António Mota distinguido com o prémio Lifetime Achievement na Fábrica 2030

O líder desempenhou funções executivas no grupo Mota-Engil até janeiro de 2023. Lamenta, no seu longo percurso, nunca ter feito nenhuma obra em Espanha.

O ex-presidente da Mota-Engil, António Mota, foi distinguido esta terça-feira com o prémio Lifetime Achievement na conferência Fábrica 2030. O galardão, entregue pelo ECO, pretende distinguir os empresários que assumem riscos, criam valor, e contribuem para o crescimento económico e prosperidade do país.

Tenho uma derrota monumental na minha vida”, diz António Mota. O ex líder enumera que na “construção trabalhamos na África toda, mas nunca estivemos em Espanha“. Lamenta que a “Mota-Engil nunca tenha conseguido lá entrar” e “nunca tenha feito nenhuma obra”, destacando “temos de arranjar forma de irmos para lá ou eles não virem para cá“, disse António Mota numa intervenção durante a 7.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Alfândega do Porto, após receber o galardão.

O primeiro-ministro garante que “Portugal continua a trabalhar com o Governo espanhol para que essas barreiras não existam”, destacando que “não devemos esmorecer”. “Temos de ver se conseguimos não fechar as portas aos nossos vizinhos (pois esse não é o nosso espírito), mas exigir reciprocidade na abertura da porta e podermos também competir do outro lado da fronteira com as mesmas armas”, afirma Luís Montenegro.

Luís Montenegro, que marcou presença na conferência, deu os parabéns ao gestor “pelo emprenho e inspiração que transmite a todos e ao setor” da construção.

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota nasceu em 1954 em Amarante, em criança sonhava ser bombeiro, polícia e engenheiro, mas acabou por tornar-se empresário. Licenciou-se em Engenharia Civil, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e iniciou a sua carreira em 1976 como estagiário na Mota & Companhia, exercendo atividade em diversas direções operacionais da empresa. Em 1981 assumiu a direção geral da Mota & Companhia e em 1995 sucedeu ao pai ao assumir a presidência da empresa fundada em 1946.

António Mota foi considerado o líder e promotor de uma estratégia de internacionalização que elevou a Mota-Engil a tornar-se uma das 25 maiores construtoras europeias. Após a fusão dos grupos Mota e Engil, no ano de 2000, assumiu a presidência da Mota-Engil SGPS, cargo que exerceu até janeiro de 2023.

O ano passado, António Mota entregou a liderança da empresa ao sobrinho Carlos Mota Santos, que pertence à terceira geração.

Nos primeiros seis meses do ano, o lucro líquido da Mota-Engil disparou 65% em termos homólogos para 49 milhões de euros, impulsionado por um novo recorde na faturação, enquanto a carteira de encomendas aumentou, com um montante de novos contratos de 3,3 mil milhões no primeiro semestre.

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