Turismo cresce 4,5% no semestre impulsionado pelos estrangeiros
Foram registadas 35,5 milhões de dormidas nos primeiros seis meses do ano, dando origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento, segundo o INE.
Depois de ter acelerado em maio, a atividade turística voltou a crescer em junho, mas a um ritmo mais lento que o verificado no quinto mês do ano.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, o que representa um crescimento de 6,7% e 4,8%, respetivamente, abaixo das taxas de 9,4% e 7,5% em maio.
No acumulado do semestre, as dormidas registaram um crescimento de 4,5%, atingindo 35,5 milhões, dando origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento, uma evolução determinada pelo contributo dos estrangeiros.
“Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto (+1,4%)”, explica o INE. Do total das dormidas, 25,5 milhões, ou 71,5%, foram geradas por hóspedes estrangeiros.
O número de hóspedes, nos primeiros seis meses do ano, superou os 14,3 milhões, mais 5,6% que no primeiro semestre do ano passado.
Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 2,8 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 2,1 mil milhões de euros.
O INE refere ainda que, no contexto dos resultados semestrais, inclui-se uma análise à concentração das dormidas por mercados nos principais municípios e o grau de dependência destes dos mercados externos.
“Destaca-se o facto de os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, concentrarem mais de metade do total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte-americano (59,7%) e italiano (57,3%) no 1º semestre”, indica o comunicado.
No 2º trimestre de 2024, os proveitos totais e os de aposento aumentaram 10,9% e 10,7%, respetivamente, abrandando o ritmo de crescimento face aos dois trimestres anteriores. No primeiro trimestre foram registadas taxas de crescimento de 15,3% e 15,1%, respetivamente, e no quarto trimestre de 2023, de 15,5% e 16,5%.
“É de salientar que os resultados trimestrais foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (1º trimestre) e abril (2º trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no 2º trimestre”, justifica o mesmo documento.
(Notícia atualizada às 11h51)
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