Financiamento do Estado sobe para seis mil milhões de euros no primeiro semestre
Financiamento do Estado atingiu seis mil milhões de euros até junho, sendo feito sobretudo através da emissão de títulos de dívida.
As necessidades de financiamento do Estado subiram para seis mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com a situação de excedente verificada em igual período do ano passado, que permitiu capacidade de financiamento, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
No primeiro semestre de 2023, o Estado tinha capacidade de financiamento, pelo que registou um financiamento líquido negativo de 6,6 mil milhões de euros. No entanto, até junho deste ano, precisou recorrer a outros setores para se financiar.
A informação do regulador bancário indica que o financiamento concedido às administrações públicas pelo exterior foi de oito mil milhões de euros no primeiro semestre, maioritariamente através de títulos de dívida. Em contrapartida, as administrações públicas financiaram os bancos em 1,8 mil milhões de euros, principalmente através do aumento de depósitos.
O financiamento através de emissões líquidas de títulos correspondeu a 9,3 mil milhões de euros, enquanto por intermédio de empréstimos deduzidos de depósitos foi de -3,3 mil milhões de euros.
O Estado registou um défice orçamental de 2.731 milhões de euros até junho, em contabilidade pública, de acordo com dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO). Desde dezembro de 2022, quando o saldo global foi negativo em 3.590,8 milhões de euros, que não era tão elevado, tendo-se agravado em 7.574,5 milhões de euros. Esta evolução resulta de um aumento da despesa (11,2%) aliado a uma diminuição da receita de 4,1%.
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