BCE começou a discutir alívio das políticas restritivas, diz Lagarde

A presidente do BCE revela que na reunião desta quinta-feira o Conselho do BCE não discutiu cortes das taxas de juro, mas iniciaram-se discussões para uma redução das restrições da política monetária.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a manter inalteradas as taxas diretoras em níveis historicamente elevados, por considerar que as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas “devido, em parte, ao forte crescimento dos salários.” Mas vê “sinais” de que a tendência “está a começar a abrandar”.

Os últimos dados divulgados pelo BCE mostraram um crescimento homólogo dos salários de 4,5% no último trimestre de 2023, que compara com um aumento de 4,7% no trimestre anterior — o segundo valor mais elevado desde o início da série do BCE (setembro de 2005).

Esta quinta-feira, na conferência de imprensa após a divulgação do comunicado do BCE, Christine Lagarde referiu que a decisão do Conselho do BCE foi unânime e voltou a destacar que a economia da Zona Euro permanece “fraca”, com os “consumidores a conterem-se nas suas despesas”, apesar de a presidente do BCE acreditar que “os rendimentos reais recuperarão, apoiando o crescimento.”

Apesar de a taxa de inflação continuar a desenhar uma “tendência descendente” aproximando-se do objetivo dos 2% do BCE, a presidente do BCE nota que “ainda não estamos suficientemente confiantes em relação à inflação.”

Lagarde destacou ainda um abrandamento do mercado de trabalho, salientando que “a procura de mão-de-obra está a abrandar” com “os empregadores a anunciarem menos propostas de trabalho” e sublinhou que “há sinais de que o crescimento dos salários está a começar a abrandar.”

Em relação à evolução recente dos preços da generalidade dos produtos, Lagarde salienta que apesar de a taxa de inflação continuar a desenhar uma “tendência descendente” aproximando-se do objetivo dos 2% do BCE, a presidente do BCE nota que “ainda não estamos suficientemente confiantes em relação à inflação.”

No entanto, Lagarde refere que “isso não significa que o BCE só fará cortes quando a taxa de inflação chegar aos 2%”, mas que essa decisão está dependente dos dados económicos e financeiros que forem sendo conhecidos e reforçou a ideia de que não se comprometerá “com o ritmo das futuras alterações das taxas de juro.”

Sobre a ideia de que a política monetária do BCE poderá ser influenciada pelas decisões da Fed, Lagarde declarou que o “BCE atua de forma independente e vamos fazer o que temos que fazer quando o tivermos de fazer”.

Além disso, a presidente do BCE revelou que, no decorrer da reunião desta quinta-feira do Conselho do BCE, não foram discutidos cortes das taxas diretoras, mas “começámos a discutir a redução da nossa posição restritiva.”

Além disso, sobre a ideia de que a política monetária do BCE poderá ser influenciada pelas decisões da Fed, Lagarde declarou que o “BCE atua de forma independente e vamos fazer o que temos que fazer quando o tivermos de fazer”, tendo em conta “o nosso objetivo de atingirmos o nosso objetivo de 2% para a inflação.”

No seguimento da pergunta de um jornalista, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, referiu que “o setor imobiliário comercial é um dos principais riscos na região”, apesar de notar que a exposição dos bancos europeus a este mercado “ser bastante limitado” e que “ainda não assistimos a um contágio generalizado.”

A próxima vez que os membros do Conselho do BCE se voltarão a reunir para discutir a política monetária da Zona Euro será a 11 de abril, novamente em Frankfurt, na sede do BCE.

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Depois de reabrir portas, Casa do Corim na Maia recebeu mais de três mil visitantes

Depois da Lipor transformar a Casa de Corim num hub de sustentabilidade, foram realizadas o ano passado 72 iniciativas entre as quais dez open days, tertúlias, sessões de cineEco e seis exposições.

A Casa do Corim, em Águas Santas, no concelho da Maia, que está a ser promovida pela Lipor no âmbito de uma parceria Institucional com o Município da Maia, recebeu 3.473 visitantes desde que reabriu as portas no final de 2022.

“Somente no ano de 2023, foram 124 dias de portas abertas à livre fruição, realizadas 72 iniciativas entre as quais dez open days, tertúlias, sessões de cineEco e seis exposições. Entre as 24 parcerias estabelecidas destaca-se a Let’s Swap que já promoveu na Casa do Corim três mercados de trocas, com 282 participantes que reutilizaram 990 peças de vestuário e acessórios e 201 livros, evitando assim a produção de 276 quilos de resíduos”, detalha a Lipor em comunicado.

A programação para esta ano já está definida e inclui circuitos de visitas guiadas pela Casa e jardins, exposições e dez open days com workshops, tertúlias, mercados, cinema ambiental e mercados de troca.

A Casa do Corim, construída num estilo nasoniano, remonta à primeira metade do século XVIII, altura em que começou a ser construída. Entre 1747 e 1995 a Casa do Corim conheceu nove proprietários diferentes. O primeiro registo até agora encontrado é de Duarte Pechirim, cabendo à família de Fernando Maciel Moura e Maria Elisa Cerejeira Pereira Bacelar viver nela entre 1955 e 1995, altura em que foi adquirida pela autarquia da Maia.

Já no século XIX entre 1832/34, serviu de Quartel–General às tropas absolutistas de D. Miguel aquando do cerco do Porto, tomando a denominação de Quartel-General de Agoas Santas. Em 1886 foi palco do enlace matrimonial de Aurélio da Paz dos Reis, horticultor e precursor do cinema em Portugal, com Palmira Cândida Guimarães filha do proprietário da casa o Comendador António Fernandes Guimarães.

Atualmente, a Casa do Corim é um espaço multifuncional que tem como objetivo base funcionar como o hub de sustentabilidade da Lipor, que realça que ao colocar este espaço à disponibilidade da comunidade está a “promover sustentabilidade, a proteção ambiental, o empreendedorismo, a capacitação dos cidadãos e o livre acesso à cultura”.

A Lipor, que é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos Municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, trata anualmente cerca de 500 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos por um milhão de habitantes.

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Reveja aqui a conferência de imprensa de Lagarde que justifica a manutenção das taxas de juro do BCE

A presidente do BCE explica em conferência de imprensa as razões que levaram a autoridade monetária do euro em manter as taxas diretoras pela quarta reunião consecutiva do Conselho do BCE.

No seguimento da quarta manutenção consecutiva das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) desde setembro do ano passado, Christine Lagarde explica com mais detalhe as decisões do Comité de Política Monetária do BCE em conferência de imprensa.

Acompanhe aqui as declarações da presidente do BCE:

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Pingo Doce vai abrir 50 restaurantes este ano para ser maior rede em Portugal

Resposta à concorrência internacional em Portugal passa por abrir mais restaurantes nos supermercados. Grupo quer chegar aos 240 este ano.

O Pingo Doce está a apostar na área de meal solutions como fator de diferenciação e rentabilidade num ambiente mais competitivo, prevendo abrir este ano 50 restaurantes nos supermercados, para chegar a um total de 240 e tornar-se na maior cadeira de restauração no país, afirmou esta quinta-feira a CEO da rede de retalho nacional do grupo.

Questionada, em conferência de imprensa, sobre a posição e resposta da Jerónimo Martins face a um aumento de concorrência no mercado doméstico de retalho alimentar com investimento de players internacionais, como a espanhola Mercadona, a francesa Auchan e as alemãs Lidl e Aldi, Isabel Ferreira Pinto, CEO do Pingo Doce, respondeu que os preços e a diferenciação são as apostas.

“Aquilo que está a acontecer no mercado português não é novo. Estamos habituados a operar num mercado competitivo e encaramos isso com uma certa naturalidade. Faz parte do nosso dia-a-dia”, afirmou, adiantando que a empresa vai continuar a investir na sua “proposta de preço e manter a atividade promocional como o centro da estratégia para continuar a honrar a preferência dos portugueses”.

Sublinhou, no que entanto, que a empresa tem, “acima de tudo, para marcar a diferenciação versus todos os outros operadores, de continuar a investir na área de meal solutions, que é a área de diferenciação e de rentabilidade no futuro”.

Explicou que, depois de terminar 2023 com 190 restaurantes, o Pingo Doce “está a contar abrir mais 50 este ano”. “Abrimos o nosso primeiro restaurante há 17 anos e contamos terminar o ano de 2024 a ser maior cadeia de restauração em Portugal“, concluiu.

Os lucros líquidos da Jerónimo Martins subiram 28,2% em 2023, para 756 milhões de euros, informou a empresa em comunicado enviado ao mercado esta quarta-feira.

A empresa já tinha informado, a 11 de janeiro, que o volume de negócios disparou 20,6% para 30.608 milhões de euros em 2023, devido ao forte desempenho de vendas com “foco na competitividade de preço e no crescimento em volume”, que permitiu superar pela primeira vez o marco dos 30 mil milhões de euros de vendas.

Em Portugal, o Pingo Doce registou uma subida de 7,9% nas vendas anuais para 4,9 mil milhões de euros, com venda like-for-like (LFL), ou seja comparando as mesmas lojas sem ter em conta novas aberturas, de 7,7%. No segmento cash&carry, o turismo foi o motor de crescimento, com o Recheio a aumentar as vendas em 15,1% para 1,3 mil milhões de euros, com um LFL de 14%.

Nas perspetivas para 2024, a empresa frisou que em Portugal persistem sinais de pressão sobre as famílias relacionados com taxas de juro elevadas, “esperando-se, por isso, que o consumo continue pouco dinâmico”, adiantando que o Pingo Doce “manterá a sua forte e reconhecida dinâmica comercial e prosseguirá com a implementação do novo conceito de loja que evidencia a diferenciação da insígnia, a nível de meal solutions e perecíveis.

O Pingo Doce terminou 2023 com 482 lojas, tendo aberto 11 lojas e encerrado uma. A empresa prevê remodelar entre 60 e 80 lojas no ano e inaugurar cerca de 10 novas localizações.

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Mulheres só ocupam 30% dos cargos de gestão das empresas em Portugal

Em seis anos, a participação das mulheres nos cargos de gestão e liderança pouco mudou. Continuam a ocupar menos de um terço dessas posições, apesar das políticas públicas.

Menos de um terço dos cargos de gestão e liderança das empresas em Portugal são ocupados por mulheres, revelam os dados divulgados esta quinta-feira pela Informa D&B, no estudo “A presença feminina nas empresas em Portugal”. Apesar das políticas públicas, esse cenário tem sofrido poucas alterações: face a 2017, só houve uma melhoria de um ponto percentual.

“Apenas 30% dos cargos de gestão das empresas em Portugal são ocupados por mulheres, uma percentagem que desce para os 27% quando considerados os cargos de liderança“, é sublinhado na referida análise.

Estes dados referem-se a 2023, mas são idênticos aos registados tanto em 2022, como em 2021, em 2020 e 2019. Aliás, face ao início da série estatística — isto é, ao ano de 2017 –, só houve uma melhoria de um ponto percentual, já que nessa altura as mulheres ocupavam 29% dos cargos de gestão e 26% dos cargos de liderança.

O estudo agora divulgado revela, por outro lado, que a presença feminina nas empresas “diminui à medida que a responsabilidade dos cargos aumenta”. Em concreto, nas funções de direção geral, só 17% são exercidas por mulheres e apenas 16,4% dos lugares nos conselhos de administração é ocupado por elas.

Já no que diz respeito aos vários setores de atividade, os serviços destacam-se ao terem a maior percentagem de mulheres em cargos de gestão, embora nem aí se chegue à paridade com os homens (43%).

Em comparação, no retalho, alojamento e restauração, elas ocupam 33% dos cargos de gestão. E nas atividades imobiliárias, 31%.

“Os setores com menor percentagem de mulheres em cargos de gestão são as tecnologias e informação e comunicação, energias e ambiente e Construção, todos com apenas 18%“, salienta a Informa DB.

Outro dado relevante é que a presença feminina em cargos de decisão diminui à medida que aumenta a dimensão das empresas. “Entre as grandes empresas, 19% dos cargos de gestão são desempenhados por mulheres, uma percentagem que é de 20% nas médias empresas, de 23% nas pequenas empresas e de 30% nas microempresas, onde a maioria das organizações pertencem a setores onde existe maior presença feminina na gestão das empresas, como os Serviços ou o Retalho”, é referido no estudo.

Já no que diz respeito às empresas cotadas e do setor empresarial do Estado — que estão sujeitas à lei que, desde 2017, estabelece um regime de representação equilibrada –, a evolução tem sido mais expressiva.

Nas empresas cotadas, a presença de mulheres nos cargos de gestão evoluiu 15 pontos percentuais, de 12,2% em 2017 para 27,3% em 2023. “No entanto, em 2023 havia ainda 20% de empresas cotadas sem qualquer mulher nos seus cargos de gestão”, alerta a Informa DB.

Por outro lado, nas 279 empresas do setor empresarial do Estado, 82% das equipas de gestão eram mistas em 2023, um salto de 11 pontos percentuais face a 2017.

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Universidade de Aveiro lança formações curtas em informática, biometria, programação e audiovisuais

Universidade diz que microcredenciais estão "alinhadas com a estratégia de desenvolvimento da Região de Aveiro, estando associadas ao mar e ria, agroalimentar e floresta, indústria e tecnologia".

A Universidade de Aveiro (UA) está a promover formações de curta duração nas áreas de informática, biometria, programação e audiovisuais. As microcredenciais destinam-se a qualquer pessoa que procure uma consolidação e requalificação das competências.

“A UA oferece microcredenciais em diferentes áreas de qualificação, alinhadas com a estratégia de desenvolvimento da Região de Aveiro, estando associadas ao mar e ria, agroalimentar e floresta, indústria e materiais, tecnologias da informação, comunicação e eletrónica e áreas de suporte à competitividade regional“, diz a universidade no site oficial.

De acordo com a academia aveirense, a requalificação de competências proporcionada pela frequência de microcredenciais “prepara os profissionais a dar uma melhor resposta às crescentes necessidades do mercado de trabalho.

As formações de curta duração “são certificadas, organizadas de forma flexível, práticas e com conteúdos atualizados tendo por base as exigências atuais”.

Conheça as microcredenciais com candidaturas abertas:

  • Start for Future – LEARN (até 07 de março)
  • Biometria: a próxima geração de segurança (até 29 de março)
  • Storytelling Digital (até 05 de abril)
  • Programação por objetos (POO) em C++ (até 05 de maio)
  • Programação em Python para análise de dados (até 31 de maio)
  • Tecnologia laser (até 07 de abril)
  • Inovação e desenvolvimento de produtos alimentares (até 08 de abril)

Para mais informações aceda a este link.

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BCE mantém taxas de juro pela quarta vez consecutiva

O Conselho do BCE voltou a não mexer nas taxas diretoras por considerar que as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, apesar do BCE ter revisto em baixa a taxa de inflação para 2024.

Conselho do BCE
Conselho do BCE em Frankfurt a 13 de dezembro 2023, que é composto pelo seis membros da Comissão Executiva e pelos governadores dos bancos centrais dos países da área do euro.BCE 13 de dezembro de 2023

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) voltou a deixar as taxas diretoras inalteradas pelo sexto mês seguido. Foi a quarta reunião do Conselho do BCE consecutiva que Christine Lagarde e os restantes membros da autoridade monetária do euro optaram por não mexer nas taxas de juro.

“Embora a maioria das medidas da inflação subjacente tenham registado novo abrandamento, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido, em parte, ao forte crescimento dos salários”, justifica o BCE, apesar de notar que “as condições de financiamento são restritivas e os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação.”

Nas projeções mais recentes elaboradas por especialistas do BCE, a inflação foi revista em baixa, em particular para 2024, apontando agora para uma inflação média de 2,3% em 2024, 2% em 2025 e 1,9% em 2026.

Com esta decisão, a taxa de facilidade permanente de depósito permanece nos 4%, mantendo-se assim no nível mais elevado de sempre.

Já a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento mantém-se nos 4,5% (valor mais elevado desde abril de 2001) e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece nos 4,75%, o valor mais elevado desde setembro de 2008.

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A decisão anunciada esta quinta-feira pelo BCE em Frankfurt não foi uma surpresa. De acordo com um recente inquérito realizado pela Refinitiv junto de vários economistas e analistas, apenas 7,8% dos entrevistados antecipava um corte nesta reunião.

No mesmo inquérito da Refinitiv, a maioria dos entrevistados (81,6%) antecipa que os primeiros cortes das taxas diretoras por parte do BCE só aconteçam em junho.

Já por diversas vezes Lagarde e grande parte dos membros do Conselho do BCE anunciaram que só pretendem mudar o ciclo da política monetária quanto tiverem mais certezas quanto ao controlo da inflação, apesar de no comunicado desta quinta-feira o BCE notar que “nas projeções mais recentes elaboradas por especialistas do BCE, a inflação foi revista em baixa, em particular para 2024, o que reflete sobretudo um contributo menor dos preços dos produtos energéticos.”

Os especialistas do BCE projetam agora uma inflação média de 2,3% em 2024, 2% em 2025 e 1,9% em 2026. “As projeções para a inflação excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares também foram objeto de uma revisão em baixa, sendo, em média, de 2,6% em 2024, 2,1% em 2025 e 2,0% em 2026”, lê-se no comunicado do BCE

E mais uma vez, o BCE deixa claro que “está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%” e, “com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras do BCE estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial para esse fim.”

E para garantir esse objetivo, o Conselho do BCE sublinha que as suas decisões sobre as taxas de juro continuarão a basear-se “na avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.”

Sobre a orientação do programa de compra de ativos (APP) e do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o BCE refere que a carteira do APP está a “diminuir a um ritmo comedido e previsível” e que no primeiro semestre deste ano, “o Conselho do BCE tenciona continuar a reinvestir, na totalidade, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do PEPP.”

O BCE refere que, no segundo semestre do ano, pretende reduzir a carteira do PEPP, em média, em 7,5 mil milhões de euros por mês e relembrou que “o Conselho do BCE tenciona descontinuar os reinvestimentos no contexto do PEPP no final de 2024.”

A próxima vez que os membros do Conselho do BCE se voltarão a reunir para discutir a política monetária da Zona Euro será a 11 de abril, novamente em Frankfurt, na sede do BCE.

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Grupo australiano instala fábrica europeia em Vila Franca de Xira

Novo armazém da Agito Global servirá como unidade de fabrico para o Reino Unido e a UE, centro de apoio de software e sede em Portugal.

A australiana Agito Global assinou um contrato de arrendamento de um armazém industrial, de sete mil metros quadrados, em Vila Franca de Xira, por um período de dez anos. O grupo prevê expandir a equipa de engenharia local no curto prazo.

“A nossa recente expansão global resultou na necessidade de instalação de uma unidade de produção na União Europeia (UE), e Portugal foi a escolha óbvia, oferecendo uma mão-de-obra qualificada e excelentes rotas comerciais para a UE, Reino Unido e América do Norte (…) já começámos a fabricar — e a fornecer os nossos principais clientes. Planeamos expandir ainda mais a equipa de engenharia local no curto prazo”, afirma Emma Townsend, CEO da Agito Global, em comunicado.

A nossa recente expansão global resultou na necessidade de instalação de uma unidade de produção na União Europeia (UE), e Portugal foi a escolha óbvia, oferecendo uma mão-de-obra qualificada e excelentes rotas comerciais para a UE, Reino Unido e América do Norte.

Emma Townsend

CEO da Agito Global

Este novo espaço do fornecedor de soluções de automação e tecnologia para as indústrias de armazenamento, comércio eletrónico, logística, alimentação e bebidas, servirá como unidade de fabrico para o Reino Unido e a UE, centro de apoio de software e sede em Portugal.

O imóvel está localizado em Vila Franca de Xira penas a 40 quilómetros a norte de Lisboa e com acesso direto à N1, bem como às autoestradas A1 e A10.

A M7 Real Estate arrendou, com o suporte da Savills Portugal, o armazém ao grupo australiano. A Savills Portugal realça que a concretização desta operação demorou mais de um ano e que no “processo de decisão, pesaram fatores como as características do imóvel, um fuso horário muito diferente e as respetivas condições de negociação”.

João Salema Garção, senior asset manager da M7 Real Estate in Portugal, afirma que “existe uma grande escassez de espaços industriais e logísticos de qualidade no mercado da Grande Lisboa, permitindo à M7 capitalizar o desequilíbrio entre a oferta e da procura, assinando um contrato de arrendamento de longo prazo, refletindo um forte compromisso entre as partes. Apesar de um contexto macroeconómico mais incerto, continuamos a assistir a uma procura ocupacional robusta de ativos bem localizados em áreas urbanas, o que sustenta a nossa convicção setorial neste mercado.”

Fundada em 1979 na Austrália, a Agito fez em 2022 uma joint venture com o Hilton Food Group como parte de uma expansão global. Além da Austrália, o grupo está presente no Reino Unido e agora, em Portugal.

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Audiência em processo de estafeta contra a Glovo foi adiada

Esteve marcada para esta segunda-feira a audiência que arrancaria o julgamento do primeiro processo de um estafeta contra a Glovo, mas foi adiada sem nova data, indicam os "Estafetas em luta".

A audiência que daria início ao julgamento do primeiro processo de um estafeta contra a Glovo para o reconhecimento de um contrato de trabalho foi adiada, sem nota data. Ao ECO, o porta-voz do movimento “Estafetas em luta”, Marcel Borges, explica que a audiência chegou mesmo a estar prevista para o início desta semana, mas acabou por não acontecer.

“Infelizmente, não tivemos audiência. Foi adiada. Os juízes estão a acolher todos os embargos protelatórios por parte da Glovo. É isso que estamos a passar, infelizmente”, afirma Marcel Borges.

Conforme escreveu o ECO no final do ano passado, esta audiência no Tribunal do Trabalho do Porto tinha sido marcada para o dia 4 de março, pelas 13h30. Para já, não está prevista uma nova data.

muitos processos na fase da marcação de julgamento, e o tribunal insiste em recolher informações que já demos na petição inicial”, atira o porta-voz dos “Estafetas em luta”.

Na base destes processos, está a mexida ao Código do Trabalho que entrou em vigor a 1 de maio e abriu a porta a que os estafetas sejam considerados trabalhadores por contra de outrem das plataformas digitais, como a Glovo e a Uber Eats. Por exemplo, se a plataforma fixar a retribuição ou tiver poder disciplinar, pode estar em causa um laço de subordinação.

Em junho avançou uma primeira ação judicial de uma estafeta pelo reconhecimento de um vínculo laboral com a Glovo. E conforme escreveu o ECO, desde então têm entradas várias outras.

Houve, entretanto, audiências, mas não foi possível chegar a um acordo entre as plataformas e os estafetas, daí que agora os processos estejam a avançar para julgamento.

Além destas ações desencadeadas pelos Estafetas em Luta, estão também já a chegar aos tribunais outras abertas pela própria Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Aliás, o Tribunal do Trabalho de Lisboa chegou a reconhecer o contrato entre um estafeta e a Uber, mas essa decisão está sob em risco. Isto porque a citação não foi enviada para a plataforma, que acabou por não ser ouvida antes de a juíza decidir a sentença. A Uber pediu, entretanto, ao tribunal que considere nula a decisão, o que significa que o processo poderá voltar à estaca zero.

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“Problema de Portugal não tem sido falta de dinheiro, mas a fraca qualidade dos políticos”, diz CEO da dona do Pingo Doce

O CEO da Jerónimo Martins sublinhou que a estagnação da economia nos últimos vinte anos resulta da falta de qualidade dos políticos, o que leva a pensar "se temos de mudar":

Portugal não tem sabido responder às necessidades económicas nas últimas duas décadas devido à “fraca qualidade dos políticos” e da gestão, afirmou esta quinta-feira, Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, sublinhando que a sociedade tem de pensar “se vale a pena ou não mudar“.

Questionado, em conferência de imprensa, sobre as eleições legislativas de 10 de março, Soares dos Santos recordou: “Estamos mesmo à porta”, portanto é preciso ter algum cuidado”.

“Mas acho que hoje demos aqui um bom exemplo. Sem boa gestão não há resultados”, explicou o CEO, apontando para os números que a retalhista divulgou esta quarta-feira, com um aumento de 28,2% nos lucros líquidos de 2023, para 756 milhões de euros, com o EBITDA – resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — a subir 17% para 2,2 mil milhões de euros.

“A gestão e a fraca qualidade dos nossos políticos, obriga-nos a pensar se não deveremos mudar como sociedade e esse para mim é talvez o maior desafio”, disse o responsável.

Adiantou que “o grande problema de Portugal não tem sido a falta de dinheiro, mas sim de qualidade e a falta de gestão das pessoas em perceberem qual é o bem comum e o que é que interessa“.

“Nos últimos 20 anos, se tivessem sabido responder às necessidades, Portugal teria crescido, não teria estagnado”, vincou Soares dos Santos. “Era bom como portugueses pensarmos nalguma mudança” e que tenham a “coragem de assumir isso”, concluiu.

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Nova imagem: Nasceu a Generali Tranquilidade

O novo logotipo junta o leão e o vermelho da seguradora italiana Generali ao verde da marca Tranquilidade. Entre lojas, hospitais e oficinas, 1.500 locais em Portugal vão mudar de imagem em 2024.

O grupo Generali acaba de mudar a sua imagem e vai começar um processo de alteração de todos os símbolos que tem espalhados por Portugal. Serão 1.500 locais diferentes, entre lojas, hospitais e oficinas em que as marcas Tranquilidade, Generali e Liberty – recentemente adquirida pela seguradora italiana-, serão substituídas, até final deste ano, pela nova marca e simbologia Generali Tranquilidade. O investimento nesta fase será de cerca de 3 milhões de euros.

A nova marca, em co-brand, “simboliza a história, a união de valores e a diversidade de uma equipa que trabalha para encontrar soluções à medida para os clientes, para uma melhor experiência de seguros, e que pretende ser um parceiro na prevenção e proteção ao longo da vida” explica a companhia em comunicado.

A aplicação da nova imagem corporativa, desenvolvida pela Kayak, será faseada ao longo de dois anos. A campanha digital ficou a cargo da Plot e o planeamento de meios é da responsabilidade da Dentsu Media.

“Com este co-branding, juntámos numa única marca uma grande e histórica referência nacional, com 152 anos de experiência em seguros, solidez e reputação, com outra grande referência a nível internacional, um dos maiores grupos seguradores do mundo, presente em quatro continentes”, refere Joana Pina Pereira, CDO, Generali Tranquilidade, concluindo que a Generali terá cada vez maior notoriedade no nosso mercado e permitirá reforçar as propostas de valor e soluções para os clientes e para os parceiros que trabalham connosco e com quem vamos alcançar mais conquistas no mercado”.

A campanha para a nova imagem corporativa em Portugal da, agora, Generali Tranquilidade arranca no próximo dia 13 de março. A marca Açoreana, utilizada pelo grupo no arquipélago, mantém-se inalterada por enquanto.

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Aumento de preços lidera subida de reclamações nas telecomunicações em 2023

  • Lusa
  • 7 Março 2024

A NOS foi a prestadora de serviços que registou mais reclamações por 1.000 clientes (7,5), seguindo-se a Vodafone, com 6,6, e a MEO, com 3,7.

As queixas sobre aumento de preços foram as que mais cresceram nas telecomunicações em 2023, segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), sendo a demora ou problemas na ligação inicial o principal assunto reclamado e a NOS o prestador com mais reclamações por mil clientes.

Em comunicado, a Anacom refere que a faturação e contratação de serviços e a assistência técnica dominaram as reclamações de comunicações eletrónicas em 2023, estando ainda no ‘top’ de assuntos mais reclamados neste período as falhas e o cancelamento do serviço.

Contudo, no total, a Anacom recebeu cerca de 107,1 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações no ano passado, menos cerca de 3.000 (-2%) do que em 2022.

Destas, 65% do total respeitam a comunicações eletrónicas, menos 4% face a 2022, e 35% visaram o setor postal.

Nas telecomunicações, a faturação de serviços foi o assunto mais reclamado, com 19,1% das reclamações, tendo a Vodafone sido responsável por 41% das reclamações relacionadas com os valores faturados.

A contratação de serviços foi o segundo assunto mais reclamado, com destaque para a NOS e a Vodafone, que foram responsáveis, cada uma, por 37% das reclamações.

Destaque ainda para assistência técnica, que motivou 13,1% das reclamações, com a MEO a ser alvo de 35% das reclamações sobre este assunto.

As queixas que mais aumentaram em 2023 foram motivadas pelo aumento do preço do serviço, que foi também o motivo de reclamação que mais aumentou contra a NOS.

Já a demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos foi o segundo motivo de reclamação que mais aumentou no ano passado e continuou a ser o assunto mais reclamado pelos utilizadores de serviços, estando na base de 17% das reclamações do setor.

Em contrapartida, a cobrança de penalização por cancelamento antecipado no caso de alterações de circunstâncias do reclamante foi o motivo que mais diminuiu em 2023.

Entre os vários prestadores, a NOS foi o que registou mais reclamações por 1.000 clientes (7,5), seguindo-se a Vodafone, com 6,6, e a MEO, com 3,7.

Já em termos absolutos, a Vodafone foi o prestador que registou mais reclamações (35%), apesar de o seu número de reclamações ter diminuído face a 2022. A NOS foi o segundo prestador de serviços mais reclamado em 2023, com 34% do total de reclamações do setor, seguida da MEO, com 29%, e da NOWO, com 3%.

Com exceção da NOS (+4%), todos os prestadores de serviços de maior dimensão viram diminuir as reclamações face a 2022, sendo que a NOWO registou a maior diminuição (-26%), seguida da Vodafone (-9%) e da MEO (-4%).

Por distrito, Lisboa liderou em matéria de reclamações, com cerca de 84 queixas sobre comunicações eletrónicas por 10.000 habitantes.

No setor postal, registaram-se 37,3 mil reclamações em 2023, número que a Anacom diz estar “em linha com o registado em 2022”, sendo os CTT responsáveis por cerca de 82% do total, mas registaram uma diminuição das queixas de 4% face a 2022. Seguiu-se a DPD como o segundo prestador mais reclamado, com 3,4 mil reclamações, mais 37% face a 2022.

Quanto ao conjunto de outros prestadores menos reclamados (UPS, General Logistics, Ibercourier, DHL, entre outros), representou, ao todo, cerca de 9% das reclamações registadas pela Anacom nos serviços postais e também viu aumentar o seu volume de reclamações (+17%).

A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais, constituindo 21% do total de reclamações do setor e 18% das reclamações contra os CTT.

Entre os motivos que mais aumentaram face a 2022, o regulador destaca o extravio de correio registado nacional e a falta de informação sobre o seguimento do objeto postal.

Por distrito, Faro e Lisboa foram os que mais se destacaram, com cerca de 50 reclamações por 10.000 habitantes, enquanto Guarda registou a menor taxa de reclamação, com 10 reclamações por 10 000 habitantes.

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