Lusocargo reforça ligação rodoviária a Marrocos com rotas semanais para Tânger e Casablanca

Em parceria com a Gondrand, a transitária reforça ligação a Marrocos, para onde as empresas portuguesas exportaram 1.000 milhões de euros. Mercadorias chegam a Tânger em 48h e a Casablanca em 72h.

A Lusocargo, que foi comprada em 2021 pelo grupo francês BBL e é uma das maiores empresas transitárias do país, vai reforçar a ligação rodoviária a Marrocos. Com saídas semanais às sextas-feiras as mercadorias vão chegar a Tânger em 48 horas e a Casablanca em 72 horas.

“Este novo serviço é uma oportunidade para reforçar as trocas comerciais entre Portugal e Marrocos, proporcionando aos nossos clientes um serviço rápido, seguro e de confiança”, afirma João Silva, diretor geral da Lusocargo.

A parceria com o grupo logístico Gondrand, criado em 1866, vai permitir à empresa portuguesa melhorar a conectividade e eficiência na movimentação de mercadorias entre os dois países. Em comunicado, realça ainda que “permite aos clientes tirar partido da European Road Freight Network do Groupe BBL, (…) alargando a sua rede de distribuição e aumentando a conectividade entre a Europa e o Norte de África”.

No ano passado, as exportações portuguesas para Marrocos ultrapassaram pela primeira vez os mil milhões de euros, de acordo com dados do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia.

Em junho, a transitária anunciou o reforço da ligação rodoviária aos Países Baixos, um dos principais mercados da empresa. Na altura, João Silva explicou ao ECO que o transporte rodoviário representa o core da atividade da Lusocargo, “desdobrando-se na importação, exportação e no transporte a nível nacional, sendo, atualmente, 86% da faturação anual”.

Fundada em 1984 e integrada no Grupo BBL, a Lusocargo emprega 200 pessoas e dispõe de espaços físicos no Porto, Mealhada, Lisboa e Pombal, numa área total de 20 mil metros quadrados de armazéns e 5.000 metros quadrados de escritórios.

Fundado em 1997 por Kaci Kébaïli, o Grupo BBL construiu um modelo original de “federação de especialistas” que reúne cerca de 20 pequenas e médias empresas (PME), com um total de mais de 2.000 colaboradores, tendo fechado 2023 com um volume de negócios de 720 milhões de euros.

Oportunidade para exportadores de carne

Esta nova ligação surge numa altura em que o Governo marroquino decidiu reforçar a importação de carne de bovinos e ovinos para fazer face à crise da carne vermelha, marcada pela subida dos preços e pela diminuição do efetivo pecuário.

De acordo com uma nota publicada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), além dos animais vivos, Marrocos vai autorizar a importação de carne halal (proveniente de um abate especial) pronta para consumo, refrigerada ou congelada.

A agência liderada por Ricardo Arroja, que vai ver as transferências das Finanças mais do que triplicam no próximo ano, frisa que esta medida de emergência tem como objetivo “garantir um abastecimento adequado de carne a preços acessíveis, preparando simultaneamente o país para o próximo período de grande consumo, nomeadamente o Ramadão”.

 

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