Brasileira Petrobras entra na exploração de três blocos de petróleo em São Tomé e Príncipe

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2024

A Petrobras adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% no bloco 11 da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe (ZEE).

A petrolífera brasileira Petrobras formalizou esta quinta-feira o consórcio com a Shell para a exploração de petróleo em três blocos de São Tomé e Príncipe, parceria que Governo são-tomense considera como “passo certo e firme” para a descoberta de petróleo comerciável. A Petrobras adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% no bloco 11 da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe (ZEE).

Os blocos 10 e 13 contam ainda com a participação da Shell, com 40% e a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe (ANP-STP), que representa o Estado são-tomense, que mantém os 15% nos dois blocos. Os direitos de participação no bloco 11 estão repartidos em 40% da Shell, 20% da Galp, 25% da Petrobras e 15% da ANP-STP.

“A empresa Petrobras que acaba de entrar para o consórcio dos blocos 10, 11, e 13, tem uma vasta experiência em exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas e estamos assaz convictos de que ela trará este seu manancial de experiência e know-how para juntar ao das empresas que já se encontram nestes blocos e assim continuarmos esta nossa titânica empreitada, mas no caminho certo rumo a descoberta de petróleo com caráter comercial”, disse o diretor-executivo da ANP – STP, Álvaro Silva.

O responsável da ANP-STP que o país vai continuar a implementar “políticas e reformas necessárias à atração de empresas de credibilidade renomada para operações petrolíferas” em STP. “Estamos conscientes de que ainda nos encontramos ao meio desta maratona, o que requererá do Estado a flexibilização e modernização de algumas legislações que constituem o vetor orientador, seja ela de forma direta ou indireta à nossa atividade petrolífera, fazendo, por conseguinte da nossa zona, uma ‘frontier área’ cada vez mais atrativa e competitiva”, declarou o diretor-executivo da ANP-STP.

Álvaro Silva prometeu continuar a trabalhar com as empresas internacionais do setor do petróleo e gás, “com sentimento de parceiro”, com humildade de quem reconhece ainda precisar de muitos conhecimentos e tecnologia, mas também com a inabalável determinação de uma instituição e de um Estado que sabe onde pretende chegar, a trajetória que pretende fazer e os objetivos que quer alcançar”.

A assinatura dos contratos de partilha de interesses participativos entre a Shell e a Petrobras decorreu na capital são-tomense entre os representantes destas empresas e a ANP-STP, testemunhadas pelo ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, José Rio, quadros das instituições envolvidas.

Em outubro de 2022, o consórcio Galp e Shell confirmou “a existência de um sistema petrolífero ativo” no poço denominado “Jaca” no bloco seis da zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe, mas sem evidência de que “tenha um potencial recuperável suficientemente grande para ser comercial”, prometendo continuar a avaliar os resultados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APA garante validade da Declaração de Impacte Ambiental da mina de lítio do Barroso

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2024

Depois do Ministério Público defender a anulação da Declaração de Impacte Ambiental da mina de lítio do Barroso, a APA defendeu que a avaliação decorreu em conformidade com a lei.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garante que o procedimento de avaliação de impacte ambiental (AIA) da mina do Barroso, em Boticas, decorreu em conformidade com os termos legais do respetivo regime jurídico. A APA foi instada a comentar um parecer do Ministério Público (MP) que conclui que a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da mina do Barroso, em Boticas, distrito de Vila Real, “padece do vício de violação da lei” e “deve ser anulada”.

Em resposta enviada por escrito à agência Lusa disse que, apesar de se encontrar ainda a analisar o parecer do MP, “julga-se pertinente salientar, desde já, que o procedimento de avaliação de impacte ambiental (AIA) decorreu em conformidade com os termos legais do respetivo regime jurídico”. Oportunamente, acrescenta, decidirá “se se justifica, nos devidos termos processuais, apresentar resposta ao mesmo”.

A APA viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo, em maio, uma DIA favorável condicionada. Na sequência de uma ação judicial interposta pela Junta de Freguesia de Covas do Barroso, para anular a DIA da mina do Barroso, o MP foi notificado a pronunciar-se, enviando um requerimento para o Tribunal Administrativo de Fiscal (TAF) de Mirandela.

“Importa referir que o parecer do MP consubstancia uma mera pronúncia/opinião sobre o eventual mérito da ação, ou seja, não tem qualquer efeito vinculativo para o juiz que proferirá a sentença no processo, entendendo-se que as peças processuais apresentadas, no seu conjunto, permitem rebater qualquer uma das pretensas ilegalidades invocadas e sustentar a validade da DIA impugnada”, disse a APA.

A agência recordou que, no âmbito do AIA, foi nomeada uma comissão de avaliação multidisciplinar que, apesar de coordenada pela APA enquanto autoridade de AIA competente, integrou mais oito entidades e vários especialistas, “com competência e vasta experiência nas matérias técnicas que são agora referidas pelo Ministério Público”.

Entre essas entidades contam-se organismos da administração pública, como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Direção-Geral do Património Cultural, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a Direção Geral de Energia e Geologia, bem como entidades do ensino superior e centros de investigação como a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o Instituto Superior de Agronomia / Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves.

“As questões agora referidas pelo Ministério Público como os impactes ao nível dos recursos hídricos, dos sistemas ecológicos, do património cultural e da paisagem, foram detalhada e aprofundadamente analisados e ponderados pela referida comissão de avaliação, como é aliás bem patente nos pareceres que a mesma emitiu e que fundamentaram a DIA favorável condicionada emitida por esta Agência”, frisa.

O documento do MP foi divulgado pela câmara e associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB), que se opõem à exploração mineira, e consultado pela Lusa.

Um aspeto destacado pelo Ministério Público é o risco que a ampliação da atividade mineira representa para o Sistema Importante do Património Agrícola Mundial (SIPAM) do Barroso, descaracterizando-o e, consequentemente, podendo levar à sua desclassificação, o que viola os compromissos internacionais que o Estado português assumiu com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), de proteger, apoiar e aumentar a qualidade de vida na região.

O projeto da mina do Barroso foi apresentado como uma ampliação, mas o MP entende que se trata de “um conjunto de novos subprojetos, que não foram analisados pela DIA, e cujo efeito, intensidade e complexidade vão muito para além da área a ampliar”. Segundo o Ministério Público, não pondera o real impacto deste projeto cumulativamente com o da mina do Romano, prevista para Montalegre, e, relativamente ao lobo-ibérico, diz que as medidas de minimização previstas “carecem de demonstração de efetividade”.

A mina, que a empresa Savannah Resources quer explorar, tem uma duração estimada de 17 anos e a área de concessão prevista é de 593 hectares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revolta dos estudantes contra “privatização” das universidades na Grécia

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2024

Para o governo grego a reforma é "um passo histórico" que impedirá milhares de estudantes gregos de deixarem o país para estudar em outras universidades europeias ou norte-americanas.

Pela quarta semana consecutiva, cerca de 15.000 estudantes e professores, segundo a polícia, manifestaram-se esta quinta-feira em Atenas contra um projeto do Governo conservador que prevê a equivalência dos diplomas de ensino superior privado aos emitidos pelas universidades públicas. “Não às universidades privadas”, referia a faixa na frente da manifestação de estudantes e professores provenientes de toda a Grécia, vigiados por um importante contingente da polícia de choque.

O desfile dirigiu-se para a passa Syntagma, frente ao parlamento, onde o projeto-lei, apresentado na quarta-feira pelo ministro da Educação Kyriakos Pierrakakis, será debatido em breve, com aprovação prevista até ao final do mês. O ministro do Governo conservador de Kyriakos Mitsotakis considera esta reforma “um passo histórico” que impedirá milhares de estudantes gregos de deixarem o país para estudar em outras universidades europeias ou norte-americanas.

Segundo o ministério, cerca de 40.000 gregos estudam atualmente no estrangeiro. “As universidades já estão subfinanciadas, e as subvenções do Estado vão diminuir ainda mais com a concessão de diplomas do mesmo valor para os estabelecimentos privados”, indicou Eleni Iatrou, estudante da Faculdade de Kalamata (sul), em declarações à agência noticiosa AFP.

Atenas assegura que as universidades privadas vão dispor de estritos critérios de financiamento que garantirão um nível equivalente ao das universidades públicas. Atualmente, diversos departamentos das universidades privadas instaladas na Grécia podem apenas podem conceder “diplomas profissionais”, com os diplomas universitários apenas entregues pelos estabelecimentos públicos.

O Governo sustenta que esta reforma vai atrair “grandes estabelecimentos universitários do estrangeiro” que de momento hesitam em fixar-se na Grécia, e que irá “dinamizar” o crescimento. Mas numerosos universitários e estudantes, sobretudo de esquerda, receiam que o ensino superior público seja “ainda mais desvalorizado em detrimento dos estabelecimentos com objetivos lucrativos”.

Inquietam-se ainda com o prosseguimento do subfinanciamento das universidades públicas, com crescente escassez de fundos para o seu funcionamento. As universidades gregas registaram graves cortes orçamentais na sequência da “crise da dívida” entre 2008 e 2018 e os draconianos planos de austeridades aplicados ao país.

Segundo o Banco Mundial, em 2020 a Grécia consagrou 7,1% do seu orçamento público à educação, o mais baixo desde há pelo menos 25 anos. Numerosas faculdades da Grécia estão ocupadas pelos estudantes e todas as quintas-feiras desde o início do ano que descem às ruas de Atenas e de outras grandes cidades do país.

Na segunda-feira registaram-se confrontos entre estudantes e polícia na faculdade de Direito de Komotini, 700 quilómetros a nordeste de Atenas. Foram presos 18 estudantes. “As universidades privadas vão provocar ainda mais problemas no mercado de trabalho, o número de estudantes não poderá ser absorvido e os que possuem meios financeiros poderão obter um diploma mais facilmente”, considerou o estudante Kostas Stathopoulous.

Este jovem de 24 anos, que hoje participou na manifestação em Atenas, inclui-se nos que foram detidos na segunda-feira, e já libertados. Anteriores governos conservadores tentaram nas últimas décadas e por diversas ocasiões aplicar uma reforma universitária mas sem sucesso, devido à forte oposição dos estudantes e dos professores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mau tempo cancela mais de duas dezenas de partidas e chegadas no aeroporto da Madeira

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2024

O último avião a aterrar na Madeira chegou às 11:48. Voos programados da Ryanair e Wizz Air Hungary oriundos de Lisboa e Katowice (Polónia) divergiram.

O mau tempo está esta quinta-feira a condicionar o movimento no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo, tendo provocado até ao início da noite o cancelamento de 14 chegadas e 13 partidas, informou a ANA – Aeroportos de Portugal. Segundo a página da ANA, consultada pela Lusa cerca das 20:00, o último avião a aterrar na Madeira chegou às 11:48.

Além dos cancelamentos nas partidas e nas chegadas, divergiram os voos programados da Ryanair e Wizz Air Hungary oriundos de Lisboa e Katowice (Polónia), respetivamente. A Capitania do Porto do Funchal prolongou o aviso de mau tempo para a orla costeira da Madeira até as 06:00 de sexta-feira devido às previsões de vento muito forte, agitação marítima e má visibilidade.

O aviso tem por base as indicações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que colocou o arquipélago sob aviso amarelo para vento, chuva e agitação marítima, agravado para laranja nas zonas montanhosas e na costa sul da ilha da Madeira desde as 15:00 desta quinta e até às 03:00 de sexta-feira.

O Serviço Regional de Proteção Civil emitiu alertas à população e divulgou um conjunto de recomendações preventivas face às previsões meteorológicas adversas previstas para a região com a passagem da depressão Karlotta. O Serviço Regional de Proteção Civil recomendou, assim, que sejam evitadas as viagens para as zonas mais afetadas “por este tipo de situação meteorológica”.

Adotar uma condução defensiva, não circular por zonas com risco de derrocadas e garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais são outras das recomendações da autoridade regional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Canal New Brasil chega a Portugal pela mão da Meo

  • + M
  • 8 Fevereiro 2024

O lançamento do canal é acompanhado por uma campanha de dois meses de oferta. Após o período promocional o valor da mensalidade é de 5,99 euros.

O New Brasil, canal internacional da Newco Pay TV, programadora de televisão por assinatura do Grupo Bandeirantes, chega esta quinta-feira a Portugal pela mão da Meo.

O canal está disponível para clientes Meo ADSL e Meo Fibra (com MEOBox), Android e Apple TV, na posição 191 da grelha. O seu lançamento é acompanhado por uma campanha de dois meses grátis disponível para adesões entre 8 e 29 de fevereiro, sendo que após o período promocional o valor da mensalidade é de 5,99 euros.

“Nossa prioridade é levar conteúdo de qualidade e com variedade para o maior número de pessoas dentro e fora do Brasil. Essa nova parceria em Portugal expande ainda mais a oferta à comunidade brasileira na Europa, trabalho que vem sendo desenvolvido e aprimorado desde que o New Brasil foi criado”, afirma Silvia Saad Jafet, diretora de distribuição que está à frente do canal internacional, citada em comunicado.

Já Tiago Silva Lopes, diretor de produtos e serviços do Meo, considera que a integração do canal New Brasil na grelha “vem reforçar a nossa estratégia de diferenciação e diversificação da oferta de canais internacionais. Um lançamento que vem acrescentar valor à experiência de televisão do Meo, em particular para a comunidade brasileira a viver em Portugal“.

O New Brasil conta com programas como “Melhor da Noite”, “Jogo Aberto” ou “Sabor & Arte”, bem como com a transmissão de notícias através da apresentação dos destaques do BandNews TV, em três momentos diferentes ao longo do dia.

“Do BandSports o assinante vai acompanhar programas como Donos da Bola”, Supermotor e Encontro de Craques. O AgroMais e o Terraviva, canais especializados em agronegócio, também estão na grade do New Brasil com telejornais e programas voltados à produção agrícola”, acrescenta-se em nota de imprensa.

Além do Brasil, Portugal junta-se assim aos Estados Unidos e Argentina, países onde o New Brasil está presente na televisão por assinatura, com transmissão via cabo, satélite e streaming.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Frente-a-frente Mariana Mortágua e Luís Montenegro foi o mais visto dos primeiros três dias de debates

  • + M
  • 8 Fevereiro 2024

Dos debates transmitidos apenas nos canais de cabo, o debate com maior audiência foi o que opôs o líder do Chega ao da Iniciativa Liberal, seguido na SIC Notícias por 317,3 mil telespectadores.

O frente-a-fente entre a líder do Bloco de Esquerda e o líder da coligação que une o PSD, o CDS-PP e o PPM foi o mais visto dos três primeiros dias de debates televisivos.

Transmitido na TVI, na CNN Portugal e mais tarde na RTP3, o debate entre Mariana Mortágua e Luís Montenegro foi acompanhado por 1,2 milhões de telespectadores. De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, na TVI o Debate Legislativas 2024 teve um share de 21,5%, ao que se soma 3,3% da CNN Portugal.

O segundo debate mais visto foi, na segunda-feira, o que juntou na SIC, SIC Notícias e mais tarde RTP, Pedro Nuno Santos e Rui Rocha. Somada a audiência dos três canais, o frente-a-frente entre o líder do PS e da Iniciativa Liberal foi acompanhado por 1,16 milhões de telespectadores. A SIC registou um share de 19,5%, a SIC Notícias de 4% e a RTP3 de 0,6%.

Dos debates transmitidos apenas nos canais de cabo, a melhor performance foi a do que opôs o líder do Chega ao da Iniciativa Liberal, seguido na SIC Notícias por 317, 3 mil telespectadores.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo apoia com 27 milhões setores afetados por cortes de água no Algarve. Lavagens de carros estão suspensas

Suspensão de lavagens de carros e rega de espaços "verdes", e redução da pressão de água na rede pública são algumas das medidas aplicadas no Algarve. Apoios são de cerca de 27 milhões de euros.

O Governo disponibilizou um apoio de 26,67 milhões de euros aos setores público, do turismo e da agricultura no Algarve para atenuar os impactos das medidas extraordinárias adotadas para combater a seca na região. A decisão acontece após uma reunião do Conselho de Ministros na qual o Executivo aprovou “a atribuição de apoios para as medidas extraordinárias”, informa o comunicado.

A maior fatia dos 27 milhões de euros será atribuída ao abastecimento público de água, que se traduz em 12,4 milhões de euros, seguindo-se os empreendimentos turísticos que receberão compensações avaliadas em 10 milhões de euros.

A 18 de janeiro, após a reunião de Conselho de Ministros, o ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou que não estavam previstos apoios destinados ao setor do turismo, por considerar que as medidas não refletem qualquer “restrição ao desenvolvimento da atividade”, apenas um “condicionamento relativamente à eficiência hídrica e poupança de água”.

Por seu turno, as entidades responsáveis pela gestão, monitorização e fiscalização dos recursos hídricos receberão 2,9 milhões de euros.

Da dotação total deste apoio, a parcela mais pequena está destinada aos agricultores: cerca de 35 mil euros. Isto acontece depois deste Conselho de Ministros ter aprovado, também, uma resolução com 320 milhões de euros de apoio para o setor, destinado a atenuar o impacto da seca e da inflação dos custos de produção.

Em causa estão os 200 milhões de euros de apoio à seca no Algarve e no resto do país e os 120 milhões de reforço dos dois pilares do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). Além disso, o Executivo reserva mais 2,2 milhões para apoiar as entidades gestoras dos aproveitamentos hidroagrícolas da região do Algarve.

Algarvios proibidos de lavar carros e regar espaços “verdes” com água pública

Além dos apoios, o Conselho de Ministros reconheceu formalmente a “situação de alerta na região do Algarve” face ao agravamento da seca meteorológica e hidrológica, tendo aprovado, desta forma, “um quadro de medidas de resposta imediata, de caráter temporário, para redução de consumos e racionalização da utilização dos recursos hídricos na região do Algarve”.

Recorde-se que no passado dia 17 de janeiro o Governo anunciou um pacote com 46 medidas que permitem concretizar duas metas: cortes de 15% e 25% no fornecimento de água aos setores do turismo e da agricultura, respetivamente.

De acordo com o comunicado desta quinta-feira do Ministério do Ambiente e do Ministério da Agricultura, essas metas serão concretizadas através de uma redução da pressão de água na rede de abastecimento público e a suspensão do fornecimento de água da rede pública através de contadores de usos de água que não geram águas residuais.

Ademais, fica determinada a suspensão da utilização de água pública ou potável na rega de espaços verdes, jardins públicos e privados, fontes ornamentais, lagos artificiais, lavagem de pavimentos, logradouros e viaturas e para compactação de vias rodoviárias. Nestes casos, detalha a nota, será promovido o uso da água para reutilização.

Os ministérios deixam aberta a porta a uma “avaliação” das medidas e, “caso necessário”, a implementação de soluções complementares extraordinárias para transporte e disponibilização de água para abastecimento público.

Governo aprova aumentos das tarifas

O Governo define ainda uma revisão das tarifas de abastecimento de água em baixa, para utilizadores domésticos e não-domésticos, bem como para usos que não geram águas residuais, e fá-lo “de acordo com as orientações da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR)”, lê-se no comunicado.

Na última sexta-feira, o Expresso noticiou que a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) já havia comunicado ter intenções de aumentar os tarifários da região, tendo também por base a proposta do regulador.

Da reunião da AMAL, resultou a decisão de que no segundo escalão de consumo vão verificar-se aumentos de preços de 15% na região, no terceiro escalão a subida será de 30% e no quarto escalão chegará a 50%.

Os escalões não são iguais em todos os concelhos mas, de uma forma geral, o primeiro escalão (isento de aumentos) vai até aos 5 m3 de consumo mensais, o segundo está entre os 5 e os 15 m3, onde se inserem a maioria dos consumidores, e o terceiro escalão fica entre os 15 e os 25 m3, explica a associação de municípios. O quarto e último escalão está reservado para aqueles que excedem um consumo de 25 metros cúbicos mensais.

Para alcançar as metas previstas de redução nos consumos de água, os ministérios determinam ainda que cada utilizador municipal fica limitado ao valor correspondente a 85% do volume registado no período homólogo de 2023. A quem exceder esse limite, será estipulado um tarifário específico.

Além dos consumos, o Governo determinou que vai reduzir em 40% do volume transferido da albufeira do Funcho para a albufeira do Arade, face ao ano anterior e cortar em 50% o volume de água consumido no perímetro de rega do Sotavento Algarvio, face a 2023.

Na barragem da Bravura, o uso da água armazenada será destinada apenas ao abastecimento público, estando suspensa a utilização deste recurso para outros fins.

Quanto às captações subterrâneas para rega de sobrevivência, o Governo determina que no Sotavento, o limite será de 2,5 hectómetros cúbicos por ano (hm3/ano), com possibilidade de aumento para 4,5 hm3/ ano. no Alvor, o limite máximo será de de 0,5 hm3/ano e, no setor Poente, até ao limite máximo de 0,5 hm3/ano.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, estas medidas têm como objetivo “ultrapassar as necessidades essenciais da época do verão e terminar o ano de 2024 com reservas para 2025“.

“Para além de medidas estruturais que se encontram em curso, a implementação de medidas de resposta imediata que minimizem os efeitos da conjuntura de seca é essencial face à situação de seca prolongada na região do Algarve que tem vindo a agravar a situação de escassez hídrica da região”, lê-se na resolução de Conselho de Ministros.

Governo já tem calendário para concursos da rede de baixa tensão

O Conselho de Ministros aprovou também um calendário para a realização dos concursos de concessão da rede de baixa tensão, isto é, a que chega aos clientes domésticos. Esta rede está nas mãos da E-Redes, antiga EDP Distribuição, em quase todo o país.

A maioria destes contratos de concessão tem vindo a caducar, sendo que, segundo o Expresso, terminado o ano de 2023 só nove se manteriam ainda em vigor. Em novembro do ano passado o Governo já havia publicado as regras gerais do concurso, no qual as espanholas Iberdrola e Endesa já se mostraram interessadas, mas uma das peças chave em falta eram precisamente as datas dos procedimentos.

O ECO/Capital Verde também contactou o MAAC para obter o calendário mas não obteve resposta até ao momento de fecho deste artigo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Montenegro recusa ter medo de debates políticos

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2024

"Nós fomos convidados para 10 debates, aceitamos os 10 debates e o modelo de participação nos debates. Se houver alguma alteração temos de resolver", afirmou o líder do PSD.

O líder do PSD, Luis Montenegro, disse esta quinta-feira não ter medo de nenhum debate político e afirmou que “as televisões desistiram” do esquema combinado para os debates. “Não vou estar a entrar em mais polémicas. Não tenho medo de nenhum debate com ninguém. Nós fomos convidados para 10 debates, aceitamos os 10 debates e o modelo de participação nos debates. Se houver alguma alteração temos de resolver”, afirmou Luís Montenegro, à margem da Conferência Fábrica 2030, organizada pelo jornal ECO, no Porto.

Questionado pelo diretor do jornal ECO sobre o assunto, Luís Montenegro afirmou que estava “combinado um determinado esquema para poder cumprir todos os momentos de esclarecimento subjacentes à realização dos debates, parece que as televisões desistiram da ideia que tinha sido combinado inicialmente”. Já questionado pelos jornalistas à saída se aceitava a proposta de Pedro Nuno Santos, que hoje se mostrou disponível para mais um debate com o PSD, desde que participe Luis Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira, Montenegro não comentou.

Na quarta-feira, o Diário de Notícias noticiou que o PSD pretende que Luís Montenegro seja substituído pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates com a CDU, marcado para o próximo sábado, e com o Livre (agendado para 17 de fevereiro). À Lusa, o diretor de campanha da AD, Pedro Esteves, referiu numa declaração escrita que “a Aliança Democrática e o seu líder não têm medo de debater com ninguém”.

No entanto, o diretor de campanha da AD disse que, “tal como acertado desde a primeira conversa com o representante dos canais de televisão, a coligação AD faz-se representar em todos os debates pelo presidente do PSD, com exceção daqueles que opõem a AD ao Livre e à CDU, onde a representação da coligação Aliança Democrática ficará a cargo do Presidente do CDS, à semelhança do que aconteceu em 2015”.

A RTP, a TVI e a SIC mostraram-se surpreendidas com a intenção da AD de substituir Luís Montenegro por Nuno Melo nos debates e garantem que modelo proposto se mantém “nos exatos termos”. Foi com “alguma surpresa que as televisões tomaram nota da decisão da direção de campanha da AD. Não pomos em causa as motivações da AD nem as qualidades do líder do CDS. Mas não podemos colocar em risco todo este processo”, lê-se numa nota conjunta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meta de crescimento da AD “é um bocadinho arriscada, mas o país precisa de arriscar”, admite Montenegro

Montenegro diz que país “não aguenta mais tempo este equilíbrio financeiro” assente em impostos, pouco investimento e no “sofrimento” das pessoas. Ministro da Economia será "ao jeito de Mira Amaral".

A Aliança Democrática (AD) almeja chegar ao final da próxima legislatura com um crescimento económico a rondar os 3,5% para “programar uma segunda legislatura com uma média de 4%” na evolução do PIB, que Luís Montenegro disse ser “a taxa a partir da qual podemos criar mais riqueza, sermos mais justos e fixar a população jovem”.

O cenário macroeconómico é ambicioso, face ao histórico recente. E o líder da AD admitiu que esta meta “é um bocadinho arriscada, mas o país precisa de arriscar. “Passar de um crescimento de 1,6% previsto para este ano para 3,4% é ambicioso, mas é exequível. Já fomos capazes de o fazer [na era cavaquista]. Temos de conjugar as políticas públicas com aquilo que a sociedade é capaz de fazer”, completou.

Questionado sobre se está a preparar uma política orçamental generosa para atender às reivindicações dos polícias, médicos, professores e agricultores, garantiu que a coligação tem “as contas feitas” e está a ser “muito prudente”. Justificou que o cenário traçado “não esgota o potencial de medidas” e ainda tem margem para acomodar novas promessas fiscais e remuneratórias. “Tudo o que prometemos é exequível”, frisou.

Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD)

Durante a 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, Luís Montenegro defendeu que a atual situação financeira “não é muito virtuosa” nem o país “aguenta muito mais tempo com este equilíbrio financeiro” assente em “altos impostos, uma compressão enorme do investimento público e um sofrimento das pessoas nas suas rotinas diárias”.

“Não estou contra o equilíbrio das contas, é melhor do que qualquer desequilíbrio, que traz sempre dores muito grandes. Mas não se deixem levar pelo canto da sereia de quem anda a prometer tudo a todos. Esse caminho pode pôr em causa este equilíbrio, com consequências graves”, advertiu o líder da AD, numa crítica implícita ao rival Pedro Nuno Santos.

Não aguentamos muito mais tempo com o equilíbrio financeiro que temos em Portugal, associada a altos impostos, a uma compressão enorme do investimento público e ao sofrimento das pessoas.

Luís Montenegro

Líder da Aliança Democrática (AD)

Visando o oponente socialista nas eleições de 10 de março, em que promete “inverter o caminho do deixa andar e de estagnação”, Montenegro advertiu que “não [tem] nenhuma vocação dirigista sobre a economia e que, caso seja primeiro-ministro, não irá “decidir sobre onde utilizar os recursos públicos”. “Quem assume o risco e o projeto de empreender os seus meios com vista a produzir são as empresas e os empreendedores. É uma diferença de visão e de conceção do país”, acrescentou.

Decisão sobre novo aeroporto será tomada em menos de oito meses

Sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, embora tenha destacado que “não é essa questão que decide [o voto para] um Governo”, reclamou para si o estatuto de “desbloqueador do processo”. E assegurou “aos que não decidiram em oito anos que não [demorará] oito meses a decidir” onde será construída a infraestrutura que vai servir a região da capital. Quanto à privatização da TAP, repetiu que será vendida a 100%, caso lidere o próximo Executivo.

Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD)

Na mesma conferência, organizada pelo ECO no Porto, sem avançar com um nome, fez questão de traçar o perfil do próximo ministro da Economia, “ao jeito de Mira Amaral”. Isto é, elencou, que seja próximo das empresas, conhecedor do terreno, com capacidade para dialogar com todos os setores, com peso político e que domine os instrumentos de financiamento e de atração de investimento.

Vamos ter um ministro da Economia ao jeito de Mira Amaral. Próximo das empresas, conhecedor do terreno, com capacidade para dialogar com todos os setores, peso político e que domine os instrumentos de financiamento e de atração de investimento.

Luís Montenegro

Líder da Aliança Democrática (AD)

No capítulo fiscal, Luís Montenegro promete uma descida do IRS para a classe média – “alguém que não trabalha não pode ter um rendimento superior àqueles que trabalham” – e uma taxa máxima de 15% para os jovens até aos 35 anos, que calculou ser “um terço do imposto devido” atualmente.

Outras ideias deixadas aos empresários e gestores que assistiram à conferência foram o estímulo à consolidação empresarial – “se as empresas tiverem de se agrupar e de se fundir não é crime nenhum” –, a redução da burocracia que traz “potencial corruptivo”, ter um mercado de trabalho sem “uma excessiva rigidez” e ainda fazer com que o Estado pague a tempo e horas, por ser “uma segurança aos agentes económicos e um exemplo a dar ao país”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Quem compara, compra aqui”, diz Lidl em nova campanha

  • + M
  • 8 Fevereiro 2024

Presente em televisão, rádio, digital e out-of-home, a campanha contou com a criatidade d'O Escritório e produção da Take it Easy. A Havas Media foi a responsável pelo planeamento de meios.

A nova campanha multimeios do Lidl pretende mostrar como até os clientes mais exigentes, que comparam o preço e a qualidade de diversas opções do mercado, optam por comprar no Lidl.

Num tom assumidamente humorístico, a campanha da marca de retalho vai contar com três spots que “de forma satírica, espelham o método de escolha pré-compra de um cliente-perito, que sai a correr da loja para experimentar e comparar o produto em casa, antes de efetivamente o adquirir”, refere-se em nota de imprensa.

O primeiro spot, no ar, mostra um senhor que entra apressado em casa para experimentar um detergente para a roupa. Depois da lavagem, cheira a roupa e corre então de volta para a loja para dar uma resposta afirmativa à sua companheira que estava na fila da caixa do supermercado à espera do aval para comprar várias unidades do detergente, apesar das várias pessoas que aguardavam aborrecidas.

Os próximos filmes vão abordar outras categorias de produtos, adianta a insígnia.

Presente em televisão, rádio, digital, out-of-home (OOH), e lojas e folhetos do Lidl, a campanha “Quem compara, compra aqui” contou com a criatividade d’O Escritório e produção da Take it Easy. A Havas Media foi a responsável pelo planeamento de meios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Agricultura vai receber sexta-feira grupo de agricultores das várias regiões do país. À porta deve ter manifestação

O encontro com agricultores de norte a sul do país está agendado para as 14h30. Através das redes sociais está ser organizado um protesto em frente ao ministério, no Terreiro do Paço.

A ministra da Agricultura vai receber na sexta-feira um grupo de agricultores representativo das várias regiões do país. O encontro está agendado para as 14h30 e os agricultores estão a usar as redes sociais para mobilizar um protesto em frente ao ministério, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Só com manifestações de força se consegue a atenção do poder”, disse ao ECO António Almodôvar que integra o movimento de agricultores que cortou a Estrada Nacional 260 (EN260), na passada quinta-feira, deixando dezenas de camiões retidos na fronteira de Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa (Beja). “Comecei com um grupo de agricultores do Baixo Alentejo, mas este é já um movimento conjunto, de norte a sul do país”, sublinhou o responsável que tem uma exploração de romãs.

Os agricultores estavam expectantes com o resultado da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira. “Vamos ficar a saber se o esforço e união de todos fez o esperado efeito”, dizia a mensagem de mobilização. “Esperemos até ao final do dia o resultado do Conselho de Ministros. De qualquer forma as portas do Ministério da Agricultura amanhã, as 14h30 serão abertas para receber um grupo de agricultores representativo das várias regiões do país”, continua a mesma nota.

Em causa está o pagamento dos 60 milhões de euros, do primeiro pilar do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) – os pagamentos diretos – nos apoios à produção, de modo a assegurar que as candidaturas aos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada sejam pagos na totalidade. O presidente do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) comunicou que haveria um corte de 35 a 25% nestes apoios, a dias do pagamento dos mesmo e depois de o agricultores já terem feito o investimento. A CAP negociou diretamente com o primeiro-ministro que a verba iria ser paga e a ministra da Agricultura explicou, posteriormente que foi um erro de comunicação do IFAP. Esta quinta, o Conselho de Ministros aprovou a resolução que garante o pagamento desta verba.

O caderno de encargos dos agricultores inclui outras medidas, como apoios à seca para os agricultores que não beneficiam do regadio alimentado pelo Alqueva, ou seja, 90% do Alentejo. “O Governo está a iludir os agricultores”, diz António Almodôvar, recordando que dos 200 milhões de euros anunciados de apoio à seca, 100 milhões são para o Algarve e há uma fatia importante dos apoios que só será paga em 2025.

Mas, “muitas medidas não têm a ver com dinheiro, mas com estratégica” que, naturalmente, terão de ficar para o próximo Executivo, nomeadamente o regresso das florestas ao Ministério da Agricultura (estão presentemente no Ministério do Ambiente).

António Almodôvar chama a atenção para o facto de o problema dos agricultores não ter a ver apenas com o Governo, mas com o monopólio da Jerónimo Martins e da Sonae cujos supermercados têm 70% da quota de mercado. “Vendo as minhas romãs a 65 cêntimos e depois são vendidas nos supermercados a três e cinco euros, quando até o transporte das frutas é assegurado por mim”, denuncia.

O responsável defende ainda que é muito importante alertar os consumidores para a sua segurança alimentar, porque os produtos importados da América do Sul, de África ou da Ásia não são produzidas com as mesmas regras. “Em Marrocos já há mais estufas do que Almería, em Espanha, e usam pesticidas que são proibidos desde os anos 60”.

Reunião com ministra foi “bastante positiva”, garantem agricultores transmontanos

A ministra têm-se desdobradas esta semana em encontros online com os diversos movimentos inorgânicos de agricultores para tentar acalmar os ânimos. Esta quinta-feira não foi exceção. Os agricultores transmontanos consideraram que a reunião online foi “bastante produtiva”, recebendo a garantia de que o pagamento de 60% das medidas agroambientais será feito antes do final do mês.

Depois de aceitarem desmobilizar o protesto desta manhã que cortou a Autoestrada 4 (A4) nos dois sentidos, entre os nós de Lamas e Amendoeira, em Macedo de Cavaleiros, após garantida reunião com a tutela, membros da organização deslocaram-se ao edifício da Câmara Municipal do concelho, onde tiveram um primeiro contacto com Maria do Céu Antunes, via videoconferência.

Ao final de quase duas horas, Armindo Lopes, um dos porta-vozes dos agricultores referiu aos jornalistas que na reunião marcou também presença Rui Martinho, presidente do IFAP. “Tivemos a garantia da senhora ministra que entre o dia 20 e 24 de fevereiro serão pagas 60% das [medidas] agroambientais”, revelou Armindo Lopes, salientando que há apoios, pendentes de aprovação da União Europeia, que podem atrasar “entre dois a três meses”, citado pela Lusa.

Quanto às ajudas atribuídas habitualmente em junho, referiu que vão manter-se com pagamentos até ao dia 25 daquele mês.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguradoras vão pagar 595 mil euros a família do piloto do helicóptero do INEM que faleceu em serviço

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2024

O caso remonta 2018, quando um helicóptero do INEM colidiu com a serra Santa Justa. O valor da indeminização é superior ao decidido em primeira instância mas inferior ao pedido pela família.

O Tribunal da Relação do Porto decidiu que a viúva e o filho do piloto do helicóptero do INEM que se despenhou em Valongo vão receber 595 mil euros, mais juros, de indemnização por duas seguradoras espanholas, avançou o Jornal de Notícias.

O caso remonta dezembro de 2018 quando um helicóptero do INEM, operado pela empresa Babcock, regressava à sua base em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após transportar um doente grave para o hospital de Santo António, Porto, e se despenhou na serra de Santa Justa após colidir com uma torre de rádiodifusão. No acidente morreu o piloto, o copiloto, um médico e uma enfermeira.

O acórdão citado pelo JN dá conta que o tribunal condenou as duas seguradoras a pagar 405 mil euros por danos patrimoniais futuros “a título de indemnização pela perda de rendimentos que a vítima deixou de auferir”, 100 mil euros pelo dano da morte, 20 mil euros por se ter apurado que a vítima teve consciência da iminência da morte, o que a terá perturbado, e 40 mil e 30 mil euros para a viúva a filho, respetivamente, por danos não patrimoniais, às quais se acrescem os juros.

A indemnização fica acima do que foi fixado em primeira instância, 190 mil euros, mas aquém dos mais 1,5 milhões de euros pedidos pela família.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.