Portugal mantém 1.243 refugiados sírios no país. “Não vamos fazer retornar nenhum deles”, diz Montenegro
Sobre o acolhimento no futuro, o primeiro-ministro explicou que, se no seio da UE "houver uma evolução no sentido de as portas se irem fechando", "a pressão sobre Portugal pode aumentar".
Portugal não fará retornar à Síria os 1.243 refugiados atualmente acolhidos, após a queda do regime de Bashar al-Assad, disse esta quarta-feira o primeiro-ministro, adiantando que o Governo ainda não decidiu sobre a eventual suspensão de acolhimento de futuros migrantes.
“Com a queda do regime da Síria, sabe-se que há alguns países que estão predispostos ou a suspender o acolhimento de imigrantes sírios ou até a fazer retornar alguns que foram beneficiários do regime de asilo” por fugirem do regime de al-Assad, declarou Luís Montenegro, na Assembleia da República, na sua intervenção inicial no debate preparatório do Conselho Europeu que irá decorrer em Bruxelas nos próximos dias 19 e 20 de dezembro.
O executivo português, referiu, não tem ainda nenhuma decisão tomada sobre o acolhimento de imigrantes sírios e quer ouvir “os países que sofrem mais pressão”. Montenegro adiantou que o país acolhe atualmente 1.243 refugiados sírios, que, garantiu, não fará retornar à Síria. “Não vamos fazer retornar nenhum deles, assumiremos a sua integração e acolhimento”, referiu.
Sobre o acolhimento no futuro, o primeiro-ministro explicou que, se no seio da União Europeia (UE) “houver uma evolução no sentido de as portas se irem fechando”, “a pressão sobre Portugal pode aumentar”. “Teremos de olhar para a nossa situação”, disse.
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