Aguiar-Branco pede que OE2025 não seja “transformado numa moção de censura”
Aguiar-Branco considera ainda que o Parlamento corre o risco de perder a "base de recrutamento" e de não conseguir atrair bons quadros.
O presidente da Assembleia da República, que completa seis meses no cargo, espera que o Orçamento do Estado para 2025 não seja chumbado. “Não podemos deixar que se transforme esta situação numa moção de censura”, diz José Pedro Aguiar-Branco em entrevista conjunta ao Público e Renascença.
“O orçamento é nós olharmos para o interesse superior do país e vermos qual é esse interesse superior neste momento. E, neste momento, acho que os portugueses não querem novas eleições, não compreenderiam que nós, políticos e na Assembleia da República, não encontrássemos o consenso que permitisse não termos uma terceira eleição em três anos”, diz o número dois da nação.
Aguiar-Branco considera ainda que o Parlamento corre o risco de perder a “base de recrutamento” e de não conseguir atrair bons quadros se não for feita uma revisão “sem demagogia” para melhorar as condições dos políticos, incluindo dos salários. O social-democrata defende “menos incompatibilidades” e “mais transparência” para os titulares de cargos políticos (e não só dos deputados). “A minha manifestação de princípio é: sou favorável a que haja maior escrutínio — o máximo que se possa ter no registo de interesses e na transparência — e, depois, punir os desvios. Mas que sejamos mais abertos nas incompatibilidades, porque a dada altura é tudo incompatível”, sublinhou.
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