Montenegro aguarda disponibilidade dos quadros do PSD para corrida a Belém

Montenegro sinaliza que apoio às Presidenciais de 2026 será a um militante do partido com "apetência" e "qualificação para o cargo".

O presidente do PSD, Luís Montenegro, vai seguir a tradição do partido e aguardar por eventuais disponibilidades de militantes do PSD para manifestar o apoio a um candidato à Presidência da República. A intenção consta da proposta de estratégia global entregue esta segunda-feira, com a formalização da recandidatura do primeiro-ministro a líder social-democrata.

“No caso do PSD, seguiremos a tradição de aguardar as disponibilidades eventuais de militantes do partido com apetência e qualificação pessoal e política para o cargo”, refere sobre as eleições presidenciais de janeiro de 2026, que são consideradas como um “desafio”.

No documento destaca-se que se assiste a uma “situação particularmente exigente, porquanto no final do mandato do atual Presidente [Marcelo Rebelo de Sousa] cumprir-se-ão 20 anos de mandatos de militantes e antigos presidentes do PSD na Presidência da República”.

“No entanto, corre a nosso favor precisamente a forma como quer o Professor Aníbal Cavaco Silva, quer o Professor Marcelo Rebelo de Sousa exerceram o seu magistério sem qualquer preferência partidária e com total imparcialidade e independência”, pode ler-se no documento.

A direção de campanha de Luís Montenegro formalizou ao início desta tarde, na sede nacional, em Lisboa, a recandidatura de Luís Montenegro a presidente da Comissão Política Nacional do PSD, eleição que se realiza no dia 6 de setembro, tendo entregue a proposta de estratégia global, intitulada “Acreditar em Portugal”.

Antigos dirigentes do PSD têm sido citados como potenciais candidatos a Belém, como Luís Marques Mendes, Pedro Passos Coelho ou José Manuel Durão Barroso. Em entrevista recente ao Expresso, o líder parlamentar social-democrata lançou ainda o nome de Leonor Beleza.

Na proposta da estratégia global pode ler-se ainda que as eleições autárquicas, que têm lugar no próximo ano, serão o primeiro desafio do partido, garantindo que cumpriu o que trabalho a que se propôs para que “a próxima Comissão Política Nacional possa começar a tomar decisões desde a sua eleição e investidura no Congresso”.

“Temos muitos processos em fase adiantada de preparação e assumimos o objetivo de tornar a colocar o PSD na liderança da Associação Nacional de Municípios (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)”, refere. Defendeu ainda que “o PSD reergueu-se como o maior partido português” e que o partido estava pronto para governar com “tranquilidade e confiança”.

“Vamos aprofundar este trabalho nos próximos dois anos, dinamizando o PSD enquanto fonte principal das políticas seguidas em todos os patamares de governo que estão sob a nossa liderança e responsabilidade”, indica, ainda que se garanta que “o Governo não deve confundir-se com o partido e o partido não se deve confundir com o Governo”.

A candidatura de Luís Montenegro é a única à presidência do partido, o que já não ocorria desde 2016, quando Pedro Passos Coelho se candidatou já depois de ter saído do Governo.

(Notícia atualizada às 16h25)

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