Ana Mendes Godinho diz que pandemia teve “consequências financeiras” na Santa Casa

Mendes Godinho garantiu ainda que a sustentabilidade financeira da Santa Casa foi sempre uma das "prioridades" e que impôs "condicionantes" na internacionalização dos jogos sociais.

A anterior ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social realçou que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) teve um papel “extraordinário” ao longo dos seus cinco séculos de existência e “em particular durante a pandemia” na sua missão social, mas lembrou que a Covid teve “consequências financeiras”.

Na sua intervenção inicial, Ana Mendes Godinho começou por destacar o “histórico da Santa Casa na capacidade que tem tido ao longo dos séculos de responder às necessidades dos mais vulneráveis”, mas também “em particular durante a pandemia”, onde foi “chamada e teve uma resposta extraordinária”, quer a “ajudar as pessoas” quer “em espaços de retaguarda ou na realização massiva de testes Covid” ou na distribuição de máscaras em lares, enumerou.

A Covid “traduziu-se em mobilização dos trabalhadores, mas também de custos”, indicou a ainda a anterior responsável pela tutela da SCML, que está a ser ouvida na Assembleia da República, na sequência de um requerimento da Iniciativa Liberal (IL) e do Chega. “É mesmo importante lembrar que pandemia e todos os seus efeitos” tiveram consequências financeiras” e coincidiram com uma altura em que as receitas provenientes dos jogos sociais já estavam em queda, acrescentou.

A anterior governante e agora deputada socialista explicou ainda que quando assumiu funções governativas “já estava em curso uma avaliação da estratégia a desenvolver” para avançar com o projeto de internacionalização dos jogos sociais, sendo que este processo surgiu “como resposta a uma necessidade evidente de diversificar as fontes de receita” da Santa Casa, numa altura em que as apostas tradicionais já estavam sob “concorrência” do jogo online.

Depois de no “final de outubro de 2019” Edmundo Martinho, ex-provedor da SCML, ter pedido autorização à tutela para criar a Santa Casa Global, empresa criada para levar a cabo a internacionalização dos jogos sociais e detida a 100% pela SCML, Mendes Godinho, em “junho de 2020”, acabou por dar “luz verde” à constituição da sociedade.

Ainda assim, garante que no despacho impôs “de forma expressa e clara” um conjunto de “condicionantes” que considerava fundamentais para “salvaguardar e garantir” a sustentabilidade da intuição fundada em 1498. “A sustentabilidade financeira da SCML foi sempre uma das prioridades que me norteou”, sublinhou.

Segundo a deputada do PS, entre as condições impostas estava explícito que “em momento algum a participação na Santa Casa Global podia prejudicar a SCML a nível financeiro”, que “qualquer investimento deveria ser precedido de uma rigorosa análise que avaliasse todas as condicionantes do negócio” e que as entidades parceiras deviam seguir “as normas internacionais” e não podia integrar paraísos fiscais. Além disso, diz que “posteriores investimentos” deviam ter autorização da tutela.

Por outro lado, Mendes Godinho disse ainda que a 14 de junho de 2021 recebeu um email do então provedor Edmundo Martinho “havia uma alteração estratégica” no Brasil relacionada com “alterações legislativas” e com a pandemia. Foi-lhe ainda garantido que “partilhariam todas as fases da operacionalização”, mas depois disso “a Santa Casa não prestou mais informação”, sinalizou.

Não autorizei nenhuma das operacionais concretas, tendo apenas autorizado a constituição da Santa Casa Global”, afirmou a antiga governante, reiterando que em todos os despacho que fez deixou claro as suas “preocupações” com a sustentabilidade financeira e a necessidade “de avaliar a evolução das receitas e despesas”.

Mendes Godinho referiu ainda que em 2021 a Santa Casa entregou ao Governo um documento que apontava para um aumento das despesas da instituição e que a anterior mesa apresentou “um conjunto de ações que iria desenvolver para reforçar a sustentabilidade das contas”. E adiantou que esta “preocupação veio a ser confirmada no parecer de março em 2023 relativamente ao relatório e contas de 2022 que sinalizou pela primeira uma preocupação com sustentabilidade financeira da Santa Casa e com processo de internacionalização”, disse.

Privatização “nunca esteve em equação”. Era “uma ameaça inaceitável à missão da Santa Casa”

A anterior ministra do Trabalho garantiu ainda que durante o seu mandato a privatização dos jogos sociais da Santa Casa “nunca esteve em equação” e acredita que a atual ministra também não tem essa intenção. “Era uma ameaça inaceitável à missão da Santa Casa”, referiu, em resposta aos deputados, depois de o anterior provedor ter dito durante a sua audição que a polémica sobre a instituição serve “intenção de privatizar os jogos sociais”. Esta última possibilidade foi, aliás, também já admitida por Pedro Santa Lopes, provedor da SCML entre 2011 e 2017.

Mendes Godinho referiu ainda que teve uma reunião de transição de “três horas” com a atual ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, onde o “tema da Santa Casa foi um dos temas abordados”. A governante garantiu ainda que prestou toda a informação que tinha ao novo Executivo e que se mostrou disponível para prestar quaisquer esclarecimentos que fossem necessários.

No final da audição, a agora deputada socialistas defendeu ainda o trabalho feito por toda a mesa da SCML, que foi exonerada pelo Executivo – mas que se mantém em gestão corrente até haver nomeação de nova equipa –, elogiando nomeadamente “as medidas corajosas, difíceis e algumas até com muita resistência e com dificuldade de negociação” tomadas e que permitiram “equilibrar as contas” da Santa Casa.

(Notícia em atualizada pela última vez às 20h10)

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Sonag e Mutragui impedidas de operar na Guiné Conakri

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2024

Um dos motivos para esta decisão foi a constatação por parte do regulador de 'violações graves e repetidas das regras regulamentares aplicadas às empresas de seguros por parte das duas companhias". 

O Banco Central da República da Guiné (BCRG) anunciou em comunicado a 9 de maio deste ano a retirada as licenças de operação das seguradoras Société Nouvelle d’Assurances de Guinée (SONAG) e a Mutuelle des Travailleurs de Guinée (MUTRAGUI) – medida com efeitos imediatos.

Em comunicado o branco explica que um dos motivos para esta decisão foi a constatação por parte do regulador de ‘violações graves e repetidas das regras regulamentares aplicadas às empresas de seguros por parte das duas companhias”.

Além disso, foram detetadas ‘graves disfunções no seio das empresas’, nomeadamente: “incapacidade dos acionistas de acompanharem o processo de aumento do capital social mínimo, ausência de programas de resseguro e de instrumentos de produção adequados, inexistência de políticas e procedimentos que regem as atividades, fraca governação empresarial e falta de um sistema de controlo interno”.

Nesse âmbito, as seguradoras caracterizam-se pela “falta de regularização de sinistros” o que tem dado origem a reclamações recorrentes “e a distorções da concorrência no mercado”. Para o BCRG esta situação coloca em risco os segurados destas empresas e fragiliza a imagem e reputação do setor segurador guineense.

O último fator apontado como justificação para esta decisão o regulador refere que mesmo depois de ter designado um inspetor para supervisionar a atividade das seguradoras, alertado para a necessidade de criação de um plano de reestruturação para enfrentar a situação financeira das companhias desde 2022 “isso não foi suficiente para aliviar a sua já terrível situação financeira”.

Para o Regulador “a retirada das licenças de seguros insere-se no esforço de saneamento do setor dos seguros guineense”.

Ainda pede aos clientes e credores das seguradoras ‘calma e serenidade’, afirmando que “será brevemente nomeado um liquidatário para cada uma das empresas, a fim de avaliar os ativos e liquidar os passivos nos termos da lei”.

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Relatório afasta indícios de que Marcelo tenha traído a pátria

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

O relatório, redigido pela deputada do PS Isabel Moreira, conclui "não existirem quaisquer indícios da prática dos crimes de traição à pátria, coação contra órgão Constitucional ou similares”.

O relatório da comissão parlamentar especial concluiu não existirem “quaisquer indícios da prática dos crimes de traição à pátria” ou coação contra órgão constitucional por parte do Presidente da República, ao contrário do que o projeto do Chega defendia.

“Uma vez que o Presidente da República não utilizou as suas funções, com ou sem flagrante abuso das mesmas, para usurpar outros poderes soberanos ou favorecer, de algum modo, qualquer Estado estrangeiro, nem praticou qualquer ato público ou privado com potencialidade de prejudicar a soberania do Estado português, e analisados os tipos penais invocados pelo Grupo Parlamentar Chega, concluímos não existirem quaisquer indícios da prática dos crimes de traição à pátria, coação contra órgão Constitucional ou similares”, pode ler-se na conclusão do relatório a que a agência Lusa teve acesso.

O relatório, redigido pela deputada do PS Isabel Moreira, foi produzido no âmbito da comissão parlamentar especial constituída para analisar o projeto do Chega que requer a abertura de um processo contra o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência das declarações sobre reparações às ex-colónias. A comissão parlamentar especial vai discutir na quinta-feira este relatório.

Num relatório de seis páginas, Isabel Moreira analisa juridicamente os crimes alegados pelo Chega, começando pela “Traição à Pátria”. “Não houve tentativa de separação do Estado, de o entregar a um país estrangeiro ou tão pouco de tentar submeter Portugal a soberania estrangeira, em parte ou totalmente, nem foi ofendida ou posta em perigo a independência nacional”, refere.

Quanto à “Coação contra Órgãos Constitucionais”, a relatora conclui: “Excluímos este crime de resultado por um critério de evidência. Não encontramos qualquer atuação por parte do Presidente da República que tenha impedido ou constrangido o livre exercício das funções de qualquer órgão de Soberania”.

Sobre a “Usurpação de autoridade pública portuguesa”, Isabel Moreira escreve que “este artigo também não se encontra preenchido, uma vez que não há registo de qualquer ato de autoridade privativo que tenha sido praticado pelo Presidente da República a favor de qualquer Estado estrangeiro”.

Na tomada de posse da comissão parlamentar especial, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, considerou que a natureza desta comissão era relevante pela “gravidade dos factos que estão em causa e que é suscetível de colocar em causa o regular funcionamento dos órgãos de soberania”, o que justifica que todo o processo decorresse “com celeridade, dentro da legalidade”.

“Nós estaremos em condições de votar, na pior das hipóteses, na sexta-feira em sessão plenária que possa inclusivamente ser convocada para o efeito extraordinariamente porque poderei fazer isso nos termos do nosso regimento”, referiu Aguiar-Branco na sua curta intervenção na qual desejou um “trabalho profícuo e de qualidade”.

O projeto de deliberação entregue na segunda-feira pelo Chega no parlamento requer a abertura de um processo contra o Presidente da República pelos crimes de traição à pátria, coação contra órgãos constitucionais e usurpação. “O Chega requer à Assembleia da República que dê início às diligências conducentes à abertura de processo próprio contra Sua Ex.ª o Presidente da República pelo crime de traição à pátria, coação contra órgãos constitucionais e usurpação”, lê-se na proposta divulgada pelo partido.

 

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Emprego público atinge novo recorde e sobe para 748.870

No primeiro trimestre, o Estado criou mais 3.439 postos de trabalho, em termos homólogos, um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias.

O número de funcionários públicos subiu para 748.870, no primeiro trimestre do ano, atingindo um novo máximo da série, que se inicia em 2011, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta quarta-feira.

Em termos homólogos, o Estado contratou mais 3.439 trabalhadores, o que corresponde a um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias, sinaliza o relatório. Em cadeia, foram criados mais 3.280 postos de trabalho, uma subida de 0,4%, face ao trimestre anterior. Em comparação com o início da série estatística (último trimestre de 2011), “o aumento foi de 2,9%, o que correspondeu a mais 21.169 postos de trabalho”, indica a DGAEP.

Em termos homólogos, o aumento do emprego de 0,5%, nos primeiros três meses do ano, entre janeiro e março, “significou mais 3.439 postos de trabalho, com origem essencialmente no subsetor da administração local”, que contratou mais 3.291 trabalhadores, “uma subida de 2,5%, em resultado, sobretudo, do aumento de emprego na carreira de técnico superior”. “Na administração central, o aumento foi de 549 postos de trabalho (+0,1%)”, de acordo com o mesmo documento.

Face ao trimestre anterior, o aumento de 0,4% ou de mais 3.280 postos de trabalho “resultou sobretudo do acréscimo de trabalhadores na administração central (+2.104, correspondendo a +0,4%) e na administração local (+1.195 ou +0,9%)”. “Os maiores contributos para o aumento do emprego na administração central foram dados pela carreira médica”, para qual entraram mais 1.163 trabalhadores, “decorrente da contratação a termo de médicos que iniciaram o internato em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde, e pelas Forças Armadas, nas quais se registaram mais 649 postos de trabalho”, detalhe a síntese estatística da DGAEP.

“No trimestre em análise, tiveram particular impacto na estrutura do emprego da administração central a transição de trabalhadores dos agrupamentos de centros de saúde e outras entidades do setor público administrativo para as unidades locais de saúde (entidades do setor empresarial do Estado), a reorganização e criação de novas entidades na área governativa da cultura e a transição de trabalhadores de entre diversas entidades, entre as quais se destacam as direções regionais de agricultura e pescas, para as comissões de coordenação e desenvolvimento regional”, lê-se no mesmo documento.

Salário médio bruto sobe 6,4% para 1.730,2 euros

Quanto à evolução do salário médio bruto no Estado, em janeiro, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das Administrações Públicas situava-se em 1.730,2 euros, o que corresponde a um aumento de 4,3% ou de 70,7 euros face ao mês de referência do trimestre precedente (outubro 2023). Em comparação com o período homólogo, isto é, com janeiro do ano passado, verificou-se um crescimento salarial de 6,4% ou de 104,4 euros.

O crescimento do ordenado médio deve-se ao “efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, de medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e da atualização do valor da remuneração mínima mensal garantida”, de 760 euros para 820 euros, e do valor da base remuneratório da Administração Pública (BRAP)”, também conhecida como o salário mínimo praticado no Estado, que estava nos 769,2 euros e que subiu para 821,83 euros.

Já o ganho médio mensal, que inclui não só o ordenado mas também o pagamento de prémios, subsídios ou horas extraordinárias, atingiu os 2.043,5 euros, em janeiro deste ano, “correspondendo a uma variação global de 3,7%” ou de 73,8 euros, face ao trimestre anterior, e a uma variação homóloga de 6,6%” ou de 127,1 euros.

“A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios e suplementos regulares. Já a componente do ganho referente ao pagamento por horas suplementares apresenta uma ligeira diminuição”, destaca o relatório.

(Artigo atualizado às 19h13)

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Privados questionam publicidade na RTP, presidente da RTP defende ajudas para os privados

A publicidade na RTP ocupou grande parte do painel dedicado ao Estado da Nação dos Media, que juntou os CEO da Media Capital, Medialivre e Impresa e o presidente da RTP.

A discussão sobre o financiamento da RTP ocupou grande parte do Estado da Nação dos Media, debate organizado pela APCD no âmbito do 33.º Congresso das Comunicações. No painel que juntou os CEO dos operadores privados e o presidente da RTP, os primeiros três defenderam o fim ou redução da publicidade na RTP, enquanto Nicolau Santos, presidente do operador público, apontou a necessidade de os poderes públicos apoiarem os operadores privados, tal como aconteceu durante a pandemia.

Vivendo o setor dos media uma “grave crise de sustentabilidade e ameaças várias que podem colocar ainda mais em causa essa sustentabilidade”, se for entendido que a informação “é fundamental e um dos pilares da democracia portuguesa, então o Estado deve apoiar o setor privado”, afirmou o presidente da RTP.

O tema do financiamento da RTP foi puxado por Nicolau Santos na sua primeira intervenção. “O financiamento da RTP, que tanto incomoda muitos analistas do setor, está congelado desde 2016 e a RTP tem uma missão de serviço público que contempla a existência de oito canais de televisão e sete canais de rádio”, lembrou.

Referindo que a publicidade representa cerca de 20 milhões do orçamento total, que “no cabo quase não tem publicidade”, Nicolau Santos defendeu que se o operador público fosse “impedido de conquistar” publicidade, “não era seguro” que os 20 milhões de euros fossem repartidos pelos restantes operadores.

Opinião diferente foi manifestada pelos operadores privados. Luís Santana, CEO da Medialivre, pela primeira vez com assento neste painel, apontou uma “unanimidade” na ideia de que não faz sentido uma entidade que tem financiamento público estar a discutir o financiamento com privados.

“Existe uma opinião unânime sobre a RTP, uma entidade que tem um financiamento público substancial estar a concorrer com canais privados. Tem de se avaliar o número de canais disponíveis no TDT, perceber se há sobreposições e redundâncias, e se o valor de financiamento não deve sofrer uma otimização dos custos”, afirmou o CEO da empresa que no próximo dia 17 de junho vai lançar o Now, um novo canal de informação.

“Fazemos o negócio dos media à imagem da realidade do mercado que temos, e não tenho visto uma otimização dos custos da RTP, ajustada a esta mesma realidade”, acrescentou.

Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, defendeu uma “redução substancial” do tempo de publicidade da RTP, referindo que o facto de poder ter também publicidade no digital “prejudica os privados”. “Desde 2016 que temos sido coerentes. Devia haver eliminação ou redução substancial do tempo de publicidade reservado à RTP, para uma concorrência mais leal, à semelhança do que se faz noutros países“, sustentou.

Pedro Morais Leitão, CEO da Media Capital, acrescentou que se é entendido que todos os canais fazem serviço público, “o financiamento devia ser repartido por todos”. “Quando discutimos as receitas de publicidade e de financiamento publico, estamos a discutir como se pagam os custos operacionais. Mas o nosso desafio para o futuro é como é que se pagam as plataformas digitais”, alertou o responsável pelo grupo que detém a TVI e a CNN Portugal.

O lançamento do novo canal de Medialivre serviu de pontapé de saída para o debate, com Luís Santana a referir que “não será a entrada de um novo canal que vai causar distúrbio” no mercado. “Se há algo que está a distorcer o mercado é a publicidade digital e as plataformas digitais que está a comer um valor desproporcionado”, ponto que recolheu a concordância de todos os presentes.

O negócio da publicidade é um negócio secundário para os novos projetos. Quem decide são os operadores, que partilham entre si o mercado de tv paga”, apontou por seu turno Pedro Morais Leitão.

“O mercado da publicidade, neste momento, não chega para ninguém. 2024 será o ano em que as plataformas digitais vão ultrapassar as televisões de sinal aberto em receitas. O mercado digital está a crescer a dois dígitos”, acrescentou o responsável da Media Capital.

O Now, recorde-se, vai ocupar a posição nove da Meo, Nos e Vodafone, que viabilizaram o projeto, surgindo a seguir à CMTV — as grelhas dos operadores são temáticas, comentou a propósito Luís Santana, apontado até a posição cinco, a da SIC Notícias, como a ideal para a CMTV, canal generalista.

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PSD desce mais o IRS do 3.º e 4.º escalões e iguala propostas de PS e Chega

O líder da bancada laranja, Hugo Soares, anunciou que o partido entregou um projeto que reduz as taxas em 0,5 pontos, mas baixa menos o imposto do 6.º escalão para não violar a norma-travão.

O grupo parlamentar do PSD comprometeu-se a reduzir ainda mais as taxas dos 3.º e 4.º escalões do IRS, isto é, de quem recebe entre 1.100 e 1.800 euros mensais, de forma a “igualar a proposta do Chega e do PS”, anunciou esta quarta-feira o líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, durante o debate quinzenal, depois de ter sido desafiado pelo líder do Chega, André Ventura.

A proposta do Governo prevê uma diminuição da taxa do 3.º escalão, entre 11.623 e 16.472 rendimentos brutos anuais, em 0,5 pontos percentuais (p.p.), de 23% para 22,50%. Ora o projeto do PSD visa baixar mais 0,5 p.p. para 22%.

No 4º escalão, entre 16.472 e 21.750 euros anuais, o Executivo pretendia diminuir a taxa em 0,5 p.p., de 26% par 25,50%. Os sociais-democratas propõem agora recuar o imposto mais 0,5 p.p. para 25%. Desta feita, o grupo parlamentar equipara a proposta do PS e do Chega.

Como contrapartida, e para “não violar a norma-travão”, o PSD foi “ao encontro do PS e aproximou-se do 6.º escalão”, baixando menos a taxa deste intervalo de rendimentos, revelou ainda Hugo Soares. Isto significa que a taxa deste patamar de retribuições, entre 27.146 e 39.791 euros brutos anuais ou de entre 2.200 e 3.100 euros mensais, em vez de baixar 3 p.p., de 37% para 34%, deverá ter uma redução menor, de 1 p.p., para 36%, em linha com o que propõe o PS.

“Não há razões para dizer que não negociámos. Desta vez vamos ver se o Chega se chega mais ao PS ou se o PS vai dar colo ao Chega”, atirou o líder da bancada laranja. No final de debate quinzenal, o primeiro-ministro deu respaldo às palavras de Hugo Soares, afirmando que, durante a discussão, na especialidade, das várias propostas de alteração do IRS, “será a ocasião para ver se o Chega e o PS têm ou não predisposição para o diálogo político”.

“Reclamar diálogo do Governo tem de ter o reverso da medalha. Vamos aguardar com expectativa para ver se quem não rejeitou o programa do Governo se quer dar ao Governo as condições para executar a nossa política”, atirou Luís Montenegro, referindo-se quer ao Chega quer ao PS. O primeiro votou contra as duas moções de rejeição, apresentadas por PCP e BE, e o segundo absteve-se.

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Encargos com PPP caíram 8% em 2023. ANA partilha receitas pela primeira vez

A ANA - Aeroportos de Portugal partilhou as receitas com o Estado pela primeira vez, entregando 8,5 milhões de euros ao longo de 2023. 

O custo das parcerias público-privadas (PPP) para o Estado caiu 8% em 2023, para 1.224,2 milhões de euros, de acordo com o boletim trimestral publicado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) este mês. O ano passado foi o primeiro em que a ANA – Aeroportos de Portugal partilhou as receitas com o Estado, tendo entregue 8,5 milhões de euros.

“Os encargos líquidos acumulados do setor público com as PPP no 4.º trimestre de 2023 ascenderam a 1.224,2 milhões de euros, valor inferior em 8% (-101,7M€) face ao período homólogo e 1% abaixo do montante orçamentado (-16,5M€)”, indica a UTAP. Os setores com mais peso nas PPP e por isso responsáveis por estas variações são o rodoviário e a saúde.

No setor rodoviário, verificou-se um decréscimo nos encargos líquidos (-58,4M€) devido ao “efeito conjunto entre a diminuição dos encargos brutos (-21,7M€) e o aumento das receitas (+36,7M€)”.

Já na saúde registou-se uma “diminuição dos encargos brutos (-36,4M€) devido à ausência de certos pagamentos efetuados no ano anterior, como o da EGEst Loures para tratamentos de VIH/SIDA, com a referida queda atenuada pelo aumento nos pagamentos contratuais do novo contrato da EGEst Cascais”.

É de recordar que as PPP na saúde têm vindo a terminar, com a exceção do Hospital de Cascais, cuja gestão passou para as mãos dos espanhóis da Ribera Salud.

Entre os vários setores das PPP, destaca-se ainda a ANA. A UTAP indica que “os pagamentos acumulados realizados pela ANA ao parceiro público ascenderam a cerca de 8,5 milhões de euros no 4.º trimestre de 2023, cujo valor é referente ao pagamento das prestações devidas ao parceiro público a título de partilha de receitas”, tendo este sido o primeiro ano em que ocorreu esta partilha.

Este valor ficou bastante acima do orçamentado, que era de apenas 291 mil euros. Este desvio das receitas face ao valor orçamentado “é justificado pelo desempenho da concessão acima do previsto”, explica a UTAP.

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BCP disponível para financiar “oportunidades” do novo aeroporto de Lisboa

CEO do banco aplaudiu decisão de se avançar com o novo aeroporto de Lisboa e adiantou que vai estar “ativo” para ajudar os clientes a tirarem partido das oportunidades.

O BCP está disponível para financiar os seus clientes “nas oportunidades” que surgirem em torno do novo aeroporto de Lisboa. O CEO do banco aplaudiu a decisão anunciada esta terça-feira pelo Governo.

“Vemos com satisfação que se tenha tomada a decisão” do novo aeroporto de Lisboa, referiu Miguel Maya esta quarta-feira, durante a conferência de apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

O gestor adiantou que o BCP “estará ativo em apoiar os seus clientes em todas as oportunidades relacionadas” com o projeto. “Quer procurar estar com os seus clientes para tirarem partido dessas oportunidades”, adiantou.

O banco registou lucros de 234,3 milhões de euros no primeiro trimestre, uma subida de 8,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O Governo aprovou na terça, em Conselho de Ministros, o Campo de Tiro de Alcochete para a localização do novo aeroporto da região de Lisboa, e ainda a Terceira Travessia do Tejo e o projeto de Alta Velocidade que irá ligar Lisboa e Madrid.

(Notícia atualizada às 18h10)

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Fábrica Favir em leilão público por mais de 1,1 milhões

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

O leilão decorrerá nas instalações da empresa insolvente, cujo passivo integra uma unidade industrial completa e operacional de produtos metálicos, avaliada na totalidade, em 1.331.230 euros.

A fábrica de esfregões Favir Lda, que fechou em 2023, em Santa Comba Dão, no distrito de Viseu, vai a leilão público no dia 27 por mais de 1,1 milhões de euros. Segundo a leiloeira, o leilão decorrerá nas instalações da empresa insolvente, cujo passivo integra uma unidade industrial completa e operacional de produtos metálicos, avaliada na totalidade, em 1.331.230 euros.

Os ativos em venda incluem um complexo industrial com quatro pavilhões e um posto de transformação, equipamentos e maquinaria para o fabrico de produtos metálicos, concretamente rolinhos de lã de aço, palha-de-aço, esfregões de arame e os famosos esfregões saponificados.

Entre os ativos estão também o “stock e matéria-prima, mobiliário de escritório e material informático, outro mobiliário e eletrodomésticos e a marca nacional Favir”, acrescentou. A Favir Lda começou por se dedicar à produção de plásticos, mas, desde 1964, fabricava “produtos de limpeza derivados do arame de aço, produzindo, inclusive, o célebre esfregão impregnado com sabão”.

“Esta marca identitária de Santa Comba Dão diferenciava no tecido industrial local, regional, nacional e internacional”, sublinhou. A leiloeira lembrou que a Favir exportava para praticamente todos os países europeus e africanos de língua oficial portuguesa a maior parte da sua produção de esfregões desengordurantes com sabão impregnado, de lã d’aço, de palha d’aço, de esfregões galvanizados, aço inoxidável e aço níquel.

“A venda da unidade industrial completa constitui uma vantagem de investimento, uma vez que permite ao investidor dar continuidade à atividade da empresa”, frisou. Em agosto de 2023, o PSD de Santa Comba Dão lamentou o encerramento da fábrica, que deixou mais de 30 pessoas desempregadas, quase todas mulheres.

“Foi com um misto de tristeza e preocupação que assistimos ao encerramento de mais uma empresa no nosso concelho, neste caso, a Favir. Fundada em 1961, a Favir não era só uma empresa do nosso concelho. Era, igualmente, uma marca identitária de Santa Comba Dão, nacional e internacionalmente”, considerou.

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Candidato da extrema-direita à Comissão Europeia excluído dos debates

Anders Vistisen alega "censura" por ter sido excluído do próximo debate entre os candidatos à presidência da Comissão Europeia. Transmissora argumenta que ID não nomeou um 'sptizenkandidat'.

O candidato pelo Identidade e Democracia (ID) – família europeia do Chega, do Reagrupamento Nacional, de França, a Lega, de Itália, e a Alternative für Deutschland, da Alemanha – foi impedido de participar nos debates entre os spitzenkandidat à presidência da Comissão Europeia.

A decisão foi anunciada pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês), organizadora dos debates, que justifica a decisão por o ID não ter nomeado, oficialmente, um spitzenkandidat para a corrida, embora Anders Vistisen já tinha participado num primeiro debate, no início do mês, em representação da família partidária. A decisão foi comunicada ao partido esta semana, revela a Euronews.

Consideramos que existe censura por parte das emissoras públicas europeias“, afirmou Anders Vistisen, em declarações ao Politico.

Numa carta dirigida à Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, a direção do grupo ID afirma que as regras da EBU são “incoerentes”, uma vez que existem outros grupos partidários que apresentaram mais do que um candidato na corrida a Bruxelas. O Renew Europe (futura família partidária da Iniciativa Liberal) será representado por três candidatos – o principal será agora Sandro Gozi, em substituição de Marie-Agnes Strack-Zimmermann – enquanto os Verdes nomearam dois spitzenkandidats: Bas Eickhout e Terry Reintke.

Segundo o ID, esta realidade também “vai contra” o princípio do spitzenkandidat e por isso pediu que Metsola que interviesse e instasse a EBU a recuar da decisão, de forma a que o eurodeputado Anders Vistisen, do Partido Popular Dinamarquês, de extrema-direita, participasse no debate de 23 de maio em nome do grupo.

O ID junta-se assim ao Partido Europeu dos Conservadores e Reformistas (ECR) que rejeitou não só participar nos debates como apresentar um candidato principal à corrida a Bruxelas, por considerar o processo de candidato partidário como “inútil”, depois do sucedido em 2019.

Além da exclusão do ID, o EBU também não convidou a Aliança Livre Europeia (ALE), que reúne os partidos regionalistas e separatistas da Europa, a participar no debate por alegar que o grupo tem atualmente representação no Parlamento Europeu ao abrigo da coligação com os Verdes. De acordo com as regras, apenas um candidato de cada um dos sete grupos políticos do Parlamento Europeu pode participar no debate.

“Em coordenação com o Parlamento Europeu, a UER convidou os partidos políticos do Parlamento Europeu a nomear um candidato principal de cada um dos sete grupos políticos oficiais representados”, cita a Euronews o comunicado da EBU a que teve acesso. “Os partidos desses grupos fizeram a seleção do candidato principal. Para o Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, o candidato principal apresentado foi Terry Reintke, do partido dos Verdes Europeus”, acrescenta.

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Entrada da Digi deverá provocar “reação criativa” das operadoras, diz presidente da Anacom

Sandra Maximiano afirmou que as operadoras têm algum receio da entrada da Digi nas receitas, mas salientou que a procura por conectividade está a crescer.

A entrada da Digi no mercado de telecomunicações deverá provocar reações criativas e (saudavelmente) competitivas por partes operadoras existentes, afirmou esta quarta-feira Sandra Maximiano, presidente da Anacom.

“A dinâmica do mercado português das comunicações eletrónicas nos últimos anos tem mostrado que existe uma oferta de serviços de grande qualidade, mas que existe uma prevalência de ofertas em pacotes, cada vez mais homogéneas, levando a uma perceção de falta de concorrência no setor, o que justifica também a falta de mobilidade dos consumidores mesmo após o período de fidelização”, disse Maximiano, num discurso no 33º Congresso da APDC.

Adiantou que, com vista à promoção da concorrência, a Anacom tem promovido medidas do lado da oferta. “Destaco primeiro o reforço das condições para que as empresas possam entrar e competir ativamente no mercado”, disse. “Em breve um novo operador, a Digi, entrará no mercado português, o que levará, esperemos, a uma reação criativa e saudavelmente competitiva dos operadores”, vincou.

“Sei que existe algum receio por parte destes, sobre o impacto do novo operador nas suas receitas, mas ao contrário [do que acontece nos] media, com a redução de audiência nos media tradicionais, a procura por conectividade está em expansão”.

A Digi confirmou no início de março que vai lançar as primeiras ofertas de telecomunicações em Portugal durante este ano. A operadora de origem romena também revelou que pretende disponibilizar em simultâneo serviços fixos e móveis, nomeadamente, ofertas de fibra ótica e 5G.

A economista Sandra Maximiano, especializada na análise do comportamento dos agentes económicos, era professora associada no ISEG antes de em dezembro ter sido nomeada para suceder a João Cadete de Matos na liderança da Anacom.

(Em atualização)

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Governo propõe novo suplemento de missão para PSP e GNR entre os 521 e os 730 euros

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

Os oficiais passariam, com esta proposta, a ter um suplemento de missão de 14% da remuneração base do comandante da GNR, que é de 5.216,23 euros.

O Governo apresentou esta quarta-feira uma nova proposta às associações socioprofissionais da GNR, de atribuição de um suplemento de missão entre os 521 e os 730 euros e o fim do atual suplemento por serviço e risco. Segundo a proposta, a que Lusa teve acesso, o novo suplemento missão tem como referência o vencimento base do comandante-geral da GNR e substitui o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Com esta nova proposta, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 14% da remuneração base do comandante da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos da GNR é de 12% e para os guardas 10%. O atual suplemento pago a estas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

Esta proposta está a ser apresentada na reunião que está a decorrer esta tarde entre a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e as cinco associações socioprofissionais da GNR, seguindo-se o encontro com os sindicatos da PSP.

Na reunião de 02 de maio, o Ministério da Administração Interna tinha proposto um suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR de entre 365,13 e 625,94 euros.

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