Portugal apela a acordo para cessar-fogo em Gaza a 15 de agosto
EUA, Egito e Qatar exigiram que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, em reunião marcada para 15 de agosto. Alemanha e França juntam-se ao apelo.
Portugal associou-se esta sexta-feira “convicta e ativamente” ao apelo dos Estados Unidos, Egito e Qatar para a conclusão de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas. “O Governo português apoia convicta e ativamente o apelo conjunto do Presidente dos EUA, do Presidente do Egito e do Emir do Qatar para finalizar as negociações do acordo de cessar-fogo no conflito de Gaza”, afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa publicação na rede social X.
Na mesma mensagem, o Governo português, através do ministério tutelado por Paulo Rangel, insta as partes a retomarem negociações. Estados Unidos, Egito e Qatar exigiram na quinta-feira que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, numa reunião marcada para 15 de agosto, com o objetivo de o implementar sem mais demoras.
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“Pedimos a ambos os lados que retomem as discussões urgentes na quinta-feira, 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para colmatar todas as lacunas restantes e iniciar a implementação do acordo sem mais demoras”, realçaram os três mediadores, numa declaração conjunta. A nota, assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o Emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, sublinhou ainda que “é tempo de proporcionar alívio imediato tanto ao povo sofredor de Gaza como aos reféns sofredores e às suas famílias”.
Esta sexta, a União Europeia (UE) juntou-se a este apelo. “A União Europeia está com o Egito, Qatar e Estados Unidos da América (EUA) no apelo para a conclusão, sem demoras, do acordo para um cessar-fogo e libertação de reféns”, escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, na rede social X.
Os 27 países do bloco comunitário “reiteram o apoio total para a mediação que acabe com este ciclo de sofrimento insuportável”, acrescentou Josep Borrell. “O acordo vai abrir caminho para uma diminuição das tensões na região”, completou.
O Presidente de França, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, também manifestaram esta sexta o apoio aos esforços para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. “A guerra em Gaza deve parar. Isto deve ficar claro para todos (…) Todo o apoio da França aos mediadores norte-americanos, egípcios e qataris”, escreveu o Presidente francês numa publicação no seu perfil oficial na rede social X.
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O chanceler alemão utilizou os mesmos meios para reiterar a sua “profunda preocupação” com a situação no Médio Oriente, razão pela qual apoia os esforços de Biden, Al Sisi e Al Zani para “iniciar a implementação de um cessar-fogo e de um acordo para a libertação dos reféns”.
Também o Governo espanhol disse estar em sintonia com os esforços de mediação de Estados Unidos, Egito e Qatar. Num comunicado oficial, a diplomacia espanhola reitera a sua exigência de um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns, que contribua para evitar uma escalada de violência regional e que facilite o progresso na aplicação da solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo em paz e segurança.
Em reação ao comunicado assinado por Washington, Cairo e Doha, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou que uma delegação israelita vai viajar na próxima quinta-feira para se reunir com os mediadores, com o objetivo de chegar a acordo sobre os detalhes finais do acordo de cessar-fogo.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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