nas alocações para imóveis, com a exposição ao imobiliário a pesar agora cerca 19% nas carteiras dos HNWI. “As valorizações atrativas do imobiliário comercial e um interesse renovado na aquisição de habitações secundárias como investimento a longo prazo alimentaram esta mudança”, destacam os autores do relatório.

Apesar das taxas de juro elevadas, o mercado imobiliário de luxo em cidades como Londres, Nova Iorque e Dubai registaram um crescimento robusto. Londres, por exemplo, viu um aumento de 25% nas vendas de propriedades de alto luxo, enquanto Dubai duplicou as vendas de casas ultra-luxuosas.

Num mundo onde a incerteza económica e as tensões geopolíticas ainda persistem, o crescimento do número de milionários e a expansão das suas fortunas são sinais de uma recuperação resiliente e adaptativa. A trajetória ascendente do número de milionários não só reflete uma confiança renovada nos mercados de capitais, como também uma capacidade ímpar de ajustar estratégias de investimento para maximizar retornos e minimizar riscos.

Com as perspetivas de cortes de taxas de juro e um ambiente económico mais favorável no horizonte, a comunidade HNWI está bem posicionada para capitalizar sobre as novas oportunidades, garantindo assim que a sua influência e riqueza continuem a crescer.

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E se a Caixa comprar o Novobanco? Nasce gigante com 40% do mercado e mais de dez mil trabalhadores

Compra do Novobanco pela Caixa criaria um gigante público com 180 mil milhões de euros em crédito e depósitos, representando cerca de 40% do mercado. Travaria ascensão espanhola na banca nacional.

E se a Caixa Geral de Depósitos comprar o Novobanco? O banco público tem a liderança incontestável do mercado em Portugal, seja no crédito ou depósitos, seja em termos de cobertura de agências no país. A aquisição do banco rival iria reforçar esse estatuto, mas não só. Também iria travar o ascendente que Espanha tem vindo a assumir na banca portuguesa, como o ECO já abordou.

“Se nós não estivermos disponíveis para isso [compra de outros bancos], a Caixa perderá a liderança e penso que também não é desejável que haja um maior crescimento de bancos, designadamente dos nossos vizinhos espanhóis”, afirmou Paulo Macedo, CEO da Caixa, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).

O gestor não apontou nenhum banco em particular, mas, questionado sobre o Novobanco, disse: “Olharemos para todos e o Novobanco está agora a acabar o seu processo com o Estado. (…) Agora também não podemos esquecer que, quando nós estamos a falar de uma operação dessas, estamos a falar que há mais uma parte do mercado que passa a ser público”.

E o que mostram os números relativos às contas do primeiro trimestre?

Que o atual mercado de cinco grandes bancos passaria para uma reconfiguração de um gigante mais três bancos de grande dimensão. Isto se a operação tivesse luz verde da Autoridade da Concorrência e das outras autoridades.

Outro pormenor: 25% do capital do Novobanco já é público, pelo que não faltaria tudo para se concretizar um cenário de união entre Caixa e Novobanco (sendo que o fundo Lone Star está vendedor).

"Se nós não estivermos disponíveis para isso [compra de outros bancos], a Caixa perderá a liderança e penso que também não desejável que haja um maior crescimento de bancos, designadamente dos nossos vizinhos espanhóis.”

Paulo Macedo

CEO da Caixa Geral de Depósitos

O diretor executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo na apresentação dos resultados do 1.º semestre de 2023 da Caixa Geral de Depósitos, esta tarde na sede da mesma em Lisboa, 21 de julho de 2023. MIGUEL A. LOPES / LUSAMIGUEL A. LOPES / LUSA

99,8 mil milhões em depósitos

O tema da concorrência (ou falta dela) nos depósitos ganhou relevância nos últimos anos, perante a resistência da banca em subir a remuneração das poupanças ao mesmo ritmo com que as taxas dos créditos à habitação subiram.

Caso a Caixa avançasse para a compra do Novobanco, perto de 100 mil milhões de euros de poupanças dos portugueses estariam concentrados numa única instituição, correspondendo a mais de 40% do mercado (246,2 mil milhões de euros).

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

81,3 mil milhões em crédito

No mercado do crédito, um casamento entre a Caixa e o Novobanco daria lugar a um banco com uma carteira de crédito superior a 80 mil milhões de euros. Ou seja, 40% do mercado seria público.

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

34,5 mil milhões em crédito à habitação

A Caixa tem por tradição ser o banco que financia a compra de casa. O Novobanco iria reforçar esse estatuto do banco público, com a nova instituição a assumir uma carteira de empréstimos da casa acima dos 34 mil milhões de euros.

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

33,7 mil milhões de crédito às empresas

No segmento do crédito às empresas, caso a Caixa “absorvesse” o Novobanco, passaria a liderar incontestavelmente o mercado com uma carteira de empréstimos de quase 34 mil milhões de euros.

Atualmente o líder de mercado é o Santander, com 22,2 mil milhões, enquanto o banco público tem uma carteira de 20 mil milhões.

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

Mais de 10 mil trabalhadores

A Caixa deixou de ser o banco com mais trabalhadores – o BCP tem mais 24 colaboradores que o banco público. Por sua vez, o Novobanco tem a equipa mais reduzida entre os cinco maiores bancos em Portugal. Ambas as instituições financeiras passaram por duros processos de reestruturação nos últimos anos que implicaram a saída de centenas e centenas de quadros.

Em caso de união, só haveria uma incerteza: quantos mais trabalhadores estariam na porta de saída?

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

Mais de 800 balcões

A mesma história se contaria em relação aos balcões. Os bancos têm vindo a reduzir a sua estrutura comercial e uma fusão entre Caixa e Novobanco acentuaria essa tendência. Atualmente, a Caixa conta com a maior rede: 515 agências distribuídas por todo o país. Já o Novobanco tem a mais pequena: 290 balcões.

Fonte: Bancos (dados 1.º trimestre)

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Quase 2.500 falsos recibos verdes “ganham” contrato após inspeção da ACT

Quase dez mil empresas foram notificadas pela ACT por terem falsos recibos verdes. Cerca de duas mil regularizam as situações: em causa estão 2.475 trabalhadores.

Quase 2.500 pessoas que estavam em situação de falsos recibos verdes viram o seu caso regularizado e ganharam um contrato de trabalho, após a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ter notificado e inspecionado as entidades contratantes. Este número foi adiantado ao ECO pela própria ACT, em jeito de balanço da ação que arrancou em fevereiro.

No arranque do ano, 9.699 empresas foram notificadas para regularizarem o vínculo laboral de 17.701 trabalhadores independentes economicamente dependentes, ou seja, “prestadores de serviço que prestam 80% ou mais da sua atividade a uma única entidade“.

Essas empresas tiveram até 16 de fevereiro para reconhecer um contrato com esses trabalhadores, mas só 16% avançou nesse sentido (2.082 trabalhadores), de acordo com o balanço feito, na altura, pela inspetora-geral, Maria Fernanda Campos, que indicou que, entretanto, seria promovida uma ação inspetiva para verificar se, nos demais casos, estavam em causa ou não verdadeiros trabalhadores independentes.

Agora, cerca de quatro meses depois, a ACT faz um novo balanço ao ECO: foram abertos 838 processos inspetivos, que tiveram como alvo 811 entidades empregadoras distintas. “Foram abrangidos um total de 4.630 trabalhadores”, nota a autoridade.

Com estes novos esforços, dos tais 17.701 trabalhadores independentes economicamente dependentes, 2.475 já viram, entretanto, reconhecido um contrato de trabalho dependente, ou seja, 14% do universo inicial. E do total de 9.699 empresas notificadas, 1.859 regularizaram as situações que a ACT encontrou, o equivalente a 19,3%.

De notar que esta ação da ACT tem como objetivo combater a precariedade e promover a regularização dos vínculos laborais, garantindo que efetivamente são cumpridas as obrigações e que os trabalhadores beneficiam dos direitos correspondentes à sua real situação laboral.

Inscrita na Agenda do Trabalho Digno, esta ação tem na base um cruzamento de dados com a Segurança Social.

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Só há quatro portugueses em altos cargos na União Europeia

Com António Costa mais perto de Bruxelas, contam-se pelo dedos o número de portugueses nos cargos de topo das instituições europeias. Falta de representação afeta reputação e grau de influência.

Numa altura em que António Costa é apontado para a presidência do Conselho Europeu, conta-se com uma mão o número de portugueses que estão, atualmente, em altos cargos na União Europeia (UE). São apenas quatro: Elisa Ferreira, comissária da Coesão e Reformas; Vasco Cordeiro, presidente do Comité das Regiões; Rodrigo da Costa, diretor executivo da Agência da União Europeia para o Programa Espacial (EUSPA) e João Negrão, diretor do Instituto da Propriedade Intelectual da UE. Fora estes, não há qualquer cidadão nacional como diretor-geral no bloco europeu. É a primeira vez que isso acontece desde que Portugal aderiu à União Europeia. O último diretor-geral foi Mário Campolargo, que ficou com a liderança da Direção-Geral de Informática, até 2022, ano em que abandonou a posição para ser secretário de Estado da da Digitalização do anterior Governo. O seu mandato foi interrompido.

Neste momento, Portugal está numa situação má porque não temos nenhum diretor-geral, sub diretor ou diretor adjunto na Comissão”, sublinha Tiago Antunes, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus ao ECO, referindo que “esse problema está identificado” e que o próprio executivo comunitário “está ciente de que é preciso corrigir essa omissão”. “Sempre tivemos mais do que um [diretor-geral]”, acrescenta.

Mas excluindo os cargos de topo, há nomes portugueses que se destacam nas organizações das instituições europeias hoje. Nomeadamente, João Aguiar Machado, como chefe da missão permanente da UE junto da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ou até mesmo, Fernando Andresen Guimarães, como conselheiro diplomático da Presidente da Comissão Europeia, e Luísa Cabral, uma das diretoras da Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão. Estas duas posições foram preenchidas na sequência do plano lançado pelo anterior Governo que visava aumentar a presença de portugueses em cargos de topo na União Europeia.

Se esta sub-representação afeta a reputação e o nível de influência de Portugal a nível europeu? “Sim, e muito”, responde Henrique Burnay, consultor em Assuntos Europeus e professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, em declarações ao ECO.

Segundo o consultor, “houve uma falta de atenção” durante muitos anos no ingresso de portugueses em cargos de topo nas instituições europeias, não por falta de talento mas por falta de incentivo, sobretudo a seguir ao alargamento de 2004, altura em que dez países da Europa Central e do Leste aderiram ao bloco europeu e preencheram muitas vagas no âmbito das políticas de equilíbrio regional. “A partir daí, tivemos um hiato. Não tivéssemos tido e hoje já teríamos muitas pessoas com maturidade para estar nos cargos de topo”, lamenta.

E o impacto desta falta de representatividade de Portugal não coloca o país apenas numa situação mais vulnerável no que toca à sua influência e reputação. “Ainda que os funcionários nos cargos de topo não estejam a representar o seu Estado-membro, e neste caso Portugal, têm uma visão do mundo que faz a diferença na avaliação de propostas e nas negociações”, acrescenta Burnay. “Falta gente que tenha a nossa visão do mundo. É importante que haja uma visão portuguesa”, diz.

A importância dessa perspetiva portuguesa nas discussões que são tidas em Bruxelas é subscrita por Margarida Marques, ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus e eurodeputada pelo PS, que refere, a título de exemplo, as negociações que irão decorrer a propósito do orçamento plurianual para o período 2028-2034 na próxima legislatura. Nessa altura, o alargamento a outros Estados-membros deverá estar em curso, ou já concluído e, por isso, poderá haver “uma tentação para encaminhar verbas para outros destinos”, como por exemplo, para a Ucrânia ou para a Defesa, sugere. Será nesta situação que uma visão portuguesa, como a de António Costa na presidência do Conselho Europeu, fará a diferença.

“Evidentemente, que se António Costa for presidente do Conselho Europeu terá um papel de defender nas políticas de coesão, não só pelos Estados-membros que mais dela precisam, mas sobretudo de Portugal, que é um beneficiário”, acrescenta.

Para já, a indicação de António Costa para o Conselho Europeu ainda não foi formalizada e, em Bruxelas, o processo irá permanecer em curso até à reunião entre os chefes europeus a 27 e 28 de junho. O pontapé de saída foi dado esta segunda-feira, quando os 27 Estados membros se reuniram para um Conselho Europeu informal que serviu, não só, para fazer um rescaldo das eleições como também para apontar os quatro nomes que irão liderar as principais instituições europeias, no próximo ano. Além de Costa, estão em cima da mesa os nomes de Ursula von der Leyen para uma recondução no cargo de presidente da Comissão Europeia, Roberta Metsola para mais um mandato na presidência do Parlamento Europeu e Kaja Kallas para alta representante da UE para a política externa.

No entanto, o primeiro encontro não terá corrido como expectável e terá terminado sem que os 27 chegassem a um acordo entre as partes sobre o quarteto que irá liderar a União Europeia nos próximos cinco anos.

De acordo com o Politico, o Partido Popular Europeu, vencedor das eleições para o Parlamento Europeu (PPE), pediu mais concessões e mais poder entre os cargos de topo. Como esperado, o PPE quis renomear von der Leyen e Metsola, ambos pertencentes à sua família política. Além disso, propuseram aos socialistas que o mandato do presidente do Conselho Europeu fosse dividido em dois períodos de 2,5 anos – e o PPE ficaria com um deles. A proposta não terá agradado os socialistas que esperavam garantir a posição somente para António Costa. Mas as negociações vão continuar.

António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal

Se António Costa rumar ao Conselho Europeu, terá um papel de mediar a negociação entre os países do bloco e de encontrar consensos. “A função principal de Costa será de negociar posições, nunca será de tomar decisões políticas”, sublinha Henrique Burnay.

Mesmo assim, consideram os especialistas ouvidos pelo ECO, uma eventual ida do ex-primeiro-ministro para Bruxelas abriria portas para que mais portugueses seguissem a mesma rota de liderança nas noutras instituições europeias, à semelhança do que aconteceu entre 2004 e 2014.

“O período de maior destaque para os portugueses nas instituições europeias foi o de Barroso. Valorizou a presença dos portugueses nas várias instâncias a nível europeu. Imagino que, se Costa chegar ao Conselho Europeu, isso possa voltar a acontecer”, aponta Tiago Antunes.

Estou convencida de que haverá mais portugueses no gabinete de Costa”, admite Margarida Marques. Desde logo, com a posição do chefe de gabinete vaga, que, à partida, será preenchida por um diplomata em funções.

Plano para ter mais portugueses em Bruxelas com poucos resultados

Mas há quem rejeite noção de uma sub-representação portuguesa. “Historicamente, não vejo razão para dizermos que estamos sub-representados”, aponta Paulo Sande, ex-consultor do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e especialista em assuntos europeus. E há provas disso.

Além do mandato de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia, entre 2004 e 2014, Portugal teve cinco comissários europeus — cargos que são obrigatoriamente distribuídos pelos 27 Estados-membros — dez vice-presidentes no Parlamento Europeu e três ‘número dois’ no Banco Europeu de Investimento, o último Ricardo Mourinho Félix. E, a nível internacional, um dos cargos de topo de maior destaque é preenchido por António Guterres, na secretaria-geral das Nações Unidas.

“Somos um país pequeno mas não acho que estejamos sub-representados. A principal questão não é a quantidade mas sim que funções ocupam estes portugueses. O nosso principal défice são as posições de primeira linha, mas a verdade é que há poucas pessoas disponíveis”, considera Paulo Sande, acrescentando que os concursos que são lançados “não são suficientemente participados por portugueses”.

No sentido de colmatar essa falha, a secretaria de Estado de Tiago Antunes lançou, em 2022, um plano que visava incentivar o número de portugueses em cargos europeus. A solução permitiu aumentar o número de bolsas para candidatos portugueses no Colégio da Europa o que, por seu turno, irá produzir resultados a médio prazo. Ou assim se espera.

“Na gíria, costumamos dizer que o colégio é um passaporte para entrar nas instituições europeias. Daqui a dois anos, haverá mais portugueses a passar nos concursos” e, daí, passarão a integram as instituições europeias, tal como se pretende com estas formações, garante a antiga secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques.

Segundo dados da Comissão Europeia, a 1 de janeiro de 2024, o número de portugueses – entre funcionários, pessoal temporário e trabalhadores locais — no conjunto dos serviços da Comissão era de 806, num total de 30.451 – ou seja, 2,6%. Os países com maior representação são, naturalmente, a Bélgica (14%) e a França (10%) por serem casa das principais instituições europeias. Excluindo esses dois, Espanha (8,7%) e Dinamarca (6,7%) são os países que contam com mais funcionários a trabalhar em Bruxelas e Estrasburgo.

Face a esses valores, que não ultrapassam a marca dos 2% há vários anos, o objetivo português passa por preencher a quota mínima de 3,1% de trabalhadores portugueses nas instituições europeias. De acordo com Bruxelas, a quota portuguesa traduz-se num “défice significativo” de representação.

Tiago Antunes não sabe se o programa terá continuação sob a liderança da Inês Domingos, nova secretária de Estado dos Assuntos Europeus do Governo de Luís Montenegro, mas mantém-se convicto de que os resultados começarão a surgir nos próximos anos.

“Tem havido várias entradas de recrutamento. Temos muitos profissionais em contratos temporários e houve um número muito grande que passaram a efetivos”, diz o ex-secretário de Estado, sublinhando que “o único grau em que Portugal está bem representado” atualmente é no cargo de diretor, que serão, atualmente, cerca de dez. “Está acima do número de referência. Há uma pool de diretores que estão bem colocados e que podem vir a subir”, garante, não adiantando nomes.

O otimismo não é, no entanto, partilhado por Henrique Burnay. O consultor de assuntos europeus afirma que não tem sentido “os efeitos do plano”, mas também ressalva que o seu tempo de execução “foi curto”, uma vez que a legislatura do anterior Governo foi interrompida na sequência da demissão de António Costa devido às suspeitas levantas na Operação Influencer. “Este plano tem de ser posto em prática. É importante que os portugueses que quiserem concorrer aos cargos na UE sintam que o Estado se interessa por eles”, defende.

Notícia atualizada às 10h23 com a substituição de Ricardo Conde, presidente interino da Agência Espacial Europeia (ESA), que afinal é presidente da Agência Espacial Portuguesa, por Rodrigo da Costa, diretor executivo da Agência da União Europeia para o Programa Espacial (EUSPA).

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5 coisas que vão marcar o dia

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Esta terça-feira, o Eurostat vai confirmar a inflação na Zona Euro de maio. Já o Parlamento da Madeira vai dar início à discussão do Programa do Governo. A marcar o dia está ainda a ida do presidente da TAP, Luís Rodrigues, ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre os prejuízos registados no quarto trimestre de 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

Eurostat confirma inflação de maio

O Eurostat confirma esta terça-feira a inflação na Zona Euro de maio. No final do mês passado, a estimativa rápida do Eurostat indicou que a inflação homóloga da Zona Euro acelerou para os 2,6% em maio, contra os 2,4% do mês anterior. É o primeiro aumento em cinco meses e acima das expectativas do mercado, que apontava para uma aceleração de 2,5%. Os serviços terão sido a componente com a taxa de inflação mais elevada. Portugal foi o país com a maior aceleração da taxa de inflação, devido ao efeito base do IVA zero.

Parlamento madeirense discute Programa do Governo

Esta terça-feira começa a discussão do Programa do Governo no parlamento da Madeira. A discussão prolonga-se até quinta-feira. O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, está “otimista” em relação à aprovação do Programa do Governo, mas há partidos que já afirmaram que vão chumbar o programa, como o PS, JPP e Chega.

Presidente da TAP vai ao Parlamento explicar prejuízos trimestrais

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Comissão Europeia assina acordo com Banco de Fomento

Esta terça-feira, a Comissão Europeia vai assinar um acordo com o Banco Português de Fomento – InvestEU, em Bruxelas. O evento contará com a presença do primeiro-ministro Luís Montenegro e está agendado para as 12h00. O InvestEU é o programa da União Europeia que apoia investimentos públicos e privados em tecnologia verde, inovação, infraestruturas sociais e empresas mais pequenas. Juntamente com as instituições financeiras europeias e internacionais, a União Europeia ajuda as empresas a obter um melhor acesso ao financiamento e aos investimentos.

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O candidato proposto pelo PSD e CDS-PP para presidir ao Conselho Económico e Social, Luís Paes Antunes, vai ser ouvido no Parlamento, pelas 11h30. O ex-secretário de Estado poderá suceder a Francisco Assis, que deixou o lugar vago para ser candidato às eleições legislativas de março e entrou depois como número três na lista do PS às eleições europeias. Luís Paes Antunes vai precisar de ser aprovado por dois terços dos deputados na Assembleia da República, sendo, por isso, necessário um entendimento com o PS. A eleição está marcada para dia 19 de junho.

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