Algarve e Norte recusam cenário de “pressão turística” ou “turismo em excesso”

Os presidentes do turismo do Norte e do Algarve consideram que "não existe turismo a mais no país" e que se deve olhar para o setor como um "motor para o desenvolvimento económico do país".

O presidente do Turismo Porto & Norte e o presidente do Turismo do Algarve recusam o cenário que Portugal tem excesso de turismo, perante um setor que no passado atingiu máximos históricos e contribuiu para cerca de metade do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB).

No primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal, que está a decorrer esta terça e quarta-feira na Alfândega do Porto, Luís Pedro Martins afirma que “não existe pressão turística em Portugal”, enquanto André Gomes realça que “não há turismo em excesso no Algarve, nem de perto, nem de longe”, numa altura em que todas as regiões registaram um crescimento nas dormidas em agosto, com exceção da Região Autónoma da Madeira.

Não estamos a falar de turismo em excesso no Algarve, nem de perto, nem de longe.

André Gomes

Presidente do Turismo do Algarve

A presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa corrobora a ideia do presidente do Turismo Porto & Norte e realça que “Lisboa não sofre de pressão turística“. Carla Salsinha contabiliza que vivem em Lisboa 550 mil pessoas (a somar às 400 mil que trabalham ou estudam na capital e fazem deslocações diárias) e que circulam na cidade 30 mil turistas por dia. Com estes números, considera que se pode falar em excesso de turismo.

Mais a norte, a vereadora do pelouro de Turismo e Internacionalização da Câmara Municipal do Porto recusa a ideia do excesso de turismo, mas admite pressão. Conscientes deste constrangimento e para evitar a pressão turística no centro da Invicta, a Câmara do Porto criou este ano oito quarteirões territoriais com o objetivo de dispersar os fluxos do centro histórico para o resto da cidade.

“Não queremos tirar os turistas do centro da cidade, não é essa a narrativa. O Porto tem muito mais para oferecer”, realça Catarina Santos Cunha durante a intervenção no módulo “Turismo em Excesso ou desafios da gestão turística?”.

O presidente do Turismo de Portugal relembra que Portugal está este ano “muito perto” de alcançar a meta de 27 mil milhões de euros de receita turística e que o setor “é um motor para o desenvolvimento económico do país”.

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