Grupo de Pombal “concentra” Frutíssima do Fundão

Mais de uma década após ter sido comprada por irlandeses, a produtora de concentrados de sumos de fruta passa para as mãos da Indumape, detida pelo grupo Patris através da Real Vida Seguros.

Com 25 empregados e uma faturação de 6,8 milhões de euros em 2023, dos quais três quartos na exportação, a Frutíssima, produtora de concentrados de sumos de fruta e de aromas resultantes dos frutos processados, volta a ser controlada por mãos nacionais, mais de uma década após ter sido comprada pelo irlandês C&C Group, o segundo maior produtor mundial de sidra.

Instalada na freguesia de Salgueiro, pertencente ao município do Fundão, a antiga Biofun, constituída em 1996 e que tem Miguel Lucas como diretor-geral, foi adquirida pela Indumape, sediada em Pombal e liderada por Gonçalo Pereira Coutinho. Apresenta-se como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, e que exporta cerca de 80% para países como Alemanha, Espanha, Reino Unido, Marrocos, França ou Israel.

A Indumape, que teve como promotores Raul Feio, João Moura e Carlos Pinheiro, é atualmente controlada pelo grupo Patris, através da Real Vida Seguros, que detém uma participação de 76,7%. Fundada em 1997, iniciou atividade dez anos depois na fabricação de sumos de fruta e de produtos hortícolas, concentrados, aromas, purés e sumos de fruta espremida, obtidos a partir de diversas matérias-primas.

Além da fábrica em Pombal, localizada no Parque Industrial Manuel da Mota, num terreno com uma área de 18.209 metros quadrados, inaugurou uma segunda unidade em Lamego em outubro do ano passado. Detém também um entreposto em Armamar para recolha de fruta de produtores locais e um pomar para produção própria de maçã biológica, no Tramagal.

A operação já foi notificada à Autoridade da Concorrência, que deu um prazo de dez úteis, a contar da data de publicação deste aviso, para lhe serem remetidas “quaisquer observações” sobre esta operação de concentração, que “devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”.

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