Grupo Albia é a agência funerária mais bem avaliada pelas famílias espanholas, de acordo com dados do NPS

  • Servimedia
  • 29 Abril 2024

O Grupo Albia foi mais uma vez reconhecido pela sua excelência no acompanhamento das famílias durante a despedida dos seus entes queridos.

Em 2023, os dados suportam um índice de satisfação (Net Promote Score – NPS) com os serviços recebidos de 84,59%, um valor muito acima da média do setor, que é de 77,83%. Estes dados revelam que mais de 23.000 famílias avalizaram o trabalho da empresa com um elevado nível de satisfação.

Daniel Palacios, Diretor-Geral do Grupo Albia, sublinha que a empresa “procura oferecer a máxima qualidade na gestão das despedidas e a plena satisfação das famílias, proporcionando um acompanhamento integral e apoio emocional com profissionais especializados durante todo o processo. Orgulhamo-nos de ter o maior grau de satisfação do sector. Estes dados demonstram que somos excelentes na gestão das emoções e das despedidas; e que o nosso foco continua a ser as pessoas”.

O Grupo Albia oferece às famílias serviços de valor acrescentado que lhes permitem conceber todo o tipo de despedidas personalizadas, sejam elas tradicionais, modernas ou multi-confessionais. Neste sentido, uma das suas iniciativas mais importantes é a Unidade de Apoio ao Luto (UAD), composta por um grupo de psicólogos que prestam apoio emocional através de diferentes canais (presencialmente ou por chamada telefónica, e-mail, WhatsApp ou videochamada) e em todos os momentos: antes da morte, durante a despedida e depois dela. Além disso, a empresa está comprometida com a sustentabilidade desde as suas raízes, integrando práticas, políticas e valores sustentáveis em todos os aspectos da sua atividade.

A pontuação NPS 2023 do Grupo Albia representa um aumento de 2 pontos em relação ao ano anterior (82,63%), revelando um crescimento exponencial ao longo de vários anos. Esta medição oficial da experiência de despedida das famílias é certificada por uma terceira parte através de inquéritos, nos quais participam anualmente mais de 23.000 famílias.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 29 Abril 2024

A Anacom e o Grupo Ibersol divulgam os resultados esta segunda-feira. No mesmo dia, o INE divulga os dados referentes à transição de bens e da saúde financeira dos portugueses.

O Grupo Ibersol e a Anacom escolheram o mesmo dia, esta segunda-feira, para apresentar os seus resultados financeiros. Enquanto isso, Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores referentes a este mês, assim como os do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação referente a março.

Como está a situação financeira das famílias e empresas em Portugal?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta manhã os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores referentes a este mês. Assim, será conhecida a saúde financeira das empresas e das famílias em Portugal. Os últimos dados deram conta que o indicador de confiança dos Consumidores aumentou entre dezembro e março, atingindo o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, invertendo o movimento descendente dos quatro meses anteriores. Também o indicador de clima económico aumentou no mês passado.

… e o comércio internacional quebrará ou manterá a tendência decrescente?

Será divulgada a estimativa rápida das Estatísticas do Comércio Internacional relativa ao 1.º trimestre de 2024, realizadas pelo INE. Os dados do 4º trimestre de 2023 apontam para uma queda nas exportações e importações de 1,9% e 5,4%, respetivamente, em relação ao período homólogo. A redução de transação de bens ocorreu pelo terceiro trimestre consecutivo.

INE divulga dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação

O órgão estatístico português vai apresentar esta segunda-feira os dados relativos ao Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação durante março. Em fevereiro, o valor mediano da avaliação bancária na habitação aumentou 10 euros em fevereiro, relativamente ao mês anterior, para 1.560 por metro quadrado, resultando numa subida mensal de 0,6% e em termos homólogos de 5,5%.

Anacom divulga resultados financeiros um ano após resultado recorde

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) vai divulgar nesta segunda-feira o Relatório e Contas, que inclui a análise económica e financeira do ano passado. O regulador fechou 2022 com um resultado líquido recorde de quase 50 milhões de euros, principalmente por efeito da subida das receitas com as taxas pagas pelas operadoras de telecomunicações.

Grupo de restauração Ibersol divulga resultados financeiros de 2023

O grupo Ibersol também escolheu esta segunda-feira para apresentar as suas Contas referentes a 2023. O grupo de restauração, que explora várias marcas de fast food em Portugal e Espanha e está cotado na bolsa de Lisboa, registou lucros de 9,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, uma subida de quase 30% face ao mesmo período no ano anterior.

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“Marcas com propósito sólido deixam-nos sempre marca”, diz Marta Quelhas, da Unilever

Equitação, viajar e trabalhar marcas com um propósito, são algumas paixões de Marta Quelhas, head of marketing de personal care, beauty & wellbeing na Unilever, que elege a Dove como marca bandeira.

Marcas com um propósito muito sólido e muito válido deixam-nos sempre marca“, entende Marta Quelhas, head of marketing de personal care, beauty & wellbeing and digital marketing na Unilever, sendo responsável por um total de sete marcas do ramo da cosmética e cuidado pessoal, entre as quais se destaca a Dove, enquanto marca bandeira e aquela que tem um propósito vincado na promoção da autoestima.

O percurso de Marta Quelhas na área do marketing começou a ser trilhado no ISCTE, onde frequentava a licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, com especialidade em Marketing, um curso “muito prático onde davam imensos case studies à volta de marcas de consumer goods“, onde ganhou o “bichinho” pelas marcas que agora trabalha na Unilever, diz em conversa com o +M.

Mas o primeiro passo profissional foi dado na Cepsa Portuguesa Petróleos, que lhe proporcionou uma lição essencial sobre a importância do “p do preço” no desenho de uma estratégia de marketing e estratégia comercial. Um ano depois ingressou então na Unilever, empresa a que chama casa há quase 23 anos e que lhe ofereceu todas essas marcas cujos case studies lhe tinham deixado os “olhinhos a brilhar” ainda no percurso académico.

Passou primeiro pela área de gelados, seguindo-se as áreas de bussiness food solutions e home care, até estacionar nos anos mais recentes na unidade de negócio de personal care, beauty & wellbeing. Esta diversidade de poder trabalhar em diferentes unidades de negócio dentro da mesma empresa é, aliás, uma das mais mais-valias e pontos de diferenciação que encontra na Unilever.

Mas questionada quanto à sua área de eleição, considera que esta é uma pergunta com rasteira, até porque “as marcas fazem-nos apaixonar a partir do momento em que entramos no mundo delas“.

Da mesma maneira que não imaginava que hoje dissesse que adorou passar pelo negócio dos combustíveis – que não parece “nada sexy” – Marta gostou também de trabalhar algumas marcas em concreto dos setores por onde passou, como a Ben & Jerry’s, que tem um “propósito social ativo super marcante”, ou a Skip com o slogan “é bom sujar-se”.

Ou seja, “marcas com um propósito muito sólido e muito válido deixam-nos sempre marca“, defende. “É isso que nos vai apaixonando em cada marca que fazemos, onde podemos interceder para além do que é a funcionalidade do produto, que deixe um contributo realmente positivo para a sociedade e as pessoas que impactamos”.

No setor onde se encontra agora, Marta Quelhas é responsável pelo marketing das marcas Axe, Rexona, Tresemé, Linic e Vaseline, mas é a Dove, tanto pelo peso de negócio como de reconhecimento do seu propósito, que é a marca bandeira.

Recentemente, a Dove comprometeu-se a não utilizar imagens geradas por inteligência artificial em campanhas. Este comprometimento “é uma espécie de renovar dos nossos votos”, depois de há 20 anos ter sido iniciado um percurso em prol da beleza real, da desconstrução de estereótipos e da promoção de uma autoestima positiva nas mulheres, explica Marta Quelhas.

Segundo a responsável de marketing, a Dove tem todos os anos “um pilar muito grande de investimento em iniciativas que ajudem a sociedade a perceber o impacto que cada um dos nossos atos tem na autoestima dos outros”. Para isso, investe em estudos, cujos resultados não deixam de surpreender Marta Quelhas, que exemplifica com o recente dado de que duas em cada cinco mulheres prescindiria de um ano de vida para alcançar a sua aparência ou corpo ideal.

A marca encontra-se também a desenvolver o projeto “Dove Eu Confiante” junto das escolas, o qual forma professores para levarem às suas aulas um workshop onde se desconstrói com os alunos o que impacta a autoestima e o que se pode fazer para que os jovens cresçam com uma autoestima positiva.

“A diferenciação é muito essa. O desenho da nossa comunicação está estruturalmente feito à volta deste investimento em propósito. Obviamente também temos campanhas de produtos, mas também elas têm sempre um cunho que explica porque é que cada um desses produtos nos pode ajudar a sentirmo-nos melhor na nossa pele”, explica.

O grande desafio que Marta Quelhas enfrenta, em conjunto com as sete pessoas que trabalham no seu departamento, é um certo “malabarismo entre um conjunto de marcas consideravelmente grande e diversificado, e em cada dia não perder o norte do que pauta o nosso trabalho, que é no final do dia garantir que o consumidor, na prateleira, pega no nosso produto e não no da concorrência, porque reconhece que o estamos a servir melhor”.

“E eu acredito piamente que essa pequena vitória sozinha vem do propósito da marca ser percebido e ter consequências práticas na sociedade. Estou convicta de que esse é o papel das empresas e das marcas, é deixar o seu cunho, além da transação de produtos ou serviços”, afirma.

Em termos de agências, o grupo trabalha com a Initiative enquanto agência de meios, e “muito proximamente” com a LLYC, agência de comunicação que trabalha a Dove. Mas na maior parte das marcas, não acontece um desenvolvimento de comunicação local uma vez que estas estão alinhadas internacionalmente. A Vaseline, no entanto, foge à regra, pelo que trabalhou recentemente com a Fuel o seu relançamento de marca.

No dia-a-dia existe depois “muito trabalho” em termos de adaptações, implementações e ativações, explica Marta Quelhas, adiantando que o grupo conta também com parceiros “muito importantes” como a PGP – Paulo Garcêz Palha ou a Pixray que “ajudam a ativar os contactos com o consumidor”.

Este mesmo dia-a-dia é intercalado na vida de Marta Quelhas pela prática de equitação, atividade que fez parte da sua vida durante mais de dez anos quando era mais jovem, e que é uma das suas paixões. Recentemente teve o “imenso prazer” de retomar a sua prática na companhia da sua filha de nove anos. Esta paixão, aliás, estende-se aos animais em geral, pelo que são três cadelas e três porquinhos-da-índia os animais que podem ser encontrados na sua casa, na zona de Arruda dos Vinhos.

A opção de viver em Arruda dos Vinhos – de onde se desloca diariamente para Lisboa – surge de uma necessidade de contacto com a natureza e com animais. “O espaço exterior é algo muito importante para mim, tenho alguma dificuldade em lidar com paredes e com apartamentos e portanto, enquanto puder, gosto desta dualidade de trabalhar na cidade, usufruir de tudo o que a capital tem para oferecer, mas poder ter um cantinho com espaço, ar puro e com cadelas a correr de um lado para o outro”, explica.

Viajar e conhecer sítios novos é outra das paixões que desenvolve com a filha, a quem considera que a melhor formação que pode proporcionar é a de explorar novas culturas. A última viagem que fizeram foi à Ilha Boa Vista (Cabo Verde), que passou a ser o sítio preferido da filha, como aliás acontece a cada sítio novo que vai.

De todas as viagens que Marta Quelhas já fez, a que mais gostou foi, “sem dúvida”, a Costa Rica, onde gostaria agora de voltar passados cerca de 15 anos para ver as mudanças. Já a viagem de sonho é à Austrália, “porque quanto mais longe e quanto menos nos parece possível, mais nós queremos ir”.

Como propósito na sua vida, Marta Quelhas elege “abrir a arca de Noé e levar energia positiva por onde eu possa passar“, naquela que é uma “tentativa de pôr numa só frase esta minha paixão por tudo o que é a natureza, os ecossistemas, e diversidade e fazê-lo numa nota positiva, porque acredito mesmo que não estamos a passar por este mundo para deixar más energias”.

“E este propósito tem sido instrumental para tomar decisões, quer pessoais quer profissionais, e casa, na perfeição, no trabalho que eu faço em boa parte do meu dia com Dove”, conclui Marta Quelhas, deixando o conselho de que todos devem encontrar e definir o seu propósito.

Marta Quelhas em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?
Nacional, a campanha das vacas felizes da Bel. Um exemplo de fazer o bem, bem feito. Produto bom, propósito bom, os dois têm de viver harmoniosamente e assim aconteceu. Também mostra que uma marca pode ser socialmente relevante e não ter um ar enfadonho, pode atuar-se positivamente na cadeia de valor, impactar para o bem a vida dos agricultores em Portugal, e ser cómica ao mesmo tempo.

Internacional, uma campanha da Nike que retratava conhecidas desportistas durante a sua gravidez. É um misto do trabalho que fazemos com Dove para que a mulher seja respeitada em todas as fases da sua vida, e do que fazemos com Rexona estimulando o atleta de alta competição que há em cada um de nós, porque temos sempre mais para dar.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?
‘Deslistar’ uma marca. Criámo-las para durar, enchemo-las de valores e personalidade, projetamos-lhe um futuro auspicioso. Mas às vezes não resultam, o que também só acontece a quem se atira para a frente e experimenta, arrisca e aprende. Não obstante, há ali um cordão umbilical que se corta no momento da decisão de ‘deslistagem’ que dói um pouco.

3 – No (seu) top of mind está sempre?
O impacto que as minhas marcas ou campanhas vão ter na vida das pessoas, começando na funcionalidade do produto e terminando na concretização do seu propósito. Por exemplo Dove, todo e cada creme, desodorizante ou gel de banho está formulado para cuidar da nossa pele, protegendo a sua hidratação natural e reforçando-a; e cada campanha está desenhada para retratar mulheres reais e diversas, contribuindo para a desconstrução de estereótipos e caminhando para tornar a beleza uma fonte de confiança e não de ansiedade para todas as mulheres. Produto e Propósito trabalham para o mesmo fim, ambos fazendo-nos sentir melhor na nossa pele.

4 – O briefing ideal deve…
Demorar o triplo do tempo a preparar do que a passar à agência. É uma métrica para garantir que pensámos o suficiente sobre a mudança de comportamento que queremos atingir com a campanha, que soubemos descrever bem o target, e que sabemos com exatidão o objetivo de marketing e o de comunicação. É importante frisar, “O” objetivo! Se forem múltiplos, é meio caminho andado para dificultar a vida à agência e desperdiçar o mais precioso bem, o tempo. Porque o tempo que se julga poupar na fraca preparação de um briefing, é todo perdido a seguir em múltiplas interações para se explicar a posteriori o que devia ter ficado claro no início.

5 – E a agência ideal é aquela que…
Sabe desafiar. Que não chama debrief ao repetir do brief que receberam. Que é tão curiosa quanto nós para perceber o que vai na alma do consumidor quando escolhe aquela categoria de produto. Que veste a camisola e dá por si a falar da marca como sua, porque é também sua. A agência ideal é uma extensão da equipa.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?
Arriscar. Sou grande fã da sabedoria popular. “Quem não arrisca não petisca”. Arriscar não é ser imprudente, é detectar um insight do qual ainda ninguém se apoderou e falar dele de forma relevante e diferenciadora. Dove Men foi a primeira marca a lançar no grande consumo em Portugal um sabonete sólido dedicado à pele dos homens, só porque escutámos atentamente o consumidor e vimos que mais de 20% dos homens já tomavam banho com sabonete sólido e não tinham uma proposta pensada nas necessidades específicas da sua pele.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?
Levava o Programa “Dove, Eu Confiante” a todas as escolas do país. Para mudar o futuro, temos de influenciar os adultos do futuro. Se queremos que as gerações que agora se estão a formar, cresçam com uma relação positiva consigo próprias e se tornem adultos que compreendem a importância da diversidade e a defendem, então o momento de agir é nessa fase crítica de formação da personalidade. Abrir horizontes, desconstruir estereótipos, falar abertamente sobre o que desestabiliza a confiança dos nossos jovens é um imperativo para uma sociedade mais tolerante e inclusiva.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?
A qualidade da publicidade, tal como tantas outras valências, não se mede pelos metros quadrados do país; faz-se neste pequeno recanto da Europa à beira-mar plantado, publicidade de altíssimo gabarito.

9 – Construção de marca é?
Saber sem pestanejar o propósito da nossa marca, e usá-lo para todas as decisões sobre o rumo da mesma. As marcas são entidades vivas, com valores, com personalidade. Se não os tivermos bem definidos e não formos fiéis aos mesmos, nada se está a construir, está-se somente a atirar areia contra o vento. Imperativo é, também, que as qualidades funcionais do produto ou serviço trabalhem em complementaridade com o propósito, sob pena de os dois se tornarem água e azeite quando tal não acontece.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?
Seria (e acho que ainda tal vou ser) gestora do Woof Woof Inn, um hotel canino de cariz social, que se monetiza através de serviços de hospedagem e escola para poder financiar o acolhimento e reinserção de todos os patudos que não têm a sorte de ter um cuidado consciente. A correr bem, seguir-se-iam o Miau Miau Hills, o Hilton Horse e o Riu Birds.

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Portugal declara guerra à “loucura” do vinho importado. Produtores pedem “controlo credível” ao Governo

Mais do que a plantação de novas vinhas, que o novo ministro da Agricultura quer travar, setor culpa o disparo nas importações de vinho a granel de Espanha pela atual “bolha de acumulação de stocks”.

Os produtores portugueses responsabilizam a falta de controlo no destino comercial que é dado ao vinho importado a granel, sobretudo de Espanha, pela atual “bolha de acumulação de stocks” que está a afetar o setor. Todos os dias, o país está a importar a um ritmo equivalente a quase um milhão de garrafas, o que é descrito pelo presidente da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas como “uma loucura de vinho” a entrar no mercado nacional.

“Se é verdade que estamos no mercado único [europeu] — e não contestamos isso –, a questão que se coloca é: esse vinho está a ser colocado no mercado de que forma? Até que ponto é comercializado como vinho importado ou está a ser loteado e a ser vendido como vinho português? É fundamental fazer esse controlo. Precisamos de mais e melhor controlo e há mecanismos para o fazer – e não sai muito caro”, diz Francisco Toscano Rico, em declarações ao ECO.

Comparando a média dos últimos cinco anos (2019-2023) com a do período anterior (2014-2018), os dados oficiais publicados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) mostram que as importações cresceram ao ritmo médio de 83 milhões de litros por ano. Mas se nos primeiros anos deste último ciclo o crescimento das exportações fez com que a acumulação de stocks não atingisse níveis críticos, a quase estagnação das vendas ao exterior nos últimos dois anos provocou excedentes que o novo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, já classificou como “um problema brutal”.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

“É fundamental olhar para o que se está a passar e termos um controlo muito mais fiável do que hoje temos. É urgente [fazê-lo] e já vamos com atraso. O que está a acontecer a esse vinho? De que forma é que ele acaba depois por aparecer no mercado? Se estamos a importar tanto, as exportações estão estagnadas e o mercado nacional também não está a crescer, então o que está a acontecer a esse vinho?”, questiona o presidente da ANDOVI, insistindo que “ninguém consegue demonstrar que há um controlo credível sobre o destino desse vinho”.

Quando o vinho de um determinado país é misturado com outro importado, esse produto deve ser introduzido no mercado como vinho da União Europeia. “A questão é se está mesmo a ser rotulado e a ser introduzido no consumo como vinho de mistura de países da UE ou se está a ser comercializado como vinho português”, insiste Francisco Toscano Rico, que é também presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa). A nível mundial, Portugal é o país com maior consumo de vinho per capita (61,7 litros), à frente de França (45,8) e de Itália (42,1).

Francisco Toscano Rico

Uma das propostas da ANDOVI, que congrega as entidades públicas e privadas a quem cabe representar, certificar e promover as Denominações de Origem (DO) vitivinícolas portuguesas, passa por replicar em Portugal o que já se fez em França: tornar obrigatória a indicação da origem dos vinhos nas cartas dos restaurantes. Isto é, indicar o país de origem se for vinho importado; indicar Portugal se for vinho de mesa nacional não certificado; indicar mistura de vinhos da UE se for um lote de vinho nacional com vinho importado; ou se for vinho nacional certificado, indicar a respetiva Região PT.

É que 50% do vinho vendido na grande distribuição em Portugal é vinho de mesa, ou seja, não é certificado pelas respetivas comissões vitivinícolas regionais. Uma percentagem que sobe para 60% no caso da restauração, sendo “com elevadíssima probabilidade” importado ou uma mistura de vinhos portugueses com vinhos estrangeiros da UE. É o caso do chamado “vinho da casa”, que os restaurantes compram em formato bag-in-box de 5, 10 ou 20 litros e que vai para a mesa servido em jarros sem que, na verdade, o consumidor saiba o que é que está a beber.

A questão não é o mercado comum a funcionar, mas a transparência. Esse vinho todo está a ser comercialização como vinho português ou como vinho importado? Não temos controlos fiáveis sobre isso.

Francisco Toscano Rico

Presidente da ANDOVI e da CVR Lisboa

“A verdade é que a partir de 2019 começámos a importar por ano mais 100 milhões [de litros] do que era normal importarmos. Provavelmente, o diferencial de preço do vinho espanhol a granel tornou-se tão baixo que se tornou altamente competitivo e atrativo para esse tipo de negócios. A questão não é o mercado comum a funcionar, mas a transparência. Esse vinho todo está a ser comercialização como vinho português ou como vinho importado? Não temos controlos fiáveis sobre isso”, completa Francisco Toscano Rico.

Apesar de Portugal deter a nona maior área de vinha – 7,2 milhões de hectares em 2023, menos 11 mil do que no ano anterior –, de ser o 10º produtor mundial de vinho (7,5 milhões de hectolitros no ano passado) e de os consumidores locais até serem fiéis às marcas nacionais, cerca de três quartos do vinho importado pelo país é a granel. É uma das percentagens mais elevadas de compras neste formato a nível mundial, de acordo com as estatísticas publicadas pela OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho.

O cerne da questão não deve ser circunscrito à vinha. Concordo com a identificação do problema [excesso de stocks], mas preferia que, a haver travagem, ela fosse feita às importações.

Francisco Mateus

Presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA)

Em 2022, Espanha foi a origem de 99,8% dos vinhos tranquilos sem denominação de origem (DO) ou indicação geográfica (IG) que entraram no mercado português. O relatório de 2023 elaborado pelo Observatório Espanhol do Mercado do Vinho (OeMv), ilustra precisamente um retrato oposto sobre os stocks no país vizinho: “não há muito vinho nem uma sensação de excedentes: nem pelo que foi produzido no ano passado, nem pelo que ficou em stock no final da última campanha”, lê-se no documento.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), frisa ao ECO que o ministro da Agricultura tem razão na referência que faz à acumulação de stocks como o principal problema do setor – em entrevista ao Público, José Manuel Fernandes defendeu um “travão” nos apoios à plantação de novas vinhas –, mas considera Francisco Mateus que “o cerne da questão não deve ser circunscrito à vinha”. “Concordo com a identificação do problema, mas preferia que, a haver travagem, ela fosse feita às importações”, acrescenta.

Sobre as dificuldades de escoamento, também o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), Rodolfo Queirós, sublinha, citado pela Lusa, que o principal fator está na “entrada de vinhos em Portugal a preços baixíssimos”, considerando que “aí haveria de se fazer qualquer coisa”. Esta região abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, que correspondem a uma área de 20 municípios e onde existem cerca de 70 produtores de vinho, entre adegas cooperativas, produtores e engarrafadores.

Corte nos apoios e Observatório do Mercado

Sobre a questão dos cortes nas ajudas para a plantação de novas vinhas, através do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural), o segundo pilar da Política Agrícola Comum, e do programa VITIS (Regime de Apoio a Reconversão e Reestruturação da Vinha), que tem uma dotação de 80 milhões de euros até 2025, Francisco Toscano Rico concorda que “os stocks continuam muitíssimo elevados” e que “essa temática dos apoios é um assunto que tem de estar em cima da mesa”.

No entanto, o líder da ANDOVI e da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa adverte que “um corte radical seria um pouco excessivo ou precipitado”. “Uma coisa é não querer o nível de apoios dado no passado, por força da conjuntura. Outra coisa é não querer acautelar algumas situações particulares que possam fazer sentido manter algum nível de apoio, ainda que em moldes muito inferiores ao passado”.

E dá dois exemplos. O dos jovens – “vamos eliminar totalmente o apoio a um jovem que se queira instalar na viticultura?”, questiona – e de uma pequena subregião de vinhos como Colares, que “tem uma dúzia de hectares, está a tentar ter algum dinamismo e tem mercado, mas em que se nada for feito [em termos de ajudas], o custo de plantação é tão elevado que provavelmente vamos inviabilizar novos investimentos”. “Isto para dizer que acho importante a temática estar em cima da mesa, mas é preciso a tutela sentar-se com o setor para ver se há casos particulares que interesse acautelar para não passarmos do 80 para o 8”, sustenta.

Não podemos cortar as pernas a ninguém. Se as pessoas querem investir num território que por si já é deprimido, não se pode desperdiçar esse tipo de investimento.

Rodolfo Queirós

Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior

Já António Filipe, da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), afirmou à Lusa que não faz sentido fazer novas plantações para produzir vinho que, depois, não é vendido. Lembra que algumas regiões vitícolas do país, como por exemplo o Douro, “fecharam-se relativamente a estes aumentos e não estão sequer a utilizar 1%”. O regime de autorizações de plantação prevê que, anualmente e de forma graciosa, sejam disponibilizadas autorizações para novas plantações, correspondentes a 1% da superfície total efetivamente plantada com vinhas à data de 31 de julho do ano anterior.

Por outro lado, o líder da região da Beira Interior, que perdeu cerca de 3.000 hectares na última década, recusa que haja “excesso de vinha”. “Felizmente, tem havido uma procura por novas licenças e novas autorizações, e isso mostra que há aptidão para se plantar novas vinhas. (…) Devem continuar a ser atribuídas novas licenças e autorizações, não podemos cortar as pernas a ninguém. Se as pessoas querem investir num território que por si já é deprimido, não se pode desperdiçar esse tipo de investimento”, resume Rodolfo Queirós.

Finalmente, outro tema que o presidente da ANDOVI e da CVR Lisboa quer discutir com o novo ministro da Agricultura é a criação de um “Observatório do Mercado”, que inclua “mais e melhor informação” sobre os preços a que as uvas são transacionadas em cada região, os preços do vinho a granel ou uma estratificação do peso e do valor a que os vinhos dos vários segmentos são vendidos na exportação e no mercado nacional, seja na grande distribuição ou no canal Horeca (hotelaria e restauração).

“Não podemos continuar a trabalhar com dados de médias nacionais. Este Observatório já era necessário no passado. Quanto mais deprimido está o mercado, mais importante é termos ferramentas para tomarmos decisões. É um trabalho pesado, que exige muito de todos e que terá de ser tripartido: com o Ministério da Agricultura; com a ViniPortugal, que é a organização interprofissional que representa todo o setor; e com as comissões vitivinícolas representantes das regiões. Só assim conseguiremos montar algo que possa produzir informação relevante para o setor”, conclui.

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Governo aposta na expansão da Portela e aeroporto em Alcochete

O reforço de voos no Humberto Delgado e a construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete é o cenário preferido dentro do Executivo.

O primeiro-ministro prometeu uma decisão rápida sobre a construção do novo aeroporto de Lisboa e no Governo há já uma solução preferida: avançar com um reforço dos voos no Humberto Delgado e a construção de uma nova infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete.

A escolha de Alcochete vai ao encontro da opção considerada mais vantajosa na Avaliação Ambiental Estratégica conduzida pela Comissão Técnica Independente (CTI). O Campo de Tiro e Vendas Novas foram as localizações apontadas no estudo como “mais favoráveis em termos globais”, sendo que esta última apresenta menos “vantagem em termos de proximidade à Área Metropolitana de Lisboa, bem como de tempo de implementação”.

A opção por Alcochete permite também manter o entendimento forjado entre Luís Montenegro e o anterior primeiro-ministro, António Costa, para uma solução consensualizada entre os dois maiores partidos. O novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já afirmou no passado que apoia a recomendação da CTI e que a decisão não pode mais ser adiada.

O relatório da Avaliação Ambiental Estratégica aponta 2030 como ano para ter uma pista operacional no Campo de Tiro de Alcochete, mas o Governo admite que deverá demorar mais tempo. Face à urgência de reforçar a oferta — a Confederação do Turismo de Portugal estima que o valor perdido para o país pela falta de uma nova infraestrutura já supere os dois mil milhões de euros — a alternativa viável, para o Governo, é explorar o reforço do número de voos no Humberto Delgado, revelam ao ECO duas fontes que mantém contactos permanentes com o Executivo. A infraestrutura de Lisboa comporta uma média diária de 38 movimentos por hora, podendo chegar, no máximo, a 40 movimentos. Aumentar a capacidade exigirá um investimento avultado por parte da ANA e ultrapassar barreiras ambientais.

O anterior Governo aprovou em dezembro uma resolução que determina a realização de obras no aeroporto Humberto Delgado pela ANA. São elas a ampliação do terminal 1 do aeroporto, com a instalação de mais mangas, a melhoria operacional do sistema de pista e a implementação e um novo sistema de navegação aérea pela NAV. Intervenções que exigem a desafetação do aeródromo de Figo Maduro do uso militar e a transferência de grande parte dos jatos privados para o Aeródromo Municipal de Cascais e outros.

Medidas que visam melhorar a eficiência e serviço prestado no Humberto Delgado, mas não necessariamente um aumento da capacidade. A concessionária chegou, no entanto, a apresentar em 2019 um plano onde se previa um crescimento para 46 movimentos por hora.

O projeto fazia parte do acordo firmado em janeiro daquele ano entre a ANA e o Governo para a expansão da capacidade aeroportuária, que além do alargamento da Portela previa a construção de uma nova infraestrutura na Base Aérea Militar do Montijo. Só para a primeira fase da extensão do atual aeroporto estava previsto um investimento de 650 milhões, com um aumento significativo das posições de estacionamento de aeronaves e novas saídas de pista, de forma a libertá-la para mais movimentos.

As obras necessárias para elevar a capacidade do Humberto Delgado para 46 movimentos horas pode ter dificuldade em ter luz verde ambiental, devido ao impacto quer das emissões poluentes quer do ruído na saúde pública. “O aumento de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado em nº de movimentos/hora requer obras de infraestrutura, incluindo expropriações, limitadas pelas razões ambientais relacionadas com o ruído, estando o Aeroporto Humberto Delgado neste momento já em incumprimento com o Regulamento Geral do Ruído”, afirma-se no relatório da CTI.

O Montijo deixou de ser considerado como opção, sobretudo depois de a ANA ter visto negada a revalidação da Avaliação Ambiental Estratégica pela Agência Portuguesa do Ambiente. Esta opção, recorde-se, foi também considerada inviável pela Comissão Técnica Independente. E Santarém, como ficou claro do estudo da Comissão Técnica Independente, fica a uma distância de Lisboa de cerca de 90 quilómetros, o que torna também inviável para ser opção do Governo.

Oficialmente, o Governo não faz quaisquer comentários ao processo de decisão sobre o novo aeroporto e calendário político para anúncios.

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Governo vai rever a atual lei da Taxa de Ocupação do Subsolo

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

O ministério do Ambiente e Energia (MAEn) considera “fundamental proceder à revisão” das alterações introduzidas com a aprovação do Orçamento do Estado de 2017.

O Governo vai rever a atual lei da Taxa de Ocupação do Subsolo (TOS), que determina que esta é paga pelas distribuidoras de gás mas muitas continuam a cobrar aos consumidores, para “garantir proporcionalidade na aplicação”.

Num comunicado divulgado, o ministério do Ambiente e Energia (MAEn) considera “fundamental proceder à revisão” das alterações introduzidas com a aprovação do Orçamento do Estado de 2017, que, considera, “geraram distorções que penalizam consumidores, empresas e municípios”.

Esta taxa foi criada em 2006 e inicialmente era cobrada pelos municípios às distribuidoras de gás natural pela utilização e aproveitamento de bens do domínio público e privado municipal, como é o caso das redes de gás no subsolo.

No entanto, desde 2008 que as distribuidoras de gás foram autorizadas a transferir esse custo para os consumidores, através da fatura de gás natural.

Posteriormente, a lei que aprovou o Orçamento do Estado para 2017 veio dispor que “a taxa municipal de direitos de passagem e a taxa municipal de ocupação do subsolo são pagas pelas empresas operadoras de infraestruturas, não podendo ser refletidas na fatura dos consumidores”.

Para assegurar a aplicação, “os Governos anteriores deveriam ter procedido a alterações legislativas para operacionalizar o disposto na Lei, garantindo que não eram geradas iniquidades” o que não foi feito, diz o atual Governo.

“Durante sete anos, o problema ficou por resolver, tendo como consequência o aumento das queixas e da litigância entre agentes envolvidos no processo”, referiu o ministério do Ambiente no comunicado hoje divulgado.

O regime jurídico da TOS “irá ser revisto para garantir a devida proporcionalidade na sua aplicação”, anunciou o ministério, adiantando que está a avaliar o assunto, “considerando as perspetivas dos consumidores, dos municípios e dos operadores de infraestruturas, e tendo também em conta a posição do regulador (ERSE) e os acórdãos dos tribunais que se pronunciaram”.

Em 2023, o Supremo Tribunal Administrativo considerou que a cobrança da taxa é ilegal, com base na norma do Orçamento do Estado de 2017, mas a medida continua por aplicar e a taxa continua a ser cobrada.

Alguns municípios voltaram a subir a taxa em janeiro deste ano, sendo o Barreiro, o Cartaxo, Évora, Cascais e Arruda dos Vinhos os que cobram o valor mais elevado, segundo dados da ERSE consultados pela Lusa.

A DECO PROteste apontou recentemente “discrepâncias incompreensíveis”, dando o exemplo mais evidente do Barreiro onde, num cenário de consumo mensal de 200 kWh (equivalente a 17 metros cúbicos/mês), à fatura mensal dos consumidores acrescem 10,64 euros, comparando com 1,14 euros praticado no concelho vizinho de Palmela, ou de 2,77 euros no concelho do Seixal, na mesma região.

Há municípios, como Figueira da Foz e Barcelos, que atualmente não cobram taxa de ocupação do subsolo enquanto Esposende apresenta uma taxa negativa.

No debate da proposta de Orçamento do Estado para 2024, o PS rejeitou uma proposta de aditamento do PCP que determinava que a taxa de ocupação do subsolo (TOS) não deve ser repercutida nos consumidores de gás natural, como acontece atualmente. A proposta foi rejeitada pelo PS e Iniciativa Liberal e contou com a abstenção do PSD.

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ADNIC adquire a maioria das ações da Allianz Saudi Fransi

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2024

A seguradora emiradense, controlada pelo fundo soberano do Abu Dabhi, reforça o seu investimento na Arábia Saudita para fazer crescer o seu negócio geograficamente.

A Abu Dhabi National Insurance Company (ADNIC) finalizou a aquisição da maioria das ações (51%) da Allianz Saudi Fransi, por 499 milhões de riais sauditas (cerca de 125 milhões de euros), avançou a Allianz.

A Allianz garante que a compra da joint venture sedeada na Arábia Saudita, que já obteve aprovações regulamentares, não irá afetar os trabalhadores nem os clientes da Allianz Saudi Fransi.

Esta transação alinha-se com as estratégias das duas empresas. Com a da Allianz de “racionalizar as suas operações no Médio Oriente” e com a da ADNIC, em expandir a sua presença geográfica para impulsionar o seu crescimento económico. Como confirmou o diretor executivo da ADNIC, Charalampos Mylonas, “a aquisição estratégica de uma participação maioritária na Allianz – Saudia Arabia é um marco que nos permite avançar com as nossas ambições de crescimento regional”, disse.

Para o presidente da ADNIC, Sheikh Mohamed Bin Saif Al-Nahyan, “A ligação entre os Emirados Árabes Unidos (onde está sedeada a empresa) e a Arábia Saudita é profunda, mutuamente benéfica e está sempre a crescer. Na ADNIC, vemos a Arábia Saudita como um mercado de elevado potencial, que se alinha perfeitamente com a nossa estratégia global de crescimento, e estamos ansiosos por desbloquear novas possibilidades de crescimento e sucesso”.

A ADNIC, controlada pela Mubadala, fundo soberano do emirato do Abu Dabhi, tem operações em todos os emirados dos Emirados Árabes Unidos, através numa rede de sucursais, assim como centros de venda e atendimento ao cliente. A seguradora oferece cobertura em mais de 75 países através da sua divisão internacional que opera a partir do Dubai.

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Pib Group reforça presença em Espanha com aquisição da corretora Fabroker

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2024

A corretora é a 15.ª aquisição do grupo no mercado espanhol desde a sua entrada na Ibéria há três anos.

O Grupo Pib prossegue com a sua estratégia de expansão geográfica com a recente aquisição da corretora espanhola Fabroker, por uma quantia não revelada, avançou o grupo em comunicado. Trata-se da 15.ª corretora adquirida em Espanha desde a entrada do grupo no mercado ibérico há três anos.

Martin Navaz desenvolve, como Ceo, a Pib Espanha, o grupo é estimulado a crescer pelos seus acionistas Apax y Carlyle, gestoras de fundos de investimento.

“As 15 corretoras já integradas no nosso grupo respondem ao nosso principal objetivo, que é o de desenvolver um grande grupo segurador, mantendo um serviço próximo dos nossos clientes”, afirmou Martín Navaz, Ceo do Grupo Pib Espanha.

Há 35 anos no negócio de corretagem de seguros, Fabroker é especializada em áreas como responsabilidade profissional, mobilidade e a saúde, assim como em desenvolvimento de acordos para associações profissionais e sindicatos.

“É com grande satisfação que recebo a equipa da Fabroker, com os seus profissionais de primeira classe e uma grande carteira de clientes que nos ajudará a continuar a desenvolver a nossa estratégia comercial e a colocar os clientes no centro das nossas decisões”, disse Martín Navaz.

Ainda em janeiro deste ano, o grupo de fundos britânico Apax y Carlyle, que controla o Grupo Pib, finalizou a compra de três corretoras em Espanha: Aguirre Vila-Coro Correduría Seguros, Grupo IDDEAS e Javier Sánchez Consultores (JSC).

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Top seguradoras África: Sanlam domina

Das seguradoras com maior volume de negócio, as da África do Sul revelam forte concentração com 16 seguradoras entre as principais 25.

A sul africana Sanlam é a principal seguradora no continente africano, com cerca de 6,6 mil milhões de dólares em volume de negócio em 2022, segundo a Atlas Mag. A diferença para a Old Mutual Live, segunda posicionada, é superior a 50%. A Liberty Group entra para o terceiro lugar com 2,9 mil milhões em faturação.

O ranking estabelece um intervalo de 6,3 mil milhões entre a primeira e a última seguradora – Discovery Insured Limited com 321 milhões. Neste top 25, as seguradoras da África do Sul revelam forte concentração, com companhias a ocupar as cinco primeiras posições, que estão incluídas nas 16 seguradoras da África do Sul que constam no ranking.

Em quarto lugar está a Satam com 2 mil milhões e, de seguida, a MML Group Limited com 1,6 mil milhões.

A também sul-africana Centriq Life Insurance destacou-se com um crescimento de 70.34% em volume de negócios face a 2021, passando de 237 milhões de faturação para 378 milhões. Com este crescimento, subiu cinco posições no ranking, da última para a 20ª.

No sentido oposto, a Old Mutual Life foi a única que quebrou faturação (em 2.93%) passando de 3,5 mil milhões em 2021 para 3,2 em 2022. No entanto, manteve-se na segunda posição.

Em sexto lugar está a primeira seguradora de Marrocos, Wafa Assurance, com 983 milhões em faturação. Este país africano faz-se presente na lista com seis seguradoras que, além da referida, são, a RMA (8º), Mutuelle Taamine (10º), Axa Assurance Marocco (14º), Sanlam Assurance (15º), e AtlantaSanad (17º).

Com menos representação estão as seguradoras do Egipto, ocupando três lugares. A primeira do país e 16º é a Misr Insurance, que subiu três posições, de seguida e em 18º posição a Mist Life Insurance Company e por último e ocupando a 24º posição a Allianz Life Egypt.

Ainda com uma subida de 18,47% a Discovery Insure Limited caiu para último lugar para trás da Centriq Life Insurance (23º) e Allianz Life Egypt (24º) que cresceram 39,87% e 21,34%, respetivamente.

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Ok! aposta no metaverso para se aproximar dos seus clientes

É possível entrar na cidade virtual da ok! seguros através de óculos de realidade virtual e lá se mover com os comandos na loja física da seguradora.

A ok! seguros, marca do Grupo Fidelidade, inaugurou a primeira loja de seguros que disponibiliza uma entrada para o metaverso – através dos óculos de realidade virtual lá disponíveis, é possível aceder à virtual “Cidade Ok” e lá se movimentar através de comandos.

Na loja física da seguradora é possível aceder à ‘Cidade Ok!’ através dos óculos de realidade virtual e nela se movimentando através dos comandos que segura.

Gonçalo Graça Santos, CEO da oK! seguros explica que o investimento na loja física, serve para “responder às expectativas dos clientes” que queiram entrar em contacto direto com um colaborador, visando, simultaneamente, suscitar no consumidor uma maior confiança na marca. “O metaverso é mais uma forma de interação com os clientes”, refere.

Desenvolvida para servir também como uma ferramenta de literacia para os seguros, a cidade virtual torna a experiência com a empresa “mais simples e mais imediata”, afirma. A ‘Cidade Ok!’ continuará a ser atualizada.

Com óculos de realidade virtual e comandos que permitem chegar à cidade virtual e escolher o que se vê através dos comandos, numa loja colorida e alusiva à cidade digital, “podemos dizer que estamos no espaço de uma seguradora que é digital”, expressa o responsável.

Além de visar sustentar a confiança dos clientes atuais na marca, esta iniciativa também procura captar novos. Gonçalo Graça Santos acredita que o facto da ok! seguros ser uma seguradora direta e digital que aposta numa loja física “é um fator diferenciador” de outros players do mercado. É nesse ramo em que o CEO garante que a marca se empenha para ser mais competitiva – nos serviços que presta aos clientes, “na contratação, na gestão de sinistros e nos canais”.

Gonçalo Graça Santos garante que ao investir nos serviços, incluindo na loja física, e canais de comunicação numa seguradora digital acaba por existir “um enviesamento que os clientes sejam mais jovens”. No entanto, garante que esse alcance não é linear, que visam alcançar todos os segmentos etários, todos os clientes que queiram auto servir-se e, através dos seus canais digitais alcançam consumidores de todas as idades.

Ainda que neste momento a ok! seguros seja a estreante no metaverso, o seu CEO, afirmou na abertura do evento, que nas vagas de evolução de aplicação de novas tecnologia, o metaverso é uma das formas das seguradoras terem mais “engagement”.

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Jovem simula furto para receber indemnização de seguradora

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2024

O estudante foi constituído arguido e aguarda notificação do Ministério Público para acusação por simulação de crime e falsas declarações.

Um estudante de 20 anos confessou à PSP de Leiria ter simulado furto de telemóvel com o valor de 830 euros com o objetivo de obter indemnização da seguradora, avançou o Jornal de Notícias (acesso pago).

O jovem foi avisado duas vezes que “se estivesse a prestar falsas declarações, poderia incorrer num crime” pelo elemento da força de segurança que recebeu a denúncia que “achou a história estranha e acionou o piquete de Esquadra de Investigação Criminal” – ou seja, chamou o posto policial dedicado a investigar a existência ou não de um crime e as suas circunstâncias -, relata o JN citando o comunicado da PSP de Leiria.

Inicialmente, o jovem de Leiria manteve a sua versão dos factos, até ser interrogado pela Esquadra de Investigação Criminal, acabando “por começar a entrar em contradição e confessou que queria pedir uma indemnização à seguradora, pelo que precisava de apresentar queixa na PSP, pois o seguro só cobre se for furto ou roubo”.

O jovem foi constituído arguido e será notificado pelo Ministério Público para acusação por dois crimes: simulação de crime e falsas declarações. Por enquanto, ficou sujeito a termo de identidade e residência.

“A PSP alerta para o alcance negativo deste tipo de denúncias falsas, pois além de implicarem potenciais lesões patrimoniais a outras entidades, comprometem o empenhamento de meios públicos que poderão ser necessários para situações efetivamente reais e que careçam de resposta urgente e eficaz”, refere a PSP de Leiria em comunicado.

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Portos agarram “oportunidade” das eólicas no mar e já registam interessados<span class='tag--premium'>premium</span>

A ambição de multiplicar os projetos de energia eólica pela costa portuguesa pede um papel ativo dos portos, que estão a preparar-se para acolher uma nova indústria.

As eólicas estão a fazer o seu caminho rumo ao mar, e vão ter de passar pelos portos.Em Portugal, os gestores dos portos já estão a ser contactados pela indústria do setor, que quer vir a instalar-se nas suas áreas, numa altura em que se aguarda por um leilão que distribua vários projetos pelas águas nacionais. 6,5 mil milhões de euros é o investimento que a WindEurope, uma associação do setor, estima ser necessário para que os portos europeus se modernizem, de forma a darem a sua contribuição para o alcance das metas energéticas do Velho Continente de braço dado com a indústria eólica offshore. Um investimento que poderia ser recuperado em cinco anos, aponta a mesma entidade. “ Isso apresenta tanto um desafio quanto uma oportunidade para o setor portuário português”, lê-se no

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