Inflação abaixo dos 2% após forte abrandamento em agosto
Preços tiveram uma forte desaceleração em agosto com a taxa de inflação a voltar abaixo dos 2%. Redução dos preços dos combustíveis e abrandamento dos preços da fruta fresca explicam evolução.
Os preços dos bens e serviços que consumimos no dia-a-dia tiveram uma forte desaceleração em agosto. A taxa de inflação voltou abaixo dos 2%, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de inflação homóloga terá ficado nos 1,9% no mês que agora termina, menos 0,6 pontos percentuais em relação à taxa verificada em julho. Os dados finais serão divulgados no dia 11 de setembro.
A contribuir para este abrandamento dos preços esteve sobretudo a energia. O agregado dos produtos energéticos registou uma variação homóloga de -1,45%, o que o INE explica com “a conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-2,5%) com o efeito de base associado ao aumento registado em agosto de 2023″. Foi mesmo o único agregado a apresentar uma variação negativa.
Por seu turno, a inflação do agregado dos produtos alimentares não transformados baixou para 0,8% em agosto em relação aos 2,78% observados em julho. O INE destaca “o contributo da fruta fresca para esta desaceleração, parcialmente atribuível ao efeito de base associado ao aumento de 3,9% registado em agosto de 2023 nesta categoria”.
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, a inflação subjacente registou uma variação homóloga de 2,4%, uma igual à observada no mês anterior.
Depois do pico observado no final de 2022, em que chegou a superar os 10%, a crise inflacionista poderá ter ficado para trás, depois de uma forte resposta do banco central que, ao subir as taxas de juro para máximos históricos, restringiu a procura das famílias.
(Notícia atualizada às 10h06)
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