Limitação dos bancos nos seguros angolanos não prejudica crescimento do setor

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

Regulador de seguros angolano frisa ser a primeira vez, do ponto de vista legal, que foi consagrado que os bancos podem desenvolver intermediação de seguros.

O regulador angolano na área dos seguros considerou esta quarta-feira que a lei que limita a atuação dos bancos não prejudica o nível de penetração do setor, ainda com uma taxa abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o diretor do gabinete jurídico da Agência de Regulação de Supervisão de Seguros (Arseg), Aldemiro Gonçalves, a nova Lei da Atividade de Mediação de Seguros é um diploma crucial para a reforma do setor, iniciada em 2022, com a aprovação da Lei da Atividade Seguradora e Resseguradora.

Aldemiro Gonçalves falava à imprensa à margem de um Seminário sobre Matéria de Seguros e Fundo de Pensões, realizado esta quarta-feira na Assembleia Nacional de Angola, que serviu para partilhar com os deputados uma visão geral do mercado financeiro, em particular, do mercado segurador, transmitir o funcionamento desses segmentos, bem como informação sobre processo de evolução do setor.

O responsável frisou que, pela primeira vez, do ponto de vista legal, foi consagrada a ‘bancassurance’ na legislação, ou seja, que os bancos possam desenvolver a atividade de intermediação de seguros, mas de forma limitada.

Por altura das discussões deste diploma legal no parlamento angolano, os deputados opuseram-se à proposta de os bancos poderem vender seguros, contudo a lei foi aprovada em 25 de janeiro deste ano, aguardando ainda promulgação e publicação, com algumas limitações.

De acordo com Aldemiro Gonçalves, os bancos só vão poder fazer seguro ‘corporate’, isto é, seguros de instituições públicas e de empresas, a ser feito por mediadores clássicos e não particulares.

“Significa que um cidadão não pode ir ao banco pedir que intermedeie uma relação em que eu quero contratar um seguro de saúde à seguradora. O nosso objetivo é com essa proibição permitir que esse segmento de mercado possa desenvolver e que possa garantir de certa forma autoemprego dos jovens que são mediadores de seguros. Deixamos os bancos com o ‘corporate’ e o particular com tudo que é retalho”, explicou.

Relativamente a essa proibição, prosseguiu o responsável, há uma exceção, podendo o banco fazer seguros para pessoas singulares, quando o seguro estiver relacionado a um serviço bancário, por exemplo, um crédito bancário.

Aldemiro Gonçalves frisou que com esta lei estão garantidas as normas sobre prevenção de conflito de interesses na relação entre bancos e clientes.

“A primeira nota que devemos ter é que a participação dos bancos através da ‘bancassurance’ do mercado aumenta o nível de penetração de seguro, porque os bancos têm uma profundidade e uma carteira de clientes que os particulares não tem, mas essa atuação do banco no mercado tem que ser uma atuação de acordo com as melhores práticas”, observou.

O envolvimento de particulares no mercado de seguros visou também promover o autoemprego, “através desse tipo de atividades liberais”, acrescentou o diretor do gabinete jurídico da Arseg.

“Atualmente a taxa de penetração de seguros é relativamente baixa, está abaixo de 1% do PIB e o conjunto de iniciativas que estamos a levar a cabo é no sentido de facilmente ultrapassarmos esse desafio, que, por enquanto, nós temos”, disse.

Atualmente o mercado de seguro tem inscritas 23 seguradoras e acima de 3.000 mediadores, pessoas singulares, um número significativo, mas ainda insuficiente.

Para este ano, deverá ser submetido à Assembleia Nacional pelo menos duas propostas de leis, a Proposta de Lei dos Regime Geral dos Fundos de Pensões e a Proposta de Lei sobre o Contrato de Seguros.

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Mortágua acusa IL de querer “dar cheques ao privado”. Rocha cola BE ao PS

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

O líder da IL, Rui Rocha, disse que o BE era "corresponsável" pelo estado do país no debate com Mariana Mortágua. Políticas liberais deixaram uma "economia de baixos salários", respondeu líder do BE.

Habitação, impostos e saúde marcaram as diferenças entre BE e IL, num debate em que Mariana Mortágua acusou os liberais de quererem “dar cheques ao privado” e Rui Rocha corresponsabilizou os bloquistas pelos erros atribuídos à governação socialista.

O debate eleitoral, transmitido pela CNN, opôs o presidente da IL, Rui Rocha, à coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e deixou claras as diferenças entre as propostas dos dois partidos, que não estiveram em acordo sobre nenhum dos assuntos levados à discussão e trocaram acusações sobre os resultados negativos que as suas medidas trariam ao país.

Rui Rocha recordou o apoio do BE ao PS durante o período da geringonça para acusar o partido de Mariana Mortágua de ser “corresponsável deste caminho que foi feito” e avisou os portugueses que, “com o BE, aquilo que aconteceu até hoje continuará a acontecer” agora “apoiando Pedro Nuno Santos”, o novo líder socialista. “É preciso mudar o país. Olhamos para o programa do Bloco de Esquerda e não encontramos lá nada sobre crescimento”, acusou o liberal, ouvindo de imediato um “encontra, encontra” de Mortágua.

a líder bloquista afirmou que a IL “tudo o que diz ao país é que quer dar cheques ao privado”. “Eu quero um país em que os jovens queiram viver porque têm salários, em que sabem que a vida não é uma competição permanente”, defendeu, considerando que aquilo que o mercado dos liberais “deixou em Portugal foi uma economia de baixos salários”.

A habitação foi um dos temas em que o tom do debate subiu, com Rui Rocha a criticar a abordagem do BE de que o problema está nos não residentes e a considerar que as medidas e políticas dos bloquistas “nesta matéria são inviáveis”, para além de dizer que não percebe as contas que foram feitas pelo partido de Mortágua.

Na resposta, a líder do BE defendeu que “o mercado a funcionar” trouxe um “salário que não paga uma casa” e acusou a IL de querer “mais do mesmo”, considerando que não há nenhuma regra que impeça as construtoras de construírem casas e que isso só não acontece porque estas empresas encontraram formas mais rentáveis, como o luxo, sendo isto “o mercado da IL a funcionar”.

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Incognito da Allianz já poupou milhões em fraudes

  • ECO Seguros
  • 15 Fevereiro 2024

O sistema de Inteligência Artificial permite "regularizar os sinistros mais rapidamente e identificar a fraude logo na primeira oportunidade".

A Allianz Commercial, porta de entrada de empresas de média dimensão para a Allianz, detetou queixas de sinistros fraudulentas no valor de 77,4 milhões de libras (cerca de 90 milhões de euros), mais 10% que no ano anterior (onde foi de 70 milhões de libras ou 81 milhões de euros). Segundo o comunicado do grupo, o aumento de casos detetados (e, por isso, o aumento da poupança) está relacionado com o uso do Incognito, ferramenta de inteligência artificial que utiliza aprendizagem automática de computadores (conhecida por machine learning) para detetar potenciais queixas fraudulentas e as direcionar a um perito para a investigar.

Entre as principais tendências, destaca-se a tentativa de utilizar falsas autenticações emitidas pela seguradoras para cobrir o sinistro, relevando a potencial ligação deste ato ilícito com o roubo de identidade de companhias. Também fabricar um acidente que envolva um veículo, conhecido por “dinheiro por dano”, aumentou 25% face a 2022.

No ramo de Acidentes tem aumentado a fraude permitida por profissionais do setor. Já no ramo de Propriedades a Allianz verificou um aumento de 41% das investigações feitas a omissões deliberadas dos tomadores de seguro na contratualização da apólice, como não revelarem o seu histórico de acidentes, por exemplo. Neste último ramo, a empresa poupou 1,95 milhões de libras (ou 2,28 milhões de euros).

De acordo com o grupo, o aumento do custo de vida é um dos motivos para o aumento do risco de indemnizações fraudulentas.

“Em 2023, registámos um aumento generalizado em todos os aspetos da fraude no setor dos seguros. O nosso sucesso na deteção e nas medidas preventivas reside na excelente colaboração entre as nossas equipas, com estratégias eficazes e apoio dos nossos fornecedores e equipas de liderança”, disse James Burge, head of counter fraud da Allianz Commercial. O responsável considera que com desenvolvimento do Incognito o grupo consegue “regularizar os sinistros mais rapidamente e identificar a fraude logo na primeira oportunidade”.

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Autoridade Palestiniana afirma que controlará Gaza após a guerra

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

"Israel continua a minar o processo político, rejeitando as resoluções internacionais e aumentando a violência contra os palestinianos, especialmente em Gaza", antevê , Mahmoud Abbas.

O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, afirmou esta quinta-feira que a Autoridade Palestiniana (AP) é “responsável” pela Faixa de Gaza e que está pronta a assumir “imediatamente” o seu papel no enclave assim que a “agressão” israelita cessar.

“Fomos e continuamos a ser responsáveis por Gaza, e continuaremos a sê-lo”, afirmou Abbas numa entrevista ao jornal saudita Asharq al-Awsat, na qual também censurou os Estados Unidos por não exercerem pressão suficiente sobre Israel para que cesse os ataques que já custaram a vida a 28.600 pessoas. Abbas lamentou a ausência de um parceiro israelita verdadeiramente empenhado na paz, depois do “obstáculo” em que se tornou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelos xiitas do Hamas.

“A tragédia que se desenrola em Gaza e nos territórios palestinianos não tem paralelo”, denunciou Abbas, que censurou Israel por utilizar o “pretexto da segurança” para “desmantelar as infraestruturas palestinianas”. Abbas insistiu que a paz exige o reconhecimento do Estado palestiniano, com Jerusalém Oriental como capital e as fronteiras de 1967 reconhecidas internacionalmente, bem como a adesão plena às Nações Unidas, seguida de uma conferência de paz em que sejam garantidos os prazos para o fim da ocupação israelita.

A este respeito, Abbas, líder da Fatah e que governa na Cisjordânia, revelou que a AP tem o “compromisso” de vários altos funcionários do Governo norte-americano, incluindo o do secretário de Estado, Antony Blinken, com a solução de dois Estados, embora tenha censurado o facto de, por enquanto, serem apenas “palavras”, e apelou a “progressos tangíveis no terreno”.

Israel continua a minar o processo político, rejeitando as resoluções internacionais e aumentando a violência contra os palestinianos, especialmente em Gaza, juntamente com a discriminação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental”, disse Abbas. “Apelamos aos Estados Unidos para que ponham em prática o que é necessário para um verdadeiro processo político baseado no direito internacional, garantindo a segurança e a estabilidade para todos”, concluiu.

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Meia centena de rádios de todo o país aderem ao boicote às legislativas

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

"A alteração da lei da rádio no dia 6 de fevereiro foi a gota de água que fez transbordar o copo”, afirma a associação, que sugere aos media não cobrirem os atos eleitorais previstos para este ano.

Cerca de 50 rádios de todo o país aderiram ao boicote às ações de campanha para as legislativas em protesto contra o esquecimento do setor por parte do Governo, disse esta quinta-feira a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR). “Aliada à ausência de quaisquer medidas dos últimos governos em prol do setor, a alteração da lei da rádio no dia 6 de fevereiro foi a gota de água que fez transbordar o copo”, afirma a APR, em comunicado.

Segundo a associação, até ao momento, cerca de meia centena de rádios de todo o país aderiram ao protesto sugerido pela APR com o “objetivo de demonstrar publicamente o descontentamento com os últimos anos de governação”. A APR sugere que estes ‘media’ não façam qualquer cobertura dos atos eleitorais previstos para este ano, designadamente as legislativas de 10 de março e as europeias que devem realizar-se em junho.

Ou seja, propõe que não se realizem debates ou entrevistas com candidatos, que não se faça o acompanhamento de ações de campanha ou divulgação de informação específica sobre as várias candidaturas. O protesto das rádios já começou nas eleições europeias de 2019 e repetiu-se nas legislativas do mesmo ano.

Entendemos que este boicote é essencial para demonstrar o descontentamento das rádios com o esquecimento a que tem sido votado por parte dos últimos Governos que não só não aceitaram nenhuma das propostas apresentadas pelo setor, como também não implementaram aquelas que eram as propostas apresentadas pelo próprio Governo no âmbito dos orçamentos do Estado aprovados ao longo dos últimos anos”, refere a APR.

Com a alteração à lei da rádio, promulgada já este ano, a quota mínima de música portuguesa na rádio ficou fixada nos 30%.

“Depois de se dizer preocupado com o futuro da comunicação social, o Presidente da República decidiu promulgar a alteração da lei da rádio que não só aumenta as quotas de música portuguesa em antena, como acrescenta mais obrigações aos operadores que passam a ter de comunicar à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) os dados para verificação do cumprimento desta obrigatoriedade”, acrescenta a associação numa carta enviada aos associados.

A APR considera que “depois de dois anos de um Governo e de um parlamento que nada fizeram em prol do setor, os últimos dois meses de mandato ficam marcados pela aprovação de medidas que apenas trazem mais obrigações, prejuízos e trabalho para as rádios e “tudo em prol da defesa dos interesses do setor fonográfico”.

Já esta quinta a agência Lusa noticiou que as sete rádios da transmontana Cadeia de Informação Regional (CIR) decidiram boicotar a cobertura de ações de campanha nestas eleições para alertar para os problemas crescentes do setor. Luís Mendonça, presidente da APR e porta-voz da CIR, já tinha dito que foram apresentadas várias propostas aos vários governos que poderiam ajudar a mitigar os problemas.

E entre as propostas apresentadas está a atribuição de tempos de antena às rádios locais nas legislativas, já que só nas autárquicas e nos referendos é que têm direito a emitir estes espaços que são pagos e se destinam essencialmente à divulgação de campanhas políticas. Nas legislativas os tempos de antena só são atribuídos às rádios e televisões nacionais. “Eram valores interessantes para nos ajudar a viver o dia-a-dia”, realçou. Para o responsável, outra forma de ajudar as rádios locais poderia passar pela publicidade do Estado.

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“Esmolas”, “injusto”, sindicatos criticam prémio do BPI aos trabalhadores

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

A direção do SINTAF considera que ao "dar uma ajudinha" aos seus trabalhadores com salários mais baixos, o banco reconhece "que o problema existe".

O Sindicato dos Trabalhadores da Atividade financeira (SINTAF) classificou esta quinta-feira de esmola o prémio de até 1.250 euros que o BPI vai atribuir aos trabalhadores, considerando que não é com “ajudinhas” que problema dos salários se resolve. Já o Sindicato dos Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) considerou que o prémio extraordinário é “injusto, desequilibrado e gera desigualdades”.

Numa reação ao anúncio do prémio extraordinário, a direção do SINTAF considera que ao “dar uma ajudinha” aos seus trabalhadores com salários mais baixos, o banco reconhece “que o problema existe”, sublinhado não ser “com ajudinhas pontuais que o problema se resolve. É com aumentos efetivos de ordenados”. Para o SINTAF, a atribuição deste prémio torna “mais incompreensível” a posição do BPI sobre os aumentos salariais para 2024, “onde acompanha a restante banca com a proposta miserável de 2%” apesar de ter apresentado “lucros fabulosos e recordistas”.

“Foram estes trabalhadores, que necessitam desta ajudinha da administração do Banco BPI, que produziram esses lucros fabulosos”, acrescenta o SINTAF num comunicado a que deu o título de “Esmolas no BPI”, sublinhando que estes lucros vão sobretudo “engrossar a economia espanhola”.

Já o SNQTB, em comunicado, afirma ainda que o complemento extraordinário anunciado “gera desigualdade entre trabalhadores no ativo e reformados”, além de excluir “um grupo de trabalhadores face aos respetivos rendimentos” e de não ser “pensionável no regime de fundos de pensões”.

O presidente do SNQTB, Paulo Gonçalves Marcos, refere que esta decisão do BPI contribui para “marginalizar os reformados e criar divisões artificiais entre trabalhadores em função do seu rendimento”, considerando que este não é um caminho aceitável, até porque se trata de uma medida “avulsa na sua natureza, absolutamente unilateral na forma e desenhada à margem da negociação coletiva”.

O BPI vai atribuir um prémio extraordinário entre 700 euros e 1.250 euros aos trabalhadores que tenha uma remuneração fixa anual até 40 mil euros, segundo um comunicado interno a que a Lusa teve acesso. Na informação, o banco diz que o “complemento extraordinário pretende contribuir para melhorar as condições de remuneração no banco, com especial atenção aos níveis mais baixos”, e que a medida é independente do prémio anual que deverá ser pago em março.

Este complemento será atribuído a todos os trabalhadores que tenham remuneração fixa anual até 40 mil euros, sendo de 1.1250 para quem tenha de remuneração até 25 mil euros anuais, 1.000 euros para quem tenha entre 25 mil e 30 mil euros anuais e 700 euros para quem tenha entre 30 e 40 mil euros anuais.

Segundo o BPI, “são elegíveis para este complemento todos os colaboradores do banco à data do processamento (previsto para 19 de fevereiro), desde que tenham sido admitidos, em regime de contrato de trabalho (a termo ou por tempo indeterminado), até 30 de setembro de 2023”. Já para os funcionários que entraram em 2023 o valor será proporcional ao tempo trabalhado. O BPI teve lucros de 524 milhões de euros em 2023, mais 42% do que em 2022.

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Festival Internacional de Chocolate de Óbidos arranca a 1 de março

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

O festival aposta em "proporcionar uma experiência agradável para todos os membros da família, incluindo os de quatro patas", divulgou a Câmara de Óbidos.

O Festival Internacional de Óbidos vai decorrer na vila entre os dias 1 e 17 de março, numa edição dedicada à “Portugalidade” e que terá este ano um espaço dedicado aos animais.

A 21.ª edição o festival aposta em “proporcionar uma experiência agradável para todos os membros da família, incluindo os de quatro patas”, divulgou esta quinta-feira a Câmara de Óbidos, explicando que entre as novidades do certame está “uma área dedicada ao petsitting [cuidar temporariamente do animal de estimação de outra pessoa]”.

Num comunicado sobre o evento, que atrai anualmente milhares de famílias à vila do distrito de Leiria, a autarquia informa que “os visitantes podem trazer os seus animais de estimação e desfrutar do festival com a tranquilidade de saber que os seus ‘patudos’ estão bem cuidados por profissionais experientes”.

Considerada “uma das atrações mais emocionantes” do festival, a exposição de esculturas de chocolate promete este ano “obras de arte impressionantes, inteiramente feitas de chocolate”, criadas pelos chefs chocolatiers Francisco Siopa, Jorge Cardoso, Lluc Cruselas e José Maria Ribé, entre outros. A mostra irá contar com “réplicas intrincadas de monumentos locais” e “criações fantásticas inspiradas na imaginação”, entre as esculturas que “certamente vão deslumbrar os visitantes”, indica ainda o município.

Na edição 2024, o evento voltará também a contar com uma área dedicada aos mais pequenos que, segundo a organização, ali encontrarão “a oportunidade de se tornarem verdadeiros mestres chocolatiers“. Neste espaço, as crianças poderão dedicar-se a atividades interativas, como criar uma peça em chocolate e decorá-la, ou participar em atividades para toda a família com jogos, quizz, lendas e contos tradicionais portugueses.

O festival promete ainda uma programação cultural diversificada “para entreter os visitantes de todas as idades”, incluindo apresentações musicais ao vivo, demonstrações de dança e performances teatrais, entre outras iniciativas. Na vertente mais formativa, o festival será ainda palco de concursos para os grandes apreciadores de chocolate.

Os visitantes serão também convidados a participar em competições de degustação, onde poderão provar e avaliar uma variedade de criações de chocolate, desde trufas, bombons, cocktails e até bolos elaborados. Os vencedores “serão premiados pelo reconhecimento das suas proezas culinárias diante de uma plateia que estará atenta”, lê-se na nota da autarquia.

O Festival Internacional de Chocolate é um evento anual cuja primeira edição aconteceu em 2002 e que, de acordo com a organização, tem como objetivo “promover a comunidade local, oferecer experiências únicas aos visitantes e apoiar os chocolatiers talentosos e pasteleiros da região e do país, bem como funcionar como uma montra do que de melhor se faz em Portugal e no mundo”. O festival estará aberto ao público de sexta-feira a domingo.

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José Neves mantém-se como consultor na Farfetch e diz que empresa fica “em ótimas mãos”

O fundador da plataforma de venda online de bens de luxo argumenta que apesar das "decisões difíceis" que a empresa tem pela frente, a Farfetch fica em "ótimas mãos".

O português José Neves, que anunciou esta quinta-feira que vai abandonar o cargo de CEO na Farfetch, a empresa que criou em 2008, adiantou que vai ficar na empresa como consultor, nesta fase de transição. O empresário português defendeu ainda que a empresa fica “em ótimas mãos”, apesar de uma das primeiras medidas implementadas pelo novo dono, a Coupang, seja avançar com um plano de despedimentos, que arranca já amanhã em Portugal.

“Depois de 15 anos a sonhar, criar e fazer crescer a Farfetch, esta foi uma decisão difícil, mas acredito que a empresa está em ótimas mãos”, disse José Neves num email enviado aos trabalhadores a que o ECO teve acesso.

As declarações de José Neves surgem no mesmo dia em que a empresa confirmou a saída de oito executivos de topo da tecnológica luso-britânica e avançou que vai realizar um plano de despedimentos, que arranca já amanhã em Portugal e no Reino Unido.

“Iniciaremos o processo de despedida de colegas e amigos que foram partes importantes da jornada da Farfetch até agora”. “As conversas com as pessoas afetadas por estes despedimentos terão início em Portugal amanhã, 16 de fevereiro, e no Reino Unido e outras geografias a partir de segunda-feira, 19 de fevereiro”, adianta o mesmo email a que o ECO teve acesso.

Agora que concluímos a nossa transação com a Coupang, deixarei as funções de CEO e aconselharei a empresa como consultor durante esta fase de transição.

José Neves

Fundador da Farfetch

Na comunicação enviada aos trabalhadores da Farfetch, José Neves afirma que, “embora possa haver decisões difíceis pela frente, a Coupang tem um histórico comprovado e profunda experiência em comércio”. “Acredito que o caminho que a Farfetch está a traçar agora ajudará a fortalecê-la para oferecer um serviço excecional aos nossos clientes de luxo em todo o mundo, ao mesmo tempo que trabalhamos lado a lado com as nossas boutiques e marcas parceiras para servir a procura e as expectativas dos clientes. Tudo isto, com um balanço mais forte e um caminho pela frente para prosseguir um crescimento ponderado e constante”, acrescentou.

Agora que concluímos a nossa transação com a Coupang, deixarei as funções de CEO e aconselharei a empresa como consultor durante esta fase de transição”, adiantou José Neves no mesmo email.

“Ao afastar-me das funções de CEO, celebrarei junto com vocês todos os sucessos que a Farfetch alcance nos próximos anos”, reiterou o português, em jeito de despedida.

(notícia atualizada às 19:12)

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BPI emite 500 milhões em obrigações cobertas com vencimento em 2030

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

A emissão tem vencimento em março de 2030 e taxa de ocupação fixa de 3,25%. De acordo com a instituição financeira, a liquidação vai ocorrer no dia 22 de fevereiro do corrente ano.

O BPI emitiu esta quinta-feira 500 milhões de euros em obrigações cobertas, com vencimento em março de 2030, segundo a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O banco BPI efetuou hoje a colocação junto de investidores institucionais de uma emissão de obrigações cobertas no montante de 500 milhões de euros”, lê-se no comunicado remetido ao mercado.

A emissão tem vencimento em março de 2030 e taxa de cupão fixa de 3,25%. De acordo com a instituição financeira, a liquidação vai ocorrer no dia 22 de fevereiro do corrente ano.

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Depois de audiência recorde no Super Bowl, Paramount anuncia despedimento de 800 trabalhadores

O anúncio do despedimento surgiu um dia depois de se saber que a transmissão da final do Super Bowl, feita por um canal da Paramount, registou o número recorde de 123,4 milhões de telespectadores.

Depois de na segunda-feira ter revelado que a CBS bateu um recorde de audiência com a transmissão do Super Bowl, a Paramount Global (detentora do referido canal de televisivão norte-americano) anunciou o despedimento de cerca de 3% da sua força trabalhadora, ou seja 800 trabalhadores.

A notícia foi dada pelo CEO Bob Bakish através de um documento interno. “Estes ajustes vão ajudar-nos a aproveitar o momento e a executar a nossa visão estratégia para o próximo ano – e acredito vivamente que temos muito com que nos entusiasmar”, escreveu Bakish na nota, segundo a CNCB.

O anúncio do despedimento surgiu assim um dia depois de se saber que a transmissão da final do Super Bowl feita por um canal da Paramount registou o número recorde de 123,4 milhões de telespectadores (entre televisão e streaming), segundo o The Wall Street Journal, passando assim a ser o evento que contou com mais telespectadores nos EUA.

Esta decisão surge também depois de se saber que a empresa está a equacionar a realização de aquisições ou fusões. Exemplo disso é a possível fusão entre a Paramount Global e a Warner Bros. Discovery, que foi noticiada em dezembro do ano passado.

A Paramount Global, que no final de 2022 tinha 24.500 trabalhadores (a tempo inteiro ou parcial) é dona de vários ativos, como o referido canal CBS, canais por cabo como a Nickelodeon ou MTV, o estúdio de cinema Paramount Pictures, ou o serviço de streaming Paramount+, que tem registado perdas contínuas, incluindo um prejuízo de 238 milhões de dólares (cerca de 222 milhões de euros) no terceiro trimestre de 2023.

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Auchan diz que encerramento no domingo de Páscoa responde a pedido dos trabalhadores

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

A Auchan diz que encerrará no domingo de Páscoa em resposta à "solicitação" dos trabalhadores, que "pediram para passar o dia de Páscoa com a família”.

A Auchan esclareceu esta quinta-feira que decidiu encerrar as suas lojas no domingo de Páscoa em resposta aos pedidos dos trabalhadores, ajustando as escalas para que todos gozem uma folga nesse dia, após as acusações do sindicato. “A Auchan esclarece que tomou a decisão de encerrar as lojas no domingo de Páscoa, ajustando os dias de descanso dos colaboradores para dar resposta à solicitação dos mesmos, que pediram para passar o dia de Páscoa com a família”, indicou, numa nota enviada à Lusa.

Assim, conforme garantiu, todos os colaboradores vão ter uma folga no domingo de Páscoa e outra no decorrer da mesma semana, “de acordo com o que está legalmente estabelecido”. O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou hoje os hipermercados Auchan de quererem “tirar uma folga aos trabalhadores com uma alteração de horários para que todos estejam de folga no domingo de Páscoa”.

Os hipermercados Auchan, que recentemente brindaram os seus trabalhadores com a notícia de que vão encerrar no domingo de Páscoa, alteraram o esquema de rotação dos descansos semanais para que todos os trabalhadores estejam de folga no domingo de Páscoa”, disse à agência Lusa a sindicalista do CESP Célia Lopes. “Os trabalhadores são prejudicados, porque deixam de gozar a sua folga [na data prevista inicialmente] para poderem beneficiar do domingo de Páscoa”, frisou.

A sindicalista falava à agência Lusa durante uma ação de denúncia sobre a situação dos trabalhadores das empresas de distribuição junto ao hipermercado da Auchan, no Centro Comercial Alegro, em Setúbal, no âmbito de um conjunto de iniciativas, para denunciar os salários baixos no setor, que o CESP está a levar a cabo um pouco por todo o país.

De acordo com o CESP, as ações de denúncia começaram na passada segunda-feira com iniciativas à porta dos armazéns da Sonae e de uma loja Pingo Doce, em Braga, a que se seguiram hoje outras ações semelhantes junto a lojas da Sonae, em Castelo Branco, e da Auchan, em Setúbal, estando já calendarizadas outras iniciativas para o primeiro semestre deste ano.

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Frente-a-frente Pedro Nuno Santos x André Ventura acompanhado por 1,4 milhões de telespectadores

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  • 15 Fevereiro 2024

Transmitido na TVI e na CNN Portugal, o debate obteve um share de 26,3% na estação generalista e de 4,6 no canal de informação da Media Capital. Foi o debate mais visto até ao momento.

Foi o debate mais visto dos primeiros 10 dias de frente-a-frente televisivos. O ‘duelo’ que opôs Pedro Nuno Santos x André Ventura foi acompanhado por 1,4 milhões de telespectadores, mais cerca de 260 mil do que o número de espectadores que assistiu ao frente-a-frente entre o líder do PS e Rui Rocha, da Iniciativa Liberal.

Transmitido na TVI e na CNN Portugal, o debate obteve um share de 26,3% na estação generalista e de 4,6 no canal de informação da Media Capital.

Quarta-feira foi também dia de debate entre Rui Tavares e Inês de Sousa Real e entre Paulo Raimundo e Rui Rocha. Estes foram acompanhados por 11,2 mil e 39,5 mil telespectadores, respetivamente.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

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