Nova estratégia atira BCP para os sete mil milhões de valor em bolsa
Ações do banco estão a disparar mais de 9% depois do BCP ter anunciado resultados acima do esperado e um plano estratégico do qual “não há nada a não gostar”, segundo os analistas.
O BCP BCP 0,68% está a brilhar na bolsa esta quinta-feira. As ações estão a disparar mais de 9% depois de o banco ter anunciado resultados acima do esperado e ainda um plano estratégico até 2028 “ambicioso” mas do qual “não há nada a não gostar”, segundo os analistas.
Miguel Maya destacou ontem que queria ter “acionistas satisfeitos” quando anunciou que a nova estratégia do banco passa por distribuir até 75% dos resultados nos próximos quatro anos em que perspetiva uma média de lucros de mil milhões de euros por ano.
“Depois de uma década em que os acionistas suportaram o banco, é tempo de retribuir a transformação do banco, mantendo sempre um banco muito robusto”, assinalou o CEO.
O plano – que foi divulgado após o banco anunciar lucros de 714 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano – inclui um payout de 50% e ainda uma recompra de ações até 25% do resultado, o qual está dependente de vários fatores e de aprovação dos reguladores.
“Não há nada a não gostar da estratégia do BCP”, referiu Iñigo Veja, analista da Jefferies, numa nota citada pela agência Reuters, referindo que o que foi anunciado acrescenta 500 milhões de euros de distribuições de capital em relação àquilo que o mercado esperava.
“Os resultados superaram ligeiramente a expectativa. O rácio de capital muito forte nos 16,5%. Mas o destaque vai para as metas do plano estratégico que são melhores do que esperávamos”, apontam os analistas da Keefe, Bryuette & Woods, numa nota a que o ECO teve acesso. “É um plano ambicioso, mas o mercado vai gostar”.
Por seu turno, a agência S&P considera que os objetivos traçados pelo BCP parecem “realistas e alcançáveis de uma maneira geral”. “O plano foca-se na preservação da rentabilidade sólida nos próximos anos, apesar da descida das taxas de juro, embora mantendo disciplina no que toca aos custos e riscos. (…) Resultados fortes vão permitir distribuições elevadas aos acionistas”, referiu a agência de rating.
Em reação, as ações estão a valorizar 9,02% para 0,4604 euros e é um dos títulos que mais sobe na bolsa de Lisboa, a par da Jerónimo Martins. Este desempenho permite ao banco “engordar” cerca de 575 milhões de euros em market cap, marcando agora uma capitalização bolsista de sete mil milhões de euros.
Desde o início do ano, o BCP acumula uma valorização superior a 50%, isto depois de ter disparado 80% em 2023.
“Queremos ter uma relação com o mercado altamente positiva, que seja um título desejado para todos os portefólios de investimento”, afirmou Miguel Maya na apresentação da nova estratégia. Os investidores parecem gostar.
BCP dispara
Nota: A informação apresentada tem por base as notas emitidas pelos bancos de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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