“Há falta de sensibilização das PME para gestão de risco”
Andreia Dias, diretora-geral da MDS, culpa a falta de literacia financeira por parte dos empresários e lembra que o "papel do corretor é fundamental para essa sensibilização de gestão de risco".
“Há a falta de sensibilização para a gestão de risco por parte do tecido empresarial português, que é muito mais relevante nas pequenas e médias empresas (PME)”, defendeu Andreia Dias, diretora-geral da MDS, durante a 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, na Alfândega do Porto. A gestora do maior grupo de corretagem de seguros em Portugal culpa a falta de literacia financeira por parte dos empresários e lembra que o “papel do corretor é fundamental para essa sensibilização de gestão de risco”.
“As empresas apresentam uma multiplicidade de riscos (operacionais, económicos e financeiros) que podem afetar a atividade. Por isso mesmo é fundamental e necessitam ter uma política de gestão de riscos que proteja os seus ativos e a sustentabilidade dos negócios”, afirma a diretora-geral da MDS, que comprou em março deste ano a corretora de seguros IMC.
As empresas apresentam uma multiplicidade de riscos (operacionais, económicos e financeiros) que podem afetar a atividade. Por isso mesmo é fundamental e necessitam ter uma política de gestão de riscos que proteja os seus ativos e a sustentabilidade dos negócios.
Carlos Martins, membro da comissão executiva chief operating officer da Sabseg menciona que as “empresas valorizam, cada vez mais, a política de identificação de riscos e da participação da corretora enquanto elemento essencial na política de gestão de risco”. Na ótica do gestor cabe às corretoras e às seguradoras “trazer para o mercado soluções realmente disruptivas que colmatem as necessidades das empresas”.
Ezequiel Silva, CCO/COO da Seguramos acrescenta que é “necessário sensibilizar os empresários” e justifica que “as necessidades de uma empresa não são estanques, mudam com o tempo, seja pela mexida de negócios ou entradas em novos mercados”.
Na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, que decorre até esta quarta-feira, José Rodrigues, diretor geral da Universalis contabiliza que “só nove em cada mil empresas têm seguro de crédito. Se pensarmos que 40% dos ativos, em média, é a conta de clientes isto diz muito da gravidade”.
Ana Matos, membro da comissão de gestão executiva direção distribuição sul da Verspieren, realça a importância de “sensibilizar os clientes para terem seguros mais abrangentes” e alerta que os “seguros de acidentes de trabalho muitas vezes têm capitas insuficientes para garantir casos de incapacidade graves”.
A gestora da corretora francesa afirma que “muitas das vezes é necessário a contratação e o pagamento adicional para uma cobertura com mais extensão e uma maior proteção”. Ana Matos assegura que “há clientes dispostos a pagar mais para terem mais proteção”, mas que do outro lado da moeda também “há clientes que só querem o seguro obrigatório”.
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