“Perplexo” com acusações de extremismo, Montenegro rejeita instrumentalizar forças policiais

Primeiro-ministro rejeita críticas da oposição em reação à ação policial no Martim Moniz e recusa o rótulo de “extremista”. Montenegro sublinha que segurança não é "de esquerda nem direita".

O primeiro-ministro diz-se “atónito” e “perplexo” com as críticas vindas da oposição relativamente à operação de fiscalização conduzida pela PSP, há uma semana, no Martim Moniz. Luís Montenegro classifica as declarações dos partidos políticos como “injustas” e garante que “não há ação policial dirigia a nenhuma comunidade específica“.

Fico perplexo quando ouço determinados argumentos que são de todo em todo inusitados, injustificados”, afirmou o chefe de Governo, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa, em São Bento, que serviu para assinalar a tomada de posse dos novos dirigentes do Secretaria-Geral do Sistema de Informações, o embaixador Vítor Sereno, e da Secretaria-Geral do Sistema de Segurança Interna, a procuradora Patrícia Barão.

“Acho absolutamente impróprio que se possa considerar ações de natureza preventiva, policial, em contextos localizados, onde há histórico recente de prática reiterada de crime, como uma expressão de governação extremista”, acrescentou Luís Montenegro, frisando que “a segurança [interna] não é de esquerda ou da direita. É um bem da sociedade e que convém preservar“.

Montenegro rejeita ainda as acusações de que o Governo está a instrumentalizar as autoridades policiais tendo em conta uma agenda política, vincando que “as próprias forças policiais não se deixariam instrumentalizar” pelo Executivo. Pelo contrário, diz Montenegro, “o Governo estará ao lado dos profissionais da PSP, GNR e PJ e todos os serviços dos Estado que garantem legalidade e respeito pelas regras do estado social“, atirou.

Em causa está uma “operação especial de prevenção criminal” conduzida pela PSP, na passada quinta-feira, na zona do Martim Moniz, considerada pelas autoridades como uma zona onde “frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas”. A operação previa ainda executar seis mandados de busca não domiciliários.

A operação resultou numa detenção de um cidadão com nacionalidade portuguesa por posse de droga e arma ilegal, além da apreensão de perto de cem artigos contrafeitos e cerca de 1.400 euros em dinheiro vivo, resultado de contrafação.

Na altura, Luís Montenegro rejeitou as críticas que resultaram daquela iniciativa policial, sublinhando que quantas mais intervenções desta natureza as forças de segurança concretizarem, “melhor”.

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