França quer força de reação rápida europeia com 5.000 militares em 2025

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora 'vamos fazê-lo na Europa', diz ministro das Forças Armadas francês.

França defende a criação de uma “força de reação rápida europeia” com cerca de 5.000 soldados até 2025, que poderá intervir em situações de crise quando a NATO não atuar, disse esta sexta-feira o ministro das Forças Armadas francês. “É uma questão fundamental e sobre a qual espero que possamos chegar a uma conclusão já no próximo ano, sendo muito reativos e muito rápidos”, disse Sébastien Lecornu numa entrevista ao canal de televisão France 2.

O ministro insistiu que esta força de reação rápida, “para colocar em segurança cidadãos europeus, portugueses, italianos, alemães e franceses”, deve poder ser criada “muito rapidamente”. Segundo Lecornu, o objetivo deste ainda projeto passar por “colocar forças em posição de contribuir” para “ser reativo em caso de crise”, e acrescentou que não haveria perda de soberania para os países envolvidos, que manteriam o controlo sobre os seus dispositivos militares.

Sébastien Lecornu justificou este projeto com o facto de existirem “muitas crises em que a NATO não tem competências para atuar e em que a França realiza frequentemente operações sozinha”. O ministro deu como exemplo a retirada de cidadãos europeus em países em crise, como aconteceu no Sudão em abril de 2023, quando Paris mobilizou aviões e navios militares para retirar mais de mil estrangeiros de mais de 80 nacionalidades diferentes, entre os quais pouco mais de 200 cidadãos franceses.

Lecornu considerou que operações como esta (denominada Sagittaire) em Cartum, na capital do Sudão, com muitos países envolvidos, deveria ser natural partilhar o fardo, que “tem um preço e um valor”, entre os países europeus. “Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora ‘vamos fazê-lo na Europa’, e isso, para nós, é pragmatismo”, afirmou o ministro.

Esta “força europeia de reação rápida” foi uma das iniciativas lançadas na quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, num longo discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, no qual defendeu o relançamento da União Europeia (UE), no contexto das eleições para o Parlamento Europeu, em junho. No discurso, o Presidente francês apresentou a sua visão para a Europa, centrada principalmente na defesa e nas políticas económicas e comerciais, depois de fazer um balanço da UE desde 2017.

Macron afirmou que os europeus não podem contar apenas com o apoio dos Estados Unidos para a sua defesa, porque para Washington “não é a prioridade” e, sem chegar ao ponto de pedir a criação de um exército europeu, apelou a uma “intimidade estratégica” no domínio militar entre os Estados-membros da UE.

O Presidente francês explicou que é necessário “aumentar as despesas com a defesa”, sugerindo um empréstimo europeu para financiar o esforço de defesa, para além de aplicar “a preferência europeia na compra de equipamento militar”, bem como acelerar a integração dos exércitos face a ameaças como a Rússia, com a qual tem havido um aumento de tensões nas últimas semanas pelo apoio prestado pela França à Ucrânia.

Tudo isto com base na ideia de que a Europa é “mortal” e que “pode morrer” ou ser “relegada”, segundo frisou o chefe de Estado francês na mesma intervenção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco avisa contribuintes para emails falsos sobre pagamento de reembolsos

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos", refere a autoridade.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alertou para o envio de emails fraudulentos sobre pagamento de reembolsos ou de que a declaração entregue foi considerada inválida, avisando os contribuintes para as apagarem e não acederem aos links fornecidos.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos”, refere o aviso publicado no Portal das Finanças.

Como habitualmente nestas situações, a AT partilha exemplos dessas mensagens falsas, nomeadamente uma em que o “Estimado cliente” é avisado de que “tem direito a um reembolso de 250,20 euros”.

Noutra destas mensagens falsas, o “Caro contribuinte” é informado de “que a sua Declaração de IRS, entregue a 10-04-2024 foi considerada inválida”, e numa outra o “Caro Luís” é avisado de que “devido a uma alteração” a AT lhe “recalculou os impostos” e que lhe serão “devolvidos 48,84 euros devido ao pagamento a mais”.

Todas estas mensagens incluem um link falso, com indicação para o contribuinte lhe aceder. E é precisamente este o passo que a AT sublinha que não deve ser feito em qualquer circunstância. “Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas. O seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos links sugeridos. Em caso algum deverá efetuar essa operação”, salienta a AT.

Desde o início deste ano, esta é já a quinta vez que a AT alerta para a existência de mensagens fraudulentas.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Miguel Albuquerque defende prorrogação dos prazos do PRR

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Penso que será inevitável haver alguma prorrogação, mas não há nenhum drama sobre isso”, disse Miguel Albuquerque.

O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta sexta-feira ser inevitável a prorrogação dos prazos de execução dos projetos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Da nossa parte, nós avançámos o mais rapidamente possível, não posso dizer que estejam a correr mal, mas penso que será inevitável haver alguma prorrogação, mas não há nenhum drama sobre isso”, disse Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da apresentação do projeto de Unidade Residencial para Pessoas Idosas no Colégio Missionário, no Funchal.

Este é um projeto na ordem dos 3,4 milhões de euros, desenvolvido ao abrigo do PRR, que passa pela requalificação daquele imóvel da Igreja, na freguesia de Santa Luzia. O chefe do executivo madeirense mencionou que a taxa de execução dos projetos do PRR na Madeira é na ordem dos 60%, sendo de 20% a nível nacional.

“Isto são fundos que têm de ser aproveitados”, sublinhou, argumentando que houve “um conjunto de circunstâncias”, nomeadamente a crise inflacionista e os aumentos dos preços das matérias-primas que afetaram a execução dos projetos. Albuquerque também referiu que, para dar resposta às listas de espera para lares de idosos no arquipélago, o Governo Regional já lançou os concursos para “1.003 camas para unidades residenciais de idosos”, o que representa um investimento de 85 milhões de euros.

O responsável adiantou que o executivo vai também apostar na renovação das camas existentes, tendo ainda lançado os concursos para um acréscimo de 416 camas de cuidados continuados. O governante insular apontou ainda que vão ser reabertas as urgências dos serviços de saúde nos concelhos do Porto Moniz e Santana porque a região tem, para o efeito, os recursos humanos necessários.

Questionado sobre a presença do líder nacional do PSD e primeiro-ministro na campanha das eleições legislativas regionais antecipadas, que se realizam em 26 de maio, Miguel Albuquerque assegurou que Luís Montenegro “pode vir sempre que quiser”. Contudo, acrescentou não prever endereçar qualquer convite nesse sentido ao líder nacional porque estas “são eleições iminentemente regionais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu Advogados assessora Jobchain na autorização como prestadora de serviços de ativos virtuais

A equipa da Abreu Advogados foi liderada pelos sócios Alexandra Courela, co-coordenadora da equipa de Fiscal, e Diogo Pereira Duarte, co-coordenador da equipa de Bancário e Financeiro.

A Abreu Advogados assessorou a Jobchain na obtenção do registo, junto do Banco de Portugal, para operar como Prestadora de Serviços de Ativos Virtuais (VASP) em Portugal.

A equipa da Abreu Advogados foi liderada pelos sócios Alexandra Courela, co-coordenadora da equipa de Fiscal, e Diogo Pereira Duarte, co-coordenador da equipa de Bancário e Financeiro e da área de FinTech. Isabel Pinheiro Torres, advogada principal, e as advogadas estagiárias Mafalda Santos Cordeiro e Alexandra Rebordão de Sousa também fizeram parte da equipa.

A Jobchain, uma plataforma de recrutamento inovadora que utiliza tecnologia blockchain, facilita a ligação entre candidatos a empregos e empregadores, oferecendo também a opção de receber pagamentos de salários em criptomoedas. Fundada em 2019, a Jobchain já recebeu vários prémios e reconhecimentos internacionais.

Com esta licença, a Jobchain está agora autorizada a oferecer serviços que incluem transferências de ativos virtuais, trocas entre ativos virtuais e moedas fiduciárias ou entre um ou mais ativos virtuais e serviços de guarda e administração de ativos virtuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno diz que Europa faz “grande sacrifício” no combate à inflação

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

O governador do Banco de Portugal enalteceu que a Europa está a enfrentar "um grande sacrifício no combate à inflação", fazendo um esforço maior que noutras jurisdições para atingir a meta dos 2%.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, enalteceu hoje que a Europa está a enfrentar “um grande sacrifício no combate à inflação”, fazendo um esforço maior que noutras jurisdições para atingir a meta dos 2%.

“A Europa está a enfrentar um grande sacrifício no combate à inflação. Não é esse o caso noutras jurisdições, e temos de ser muito claros a esse respeito para que as nossas partes interessadas — que são aqueles a quem dirigimos as nossas políticas — nos compreendam”, afirmou Mário Centeno na conferência “Desafios da transmissão da política monetária num mundo em mudança (“ChaMP”)”, que se realiza em Frankfurt, na Alemanha.

Para o governador do banco central português, é importante que os decisores políticos não percam a credibilidade das pessoas neste processo. Na sua intervenção, Centeno admitiu que, antes da crise inflacionista, o Conselho do BCE chegou a rever a sua política monetária para aproximar a inflação dos 2% e que esteve disposto a “tolerar temporariamente uma inflação acima dos 2%”.

“A única coisa de que não estávamos conscientes era do facto de que nos estaríamos a aproximar dos 2% por cima e não por baixo, porque era aí que estávamos presos antes de todo este processo inflacionista”, afirmou o governador, remetendo para um período de oito anos com inflação muito baixa.

“Este foi um longo processo de inflação a subir. Demorou cerca de um ano desde que tivemos a inflação a ultrapassar os 2%, até atingir o seu pico, em outubro de 2022”, disse Centeno, que considerou que foi um período “bastante doloroso” devido à sequência de choques na energia ou nas cadeias de abastecimento.

Quanto à atuação na zona duro, o governador português apontou que o BCE tem feito a sua parte. “O BCE fez a sua parte. Acho que devemos estar satisfeitos com o que temos feito até agora, mas não estávamos sozinhos, e os canais de transmissão da política monetária funcionam na zona euro porque o sistema económico ajudou muito e porque as nossas políticas fiscais foram muito mais contidas que noutras jurisdições”, apontou.

Nesse sentido, Mário Centeno destacou o impacto do mercado de trabalho na Europa. “Penso, sinceramente, que a Europa está hoje a viver de um dividendo proveniente do mercado de trabalho, pela forma como se ajustou ao longo destes anos e de todas estas crises. A realidade atual é que a zona euro não está a crescer, há um ano e meio que o investimento está estagnado”, lamentou.

O antigo ministro das Finanças português remeteu ainda para as previsões do BCE para o rácio entre crédito e PIB, que deverá atingir “os níveis mais baixos de que há registo na área do euro” e que a tendência não deverá alterar-se mesmo com a aproximação da inflação à meta dos 2%.

A inflação da zona euro abrandou duas décimas em março para 2,4%, enquanto a inflação subjacente – que exclui a energia e os alimentos por serem mais voláteis – também caiu duas décimas para 2,9%, de acordo com dados do gabinete de estatísticas da UE, Eurostat.

Em julho de 2022, o BCE iniciou o ciclo de subidas das taxas de juro com o objetivo de controlar a inflação. Mais de um ano depois, em outubro de 2023, fez a primeira pausa nesse rápido ciclo de subidas, mas logo avisou que um corte nos juros ainda ia demorar devido aos riscos inflacionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Administração da SATA defende cancelamento da privatização da Azores Airlines

Parecer do conselho de administração da SATA recomenda não prosseguir com o actual concurso de privatização da Azores Airlines. Palavra final cabe ao Governo Regional.

O conselho de administração da SATA defende que o processo de privatização da Azores Airlines, que faz as ligações internacionais e ao continente, seja anulado, avança a Antena 1 Açores e confirmou o ECO. O parecer já foi entregue ao Governo regional, a quem cabe tomar a decisão final.

O concurso público internacional para a privatização de entre 51% e 85% da Azores Airlines terminou com apenas um candidato viável, a Newtour/MS Aviation. A proposta do consórcio recebeu uma notação de 46,69 pontos em 100 do júri, uma avaliação de “suficiente”, tendo em conta que a nota positiva começa em 25.

O júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, alertou na altura para a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a execução do caderno de encargos e a sustentabilidade da companhia aérea.

As principais estruturas sindicais também se opuseram à venda da transportadora do grupo SATA à Newtour/MS Aviation. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que representa o pessoal de terra, considerou que a Newtour/MS Aviation “não apresenta as mínimas condições para garantir a continuidade da operação da companhia”, enquanto o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, pediu o lançamento de um novo concurso.

Também o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, apelou a que a administração da SATA dê um parecer negativo à privatização da Azores Airlines ao consórcio da Newtour/MS Aviation, considerando que tem “lacunas reputacionais”.

Os empresários açorianos também manifestaram reservas em relação ao processo. A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada também apelou ao Governo Regional e à Azores Airlines para “ponderarem cuidadosamente” e retirarem conclusões sobre a avaliação do júri ao consórcio candidato.

A estes vozes junta-se agora o parecer negativo do conselho de administração da SATA, dando pouca margem ao Governo Regional dos Açores para prosseguir com a privatização.

Teresa Gonçalves, CEO da SATA.

A decisão surge a poucos dias de a CEO, Teresa Gonçalves, deixar o cargo, após ter apresentado a demissão. Ao que o ECO apurou, o Governo Regional está ainda a avaliar várias opções para substituir a presidente executiva e o administrador financeiro, que também vai deixar a companhia no final do mês.

O grupo Newtour é dono das agências de viagens Bestravel e Picos de Aventura, do operador Soltrópico e outras marcas ligadas ao turismo. Em junho, comprou a companhia de aviação austríaca MS Aviation, em conjunto com a angolana Bestfly. O consórcio ofereceu 6,6 euros para adquirir 76% da Azores Airlines, num valor total de 5,02 milhões de euros.

A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em junho de 2022, no âmbito da ajuda estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.

(Notícia atualizada às 14h55)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto recebe maior congresso internacional de investigação em enfermagem

Evento organizado pela Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), que tem atualmente cerca de 1.700 estudantes, visa “promover articulação entre investigadores da academia e da prática clínica".

Os avanços e desafios no campo da inteligência artificial aplicada à enfermagem, com destaque para a importância da transformação digital na promoção de cuidados de saúde eficazes e centrados nas pessoas, são alguns dos temas em debate no Congresso Internacional de Investigação em Enfermagem, agendado para os dias 6 e 7 de maio, no Porto.

Numa iniciativa da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), em parceria com o CINTESIS@RISE, este congresso “representa uma oportunidade para estimular o diálogo e catalisar colaborações que impulsionem a enfermagem para o futuro, onde a inteligência artificial e a inovação desempenham papéis centrais na construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e centrado nas pessoas”, resume a organização, em comunicado.

Este evento visa “promover a articulação entre os investigadores da academia e da prática clínica, através da partilha de novas práticas pedagógicas e da discussão sobre resultados de investigação e novas metodologias de ensino/aprendizagem”, resume Carlos Sequeira, coordenador da Unidade de Investigação da ESEP e responsável pela Comissão Científica do congresso.

Entre os oradores convidados constam Henriques Martins, consultor em saúde digital para a OMS, Filomena Cardoso, membro da direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e Paulo Alves, diretor da Escola de Enfermagem da Universidade Católica do Porto.

Congresso visa promover a articulação entre os investigadores da academia e da prática clínica, através da partilha de novas práticas pedagógicas e da discussão sobre resultados de investigação e novas metodologias de ensino/aprendizagem.

Carlos Sequeira

Coordenador da Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP)

A ESEP tem atualmente cerca de 1.700 estudantes de licenciatura, pós-graduação e mestrado, assumindo-se como “uma das mais antigas e reconhecidas instituições de formação e investigação em enfermagem” do país. Distinguida pelo Ministério da Saúde com a Medalha Grau de Ouro por Serviços Distintos, assinala na mesma nota, diz ainda ser “a mais prestigiada” instituição portuguesa de Enfermagem no segmento Excelência do ranking científico internacional Scimago.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

⛽ Preços dos combustíveis descem dois cêntimos na próxima semana

Depois de mexidas em sentido contrário no início da semana, os preços deverão descer na segunda-feira. Tanto a gasolina como o gasóleo ficarão dois cêntimos mais baratos.

Se ainda não abasteceu o depósito, espere até segunda-feira. Fonte do setor indica ao ECO que tanto a gasolina simples 95 como o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, ficarão dois cêntimos mais baratos já partir da próxima segunda-feira, 29 de abril, depois de no início desta semana os preços terem variado em sentidos contrários.

De acordo com os valores médios praticados nas bombas esta sexta-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o gasóleo simples encontra-se a 1,606 euros por litro, enquanto a gasolina simples 95 está atualmente a 1,822. Feitas as contas, quando for abastecer, na próxima semana, deverá passar a pagar 1,586 euros por litro de gasóleo simples e 1,802 euros por litro de gasolina simples 95.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

No entanto, recorde-se: os preços podem ainda sofrer alterações tendo em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço do cobre sobe para mais de 10.000 dólares por tonelada, um máximo desde 2022

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

O preço do cobre, um dos metais essenciais para a transição energética, ultrapassou hoje o nível de 10.000 dólares por tonelada no mercado londrino, um máximo em dois anos.

O preço do cobre, um dos metais essenciais para a transição energética, ultrapassou esta sexta-feira o nível de 10.000 dólares por tonelada no mercado londrino, um máximo em dois anos.

A valorização, que se regista desde o início do ano, coincide com a oferta que a empresa mineira australiana BHP Billiton, uma das maiores do mundo, apresentou para comprar a sua concorrente britânica Anglo American.

A oferta foi rejeitada pela Anglo American, com o argumento de que o seu preço subestima o valor da empresa.

Analistas do Banca March, citados pela Efe, afirmam que a procura crescente de cobre é uma das razões que levaram a BHP a apresentar a oferta, uma vez que a Anglo American possui minas em países como o Chile, a África do Sul, o Brasil e a Austrália.

Na sua opinião, se o negócio se concretizar, a compra “daria à BHP acesso a mais cobre, um dos metais mais procurados na transição para as energias limpas“.

Num relatório recente, a Plenisfer Investments, que faz parte do ecossistema de investimento da Generali Investments, salienta que o investimento em ativos reais deve centrar-se em “matérias-primas essenciais para a transição energética, como o cobre ou o urânio”.

A Plenisfer Investments sublinha que estas matérias-primas se caracterizam por uma “oferta limitada e uma procura crescente”.

A transição energética implica o aumento do peso da eletricidade na economia e, consequentemente, a expansão das redes de transporte.

O cobre desempenhará um papel importante neste processo porque é um dos melhores condutores de eletricidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Protocolo para iniciar negociações entre médicos e Governo assinado em maio

  • Lusa e ECO
  • 26 Abril 2024

Sindicato Independente dos Médicos defende que protocolo deve "ser transparente e trazer tranquilidade” para os profissionais, para que saibam com o que podem contar nos próximos anos.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

No final da primeira reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no Ministério da Saúde, em Lisboa, o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, adiantou que solicitou à tutela que o protocolo negocial esteja concluído até ao final do ano.

“Esta foi uma primeira reunião de apresentação da ministra da Saúde e conseguimos pelo menos que realmente fosse concretizada desde já a marcação para o próximo mês se formalizar o protocolo negocial“, que deve traduzir-se “em expectativas, deve ser transparente e deve trazer tranquilidade” aos médicos, para que saibam com o que podem contar nos próximos anos.

Na reunião, o SIM entregou o seu caderno reivindicativo e propostas para “o aumento da acessibilidade dos portugueses à saúde, tanto nos cuidados de saúde primários como nos hospitais”, e para que o setor privado e social possa também ajudar no SNS.

Questionado sobre a posição da ministra relativamente à proposta do SIM para um aumento salarial de 15% para completar os 15% acordados com o anterior Governo, o dirigente sindical afirmou que a governante disse “o que tem dito publicamente”: “Vão avaliar a capacidade financeira do Estado de dar resposta a esta questão e nós já tínhamos dito também que aceitávamos que fosse algo faseado no tempo“.

Nuno Rodrigues, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM)Lusa

Ainda questionado se sentiu abertura por parte da ministra para as reivindicações, afirmou que sim. “Com certeza, a ministra da Saúde nunca se pôs, aliás, em toda a reunião a foi uma pessoa de diálogo e com vontade de resolver os problemas”.

Sobre a possibilidade de avançar para a greve caso as exigências não sejam atendidas, Nuno Rodrigues afirmou que não estão a pensar nisso “para já”.

“Tendo ontem [quinta-feira] sido o 25 de Abril, felizmente temos essa liberdade de poder contestar e de poder endurecer as formas de luta, mas não estamos a pensar nisso, para já. O Sindicato Independente dos Médicos é um sindicato credível, sério, um sindicato que já assinou 38 acordos com os mais diversos governos, com entidades privadas e do setor social, e, portanto, nós negociaremos sempre até a 25.ª hora para poder assegurar um bom acordo”, sustentou.

Quanto a uma negociação conjunta com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), disse que não foi um tema abordado na reunião, mas afirmou que o SIM não tem “qualquer problema em negociar em conjunto” ou em separado.

Antes de entrar para a reunião, Nuno Rodrigues disse que ia levar para a mesa da negociação a exigência de “garantir que o acordo intercalar que foi conseguido com o anterior governo seja agora concretizado por este novo Governo”, porque mais de 50% dos médicos estão na primeira categoria da carreira.

Temos médicos que nunca foram avaliados no seu desempenho e, portanto, há um conjunto de questões que, independentemente de quem está a governar, estão pendentes e, portanto, a nossa expectativa é que agora junto deste novo Ministério da Saúde e da nova ministra se consiga atingir pontos em comum para que consigamos tornar o SNS mais competitivo e mais eficiente”, frisou.

“Portanto, é essencial que este tema seja retomado e que as negociações cheguem a bom porto”, concluiu no novo líder do SIM.

FNAM elogia atitude “mais séria” do novo Governo

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, mostrou-se satisfeita após a primeira reunião com a nova ministra da Saúde, apontando uma atitude “mais séria e de compromisso” em comparação com o anterior executivo.

Houve aqui uma postura mais séria e de compromisso, diferente relativamente à equipa ministerial anterior, onde nos foi apresentada uma convocatória, com uma ordem de trabalhos, e ficou o compromisso de que as formalidades e a correção na mesa negocial em termos de negociação coletiva se vai cumprir”, elogiou a responsável, em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

Questionada sobre a abertura da nova ministra da tutela para um aumento salarial de 30%, Joana Bordalo e Sá afirmou que houve abertura para, pelo menos, ouvirem as propostas da FNAM, dizendo esperar que, “daqui a um mês e um dia”, Governo e sindicatos do setor possam firmar um protocolo negocial “que satisfaça ambas as partes” e, acima de tudo, que garanta mais médicos ao Serviço Nacional de Saúde”.

(Notícia atualizada às 13h50 com declarações da presidente da FNAM)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanhóis vendem negócio agrícola com quatro unidades de produção de frutos secos no Alentejo

Grupo Borges vende negócio agrícola ao fundo Natural Capital Fund. Inclui as operações em Portugal, concentradas na produção de amêndoa, nozes e pistácio na região do Alentejo.

A espanhola Borges Agricultural & Industrial Nuts (BAIN), divisão do Borges International Group dedicada à produção e venda de frutos secos e com produções no Alentejo, vendeu o negócio agrícola ao fundo Natural Capital Fund. O valor ronda os 70 a 80 milhões de euros, segundo a informação divulgada ao regulador do mercado espanhol (CNMV).

A alienação inclui as quatro unidades de produção de frutos secos que a BAIN tem na região do Alentejo. Segundo a informação divulgada pelo grupo, “a atividade agrícola [em Portugal] está concentrada, principalmente, na produção de amêndoas, nozes e pistácios“.

Além da venda do negócio em Portugal, os espanhóis vão ainda desfazer-se das unidades de produção de frutos secos em Espanha, na Andaluzia e na Estremadura.

Com esta operação, a BAIN pretende concentrar a sua atividade “nas áreas industrial e comercial, que são o negócio principal, assim como na procura de novas oportunidades de negócio para aumentar o valor para os seus acionistas, funcionários, consumidores, clientes e para a sociedade”. O negócio alienado representava apenas 7% dos produtos vendidos pela empresa.

O Natural Capital Fund é um fundo gerido pela Climate Asste Management, um veículo do HSBC AM e Pollination. Segundo a informação divulgada pela BAIN, os negócios vendidos serão geridos pelo grupo agrícola Bolschare, sócio de referência do fundo, que garante que ficará com todos os trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Horta adjudica projeto para ampliar pista do aeroporto ao consórcio Consulgal/Indra

Município da Horta (Açores) adjudica o projeto de execução de ampliação da pista do Aeroporto da Horta ao consórcio Consulgal/Indra por quase 1,2 milhões de euros.

Aeroporto da Horta

A Câmara Municipal da Horta adjudicou por quase 1,2 milhões de euros a elaboração do projeto de execução de ampliação da pista do aeroporto local ao consórcio constituído pela Consulgal e pela Indra.

A adjudicação foi aprovada, por unanimidade, na última reunião extraordinária do executivo liderado por Carlos Ferreira. E com base no relatório final e na proposta de adjudicação apresentados pelo júri do procedimento, no âmbito do concurso público internacional lançado pelo município a 18 de dezembro de 2023. Foram a concurso sete propostas, de acordo com a autarquia desta ilha açoriana.

“Esta adjudicação representa mais um passo significativo com vista à ampliação efetiva da pista do aeroporto da Horta, que para além de ser uma aspiração antiga dos faialenses, é uma condição de desenvolvimento do Faial e um contributo para o desenvolvimento dos Açores”, afirma o autarca.

“Esta adjudicação representa mais um passo significativo com vista à ampliação efetiva da pista do aeroporto da Horta, que para além de ser uma aspiração antiga dos faialenses, é uma condição de desenvolvimento do Faial e um contributo para o desenvolvimento dos Açores.

Carlos Ferreira

Presidente da Câmara Municipal da Horta

Após a assinatura do contrato de prestação de serviços, o processo será remetido ao Tribunal de Contas. Só posteriormente arrancam os trabalhos de elaboração do projeto de ampliação da pista do aeroporto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.