Défice português foi o mais baixo da Zona Euro no primeiro trimestre
Apenas cinco países da moeda única alcançaram excedente orçamental no arranque do ano. Entre os que registaram défice, Portugal teve o mais baixo, sendo também o que alcançou a maior queda da dívida.
Portugal foi o país da Zona Euro com o défice mais baixo no primeiro trimestre, com apenas cinco Estados a registarem excedente orçamental, de acordo com os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat.
Os dados do organismo estatístico europeu revelam que, na ótica não ajustada, a média da Zona Euro registou um défice de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e da União Europeia um saldo negativo de 3,8% do PIB.
Portugal (-0,2%) registou o sexto pior resultado entre todos os saldos dos países da moeda única, mas foi o melhor entre os que tiveram um défice orçamental.
Apenas Irlanda, Chipre, Letónia, Luxemburgo e Países Baixos alcançaram um saldo orçamental positivo. Entre os países com maior défice destacam-se Bélgica (-9,6%) e França (-6,9%).
Olhando para os dados ajustados de sazonalidade, nos primeiros três meses do ano, a média dos défices da Zona Euro foi de 3,2% e o da União Europeia de 3%, com Portugal a apresentar o terceiro maior excedente (0,6%).
Portugal é o país da UE com maior queda da dívida
Portugal foi o país da União Europeia que registou a maior queda do rácio da dívida pública face ao PIB entre o primeiro trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, segundo os dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira.
No fim do primeiro trimestre de 2024, o peso da dívida pública da Zona Euro situava-se em 88,7%, o que compara com 88,2% no final do quarto trimestre de 2023. Na média da UE, o rácio também aumentou ligeiramente de 81,5% para 82,0%.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2023, o rácio da dívida pública em relação ao PIB diminuiu tanto Zona Euro (de 90,1% para 88,7%) como na UE (de 83,0% para 82,0%).
Os rácios mais elevados da dívida pública face ao PIB no primeiro trimestre de 2024 foram registados na Grécia (159,8%), Itália (137,7%), França (110,8%), Espanha (108,9%), Bélgica (108,2%) e Portugal (100,4%) e os mais baixos na Bulgária (22,6%), Estónia (23,6%) e Luxemburgo (27,2%).
Em comparação com o primeiro trimestre de 2023, 12 Estados-Membros registaram um aumento do seu rácio dívida/PIB no final do primeiro trimestre, 14 países registaram uma diminuição, enquanto o rácio permaneceu estável na Irlanda.
As maiores diminuições foram observadas em Portugal (-12,0 pontos percentuais), Grécia (-9,6 pp.), Chipre (-6,8 pp.), Croácia (-5,3 pp.), Países Baixos (-2,8 pp), Espanha e Alemanha (ambos -2,2 pp.). Já os maiores aumentos registaram-se na Estónia (+6,3 pp.), Finlândia (+4,2 pp.), Polónia (+3,3 pp.), Eslováquia (+2,7 pp.), Roménia (+2,2 pp.), Lituânia (+2,1 pp.) e Bélgica (+2,0 pp.).
(Notícia atualizada às 11h07)
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