“O ideal é podermos atingir uma privatização total do capital da TAP”, diz Montenegro
Luís Montenegro afirmou na entrevista à SIC que prefere uma privatização total do capital da TAP, mas está a terminar uma auscultação dos grupos interessados.
O primeiro-ministro manteve, em entrevista à SIC, a defesa de uma privatização total do capital da TAP, mas quer saber a intenção dos interessados na companhia, que diz serem muitos. Afirmou ainda que não vende a companhia se os objetivos estratégicos não ficarem assegurados.
“O ideal é atingir uma privatização total da TAP, desde que asseguremos as rotas estratégicas e o hub em Lisboa. Se não acontecer prefiro manter situação como está”, afirmou Luís Montenegro esta terça-feira.
O primeiro-ministro revelou que o Governo está “a acabar uma auscultação de todos os interessados. É importante não fazermos uma privatização sem saber o que os players de mercado têm como objetivo”, afirmou, garantindo que “há muitas empresas interessadas”. Uma auscultação que também influenciará o capital da companhia aérea que será vendido.
Luís Montenegro apontou para uma alienação faseada da posição do Estado. “Não estou a dizer que o modelo é passar de zero para 100. Estamos a estudar o modelo para valorizarmos a TAP o mais que pudermos”, afirmou.
O primeiro-ministro defendeu a privatização feita pelo Executivo PSD/CDS no final de 2015, já após o chumbo do programa do Governo na Assembleia da República, que colocou 61% do capital nas mãos da Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa.
“A decisão que foi tomada após 2015 de triplicar a oferta de voos para os EUA é fundamental para termos tanto investimento dos EUA em Portugal“, afirmou, salientando ainda o peso crescente dos turistas americanos nas receitas do setor. Para Luís Montenegro, o anterior Governo “quebrou uma privatização que estava em curso que estava a produzir resultados”.
A participação da Atlantic Gateway na TAP voltou para as mãos do Estado a partir de 2020, na sequência da pandemia, depois de os acionistas privados não terem avançado com fundos para a capitalização da companhia. Acabou por ser o Estado a colocar 3,2 mil milhões, no âmbito de um plano de reestruturação negociado com Bruxelas.
(notícia atualizada às 22h09)
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