Casais com ambos desempregados aumentam 7,4% em junho
Já face a maio, o número de casais no desemprego diminuiu 1,1%. Este é o segundo mês consecutivo de redução em cadeia.
O número de casais com ambos os elementos desempregados atingiu 4.775 em junho, mais 7,4% do que no período homólogo, mas menos 1,1% face a maio, de acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
“Do total de desempregados casados ou em união de facto 9.550 (8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.775 casais desempregados, em junho de 2024, o que representa +7,4%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, adianta o IEFP, no relatório divulgado esta segunda-feira.
Já face a maio, o número de casais no desemprego diminuiu 1,1%. Este é o segundo mês consecutivo de redução em cadeia, sendo que maio foi o primeiro mês de 2024 em que o número de casais com ambos os elementos no desemprego foi inferior a 5.000.
Há já vários anos que os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo. O IEFP revelou também que o número de desempregados registados nos Serviços de Emprego do Continente no final de junho de 2024 foi de 293.795, número que representa uma subida em termos homólogos (de 10,9%) e uma redução em cadeia, face a maio, de 1,7%.
Desempregados com subida homóloga de 9,8% em junho mas queda de 1,7% face a maio
Já o número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu 1,7% em junho face ao mês anterior, mas aumentou 9,8% na comparação com o período homólogo, para 304.946 pessoas. “No fim do mês de junho de 2024, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 304.946 indivíduos desempregados, número que representa 67,2% de um total de 453.543 pedidos de emprego”, lê-se no relatório do IEFP.
Para a subida do desemprego face a junho de 2023, “contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+21.866), os que procuram um novo emprego (+24.821) e os adultos (+22.848)”, explica o IEFP. No que diz respeito aos grupos profissionais, verifica-se que os maiores acréscimos no desemprego foram entre “Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+15,0%) e “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”(+14,4%) e “Pessoal administrativo”(+13,1%).
Quando se olha para os dados a nível regional, é possível perceber que o desemprego apenas não aumentou em termos homólogos nos Açores (-10,9%) e na Madeira (-15,3%). O valor mais acentuado de aumento do desemprego foi registado na região do Algarve (+17,5%).
Por outro lado, quando a comparação é feita com o mês anterior, “a tendência é de redução do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (-8,1%)”. Já as ofertas de emprego por satisfazer atingiram 12.943 nos Serviços de Emprego de todo o país, no final de junho, o que corresponde a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-3.568; -21,6%) e a um aumento face ao mês anterior (+714; +5,8%).
Beneficiários de prestações de desemprego sobem 9,5% em junho para 179.521
O número de beneficiários de prestações de desemprego em junho aumentou 9,5% em termos homólogos, mas caiu 2,4% face ao mês anterior, totalizando 179.521. Na comparação com junho de 2023, os dados apontam para mais 15.636 desempregados a receber uma das várias prestações de desemprego, mas em relação ao universo de beneficiários contabilizado em maio registou-se uma descida de 4.416.
Este perfil de subida homóloga e queda na comparação em cadeia foi observado nos subsídios de desemprego e social de desemprego inicial, enquanto no subsídio social de desemprego subsequente há a registar uma queda em ambas as situações. Assim, relativamente ao subsídio de desemprego, o número de beneficiários foi de 142.810, traduzindo uma redução de 2.840 (‐1,9%) face ao mês anterior e um aumento de 17.901 subsídios processados (14,3%) por comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os mesmos dados indicam que o valor médio mensal do subsídio de desemprego em junho foi de 652,11 euros, correspondendo a uma variação homóloga de 5,2%. A subida pode estar influenciada por fatores como o aumento do valor máximo deste subsídio (na sequência da atualização do Indexante de Apoios Sociais, em janeiro) ou pelo facto de se tratar de desempregados que auferiam salários mais elevados.
Já no que diz respeito ao subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 6.954 beneficiários, segundo refere o mesmo documento, o que traduz uma redução de 12,0% face ao mês anterior e uma subida homóloga de 5,0%. Por seu lado, o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 21.124 pessoas, revelando quedas de 1,6% e 11,1% na evolução em cadeia e homóloga, respetivamente.
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