As eleições, os jovens e as mulheres. ECO magazine chega às bancas

  • ECO
  • 8 Abril 2024

O ECO é agora também uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A quarta edição já está nas bancas.

  • Para comprar a quarta edição do ECO magazine, clique aqui.

Não me revejo nos líderes atuais”. A frase é de Mafalda Rebordão. Empreendedora, gestora de parcerias estratégicas da Google a partir de Londres, membro do conselho estratégico da CIP para o investimento estrangeiro e do conselho consultivo de Marcelo Rebelo de Sousa . Com 26 anos já viveu em cinco países, mas afirma querer regressar a Portugal, país que, diz, ‘não a quer receber’.

Em várias esferas, na pública como na privada, não há lugar para os jovens e muito menos para jovens com ambição. Porque não há espaço, porque somos demasiado novos, porque Portugal é demasiado pequeno, porque os jovens têm muita vontade de fazer coisas, porque os jovens acham que isto se muda depressa e não é assim que funciona nas empresas, porque ‘vocês’ [jovens] estão habituados, lá fora, a uma velocidade e essa velocidade não existe em Portugal“, diz. “É tal a quantidade de preconceitos e barreiras que acabamos, nós próprios, portugueses, a criar ao nosso país”, atira.

“Os jovens estão fora, as mulheres estão fora, e não há espaço em Portugal. O país está a tornar-se uma estância de férias ou um lar de idosos”, lamenta a jovem na grande entrevista da nova edição do ECO magazine, no momento em que o país está a viver o pós-eleições e as mudanças políticas que resultaram do voto dos portugueses.

O ECO magazine foi também ouvir o que empresárias, gestoras, empreendedoras, advogadas, diretoras de comunicação, de marketing, criativas ou dirigentes associativas têm a dizer sobre os desafios que enfrentam no mundo do trabalho e das empresas.

Anna Lenz (Nestlé), Cristina Castanheira Rodrigues (Capgemini Portugal) e Mónica Ferro (United Nations Population Fund) assinam as opiniões nesta edição, trazendo uma reflexão sobre os desafios da economia e do setor alimentar, mas também da demografia, em Portugal e no mundo.

Uma análise sobre a evolução das insolvências em Portugal, mas também uma reportagem à têxtil Calvelex são outros dos grandes temas nesta edição, na qual também damos conta da transformação dos escritórios em espaços residenciais (Metro Quadrado), da nova ‘explosão’ da bitcoin e das oportunidades de crescimento que apresenta (Portefólio Perfeito), dos esforços de internacionalização das startups (Saber Fazer) e onde ‘descodificamos’ os lucros históricos da Banca.

O ECO magazine traz também os contributos das diversas marcas que fazem parte do universo ECO. “Estamos mais abertos a mudar de emprego. Porquê?” é o tema trazido pelo Trabalho by ECO; “Como as autarquias do interior atraem mais turismo” é escalpelizado pelo Local Online; enquanto o Capital Verde dá conta do esforço que está a ser feito pelos parques de escritórios em tornarem-se mais verdes no artigo “Segredo dos escritórios ‘verdes’ está na eficiência”.

ECO Seguros analisa como os “Seguros de crédito querem prevenir a economia em 2024” nesta edição enquanto no Fundos Europeus reflete-se se os fundos vindos da Europa são, a longo prazo, uma “Maldição ou bênção?” para a economia nacional. A Advocatus explica como os “Contribuintes triunfam em arbitragens fiscais” e no +M aproveita-se a campanha da ‘estante’ do Ikea para mergulhar no fenómeno das campanhas virais em “Quer um ‘viral’ para a sua marca? Más notícias, provavelmente não vai acontecer”.

E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO. E nesta edição avançamos para a estrada com o Auto ECO onde, todos os meses, testamos algumas das propostas do mundo automóvel.

  • Para comprar a quarta edição do ECO magazine clique aqui.

Editorial

As empresas não podem parar

Perante um resultado eleitoral como o que foi registado nas eleições de 10 de março, a única certeza sobre a governação nos próximos meses é a incerteza. A Aliança Democrática ganhou as eleições por muito pouco, houve mesmo uma reconfiguração do sistema político com o fim do bipartidarismo e a emergência do Chega (mais de um milhão de votos) abre um período novo na política nacional. Para um país que precisava de reformas estruturais depois de oito anos de um primeiro-ministro que foi especialista em gerir o situacionismo, o novo quadro político não antecipa nada de bom.

Luís Montenegro vai ser primeiro-ministro, mas para fazer mudanças, muitas delas como as que tinha apresentado aos portugueses no programa eleitoral, precisa de apoio alargado e maioritário no Parlamento. Quem o dará? Este jogo em que o Chega tem 48 deputados tem novas regras, mas elas não estão escritas em lado nenhum, ninguém as conhece. Como vai comportar-se o PS de Pedro Nuno Santos neste contexto? Vai manter a lógica tradicional ou perceber que há um novo quadro? Os socialistas não querem pôr o PSD no centro do sistema, mas os socialistas vão ter de ultrapassar esse dilema.

O Governo vai passar o teste do programa de Governo — é preciso uma maioria de rejeição que, sem
o PS, não terá viabilidade —, mas a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 é outra história. Imprevisível.

Luís Montenegro vai ter uma primeira oportunidade para uma primeira boa impressão na função de primeiro-ministro. Tem seis meses para mostrar o que vale, de que é feito, para chegar em condições para ir a eleições antecipadas, para se preparar para os miniciclos eleitorais. E tem de ser capaz de formar um Governo politicamente muito forte, com capacidade de decisão.

Os gestores e empresários vão ter de decidir, apesar da incerteza política. Não vão poder parar, nem esperar pelas reformas que andaram a pedir nestes longos meses de campanha eleitoral. O quadro económico é, também ele, incerto, exige decisões e capacidade de risco.

Na verdade, é o que os empresários e gestores têm feito nos últimos 23 anos.

António Costa

Diretor ECO

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa defende governação “à escala global” e “mais democrática”

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

"É absolutamente essencial que olhemos para as Nações Unidas e para as propostas que o secretário-geral António Guterres tem apresentado para a sua reorganização interna", defendeu Costa.

O ex-primeiro-ministro português António Costa defendeu esta segunda-feira “uma governação à escala global que seja mais democrática”, face aos novos desafios universais, apoiando reformas propostas por António Guterres nas Nações Unidas.

É absolutamente essencial que olhemos para as Nações Unidas e para as propostas que o secretário-geral António Guterres tem apresentado para a sua reorganização interna” e para “a reforma do sistema financeiro internacional”, referiu António Costa, ao intervir remotamente numa conferência internacional sobre democracia, que decorre na ilha do Sal, Cabo Verde.

Costa apontou esta necessidade, face ao bloqueio nas Nações Unidas. “Olhamos com revolta para a forma como o sistema das Nações Unidas bloqueia com o facto de um dos seus membros permanentes com direito a veto ser ele próprio o autor de uma grosseira violação do direito internacional, através da invasão da Ucrânia”, disse.

Por outro lado, considerou “insuportável ver como Israel tem vindo a exercer o seu legítimo direito à defesa e soberania, direito de combater uma organização terrorista, com um excesso de violência e brutalidade desumana que tem atingido o povo palestiniano na faixa de Gaza, perante, também, a impotência das Nações Unidas”.

“Temos de reforçar a capacidade de intervenção das Nações Unidas”, referiu. António Costa destacou também a necessidade de combate às desigualdades.”A democracia tem de ser global e temos de reduzir em cada país as desigualdades se queremos fortalecer a democracia”, caso contrário, as assimetrias fomentam o populismo, declarou. Num tom otimista, o ex-primeiro-ministro rematou a intervenção referindo que “as democracias são mais resilientes do que se pensa” e deu o exemplo do Senegal, com a recente eleição de Diomaye Faye como novo Presidente.

Costa interveio na conferência sobre “Liberdade, Democracia e Boa Governança” após a apresentação de uma mensagem em vídeo de Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, em que apelou a uma “solidariedade global” para “pressionar aqueles que ameaçam a vida de todos”, no caso, a Rússia.

Do seu lado, o Presidente ucraniano defendeu a exportação de cereais ucranianos para evitar insegurança alimentar noutros pontos do globo e ao mesmo tempo evitar instabilidade. Que aquilo que se passa na Ucrânia “não se repita em nenhuma parte do mundo”, foi o princípio defendido.

Cerca de 20 oradores constam do programa da conferência internacional sobre “Liberdade, Democracia e Boa Governança” organizada pelo Governo do arquipélago, hoje e terça-feira na ilha do Sal. No final, será apresentada a Declaração do Sal, sobre proteção dos direitos humanos, promoção das liberdades e boa governança em África e no mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisnave mais do que duplica lucro para quase 16 milhões em 2023

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

A empresa líder na reparação naval teve vendas de 169 milhões e vai distribuir mais de três milhões de euros pelos seus trabalhadores.

A Lisnave, empresa de reparação de navios, totalizou quase 16 milhões de euros de lucro em 2023, valor que compara com o resultado líquido de sete milhões de euros apurado no ano anterior.

“A assembleia-geral de acionistas da Lisnave aprovou o relatório de gestão e contas relativo ao ano passado e a empresa líder na reparação naval totalizou vendas de 169 milhões, com lucros de 15,9 milhões de euros, mais do dobro dos sete milhões apurados em 2022”, indicou a empresa, em comunicado.

Em 2022, as vendas tinham sido de cerca de 119 milhões de euros, segundo o relatório de contas da Lisnave. Por sua vez, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) fixou-se em 24,5 milhões de euros, mais do que duplicando o valor de 2022.

No final do mesmo ano, a Lisnave contava com 118 trabalhadores. Perante o resultado apresentado, que o grupo diz ser representativo da sua “solidez e bom desempenho”, a Lisnave vai distribuir mais de três milhões de euros pelos seus colaboradores, uma decisão igualmente aprovada na assembleia-geral de acionistas. Para 2024, o grupo espera resultados positivos, embora inferiores aos apurados no ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro responde a Pedro Nuno: “A carta foi recebida e terá, naturalmente, resposta”

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

O primeiro-ministro confirmou ter recebido a carta de Pedro Nuno Santos, a que dará, "naturalmente, resposta", segundo fonte do gabinete de Luís Montenegro.

O primeiro-ministro confirmou esta segunda-feira ter recebido a carta do secretário-geral do PS, a que dará, “naturalmente, resposta”, segundo fonte do gabinete de Luís Montenegro. “A carta foi recebida e terá, naturalmente, resposta”, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, escreveu ao primeiro-ministro, disponibilizando-se para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública. Numa carta dirigida a Luís Montenegro, à qual a agência Lusa teve acesso, Pedro Nuno Santos acrescenta que “a disponibilidade do PS para este acordo pressupõe uma negociação prévia com as organizações representativas dos trabalhadores”.

“Estou certo de que será possível trabalhar no sentido de construir esse acordo num prazo de sessenta dias, por forma a resolver a situação destes profissionais da Administração Pública ainda antes do fim do período de funcionamento da Assembleia da República, em julho deste ano”, lê-se na carta de uma página, assinada por Pedro Nuno Santos.

Na missiva, o líder socialista reitera o interesse do PS em “trabalhar em conjunto com o Governo com o objetivo de construir um acordo que permita encontrar soluções, se necessário em sede de orçamento retificativo, para um conjunto de matérias sobre as quais existe um amplo consenso político e partidário, manifestado durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativas”.

Está em causa a valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da administração pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores”, frisa. Em 19 de março, após uma audição com o Presidente da República em Belém, Pedro Nuno Santos tinha-se manifestado disponível para viabilizar um Orçamento retificativo da AD limitado a “matérias de consenso”, referindo-se à valorização das grelhas salariais destes grupos profissionais da administração pública até ao início do verão.

“Eu próprio farei o contacto com o líder da coligação para demonstrar esta disponibilidade do PS, indicarmos mesmo dois nomes que possam, no prazo de 30 dias, construir um acordo que nos permita encontrar uma solução até ao verão para resolvermos a situação destes profissionais da administração pública ainda antes do início das férias de verão”, acrescentou na altura.

Um dia depois, questionado sobre este desafio, Luís Montenegro disse ter registado “com satisfação o sentido de responsabilidade” da comunicação feita pelo secretário-geral do PS, mas escusou-se a responder se estaria disponível para negociar uma viabilização de um eventual Orçamento Retificativo.

“Tive ocasião de ouvir todas as comunicações proferidas por todos os lideres partidários e de ter registado todo o seu conteúdo. Sobre a do secretário-geral do PS, registei com satisfação o sentido de responsabilidade que ela encerra”, afirmou então Luís Montenegro, também no final de uma audiência com o Presidente da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP propõe comissão parlamentar de inquérito à venda da ANA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Abril 2024

Comunistas criticam valor da venda abaixo do oferecido e aceite, bem como a oferta à Vinci dos dividendos que a ANA teve em 2012. Privatização ficou concluída em 2013.

O PCP propôs esta segunda-feira a realização de um inquérito parlamentar para apurar “factos e responsabilidades” relacionados com o processo de privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, que arrancou em 2012.

Em conferência de imprensa, transmitida pela RTP3, o deputado comunista António Filipe disse que a venda da empresa portuguesa à multinacional francesa Vinci se trata de “um negócio ruinoso para o Estado”, comprovado pelo relatório “arrasador” do Tribunal de Contas (TdC). António Filipe recorda que a ANA foi vendida ao grupo francês por 1.127,1 milhões de euros, valor 71,4 milhões de euros abaixo dos 1.198,5 milhões de euros que tinham sido “oferecidos e aceites”.

Além do valor da aquisição, o deputado do PCP criticou também a “oposição sistemática [da ANA] a qualquer tentativa de construção do novo aeroporto de Lisboa“. “Já toda a gente percebeu que o interesse da ANA é manter o aeroporto dentro da cidade de Lisboa. Tem tido toda uma atitude de obstrução e vão até, de alguma forma, contribuindo para denegrir o trabalho que todos os especialistas têm vindo a fazer relativamente à localização do novo aeroporto”, afirmou.

Entre outros aspetos “muito preocupantes” referidos no relatório do Tribunal de Contas, António Filipe apontou também que, tendo em conta a previsão de lucros da Vinci em “20 mil milhões de euros durante a concessão”, é “invulgar” que a divisão de receitas entre a Vinci e o Estado português seja de 79% para os franceses e de 21% para o Estado português.

Segundo o deputado do PCP, há ainda “uma promiscuidade absoluta entre os intervenientes” do processo de privatização. “Depois de decidida a privatização, o Estado nomeou uma nova administração para a ANA que não tinha qualquer experiência anterior nesta matéria e é anunciado pela Vinci que essa administração, recém-nomeada pelo Estado, seria a administração privada da Vinci, o que veio a acontecer”, explica.

Para os comunistas, esta situação é “mais grave” do que portas giratórias, é antes “uma passadeira vermelha em que a administração nomeada para uma empresa pelo Estado transita assumidamente para a empresa que a veio a adquirir, o que explica a mudança de posição da administração da ANA relativamente à própria Vinci, na medida em que o próprio processo ainda não estava concluído e já estavam comprometidos com a empresa que já tinha afirmado que os ia reconduzir”.

António Filipe disse ainda ser “incompreensível” que o Estado português tenha oferecido à Vinci os dividendos de 2012 da concessionária dos aeroportos nacionais, que, segundo o relatório do TdC, ascendiam a 30 milhões de euros.

O relatório do TdC, publicado em janeiro, referia que a aquisição da ANA pela Vinci “não salvaguardou o interesse público” e foi assente em várias “irregularidades” e “deficiências graves”. A venda aos franceses foi fechada com um valor que ficou 71,4 milhões de euros abaixo do que tinha sido “oferecido e aceite” e depois de uma “avaliação intempestiva” à empresa concessionária dos dez principais aeroportos nacionais, sem que tivesse sido realizada uma “avaliação prévia” para calcular um preço base, como era “legalmente exigível”.

Em 2023, a ANA – Aeroportos de Portugal teve receitas recorde, no valor de 1.105 milhões de euros, que a empresa explicou com o aumento de passageiros nos vários aeroportos.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Faculdade de Direito de Lisboa discute Intermediação Financeira

  • ADVOCATUS
  • 8 Abril 2024

O CIDP, reunindo investigadores, advogados e supervisores, disponibiliza a todos os interessados o primeiro Curso, de matriz jurídica, inteiramente dedicado aos intermediários financeiros.

O Centro de Investigação de Direito Privado (CIDP) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa promove, entre o dia 3 de maio e 8 de junho deste ano de 2024, o I Curso Intensivo de Intermediação Financeira que decorre por videoconferência às sextas-feiras e sábados, conforme o programa já disponível no site do CIDP da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

O curso é coordenado pelos professores A. Barreto Menezes Cordeiro e Paula Costa e Silva e pelos assistentes convidados Miguel Brito Bastos e Ana Alves Leal.

Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/Advocatus - 18SET23
Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

“Os intermediários financeiros desempenham um papel central no funcionamento dos mercados de capitais contemporâneos. Atuam como elo entre a oferta – os emitentes – e a procura – os investidores – e assumem-se como participantes ativos dos mercados, quer concebendo novos produtos financeiros, quer investindo a título próprio, conforme consta na informação sobre o curso”, segundo comunicado enviado às redações.

“As recentes crises financeiras vieram evidenciar outro papel dos intermediários financeiros, enquanto guardiões do correto funcionamento dos mercados. Eles representam, assim, uma primeira linha de defesa contra riscos sistémicos. Esta função, reconhecida pelo legislador europeu, espoletou uma densa e intrincada produção legislativa que visa proteger os clientes dos intermediários financeiros (especialmente, investidores não profissionais) e a integridade dos mercados de capitais”, acrescenta o comunicado.

O CIDP, reunindo investigadores, advogados e supervisores, disponibiliza a todos os interessados o primeiro Curso, de matriz jurídica, inteiramente dedicado aos intermediários financeiros, abrangendo as diferentes facetas e dimensões do seu estatuto e atividade. Destina-se a todos os intermediários financeiros e/ou seus colaboradores (com ou sem formação jurídica), reguladores, magistrados, e outros juristas e profissionais familiarizados com os mercados financeiros, que pretendam atualizar ou aprofundar os seus conhecimentos. Pode também ser frequentado por alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento. A candidatura pode ser feita até dia 2 de maio.

A intermediação financeira foi o primeiro tema da rubrica Notas a Direito publicada mensalmente no site da Menezes e assinada por A. Barreto Menezes Cordeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Portimão descarta contrato entre 27 estafetas e Glovo

Semana e meia após o Tribunal de Castelo Branco ter reconhecido contrato entre estafetas e a Uber, o Tribunal de Portimão decide em sentido contrário e descarta contrato entre estafetas e Glovo.

O Tribunal do Trabalho de Portimão decidiu não reconhecer o contrato de trabalho entre 27 estafetas e a plataforma digital Glovo. Esta é a primeira sentença que se conhece nesse sentido, tendo por base a lei que entrou em vigor na primavera do ano passado e abre a porta a que os estafetas sejam considerados trabalhadores das plataformas digitais, desde que sejam encontrados indícios de subordinação.

“Decide-se julgar os pedidos improcedentes e, em consequência, absolve-se a ré Glovo Portugal Unipessoal, Lda. dos pedidos deduzidos pelo Ministério Público neste processo principal e todos os seus apensos”, lê-se na sentença.

O Código do Trabalho foi alterado em maio do ano passado, permitindo que os estafetas possam ser reconhecidos como trabalhadores por conta de outrem, desde que haja indícios de subordinação, como a fixação da retribuição e o poder disciplinar.

Entretanto, a Autoridade para as Condições do Trabalho abriu centenas de processos para o reconhecimento de contratos de trabalho entre estafetas e as plataformas, que estão agora em curso nos tribunais portugueses.

Foi no âmbito de um desses processos que o Tribunal do Trabalho de Portimão decidiu dar razão à Glovo, considerando haver elementos que apontam em sentido contrário à presunção de laboralidade.

Por exemplo, a ausência de exclusividade, isto é, os estafetas podem prestar serviços a várias plataformas que “concorrem diretamente” com a Glovo. Mas também a possibilidade de o estafeta fixar o seu próprio horário e local de exercício de atividade, a possibilidade de os estafetas designarem outras pessoas para substituição no exercício da atividade, e “sobretudo e decisivamente”, a possibilidade de recusarem qualquer serviço proposto e sem qualquer consequência.

“É, naturalmente, prova da inexistência de qualquer subordinação: não se vislumbra que relação laboral poderia resistir baseada na possibilidade de o prestador da atividade se poder recusar a prestá-la)”, é sublinhado na sentença.

Em reação, o porta-voz da Glovo atira que “esta sentença confirma aquilo que sempre defendemos“. “Os estafetas que se decidem ligar à aplicação são trabalhadores independentes, que escolhem, livremente, quais os serviços a prestar e a quem, bem como o local, a forma e o momento em que o pretendem fazer”, realça a plataforma digital, que entende que o Juízo do Trabalho de Portimão “avaliou corretamente”.

O Juízo do Trabalho de Portimão avaliou corretamente e confirmou que o modelo operacional específico da Glovo não tem características que possam fazer presumir a existência de contrato de trabalho.

Porta-voz da Glovo

“A Glovo acredita na Justiça, estamos otimistas que outras sentenças terão o mesmo desfecho e também entusiasmados em focarmo-nos no futuro da Glovo em Portugal”, acrescenta a mesma fonte.

De notar que ainda no final de março outro tribunal, o Tribunal do Trabalho de Castelo Branco, decidiu reconhecer a existência entre quatro estafetas e a Uber, com efeitos a 1 de agosto de 2023. A plataforma indicou que irá recorrer da decisão.

Notícia atualizada às 16h02 com reação da Glovo

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump quer deixar estados legislarem sobre o aborto

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

"Os estados devem escolher, por voto ou por legislação, ou talvez por ambos. Qualquer que seja a sua decisão, deve ser lei", afirmou o candidato republicano.

O ex-presidente norte-americano e candidato republicano Donald Trump prometeu esta segunda-feira dar liberdade aos estados para legislar sobre o aborto, afastando aparentemente uma potencial proibição nacional desta questão, que tem sido central na campanha para as eleições presidenciais de novembro.

“Os estados devem escolher, por voto ou por legislação, ou talvez por ambos. Qualquer que seja a sua decisão, deve ser lei”, afirmou o candidato presidencial republicano (já conseguiu os delegados suficientes para a confirmação da candidatura), que irá enfrentar de novo nas urnas o atual Presidente norte-americano e recandidato, o democrata Joe Biden.

O tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez promete ser um dos temas mais discutidos na campanha para as eleições presidenciais, depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América (EUA) – dominado por juízes conservadores nomeados pelos republicanos – ter eliminado, em junho de 2022, o direito constitucional ao aborto em todo o país.

Desde esta decisão, que deu aos estados norte-americanos ‘carta-branca’ para legislarem neste domínio, cerca de 20 proibiram ou restringiram severamente o acesso a este procedimento. “A minha opinião é que agora temos o aborto onde todos queriam do ponto de vista legal (…). Alguns serão mais conservadores do que outros, e é assim que as coisas são. No final das contas, tudo depende da vontade do povo”, afirmou Donald Trump, num vídeo divulgado através da sua rede social Truth Social.

Embora não tenha dado mais detalhes sobre a sua posição política em relação a esta matéria, o ex-presidente salientou que defende o direito de interromper a gravidez em casos de violação ou incesto, bem como nas situações em que a vida da mulher esteja em risco. Estas declarações surgem numa altura em que Donald Trump tenta neutralizar aquilo que nos últimos tempos se tornou uma das maiores desvantagens republicanas antes das eleições, que é a sua posição sobre os direitos reprodutivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santos Silva critica justiça pela atuação na Operação Influencer

Ex-presidente da Assembleia da República reitera que falta de esclarecimentos e de audição é "uma violação grosseira de princípios básicos do Estado de direito".

O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, teceu críticas à justiça e à Procuradoria-Geral da República pela atuação na Operação Influencer, que conduziu à queda do anterior Governo, apontando que se verificou uma “violação grosseira de princípios básicos do Estado de direito”.

As críticas foram transmitidas em duas publicações no Facebook do socialista. Na primeira, notou que já passaram cinco meses desde que “um comunicado de imprensa da Procuradoria-Geral da República informou o país de que corria no Supremo Tribunal de Justiça um inquérito-crime sobre o então Primeiro-Ministro”. Depois disso, “nada as autoridades competentes se dignaram esclarecer sobre a iniciativa que esteve na origem de todos esses desenvolvimentos” e o “visado nunca foi ouvido”, escreveu.

Captura de ecrã de uma das publicações de Augusto Santos Silva no Facebook

“Há quem possa achar que isto é o decurso normal da justiça, no seu tempo próprio”, disse, mas para si “é uma violação grosseira de princípios básicos do Estado de direito, incluindo o desrespeito pela separação de poderes, o desprezo pelo direito dos cidadãos à informação essencial para as suas escolhas cívicas e uma ofensa aos direitos fundamentais de qualquer pessoa, seja qual for a sua condição privada ou pública”.

Santos Silva ainda escreveu outra publicação, apontando que também se passaram cinco meses desde a busca domiciliária ao então ministro das Infraestruturas, João Galamba, que “segundo uma notícia do Expresso, nunca desmentida, foi alvo de escutas durante quatro anos”.

“Depois de quatro anos de escutas e depois da busca, o próprio nunca foi ouvido pelas autoridades judiciais competentes – apesar de o solicitar repetidamente”, salientou. Perante este cenário, disse que não é admissível “uma tal desconsideração pelos direitos, liberdades e garantias das pessoas”.

Estas críticas surgem depois de o próprio António Costa ter pedido para ser ouvido “com a maior celeridade possível” pela justiça portuguesa. “Dei instruções para hoje mesmo [o advogado] apresentar o requerimento junto do senhor coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça para que possam proceder à minha audição para se esclarecer qualquer dúvida que tenham”, afirmou na semana passada, à saída da tomada de posse do novo Executivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanha vai acabar com vistos gold em troca de compra de casa

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

Primeiro-ministro espanhol anunciou que o Conselho de Ministros vai iniciar os procedimentos para pôr fim aos vistos gold obtidos com investimento mínimo de meio milhão de euros num imóvel.

Espanha vai acabar com os vistos gold conseguidos com a compra de casa, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, sem adiantar uma data para a concretização da medida.

Estes vistos gold traduzem-se na concessão de autorizações de residência a pessoas que façam um investimento mínimo de meio milhão de euros em imobiliário e, no caso de Espanha, estão em vigor no âmbito de uma lei aprovada em 2013.

O Conselho de Ministros de Espanha iniciará na reunião desta semana, na terça-feira, “o procedimento para eliminar” os vistos gold, disse Pedro Sánchez, no município de Dos Hermanas, em Sevilha, durante a visita a um projeto de habitação pública.

Em Espanha, 94 em cada 100 deste tipo de vistos (que resultam de investimentos de estrangeiros no país) são concedidos com a compra de habitação, disse o líder do Governo.

Sánchez justificou o fim da medida – como já fizeram outros países europeus, incluindo Portugal – com as dificuldades de acesso à “habitação digna” em Espanha, “o principal problema” que enfrentam famílias e jovens.

A maioria dos vistos gold são concedidos em cidades e regiões como Madrid, Barcelona, Valência, Alicante, Málaga ou Baleares, precisamente onde “o mercado de habitação é mais tenso”, destacou Sánchez, que fez este anúncio em pleno período eleitoral em Espanha, onde haverá três eleições em menos de dois meses (regionais no País Basco e na Catalunha e europeias).

Em Portugal, a proposta para acabar com a concessão de novos vistos gold para investimento em habitação foi aprovada em julho do ano passado.

A norma revogatória dos vistos gold foi uma das propostas do programa Mais Habitação e, com a entrada em vigor da nova lei, deixaram de ser admitidos novos pedidos de concessão, o que não afeta a possibilidade de renovação das autorizações já concedidas. Também ficou excluída da limitação de vistos gold a concessão ou renovação de autorizações de residência para reagrupamento familiar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concessionário do novo teleférico promete “benefício económico” de 400 milhões na Madeira

Apesar do mega projeto no Curral das Freiras estar atualmente suspenso pelo Governo Regional, a empresa confia que este investimento "totalmente privado" de 47 milhões de euros irá abrir em 2026.

Vai nascer no Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos (Madeira) um teleférico que terá o segundo maior vão suspenso do mundo, com um percurso de 3.070 metros e um desnível de 230 metros. O mega projeto, que resulta de um investimento de 47 milhões de euros, inclui ainda um Centro de Interpretação da Natureza e um Parque Aventura com um slide de 2.300 metros, o maior da Europa e o segundo maior do mundo. Apesar de estar atualmente suspenso pelo Governo Regional, o concessionário confia ao ECO/Local Online que a abertura ao público deverá acontecer mesmo em 2026.

“Este projeto inédito e pioneiro é estruturante para o turismo da Madeira e, em particular, para o desenvolvimento do Curral das Freiras, devido ao impacto direto na criação de emprego e no comércio local”, afirma Nuno Freiras, CEO do Madeira SkyPark Adventure, notando que o investimento é “totalmente privado” e ascende a 47 milhões de euros, dos quais 8,5 milhões já foram executados. “Tendo em conta o pagamento das rendas da concessão, assim como a receita fiscal prevista durante a duração da mesma, a região da Madeira terá benefícios económicos superiores a 400 milhões de euros”, garante o gestor.

Tendo em conta o pagamento das rendas da concessão, assim como a receita fiscal prevista durante a duração da mesma, a região da Madeira terá benefícios económicos superiores a 400 milhões de euros.

Nuno Freiras

CEO do Madeira SkyPark Adventure

Em comunicado enviado às redações esta segunda-feira, a Madeira SkyPark Adventure adianta ainda que o projeto vai criar cerca de 40 postos de trabalho diretos numa localidade que tem, atualmente, cerca de 1.500 habitantes.

O projeto envolve dois teleféricos, ambos com duas cabinas em sistema de vai-vem. Um deles vai ligar o centro do Curral das Freiras ao Miradouros do Paredão – com cabinas para 15 pessoas, num percurso de 1.012 metros de comprimento e um desnível de 789 metros; e um segundo teleférico, com cabinas para 50 pessoas, que ligará o Miradouro do Paredão à Boca da Corrida, numa distância de 3.070 metros e com um desnível de 230 metros.

Este será, a nível mundial, o teleférico com o segundo maior vão suspenso, apenas superado pelo exemplar instalado em Zugspitz na Alemanha, construído pela Doppelmayr, que é também a empresa responsável pela execução do projeto dos teleféricos do Curral das Freiras.

Na Boca da Corrida ficará instalado o Centro de Interpretação da Natureza, que será implementado em parceria com a Secretaria regional da Agricultura e Ambiente, e um Parque Aventura para atividades radicais, que será complementado com um zip line (slide) num percurso de 2.300 metros até ao Curral das Freiras, que será o mais longo da Europa e o segundo mais longo do mundo, apenas superado pelo existente nos Emirados Árabes Unidos.

Projeto polémico, da política às redes sociais

Este negócio do teleférico no Curral das Freiras surge nas suspeitas do Ministério Público no processo que tem como arguido Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira. No sábado, o diretor executivo da empresa mostrou-se convicto de que o projeto vai avançar, apesar de ter sido suspenso pelo Governo Regional, que está em gestão depois da queda do Executivo. Há eleições antecipadas agendadas para maio.

“Acredito que as entidades oficiais estão a fazer o que têm de fazer para retomar a normalidade do decorrer do projeto. Não temos razão nenhuma para duvidar de que o projeto irá retomar a sua normalidade e, portanto, continuamos a fazer a nossa parte de acordo com o que foi contratualizado”, indicou Nuno Freitas, em declarações aos jornalistas.

Citado igualmente pela Lusa, António João Costa, porta-voz de um grupo que tem contestado o projeto nas redes sociais, acompanha com “alguma preocupação e constrangimento” esta construção. No seu entender, a missão do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira, promotor do sistema de teleféricos, “não será de promover este tipo de investimentos, turísticos na sua larga essência, ainda que tenha sido apresentado um centro de interpretação da natureza”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Projeto de exportação de hidrogénio a partir de Sines cancelado

A Shell, parceira do H2Sines.Rdam, concluiu que o projeto "não era economicamente viável" e a Engie queixa-se de "falta de regulamentação clara".

O projeto de hidrogénio verde H2Sines.Rdam, que planeava exportar hidrogénio em estado líquido produzido em Sines para Roterdão, foi cancelado, avança a publicação Hydrogeninsight.

A Engie, que integra o consórcio promotor, confirmou a notícia à publicação: “Dada a falta de regulamentação clara e considerando a atual maturidade do mercado-alvo, bem como a falta de infraestrutura adequada, os vários parceiros do projeto tomaram a decisão de o abandonar em outubro de 2023.”

Desta forma, o projeto cai antes de se saber se teria direito a fundos europeus, para os quais tinha sido pré-selecionado no âmbito do Fundo de Inovação Europeu, embora faltasse ainda fechar um acordo de financiamento. Em paralelo, a Shell, que também fazia parte do consórcio, indica ter concluído que o projeto “não era economicamente viável”.

O H2Sines.Rdam, que previa uma capacidade de produção de 400 megawatts em Sines, deveria começar a exportar em 2028 com o objetivo de abastecer empresas de transporte pesado de mercadorias. O consórcio juntava as empresas Engie, Shell, Vopak e Anthony Veder, e já tinha sido estabelecido um protocolo de cooperação entre os portos de Sines e Amesterdão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.