Mais pessimista, Fórum para a Competitividade corta crescimento de 2024
Fórum para a Competitividade prevê crescimento do PIB português entre 1,5% e 2% em 2024 e considera que chumbo do OE pode não ditar eleições antecipadas.
O Fórum para a Competitividade cortou a perspetiva de crescimento da economia portuguesa para 2024, esperando agora uma taxa entre 1,5% e 2%, mas admite que poderá melhorar ligeiramente em 2025, de acordo com a nota divulgada esta quarta-feira.
O gabinete de estudos justifica que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abrandou, na comparação em cadeia, de 0,8% no primeiro trimestre para 0,1% no segundo trimestre e há sinais de abrandamento no início do terceiro trimestre. Em termos homólogos, registou uma taxa de crescimento de 1,5% em ambos os trimestres.
O Fórum prevê que “nos próximos meses, a economia pode beneficiar de algum alívio do IRS e do suplemento sobre as pensões a pagar em Outubro, mas, sobretudo pela descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu” (BCE). No entanto, alerta que “o enfraquecimento da conjuntura internacional bem como a incerteza associada à aprovação do Orçamento para 2025 e as implicações políticas que poderá desencadear algum retraimento, sobretudo no caso do investimento”.
Neste sentido, atualizou em baixa a projeção para a globalidade do ano, já que anteriormente apontava para um intervalo entre 1,8% a 2,2%. Ainda assim, considera que pode “melhorar um pouco em 2025, se entretanto os significativos riscos internacionais e nacionais não se materializarem”.
Destaca ainda que a deterioração da conjuntura internacional “deve trazer alguma deceção ao cenário macroeconómico para 2025” e que “uma conjuntura menos favorável dificulta a execução de 2024 e retira margem negocial ao próximo Orçamento”.
Para o Fórum, mesmo que o Orçamento do Estado para 2025 não seja aprovado e que seja necessário funcionar com duodécimos, “não é evidente que isso redunde na convocação de eleições antecipadas, podendo haver acordos para questões muito específicas como os aumentos na função pública e a atualização das tabelas do IRS, como os socialistas já sinalizaram”.
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