Costa e Silva diz que “será muito difícil” Estado recuperar todo o dinheiro injetado na Efacec
"Tínhamos feito vários cenários. O cenário [de recuperação] mais otimista é superior a 435 milhões. No mais pessimista, podemos andar na ordem dos 350, 360 milhões”, revela Costa Silva.
O ex-ministro da Economia António Costa e Silva, que conduziu o processo de reprivatização da Efacec que culminou na venda a empresa ao fundo alemão Mutares, admite que a possibilidade de o Estado português recuperar por completo a injeção de dinheiro público na Efacec é remota. “Acho que na totalidade será muito difícil, por causa das contingências da economia e o desenvolvimento de tudo o que se passa na envolvente externa da Efacec”, afirma em entrevista ao Jornal de Negócios.
Costa Silva garante estar de “consciência tranquila” por ter feito “o melhor possível”, recusa cenários “catastróficos” de que o Estado fique com muito por recuperar. “Tínhamos feito vários cenários. O cenário [de recuperação] mais otimista é superior a 435 milhões. No mais pessimista, podemos andar na ordem dos 350, 360 milhões”, revela. Mas muito depende de fatores externos: “Se tivéssemos, por exemplo, a economia europeia a crescer e não estagnada ou anémica como está, se não tivéssemos essas dificuldades geopolíticas e as dificuldades do comércio mundial, talvez recuperássemos mais rapidamente”. Mas, ainda assim, acredita que “uma parte significativa do investimento do Estado pode ser recuperada”.
Reconhece que parte das conclusões do Tribunal de Contas faz sentido e atira responsabilidade pela fiscalização da empresa para a Parpública. A Parpública “tem os seus constrangimentos, as suas regras, pode-se criticar se foi mais ou menos expedita”, diz Costa Silva, mas ressalva que nas “discussões que tinha com os colegas”, lhe eram dadas “todas as garantias de que estavam a fazer tudo o que era possível”.
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