#16 As férias de Luís Guimarães. “Gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo”
Luís Guimarães, empresário e presidente da têxtil Polopiqué, aproveita as férias, no mar, para fazer uma avaliação de desempenho do trabalho feito. E também para pensar no futuro do país.
- Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.
Luís Guimarães não consegue desligar completamente nas férias porque a operação da Polopiqué nunca para. Este é um momento para fazer uma avaliação do seu desempenho e dos seus colegas. Mas não só. O empresário gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo e fazer-lhes entender “o quão mal estão a desempenhar as funções“.
Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?
Quando vou de férias levo sempre comigo um livro que fale de um estadista (que, infelizmente, agora há poucos), de um empresário, português de preferência, ou de alguém que me inspire.
Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?
Não consigo desligar completamente da empresa porque a operação nunca para no período de férias. Trabalhamos os 12 meses do ano. Portanto, estou sempre em contacto duas horas por dia.
As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?
A paragem para férias, para mim, representa o fim do ano, pois é quando faço a avaliação do meu desempenho e dos meus colegas e o que posso e devo melhorar na empresa. Defino normalmente a estratégia para o próximo ano enquanto viajo pelo mar que é onde gosto de passar as minhas férias. É também quando penso no nosso país, presente e futuro e o de quanto gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo e fazer-lhes entender o quão mal estão a desempenhar as funções, o quão já hipotecaram e continuam a hipotecar um país que poderia ser talvez um dos mais ricos da Europa.
Reflito bastante, porque como viajo e sou bastante observador vejo os que com pouco souberam fazer muito e nós, com muito, fazemos muito pouco ou nada apesar de no passado termos feito algo. Infelizmente, não foi o suficiente e continuo a chegar à mesma conclusão que tudo continua a ser feito por conta de enriquecimento rápido daqueles que nos governam e pouco ou nada para o desenvolvimento do país. Mas até isso me ajuda a tirar ideias para um melhor desempenho que tiro tanto da área profissional como social.
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