“Luís Montenegro acha que o Banco de Portugal existe para o servir”, atira Augusto Santos Silva

O ex-presidente da Assembleia da República acusa o primeiro-ministro de querer que o BdP pagasse o salário de Hélder Rosalino e diz que Montenegro tem "ódio" de Centeno.

O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, acusou, esta terça-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de achar “que o Banco de Portugal [BdP] existe para o servir”, nutrindo “um ódio de morte a Mário Centeno” por “defender a independência” do regulador, referindo-se à polémica em torno do pagamento da remuneração de Hélder Rosalino no cargo de secretário-geral do Governo.

“O Governo decidiu criar o cargo de secretário-geral do Governo, decisão sua e inteiramente legítima. Nomeou para esse cargo Hélder Rosalino, antigo secretário de Estado de Governo PSD-CDS (o qual, se o Governo fosse do PS, seria por isso imediatamente crismado de ‘boy’, mas já se sabe que há coisas que só existem, para os nosso média, se o Governo for do PS)”, comentou o socialista na rede social Facebook.

Augusto Santos Silva considerou “compreensível” que Rosalino quisesse manter a sua remuneração, mas criticou o facto de o Executivo ter alterado a lei para permitir que tal acontecesse, considerando que essa alteração “é muito criticável, por configurar o caso de uma lei feita à medida de uma particular pessoa”.

Num comentário ao comunicado feito ontem pelo gabinete do primeiro-ministro sobre a renúncia de Rosalino para assumir o cargo, após todo o debate que houve em torno do vencimento, Santos Silva fala num “comunicado muito peculiar”, referindo-se ao aviso do Executivo de que o BdP é que “vai perder, porque terá na mesma de pagar o seu salário – como se o consultor Rosalino nada fizesse no Banco”.

Moral da história: Luís Montenegro acha que o BdP existe para o servir. E tem um ódio de morte a Mário Centeno, que, felizmente para todos nós, conhecendo e respeitando a lei, não tem medo de defender a independência do BdP”, remata.

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