Presidente do CES defende acordo no Orçamento
Luís Pais Antunes admite que há contextos em que um Orçamento em duodécimos "permite gerir a situação", mas avisa que o momento atual "não é manifestamente o caso".
O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Luís Pais Antunes, “não atribui demasiada importância” ao facto de, a duas semanas da entrada no Parlamento, ainda não estar claro se o Orçamento do Estado para 2025 vai ser ou não aprovado. Mas deixa um aviso: há, sim, contextos em que os duodécimos permitem “gerir a situação”, mas essa não é a atual realidade portuguesa. Em entrevista ao ECO, que será publicada na íntegra na próxima segunda-feira, o antigo secretário de Estado do Trabalho deixa, por isso, claro que “deseja que tenhamos um Orçamento”. “Creio que é um sentimento muito forte o da necessidade da existência de um Orçamento que seja equilibrado”, sublinha Pais Antunes.
O presidente do CES acrescenta que “ainda não ouviu ninguém defender de forma convicta” que o país viveria “melhor se não tivéssemos um Orçamento do Estado”. E lembra que há múltiplos desafios à espreita, no próximo ano, a começar pela execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e sem esquecer a evolução dos conflitos em curso no Médio-Oriente.
Pais Antunes alerta também, perante uma crise política, perderia o país, os agentes políticos e os agentes económico. “Em termos de eleitorais, o facto de os portugueses serem chamados a votar pela terceira ou quarta vez nos últimos anos pode ter um impacto disruptivo na vontade de participação“, realça ainda.
Esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reúne com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, para discutir o Orçamento do Estado para 2025, que será entregue no Parlamento a 10 de outubro.
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