Crédito ao consumo sobe 8,7% para recorde de 5,5 mil milhões até agosto

Empréstimos para compra de carro continuam em forte alta e a impulsionar o crédito ao consumo. Famílias pediram valor recorde de 5,5 mil milhões nos oito meses de 2024 apesar das taxas de juro altas.

As famílias pediram mais de 5,5 mil milhões de euros de crédito ao consumo nos primeiros oito meses do ano, correspondendo ao valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando começa a série estatística do Banco de Portugal.

Em causa estão financiamentos concedidos por bancos e financeiras para a aquisição de bens de consumo, como automóveis, eletrodomésticos e eletrónica, férias ou educação.

Os dados até agosto mostram um aumento de 8,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo supervisor bancário, confirmando-se a tendência que se vem verificando desde a pandemia, apesar das taxas de juro elevadas nos últimos dois anos.

Todos os segmentos do crédito ao consumo registam aumentos desde o início do ano, com particular destaque para o financiamento para a compra de carro: aumenta 12,2% para 2,15 mil milhões de euros entre janeiro e agosto.

Novo crédito ao consumo continua a subir

Fonte: Banco de Portugal

O crédito pessoal continua, ainda assim, a ser a principal componente do empréstimo ao consumo: as novas operações aumentaram 6% no mesmo período, totalizando os 2,46 mil milhões de euros. Neste segmento, embora o novo crédito com a finalidade educação, saúde, energias renováveis e outros tenha decrescido perto de 1% para 91,88 milhões, os outros créditos pessoais (lar, consolidado, sem finalidade específica) registou um aumento de 6,28% para 2,37 mil milhões.

Já os empréstimos concedidos por cartão de crédito tiveram um aumento de 8,11% para 932,4 milhões de euros em termos de novas operações.

Em agosto, o montante de novas operações de crédito ao consumo ascendeu a quase 700 milhões de euros, mais 7% em relação a agosto de 2023, impulsionado pelo crédito automóvel, que aumentou 9% para 278,4 milhões de euros. O crédito pessoal subiu 4% para 299,3 milhões e o crédito com cartão de crédito subiu 9% para 116,4 milhões.

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