Chega disponível para acordo de governo nos Açores com o PSD

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

André Ventura referiu que as informações que tem do presidente do Chega nos Açores, José Pacheco, é que existem "conversações informais" para uma convergência entre os dois partidos – Chega e PSD.

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou esta sexta-feira que o Chega/Açores está disponível para um acordo de Governo com o PSD no arquipélago, podendo, desta forma, viabilizar um executivo à direita na região autónoma.

André Ventura referiu que as informações que tem do presidente do Chega nos Açores, José Pacheco, é que existem “conversações informais” para uma convergência entre os dois partidos – Chega e PSD –, mas frisou que terá de existir “um entendimento, uma espécie de documento conjunto de Governo, que permita definir as grandes áreas de intervenção do executivo”.

O líder do Chega declarou não ter ficado surpreendido pelo facto de o Partido Socialista (PS) nos Açores não ter viabilizado o Governo e acusou-o de ser “egoísta”, alegando que se limitou a pensar “no seu resultado eleitoral”. André Ventura considerou que é uma derrota para o PS e para o PSD, porque na noite eleitoral “José Manuel Bolieiro tinha duas hipóteses: uma convergência à direita, que permitia uma maioria absoluta ou uma convergência com o PS, que também permitiria uma maioria absoluta”.

Piscou o olho ao PS e a resposta foi-lhe dada hoje, o PS não vai viabilizar o Governo dos Açores”, referiu. Nas eleições regionais de domingo, PSD/CDS-PP/PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. José Manuel Bolieiro, líder da coligação de direita, no poder no arquipélago desde 2020, disse que irá governar com uma maioria relativa nos próximos quatro anos.

O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido pelo Chega, com cinco mandatos. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

O Chega, que em 2020 foi um dos partidos (além da IL) a assinar um entendimento parlamentar para viabilizar a governação da coligação e em 2023 se absteve na votação do Orçamento, afirma desde a campanha que o seu objetivo é integrar um executivo, mas sem a presença do CDS e do PPM.

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Contribuintes ganham mais processos de arbitragem fiscal. E fisco vence os de maior valor

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

Em 2023, de acordo com dados do CAAD, houve 776 decisões proferidas em 2023 no valor total de 283,6 milhões de euros.

Os contribuintes ganharam 63,3% do número de processos decididos pelo Centro de Arbitragem Administrativa em 2023, mas o fisco viu o CAAD dar-lhe razão em mais de metade dos processos de valor superior a milhão de euros. De acordo com dados do CAAD, houve 776 decisões proferidas em 2023 no valor total de 283,6 milhões de euros. Estes dados globais, indicam que se se tiver apenas em conta o número, a decisão foi favorável aos contribuintes em quase dois terços destes casos.

Já em relação ao valor, o sentido da decisão é mais equilibrado, com os processos em que os contribuintes e a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) saíram vencedores a representarem, respetivamente, 142,4 milhões de euros contra 141,2 milhões de euros (ou seja 50,2% e 49,8%).

Para este resultado global (em termos de número e de valor económico dos processos) contribui o facto de a decisão ser mais vezes favorável aos contribuintes nos casos de menor valor (e que são também mais numerosos), enquanto a AT vê a decisão ser-lhe favorável na maior parte das vezes nos processos de montantes mais elevados.

Assim, processos de valor até 60 mil euros ou nos que se situam entre 275 mil e meio milhão de euros, a decisão dos juízes do CAAD foi ao encontro do que reclamavam os contribuintes em mais de 60% dos casos. No escalão seguinte, ou seja, nos processos entre meio milhão e um milhão de euros, os contribuintes continuam a recolher o maior número de decisões favoráveis, mas de forma menos acentuada (55,4%).

Já no que diz respeito aos processos de valor superior a um milhão de euros (e que foram 63, num valor total de 184,1 milhões de euros), o fisco ganhou em 53,3% dos casos que representaram 55,5% do montante em causa.

Os mesmos dados revelam também que o ano passado o CAAD registou a entrada de 1.064 processos, no valor de 356,03 milhões de euros e mais de metade estão relacionados com IRS (32,2%) e IRC (27,4%), sendo que 44% dizem respeito a pedidos de valor até 60 mil euros, enquanto 34,2% estão balizados entre 60 mil e até 275 mil euros.

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Candidaturas a estágios Ativar.pt abrem com dotação de 100 milhões

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

Os estágios, que têm a duração de nove meses não prorrogáveis (ou de seis e 12 meses em casos específicos), concedem aos estagiários uma bolsa mensal que vai de 662,04 euros até 1.273,15 euros.

As candidaturas aos estágios Ativar.pt, destinados a jovens até aos 30 anos ou com idade superior em alguns casos, arrancaram esta sexta-feira, com uma dotação de 100 milhões de euros, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Os estágios, que têm a duração de nove meses não prorrogáveis (ou de seis e 12 meses em casos específicos), concedem aos estagiários uma bolsa mensal que vai de 662,04 euros até 1.273,15 euros, consoante o nível de qualificação, além do subsídio de alimentação e seguro de acidentes de trabalho.

O período para apresentação de candidaturas aos estágios Ativar.pt arrancou esta sexta às 9:00 e termina às 18:00 do dia 30 de maio de 2024 ou quando for atingida a dotação orçamental, de acordo com o aviso publicado pelo IEFP. A candidatura é efetuada através do portal do IEFP (iefponline), sendo decidida no prazo de 30 dias úteis contados a partir da data da sua apresentação, com base em critérios de análise, que podem ser de âmbito nacional ou regional.

Podem candidatar-se à medida pessoas singulares ou coletivas, de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos. Desde que este programa de estágios foi lançado, em 2020, foram aprovados 98.741 e, destes, 70.888 jovens foram colocados nas empresas, segundo o IEFP. Nesta altura decorre também o primeiro período de candidaturas das empresas à medida Compromisso Emprego Sustentável, que arrancou no dia 05 de fevereiro de 2024 e termina em 30 de junho.

O Compromisso Emprego Sustentável visa promover a contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP, sendo pago um apoio às empresas. As empresas que pretendam aceder ao Compromisso Emprego Sustentável passaram este ano a ter de pagar um salário mínimo de 1.018,52 euros, valor correspondente a dois indexantes de apoio social (IAS), segundo uma portaria publicada no início do mês.

A medida Compromisso Emprego Sustentável foi lançada em 2022, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e consiste na concessão às empresas de um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), prevendo ainda apoio no pagamento de contribuições para a Segurança Social.

De acordo com a portaria, o Compromisso Emprego Sustentável “ajudou à criação de mais de 30.000 contratos sem termo, conforme estabelecido enquanto meta no PRR”. O apoio financeiro que é concedido às empresas corresponde a 12 vezes o valor do IAS (6.111,12 euros), estando previstas majorações em algumas situações que podem elevar o apoio até um máximo de 13.138,91 euros.

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Campeão das exportações tropeça pelo quinto mês seguido. “Alguma apreensão” no arranque de 2024

Dados oficiais confirmam novo máximo para a indústria portuguesa de metalurgia e metalomecânica nas vendas ao exterior, mas também um novo recuo homólogo mensal em dezembro que “inquieta” o setor.

Está confirmado o “feito notável”. Ao somar 1.653 milhões de euros de exportações em dezembro, a indústria portuguesa de metalurgia e metalomecânica oficializou um novo recorde nas exportações. Totalizou 24.017 mil milhões de euros de vendas ao exterior e acumulou seis dos dez melhores resultados mensais de sempre. No entanto, isso aconteceu na primeira fase do ano, já que nos últimos cinco meses registou quebras homólogas neste indicador.

Esta tendência, confirmada por um novo recuo em dezembro (-3,1%), “gera obviamente alguma apreensão quanto ao primeiro semestre de 2024, até porque o país atravessa uma situação de instabilidade política que veio somar-se à conjuntura económica menos positiva dos principais parceiros de Portugal”, reconhece a associação que representa os industriais deste que é o setor mais exportador da economia nacional.

No dia em que o INE reportou que as exportações portuguesas de bens interromperam em dezembro uma série de oito meses negativos, com um ligeiro crescimento homólogo em dezembro insuficiente para evitar a descida de 1% no total do ano, em comunicado, a AIMMAP estima para 2024 um maior arrefecimento da economia e um “pequeno crescimento do desemprego”, esperando que o consumo permaneça “muito moderado” e provoque uma nova retração da procura.

“Na verdade, a economia nacional continua a apresentar um crescimento muito anémico, apenas alavancado pelas exportações e pelo investimento que as empresas fazem para alimentar essas exportações. Ora, perante o abrandamento das exportações e arrefecimento da procura externa, e numa altura em que o financiamento às empresas está em queda e as taxas de juro apresentam uma subida gradual, temos de nos inquietar e preocupar com o futuro”, sustenta Rafael Campos Pereira.

Perante o abrandamento das exportações e arrefecimento da procura externa, e numa altura em que o financiamento às empresas está em queda e as taxas de juro apresentam uma subida gradual, temos de nos inquietar e preocupar com o futuro.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente executivo da AIMMAP

Para o vice-presidente executivo da AIMMAP, “se em 2023 a inflação esteve mais controlada, não há certezas se essa situação vai manter-se ao longo deste ano”. “Os dois cenários de guerra, na Ucrânia e em Gaza, e a atual crise no Mar Vermelho, deixam grande incerteza a esse respeito e permitem antecipar um cenário de novos constrangimentos nas cadeias de abastecimento, bem como subida dos custos de transporte”, completa.

Composto por cerca de 23 mil empresas e por uma força de trabalho de quase 246 mil pessoas – 74% da mão-de-obra é masculina e mais de metade (52%) tem qualificações equivalentes ao 2º ou 3º ciclo –, concentrado sobretudo nas zonas mais industrializadas do Norte e Centro do país, o setor metalúrgico e metalomecânico sublinha que a evolução homóloga foi “muito melhor” que a verificada no total nacional. Quase 70% das exportações são feitas para a União Europeia, figurando Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e EUA no topo dos destinos.

Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP

Com eleições à porta em Portugal, o porta-voz do setor, que é também vice-presidente da CIP, diz ser “urgente que haja um governo estável em Portugal [e] que não intervenha excessivamente na economia”. Ao Executivo que vier a resultar da ida às urnas exige a criação de “um ambiente de algum consenso, sem dogmas, sem preconceitos e sem egocentrismos partidários”, que concretiza reduções no IRS e no IRC.

“A estabilidade política em Portugal é fundamental para melhorar os índices de confiança dos agentes económicos e para que o mercado financeiro funcione de forma equilibrada, não submetendo as empresas a enfrentar condições de financiamento espartilhantes. Por outro lado, uma política de IRC justa, liberta recursos para que as empresas apostem na produtividade e no valor acrescentado”, argumenta Rafael Campos Pereira.

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Crimes de ódio em Portugal subiram 38% em 2023

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

As autoridades registaram 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio em 2023, mais 77 casos do que no ano anterior, um aumento que é mais evidente na área tutelada pela GNR.

O número de crimes de ódio em Portugal aumentou 38% em 2023, em comparação com 2022, segundo dados recolhidos pela Lusa junto da PSP e da GNR. No total, as autoridades registaram 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio em 2023, mais 77 casos do que no ano anterior, um aumento que é mais evidente na área tutelada pela GNR.

Na área da PSP, o registo de crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência passou de 201 em 2022 para 231 em 2023 (mais 15%). Já na área da GNR, o número de crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal, o enquadramento do crime de ódio, passou de 69 registos em 2022 para 116 em 2023 (mais 68%).

Segundo a GNR, Portugal “não apresenta uma definição jurídica de crimes de ódio”, mas o artigo 240 do Código Penal “penaliza a discriminação e o incitamento ao ódio e à violência, com a previsão de pena de prisão para estas tipificações criminais”.

Já os homicídios e ofensas à integridade física passam a ser crimes qualificados em casos de “ódio racial, religioso, político ou gerado pela cor, origem étnica ou nacional, pelo sexo, pela orientação sexual ou pela identidade de género da vítima”.

Entre os casos que podem ser enquadrados como crimes de ódio estão “crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal”, nomeadamente “crimes de discriminação racial e religiosa, tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos, e outros crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal”, acrescenta a GNR.

Aquela força de segurança salientou ainda que este tipo de crimes tem “especial complexidade” e a sua tipificação nem sempre é possível porque “não existe um tratamento informático específico para estas tipologias”.

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Aliança Democrática já divulgou programa eleitoral com mote “Mudança Segura”. Leia aqui

Coligação composta por PSD, CDS e PPM avança com programa eleitoral que prevê baixa de impostos e medidas para a saúde, habitação e educação. Projeta excedentes orçamentais até 2028.

A coligação que junta o PSD, o CDS e o PPM apresentou esta sexta-feira o programa eleitoral para as legislativas de 10 de março, que tem como mote o lema “Mudança Segura”. O programa prevê medidas como a baixa de impostos e a valorização da carreira dos professores, contemplando também um cenário macroeconómico com excedentes orçamentais até 2028.

O programa eleitoral da coligação, liderada por Luís Montenegro, projeta ainda uma trajetória de descida continuada da dívida que deverá baixar até 80,2% no final da legislatura.

Veja aqui o programa eleitoral da Aliança Democrática:

Nota: Se está a aceder através da app, clique aqui.

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“Se eu fosse primeiro-ministro de Portugal ou Israel, a minha prioridade seria libertar os reféns”, diz Guterres

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

O secretário-geral da ONU abordou em Nova Iorque um grupo de manifestantes israelitas assegurando que, se fosse primeiro-ministro, a sua "principal prioridade" seria a libertação dos reféns.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, abordou esta sexta-feira em Nova Iorque um grupo de manifestantes israelitas assegurando que, se fosse primeiro-ministro, de Portugal ou Israel, a sua “principal prioridade” seria a libertação dos reféns retidos pelo grupo islamita Hamas.

Tal como tem acontecido todas as sextas-feiras ao longo das últimas 15 semanas, dezenas de israelitas, incluindo familiares de reféns detidos pelo Hamas, protestaram em frente à residência de Guterres, em Nova Iorque, onde interpelaram diretamente o líder da ONU sobre o que faria para recuperar 136 reféns portugueses, se ainda fosse primeiro-ministro de Portugal.

“Posso dizer-lhe que, como primeiro-ministro de Portugal, ou se fosse primeiro-ministro de Israel, a minha primeira prioridade seria a libertação dos reféns”, disse Guterres à multidão enquanto falava através de um megafone.

“Primeiro, quero dizer-vos que tenho o maior respeito pela vossa dor e pela vossa preocupação. Já me encontrei e falei com vários reféns (…) O que eu posso dizer é que se eu fosse primeiro-ministro hoje, nomeadamente de Israel, a minha principal prioridade seria a libertação de reféns”, insistiu.

A interação de Guterres com os manifestantes, testemunhada pela Lusa, teve lugar poucos dias depois de passarem quatro meses desde que Israel invadiu a Faixa de Gaza, em retaliação pelo ataque do Hamas em solo israelita, e no mesmo dia em que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou às Forças de Defesa de Israel que comecem a preparar a evacuação de Rafah, para onde fugiram centenas de milhares de palestinianos desde o início da guerra.

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Nova associação defende multas para quem não aceitar pagamentos em dinheiro

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

"A Denária Portugal (associação sem fins lucrativos) foi criada com o fim de defender o direito à utilização do numerário como meio de pagamento universalmente aceite", disse fonte oficial.

A nova associação Denária Portugal, que tem como mandatário Mário Frota, presidente emérito da Associação Portuguesa de Direito do Consumo (APDC), defende multas para as entidades que não aceitem pagamentos em numerário, segundo um comunicado. “A Denária Portugal (associação sem fins lucrativos) foi criada com o fim de defender o direito à utilização do numerário como meio de pagamento universalmente aceite”, disse fonte oficial, questionada pela Lusa.

A missão desta organização “passa por prevenir e alertar para os riscos na limitação da sua utilização como forma de pagamento, acessível a todos os segmentos da população, nomeadamente os que necessitam de maior proteção como os mais velhos e os que têm algum tipo de incapacidade”.

Citado no comunicado, o mandatário Mário Frota disse que “o dinheiro em espécie – numerário – é um método de pagamento muito importante para os cidadãos, é a moeda de curso legal que facilita a inclusão financeira de todos os grupos e segmentos da população de forma equitativa”.

Além disso, destacou “o dinheiro em espécie é a única alternativa de pagamento em situações de catástrofes naturais, ciberataques ou qualquer incidente tecnológico, uma reserva de valor segura para os cidadãos em relação a fraudes e crimes cibernéticos”. Mário Frota disse ainda que uma das primeiras missões da associação “será contribuir para a indispensável criação de um quadro sancionatório para os serviços que recusam o numerário como meio de pagamento”, que não existe atualmente.

Oo mandatário Mário Frota disse que “o dinheiro em espécie – numerário – é um método de pagamento muito importante para os cidadãos, é a moeda de curso legal que facilita a inclusão financeira de todos os grupos e segmentos da população de forma equitativa”.Lusa

 

A associação deu conta ainda de que elaborou também, “em conjunto com a empresa de sondagens Pitagórica, um estudo sobre a utilização do numerário em Portugal, que dará a conhecer nos próximos dias, aquando da [sua] apresentação pública”. Desse trabalho, a Denária adiantou já que “para 85% dos inquiridos, a lei deve obrigar os estabelecimentos comerciais a aceitar pagamento em dinheiro e a maioria destes defende a aplicação de coimas a quem não aceita pagamento em dinheiro”.

Segundo fonte oficial, na mesma resposta à Lusa, a associação foi criada neste momento porque acreditam que este “é o momento certo para alertar para os efeitos de uma digitalização que não seja inclusiva e que restrinja as opções dos consumidores nomeadamente no que diz respeito aos meios de pagamento”.

A entidade está também alinhada “com um movimento em rede na Europa que já levou à criação da Denária Espanha e da Payments Choice no Reino Unido”. A associação irá ter a sua apresentação oficial no próximo dia 22 de fevereiro, indicou, sendo que, entre associados e parceiros institucionais, conta já com oito entidades e conta duplicar até ao fim do ano.

Entre elas estão APDC, a ACOP – Associação de Consumidores de Portugal e a SEMEAR (capacitação de pessoas com dificuldade intelectual).

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AD promete excedentes orçamentais até 2028. “É ambição com realismo”, garante Montenegro

O programa eleitoral da coligação, liderada por Luís Montenegro, vai gastar 7.240 milhões de euros até 2028 com redução da carga fiscal em IRS e IRC e reforço dos apoios sociais como o aumento do CSI.

No programa eleitoral da Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, são garantidos excedentes orçamentais constantes ao longo da legislatura. Assim, o saldo positivo de 0,8% do PIB deverá manter-se, este ano, ao mesmo nível, ao contrário das projeções do Orçamento do Estado para 2024, do último Governo socialista de António Costa, que aponta para um superávite mais baixo, de 0,2%.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, garante “qualidade e realismo” das projeções. “É um cenário macro orçamental robusto que combina ambição com realismo”, afirmou esta sexta-feira durante a apresentação do programa eleitoral na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

Na AD, não nos resignamos nem aceitamos um país que está há 25 anos estagnado, continuamente ultrapassado, a cair para a cauda da Europa por falta de coragem, que retribui com baixos salários e pensões”, proclamou. E citou Sá Carneiro: “Portugal não é isto, Portugal não tem de ser isto”.

A partir de 2025, a coligação, liderada por Luís Montenegro, aponta para uma variação positiva do saldo global de 0,2% do PIB no próximo ano, de 0,1% em 2026, e de 0,2% nos últimos dois anos da legislatura.

O cenário orçamental da AD, disponibilizado esta sexta-feira no site do PSD, projeta ainda uma trajetória de descida continuada da dívida que deverá baixar até 80,2% no final da legislatura. Depois de uma redução do peso da dívida sobre o PIB de 13,7 pontos percentuais par 98,7%, alcançada pelo ministro das Finanças, a equipa de Luís Montenegro promete manter uma diminuição sistemática do rácio para 96% este ano, 92,2% em 2025, 88,5% em 2026, 84,4% em 2027 e para 80,2% em 2028.

Estas projeções, sustentadas com um crescimento do PIB de 3,4%, em 2028, traduz “a esperança” de Montenegro, que “assenta neste objetivos: criar una economia produtiva e competitiva, a crescer com os melhores da Europa, que seja capaz de gerar melhores melhores empregos, salários e pensões”, defendeu.

Medidas vão custar 7.240 milhões de euros

A política das contas certas do socialista Medina será aprofundada se os portugueses elegeram a AD nas eleições de 10 março, sustentada no crescimento da economia que irá acelerar a partir de um conjunto de medidas que passam sobretudo pela redução da carga fiscal em IRS e IRC e pelo reforço de apoios sociais, como o aumento do complemento solidário para idosos (CSI) para 820 euros que, no total, vão custar 7.240 milhões de euros até ao final da legislatura, dos quais 5.000 milhões dizem respeito a propostas fiscais e 2.240 milhões a apoios sociais e reposição integral do tempo de serviços dos professores.

Do lado da redução fiscal, Montenegro propõe “baixar os impostos da classe média e dos jovens e também sobre a atividade das empresas, sempre com equilíbrio orçamental”.

O programa eleitoral da AD prevê diminuição gradual do IRC de 21% para 15% ao ritmo de dois pontos percentuais (p.p.) por ano com um impacto de 1.500 milhões de euros entre 2025 e 2027. A isenção de contribuições e IRS sobre prémios de desempenho e redução das taxas marginais de IRS até ao 8º escalão entre 0,5 e 3 p.p. face a 2023 vão custar 2.000 milhões de euros entre 2024 e 2026. A aplicação de uma taxa máxima do IRS para 15% para jovens até aos 35 anos, exceto os que se encontram no último escalão, vai pesar, em 2025, 1.000 milhões de euros.

A AD promete também eliminar o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo para compra de habitação própria e permanente por jovens até aos 35 anos e redução para 6% do IVA da construção. A medida terá uma fatura de 500 milhões de euros, em 2025. No conjunto, as medidas de índole fiscal irão custar 5.000 milhões de euros.

Ainda na habitação, Montenegro avançou que quer “aproveitar todos os imóveis do Estado para aumentar a oferta, reduzir a burocracia com licenciamentos”. “Assim, vamos conter e possivelmente diminuir o preço da habitação”, antecipou.

Para além disso, e tal como já constava no programa económico, o líder do PSD indicou que, para facilitar a concessão de crédito à habitação a jovens até 35 anos, vai lançar uma “garantia pública para viabilizar o financiamento bancário de 100% do preço do imóvel”.

No reforço das prestações sociais, o programa da AD estima gastar, no conjunto, 2.240 milhões de euros ao longo da legislatura até 2028. Neste capítulo, Luís Montenegro quis destacar o aumento gradual do valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI) até 820 euros, até ao final da legislatura, medida que irá custar 800 milhões entre 2025 e 2028.

“O nosso compromisso é garantir um rendimento mínimo aos pensionistas de 820 euros, no final da legislatura, através da atualização do valor de referência do CSI, para, numa segunda legislatura, e de forma sustentada, com responsabilidade, aumentar para um valor equivalente ao salário mínimo nacional”, que deverá chegar aos 1.000 euros, indicou Montenegro.

“Este programa é feito para os idosos, garantindo que atualizaremos as pensões de acordo com a lei e procurando, sempre que tenhamos margem -– e teremos nos próximos anos – uma atualização maior das pensões mais baixas”, sublinhou.

Querendo definitivamente reconciliar-se com os reformados, depois dos anos duros da troika, Montenegro atirou-se ao PS de António Costa, que tem “telhados de vidro”. “Nos últimos anos, o único partido, o único Governo que cortou as pensões foi o Governo do PS, quando havia folga no Orçamento do Estado e depois repuseram o corte no ano a seguir para ver se o assunto estava esquecido”.

A reposição integral do tempo de serviço dos professores, de forma faseada, à razão de 20% ao ano, vai custar 240 milhões de euros, segundo os cálculos da AD. A criação de um subsídio que garanta que um desempregado não perde os apoios sociais que tem se aceitar um emprego terá um impacto de 800 milhões de euros. E a universalização do acesso gratuito ao ensino pré-escolar e creches terá uma fatura de 400 milhões de euros

Com este pacote, Montenegro quis deixar claro que o PS não é o único dono das políticas sociais, arrancando uma forte ovação no salão cheio da Gare Marítima de Alcântara: “Se há ideologia nas políticas sociais, essa ideologia não é colocar uns contra os outros, não é alguns acharem-se superiores perante os demais. É para retirar as pessoas da pobreza”.

O líder da AD terminou com humildade, afirmando que tem “consciência de que não tem solução para tudo”. Mas defendeu, com unhas e dentes, que “este é o programa da mudança, que foi construído com abertura à sociedade”, prometendo que também “será executado com o mesmo espírito de abertura”.

Sem mencionar o partido Chega e o risco de a AD ter uma maioria relativa que force a uma negociações com a extrema-direita, cenário que Montenegro já descartou, o líder do PSD dirigiu-se aos portugueses: “A democracia está nas vossas mãos, a decisão é vossa. Não temos a pretensão de ser melhor do que ninguém, temos a pretensão de melhor servir o país”.

(Notícia atualizada às 18h10)

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Oceano Pacífico da RFM comemora 40 anos com festa e emissão ao vivo

  • + M
  • 9 Fevereiro 2024

Os ouvintes podem habilitar-se a receber um convite para a celebração, que terá lugar na Vasco da Gama Tower. Com 40 anos de emissão, o formato é apresentado desde 2020 por Ana Colaço.

É na terça-feira que a RFM inicia as comemorações do 40ª aniversário do Oceano Pacífico, carismático programa noturno de rádio. A data vai ser assinalada com uma festa e emissão especial ao vivo na Vasco da Gama Tower, com o DJ Pedro Simões, e continua através da emissão do Oceano Pacífico das 22h às 01h.

Ao alcance dos ouvintes, através de um passatempo, está a possibilidade de receberem um convite para a celebração. Para isso, devem enviar um email para [email protected], a explicar o porquê de serem fãs do programa e porque merecem receber um dos convites duplos exclusivos para a festa.

Começando antes da RFM, na Renascença, a 15 de outubro de 1984, o programa Oceano Pacífico foi criado por Jaime Fernandes. Marcos André foi o responsável durante dois meses pela sua apresentação, tarefa que passou para João Chaves até 2013, ano a partir do qual Marcos André voltou a dar voz ao Oceano Pacífico.

A partir de janeiro de 2022, o programa das músicas calmas da RFM passou a ser apresentado pela primeira vez por uma voz feminina, a de Ana Colaço. O programa é transmitido de domingo a quinta-feira, entre as 22h e as 01h.

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Netanyahu ordena evacuação de Rafah no sul de Gaza

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

É em Rafah que estão centenas de milhares de palestinianos que fugiram do norte de Gaza atacado por Israel no início da guerra contra o Hamas.

O primeiro-ministro israelita ordenou esta sexta-feira às Forças de Defesa de Israel que comecem a preparar a evacuação de Rafah, na Faixa de Gaza, para onde fugiram centenas de milhares de palestinianos desde o início da guerra contra o Hamas.

Num comunicado divulgado pelo seu gabinete, Benjamin Netanyahu afirma que Israel não conseguirá derrotar o Hamas sem destruir as forças que o movimento islamita palestiniano mantém naquela cidade e nos seus arredores.

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Maquinaria e material de transporte travam (maior) queda das exportações em 2023

Foram vendidas mais máquinas e material de transporte para o exterior em 2023, mostram os dados do INE. Apesar do contributo positivo destes setores, as exportações recuaram face a 2022.

As exportações de veículos e outro material de transporte e maquinaria registaram um crescimento de 5,1% e 7,2% em 2023, tendo atingido um volume de 10,1 e 11,96 mil milhões de euros, respetivamente, num ano marcado pela contração das exportações portuguesas. O setor agrícola também registou uma evolução positiva.

Num ano marcado pela quebra das vendas ao exterior, as vendas de veículos e outro material de transporte, que inclui material para vias férreas, automóveis, tratores, aeronaves e embarcações, destacou-se com um aumento das exportações na ordem dos 923 milhões de euros, tendo exportado bens no valor de 10,1 mil milhões de euros, segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.

Outro setor que se distinguiu pela positiva foi o das máquinas e outros bens de capital, com as vendas ao exterior a aumentarem 754 milhões de euros para 11,96 mil milhões de euros. Este grupo é o líder nas exportações e representou 15,4% das exportações portuguesas globais no último ano, reforçando o seu peso nas vendas ao exterior – tinha um peso de 14,2% em 2022.

Também o setor agrícola mostrou uma evolução positiva, com a venda de produtos agrícolas e alimentares lá fora a atingirem no seu conjunto 9,9 mil milhões de euros, mais 603,8 milhões de euros que o valor alcançado em 2022.

Entre os 17 grupos de bens considerados pelo INE, houve apenas outros três a mostrar uma evolução positiva face a 2022: ótima e precisão (+10,2% para 2.403,2 milhões de euros)), outros produtos (+7,9% para 4.108,9 milhões de euros) e químicos (+0,3% para 5.194,4 milhões de euros).

Os combustíveis minerais e as pastas de celulose e papel foram os que mais caíram, com as exportações a recuarem 22,3% e 18,8%, respetivamente.

Exportações caem 1% em 2023

As vendas ao exterior têm vindo a contrair ao longo dos últimos meses. O abrandamento da economia e a subida de juros, associados a um aumento das tensões geopolíticas travaram os negócios em 2023 e traduziram-se num agravamento da confiança dos empresários.

Os primeiros resultados anuais de 2023 do INE apontam para uma diminuição nas exportações e importações de, respetivamente, 1% e 4,1% (+23,2% e +31,7% em 2022, pela mesma ordem), tendo o défice da balança comercial diminuído 3.727 milhões de euros, situando-se nos 27.356 milhões de euros.

A pressionar as exportações esteve uma quebra das vendas para Espanha, na ordem dos 554 milhões de euros, enquanto as transações para França aumentaram 4,4%, ou 422 milhões de euros.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 1% e 1,6%, respetivamente, em 2023 (+19,7% e +23,7% em 2022, respetivamente). O défice da balança comercial excluindo combustíveis e lubrificantes atingiu 20.300 milhões de euros, aumentando 800 milhões de euros face a 2022.

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