“Preços da eletricidade vão descer” com renováveis e armazenamento, antecipa presidente da ERSE

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos antecipa uma tendência de queda dos preços com crescimento do peso da energia renovável. Apela à eletrificação da indústria.

Pedro Verdelho, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) antecipa uma descida dos preços da eletricidade a médio e longo prazo com o aumento da produção de energia renovável e o armazenamento. Evolução permitirá “desligar” formação dos preços do custo dos combustíveis fósseis.

Os preços vão descer. É o que o cenário mostra“, afirmou Pedro Vermelho na Conferência Energy 2024, organizada pelo ECO, que está a decorrer esta quinta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. “Em 20 anos duplicámos a energia renovável”, assinalou, acrescentando que até 2050 o peso deverá subir para 85%, permitindo aos consumidores beneficiarem do custo mais baixo deste tipo de energia.

Pedro Verdelho, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)Hugo Amaral/ECO

Um crescimento que permitirá “desligar” a fixação do preço da eletricidade aos consumidores do custo da produção através de combustíveis fósseis. “O aumento da geração renovável promove o desacoplamento entre preços do gás natural e a eletricidade”, representando uma ” alteração profunda da estrutura e evolução ao longo do tempo dos preços de eletricidade”, afirmou o presidente da ERSE.

Para a redução dos preços irá também contribuir a armazenagem, com a utilização de baterias que permitam garantir o fornecimento à noite. “Renováveis com armazenamento de quatro horas permitirão substituir os combustíveis fósseis, de forma custo-eficaz”, garantiu Pedro Verdelho.

Portugal está “muito avançado” na descarbonização, como assinalou o presidente da ERSE, mas é necessário ir mais longe. “Temos de descarbonizar o setor do gás para fornecer soluções à indústria para se descarbonizar a preços eficazes e resolver a segurança do abastecimento e ligar com a variabilidade hidráulica”, defendeu. Salientou ainda que a “Península Ibérica ainda tem um longo caminho a percorrer no biometano e gases renováveis”. A segurança energética passará ainda pelo hidrogénio, mas que ainda é caro e necessita de elevados investimentos.

Pedro Verdelho realçou também a importância da integração das redes europeias e de haver um mercado único de energia na Europa: “É muito difícil descarbonizar uma ilha, mas é fácil descarbonizar um continente”.

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