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Fitness Hut passa a VivaGym em transição acompanhada por nova identidade visual

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  • 31 Outubro 2024

O Fitness Hut Oeiras é o primeiro ginásio alvo do rebranding. O processo, que unifica a marca em Portugal e Espanha, será feito de forma faseada.

A cadeia de ginásios Fitness Hut vai, a partir do final de outubro, passar a operar sob a designação VivaGym. A mudança decorre até ao final do ano.

Desta forma, o Grupo VivaGym consolida-se numa única marca, que passa a ser a identidade de todos os ginásios na Península Ibérica. A alteração “reflete o crescimento e a expansão da marca em ambos os mercados”, refere-se em nota de imprensa.

Com a transformação do Fitness Hut em VivaGym, unificamos o mercado ibérico, criando uma identidade coesa e facilmente reconhecível em toda a Península Ibérica. Esta mudança está alinhada com o ambicioso plano de expansão do VivaGym, que visa alcançar 300 ginásios, fortalecendo a nossa presença e impacto no setor de fitness”, afirma Juan del Río, CEO do VivaGym, citado em comunicado.

O Fitness Hut Oeiras é o primeiro ginásio alvo do rebranding, processo que se vai alastrar ginásio a ginásio, de forma faseada, de modo a que seja garantida “uma transição suave”.

A transição para VivaGym é também acompanhada por uma nova identidade visual. “Esta alteração reforça o nosso compromisso de oferecer uma experiência ainda mais enriquecedora a todos os sócios, mantendo os padrões de qualidade, inovação e acessibilidade que nos caracterizam”, diz Juan del Río.

Acreditamos que esta unificação trará vantagens competitivas, permitindo-nos oferecer uma experiência consistente, inovadora e com ainda mais benefícios aos nossos clientes, seja em Portugal ou em Espanha. Continuaremos comprometidos com a qualidade e a acessibilidade que os nossos sócios esperam, agora sob o nome VivaGym”, acrescenta o CEO.

Apesar das alterações, “as condições de adesão já conhecidas pelos clientes permanecerão as mesmas”, garante a marca, acrescentando que existe, no entanto, um trabalho em curso para “melhorar a experiência de treino, incluindo a criação de HIIT Boxes em alguns ginásios, a ampliação das áreas de treino e outras melhorias que serão implementadas nos últimos meses de 2024”.

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TAP aumenta emissão para 400 milhões de euros e fixa juro em 5,125%

A TAP colocou mais 50 milhões de euros do que o previsto na emissão de obrigações efetuada esta semana. O juro foi fixado em 5,125%.

A TAP colocou 400 milhões em obrigações, mais 50 milhões do que o previsto, respondendo às condições de mercado e ao interesse dos investidores institucionais. A taxa de juro foi fixada em 5,125%.

A companhia informa num comunicado aos investidores que “concluiu com sucesso o pricing de Senior Notes 5,125% com o valor nominal agregado de €400.000.000 e vencimento em 2029 através de uma oferta que representa um aumento de €50.000.000 face ao montante previamente anunciado”.

A liquidação da oferta, isto é, a entrega dos títulos aos investidores, está prevista ocorrer a 7 de novembro. A TAP acrescenta que as “receitas ilíquidas da oferta, em conjunto com as disponibilidades do seu balanço, serão utilizadas para reembolsar dívidas existentes e pagar os custos e despesas associados à Oferta”.

A companhia aérea anunciou na segunda-feira a intenção de emitir e vender títulos no montante global de 350 milhões de euros, com maturidade a cinco anos. O novo montante corresponde ao limite máximo de financiamento aprovado pela Direção-Geral do Tesouro e Fiananças há pouco mais de uma semana.

A Moody’s atribuiu um rating de Ba3 à emissão, a mesma já atribuída à companhia aérea.

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Nova estratégia atira BCP para os sete mil milhões de valor em bolsa

Ações do banco estão a disparar mais de 9% depois do BCP ter anunciado resultados acima do esperado e um plano estratégico do qual “não há nada a não gostar”, segundo os analistas.

O BCP BCP 3,63% está a brilhar na bolsa esta quinta-feira. As ações estão a disparar mais de 9% depois de o banco ter anunciado resultados acima do esperado e ainda um plano estratégico até 2028 “ambicioso” mas do qual “não há nada a não gostar”, segundo os analistas.

Miguel Maya destacou ontem que queria ter “acionistas satisfeitos” quando anunciou que a nova estratégia do banco passa por distribuir até 75% dos resultados nos próximos quatro anos em que perspetiva uma média de lucros de mil milhões de euros por ano.

“Depois de uma década em que os acionistas suportaram o banco, é tempo de retribuir a transformação do banco, mantendo sempre um banco muito robusto”, assinalou o CEO.

O plano – que foi divulgado após o banco anunciar lucros de 714 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano – inclui um payout de 50% e ainda uma recompra de ações até 25% do resultado, o qual está dependente de vários fatores e de aprovação dos reguladores.

Não há nada a não gostar da estratégia do BCP”, referiu Iñigo Veja, analista da Jefferies, numa nota citada pela agência Reuters, referindo que o que foi anunciado acrescenta 500 milhões de euros de distribuições de capital em relação àquilo que o mercado esperava.

“Os resultados superaram ligeiramente a expectativa. O rácio de capital muito forte nos 16,5%. Mas o destaque vai para as metas do plano estratégico que são melhores do que esperávamos”, apontam os analistas da Keefe, Bryuette & Woods, numa nota a que o ECO teve acesso. “É um plano ambicioso, mas o mercado vai gostar”.

Por seu turno, a agência S&P considera que os objetivos traçados pelo BCP parecem “realistas e alcançáveis de uma maneira geral”. “O plano foca-se na preservação da rentabilidade sólida nos próximos anos, apesar da descida das taxas de juro, embora mantendo disciplina no que toca aos custos e riscos. (…) Resultados fortes vão permitir distribuições elevadas aos acionistas”, referiu a agência de rating.

Em reação, as ações estão a valorizar 9,02% para 0,4604 euros e é um dos títulos que mais sobe na bolsa de Lisboa, a par da Jerónimo Martins. Este desempenho permite ao banco “engordar” cerca de 575 milhões de euros em market cap, marcando agora uma capitalização bolsista de sete mil milhões de euros.

Desde o início do ano, o BCP acumula uma valorização superior a 50%, isto depois de ter disparado 80% em 2023.

“Queremos ter uma relação com o mercado altamente positiva, que seja um título desejado para todos os portefólios de investimento”, afirmou Miguel Maya na apresentação da nova estratégia. Os investidores parecem gostar.

BCP dispara

Nota: A informação apresentada tem por base as notas emitidas pelos bancos de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Maioria das famílias deixa as poupanças paradas em depósitos

Os portugueses continuam a poupar muito menos que a média dos seus pares europeus também por conta de hábitos de poupança fortemente penalizados por uma elevada falta de literacia financeira.

A taxa de poupança das famílias portuguesas alcançou os 9,8% no segundo trimestre de 2024, renovando máximos desde o quarto trimestre de 2021, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar desta recuperação, Portugal continua abaixo da média dos países da zona euro, em que a taxa de poupança se situou nos 15,3% no primeiro trimestre e de 15,7% no segundo trimestre, conforme os dados dos oito países que já publicaram esses números, segundo o Eurostat.

Esta evolução recente da poupança das famílias em Portugal reflete uma trajetória marcada por altos e baixos nos últimos anos, que ficou marcada pela taxa de poupança mais elevada desde 2003, quando no final de 2021 atingiu 11,87%, mas também pela taxa de poupança mais baixa desde pelo menos 1953 (início da série do Banco de Portugal), quando em 2022 e 2023 bateu nos 6,3%.

Esta montanha-russa da taxa de poupança está intrinsecamente ligada à evolução da taxa de inflação e às taxas de juros, e isso é novamente visível nos últimos trimestres, em que com o abrandamento da taxa de inflação, particularmente após o início de 2023, tem-se assistido a uma recuperação da taxa de poupança desde o segundo trimestre de 2023.

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Todavia, é incontornável a linha de tendência de longo prazo de queda da taxa de poupança em Portugal. Como destaca o estudo “A Poupança em Portugal”, publicado em 2011 e feito por Fernando Alexandre (atual ministro da Educação), Luís Aguiar-Conraria, Pedro Bação e Miguel Portela do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho, “a taxa de poupança das famílias em Portugal tem diminuído de forma acentuada desde meados da década de 1980, tendo atingido valores historicamente baixos nos últimos anos”.

Esta queda acentuada da taxa de poupança a partir de meados da década de 1980 está associada a vários fatores estruturais que marcaram a economia portuguesa nas últimas décadas:

  1. Liberalização financeira: O processo de liberalização do setor financeiro português, iniciado em meados dos anos da década de 1980, levou a um aumento da concorrência nos mercados financeiros e a uma maior inovação e acesso das famílias a novos produtos financeiros. Como refere o estudo da Universidade do Minho, “a liberalização financeira e a maior facilidade de acesso ao crédito permitiram às famílias antecipar consumo, reduzindo assim a necessidade de poupança prévia”.
  2. A entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia em 1986 e a posterior adesão ao euro trouxeram um período de convergência económica e de taxas de juro historicamente baixas. Isto permitiu às famílias aumentarem o seu endividamento e reduzirem a poupança. “A liberalização do setor financeiro e a maior estabilidade nominal traduziram-se num acesso mais alargado ao crédito por parte das famílias, implicando uma redução das restrições de liquidez para alguns agentes” arrastando a uma queda da poupança das famílias, destacam Nuno Alves e Fátima Cardoso no estudo “A poupança das famílias em Portugal: evidência micro e macroeconómica” do Banco de Portugal, publicado em 2010.
  3. Efeito riqueza: O aumento significativo do valor dos ativos, nomeadamente imobiliários, durante várias décadas levou muitas famílias a sentirem-se mais ricas e, consequentemente, a pouparem menos.
  4. Expectativas de rendimento futuro: O período de crescimento económico e de convergência com a Europa alimentou expectativas otimistas sobre rendimentos futuros, levando muitas famílias a anteciparem consumo.
  5. Sistema de Segurança Social: O desenvolvimento do sistema de Segurança Social português reduziu a necessidade percebida de poupança privada para a reforma, incutindo ainda mais a ideia de não ser necessário poupar para a reforma por o Estado ser visto como garante da velhice, como explica Francisca Guedes de Oliveira, administradora do Banco de Portugal, num debate promovido pelo ECO com os três reguladores financeiros.

O estudo da Universidade do Minho destaca ainda que “a queda da taxa de poupança das famílias em Portugal foi mais acentuada do que na generalidade dos países da OCDE, tendo sido particularmente pronunciada no período que antecedeu a adesão ao euro.”

O estudo do Banco de Portugal destaca também que “a evolução da taxa de poupança em Portugal é captada de forma assinalável por um modelo em forma de mecanismo corretor do erro estimado para o período 1985-2009. Neste modelo, a taxa de poupança encontra-se positivamente relacionada no longo prazo com a taxa de juro nominal e com o crescimento do PIB, e negativamente com o saldo orçamental”.

A pouca proatividade na aplicação da poupança em produtos financeiros é, aliás, outro resultado menos positivo do inquérito [4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa], com a maioria dos entrevistados a referir que deixa as suas poupanças na conta de depósito à ordem.

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros

4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa

Esta relação entre a taxa de poupança e variáveis macroeconómicas ajuda a explicar algumas flutuações observadas ao longo das últimas décadas. Por exemplo, períodos de maior crescimento económico ou de taxas de juro mais elevadas tendem a estar associados a um aumento da poupança. Por outro lado, períodos de deterioração das contas públicas podem levar a um aumento da poupança privada, numa lógica de “equivalência ricardiana”.

Esta evolução da taxa de poupança tem implicações importantes para a economia portuguesa. Como refere o estudo da Universidade do Minho, “a baixa taxa de poupança das famílias tem contribuído para o persistente défice externo da economia portuguesa e para a acumulação de dívida externa”.

Portugueses poupam pouco e com pouca orientação

Apesar da recente recuperação da taxa de poupança, os hábitos de poupança dos portugueses continuam a revelar algumas fragilidades. O 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa, realizado em 2023 pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiro no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira, revela que apenas 53,9% dos entrevistados afirmam ter poupado no último ano, uma percentagem inferior às registadas em 2020 (65%) e 2015 (68,3%).

Este inquérito revela ainda que, entre os que poupam, a maioria (84%) deixa o dinheiro na conta à ordem e 7,7% referem que guardaram o dinheiro em casa — ambas as opções são práticas que não maximizam em nada o retorno da poupança por não terem qualquer remuneração associada.

Em oposição, apenas 33,9% dos entrevistados aplicam o dinheiro em depósitos a prazo e somente 5,2% investem em ações, obrigações ou fundos de investimento, ativos esses que tendem a valorizar mais no longo prazo.

Estes dados sugerem uma falta de proatividade na gestão da poupança por parte de muitas famílias. Como destacam os membros do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros no relatório, “a pouca proatividade na aplicação da poupança em produtos financeiros é, aliás, outro resultado menos positivo do inquérito, com a maioria dos entrevistados a referir que deixa as suas poupanças na conta de depósito à ordem.”

Esta tendência é particularmente preocupante num contexto de baixas taxas de juro reais, onde a não aplicação das poupanças em produtos financeiros mais rentáveis pode levar a uma erosão do valor real da poupança ao longo do tempo.

Outro aspeto relevante é o desequilíbrio na alocação do património das famílias portuguesas. Segundo dados do Banco Central Europeu, os portugueses continuam a ter uma fixação por betão, alocando mais de dois terços da sua riqueza a ativos imobiliários (muito por conta do crédito à habitação).

A forte concentração do património em imobiliário não é uma particularidade dos portugueses. A média das famílias europeias partilha do mesmo “síndrome”. No entanto, ao contrário da média europeia, as famílias portuguesas deixam grande parte da sua riqueza financeira (extra ativos imobiliários) literalmente parada, sem render qualquer euro.

Desde 2020 que os depósitos representam mais de 50% dos ativos financeiros dos agregados familiares, apesar de, até dezembro de 2022, a taxa de juro dos novos depósitos ter sido inferior a 0,5%, segundo dados do Banco de Portugal.

Esta concentração excessiva no “betão” e em depósitos bancários sugere que a poupança de longo prazo e a diversificação de investimentos são frequentemente relegadas para segundo plano. A excessiva concentração da riqueza num único ativo torna as famílias mais vulneráveis a choques no mercado imobiliário e limita a liquidez e flexibilidade financeira.

Além disso, a baixa proporção de ativos financeiros no património das famílias portuguesas pode estar a limitar o potencial de crescimento da poupança a longo prazo. Instrumentos financeiros como fundos de investimento, ações ou obrigações, apesar de apresentarem maior volatilidade no curto prazo, tendem a oferecer retornos superiores no longo prazo.

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A importância de apostar-se cada vez mais na literacia financeira

O 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa revela também algumas lacunas importantes nos conhecimentos financeiros dos portugueses. Por exemplo, “menos de metade dos inquiridos (39,1%) calcula corretamente juros simples e apenas cerca de um quarto (24,2%) responde corretamente às questões sobre juros simples e juros compostos”, lê-se no relatório. Estas lacunas podem estar a limitar a capacidade das famílias de tomarem decisões informadas sobre poupança e investimento.

Outro dado preocupante é que apenas 47,3% dos entrevistados se mostram confiantes no seu planeamento da reforma. Isto sugere que muitas famílias portuguesas podem não estar a poupar o suficiente para garantir um nível de vida adequado quando os “Anos Dourados” chegarem, especialmente num contexto de pressões crescentes sobre o sistema público de pensões.

A evolução recente da taxa de poupança das famílias portuguesas, embora positiva, deve ser vista com cautela. O aumento para 9,8% no segundo trimestre de 2024 é um sinal encorajador, mas continua abaixo da média da Zona Euro e dos níveis históricos de poupança registados em Portugal no passado.

Para reverter a tendência de longo prazo de declínio da poupança e promover uma cultura de poupança mais robusta, serão necessárias ações em várias frentes:

  1. Educação financeira: Reforçar os programas de literacia financeira para dotar as famílias de conhecimentos e ferramentas para gerir melhor as suas finanças e tomar decisões informadas sobre poupança e investimento.
  2. Incentivos fiscais: Considerar a introdução ou reforço de incentivos fiscais à poupança de médio e longo prazo, especialmente para a reforma.
  3. Diversificação de investimentos: Promover uma maior diversificação do património das famílias, incentivando o investimento em ativos financeiros além do imobiliário.
  4. Produtos financeiros adequados: Desenvolver e promover produtos financeiros que atendam às necessidades específicas das famílias portuguesas, combinando segurança e potencial de retorno.
  5. Planeamento da reforma: Sensibilizar para a importância do planeamento financeiro a longo prazo, especialmente para a reforma, face aos desafios demográficos e pressões sobre o sistema de segurança social.

Embora a recente recuperação da taxa de poupança das famílias seja um sinal positivo, há ainda um longo caminho a percorrer para consolidar hábitos de poupança saudáveis e sustentáveis.

A combinação de educação financeira, políticas públicas adequadas e um setor financeiro inovador será crucial para promover uma cultura de poupança que contribua para a resiliência financeira das famílias e para o crescimento sustentável da economia nacional.

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Número de vítimas mortais nas inundações em Espanha sobe para 158

  • Lusa
  • 31 Outubro 2024

Do total, 155 vítimas foram registadas na região mais atingida, em Valência, tendo ocorrido outras duas mortes na região vizinha de Castela-La Mancha e uma na Andaluzia.

O número provisório de mortos nas inundações que devastaram o sudeste de Espanha subiu esta quinta-feira para 158, segundo um comunicado oficial dos serviços de emergência publicado na rede X, atualizando o anterior balanço de 140. Do total, 155 vítimas foram registadas na região mais atingida, em Valência, tendo ocorrido outras duas mortes na região vizinha de Castela-La Mancha e uma na Andaluzia.

O comunicado de imprensa não especificou o número de pessoas que ainda estão desaparecidas. Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma “depressão isolada em níveis altos”, um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em espanhol (DINA em português).

O fenómeno causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos de Espanha, sobretudo na costa do Mediterrâneo. A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.

Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca) em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia em 1957, em que morreram entre 80 e 100 pessoas.

(atualizado às 16h30)

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Obrigatório declarar ao Fisco transporte de dinheiro a partir de 10.000 euros

  • Lusa
  • 31 Outubro 2024

As pessoas que, à entrada ou saída de Portugal, de ou com destino a um território fora da UE, transportem 10.000 euros ou mais, ficam obrigadas a declarar ao Fisco e a disponibilizar para controlo.

“Qualquer transportador que, à entrada ou saída do território nacional, proveniente ou com destino a um território não pertencente à União Europeia, leve consigo uma soma de dinheiro líquido igual ou superior a 10.000 euros deve declarar essa soma de dinheiro líquido à AT [Autoridade Tributária] e colocá-la à sua disposição para controlo”, lê-se num diploma esta quinta-feira publicado em Diário da República.

Esta é uma das medidas do executivo, em linha com Bruxelas, que tem em vista travar o financiamento de atividades ilícitas, através do desvio de dinheiro e da sua reintrodução na economia.

No caso de o dinheiro não estar a ser transportado pela pessoa que o quer enviar, a AT pode exigir que o expedidor ou o destinatário faça uma declaração de divulgação, no prazo de 30 dias. Para verificar o cumprimento da declaração do dinheiro líquido, o Fisco pode proceder ao controlo das pessoas, das suas bagagens e dos seus meios de transporte.

No caso do dinheiro líquido não acompanhado, a AT pode controlar remessas e recetáculos, como encomendas postais, envios de correio rápido, bagagem não acompanhada, carga contentorizada ou meios de transporte que possam conter dinheiro. Se a declaração do dinheiro não for cumprida, cabe à AT elaborar uma declaração oficiosa.

Apesar de a barreira ter sido colocada em 10.000 euros, se existirem indícios de que alguém transporta uma quantia de dinheiro inferior, relacionada com atividade criminosa, a AT deve registar essa informação.

A AT pode reter, temporariamente, o dinheiro, sendo esta uma decisão que pode sofrer recurso. Isto pode acontecer caso a declaração do dinheiro não seja realizada ou se existirem indícios de que o dinheiro, independentemente do valor, está relacionado com atividades criminosas.

O prazo de retenção deve ser limitado ao tempo necessário e não superior a 30 dias, mas pode ser prorrogado, em casos específicos, devidamente avaliados, e sempre em obediência aos princípios da necessidade e da proporcionalidade, até um máximo de 90 dias, designadamente, quando a AT encontre dificuldades na obtenção de informações sobre uma eventual atividade criminosa”, ressalvou.

A AT deve ainda comunicar às autoridades competentes de todos os Estados-membros as declarações oficiosas ou sempre que existam indícios de que o dinheiro está relacionado com atividades criminosas.

Neste último caso, as informações devem também ser remetidas à Comissão Europeia, Procuradora Europeia e à Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial).

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Angola na lista cinzenta do GAFI “vai condicionar” venda do BFA

Angola voltou à lista de países com problemas no combate à lavagem de dinheiro do GAFI, decisão que vai "reduzir significativamente espectro de investidores" interessados no BFA, admite BPI.

O CEO do BPI lamentou a inclusão de Angola na lista cinzenta de países com dificuldades em combater a lavagem de dinheiro, afirmando que a decisão do GAFI vai “reduzir significativamente o espetro de investidores” que poderiam participar no IPO do Banco Fomento de Angola (BFA).

“Preocupa-nos alguns acontecimentos, nomeadamente a inclusão de Angola na lista cinzenta do GAFI, será uma condicionante relativamente a este processo”, afirmou João Pedro Oliveira e Costa esta quinta-feira na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano do BPI.

“O mercado africano já é complexo na atração de investimentos nomeadamente para setores muito regulados como é o caso da banca. Vejo com dificuldade aparecerem internacionais do mesmo setor entrarem no mercado com estas condições. (…) Condiciona o espetro de investidores, reduz de forma significativa o espectro de investidores”, explicou.

Ainda assim, João Pedro Oliveira e Costa acredita que Angola poderá sair da lista cinzenta a “breve trecho”, pois já implementou 70 das 87 medidas identificadas pelo GAFI.

No âmbito do IPO do BFA, que deverá ocorrer durante o primeiro semestre do próximo ano, o Estado angolano e o BPI venderão, cada um, uma participação de 15%, conforme foi anunciado no verão.

João Pedro Oliveira e Costa revelou que os trabalhos com vista ao IPO já arrancaram juntamente com o IGAP, a entidade que gere as participações do Estado. “Estamos na fase de seleção dos advisors internacionais que nos vão apoiar na elaboração do caderno de IPO. Estamos crentes de que haverá investidores interessados”, disse ainda assim o CEO do BPI.

Adiantou ainda que seria negativo haver alteração ao processo de venda nesta altura, “porque é algo que o Estado angolano já anunciou que ia fazer, a credibilidade do país estaria em jogo”.

João Pedro Oliveira e Costa reforçou a ideia de que o BPI pretende vender toda a sua posição no BFA, que é de 49%. “O IPO é o caminho para sair da posição que temos. Faremos sempre de acordo com as regras do país soberano que é Angola, mantendo a estabilidade financeira do sistema angolano”, disse.

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Parlamento da Madeira aprova 5,5 milhões de euros para programa “+Energia”

  • Lusa
  • 31 Outubro 2024

O Governo da Madeira vai afetar 5,5 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência a um sistema de incentivos para a produção e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis.

O Governo da Madeira vai afetar 5,5 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), até 2026, a um sistema de incentivos para a produção e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis, foi hoje anunciado.

O programa denominado “+ Energia” vai “incluir incentivos substanciais para o armazenamento de energia elétrica, uma componente essencial para garantir a autonomia e a resiliência energética da região”, disse o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas da Madeira, Pedro Fino, no plenário da Assembleia Legislativa, no Funchal.

O governante apresentou a proposta de decreto legislativo regional que cria o programa, com o objetivo de contribuir “para reduzir a dependência energética do exterior e fomentar práticas de consumo sustentável” do arquipélago.

O apoio financeiro não reembolsável às famílias, micro, pequenas e médias empresas pode ser na ordem dos 8.000 euros, ascendendo a 10 mil para as cooperativas, instituições particulares de solidariedade social, associações sem fins lucrativos e condomínios, especificou.

O “+ Energia” inclui também novos apoios para a instalação de sistemas de produção de água quente sanitária, utilizando bombas de calor e sistemas de biomassa, “indo além das medidas contempladas pelo PRIPAER RAM 2023 (Incentivo à produção e armazenamento de energia — fontes renováveis)”, acrescentou.

A iniciativa legislativa foi aprovada por unanimidade.

O secretário dos Equipamentos e Infraestruturas defendeu ainda uma outra proposta legislativa para a criação do Instituto de Mobilidade e Transportes.

O governante explicou que o instituto terá “poderes de regulação e supervisão no setor dos transportes” e terá por missão “regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento, bem como supervisionar e regulamentar as atividades desenvolvidas no setor das infraestruturas rodoviárias e no dos transportes terrestres e marítimos”.

Pedro Fino salientou que o objetivo é “satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, visando ainda a promoção da segurança, da qualidade e dos direitos dos utilizadores dos transportes terrestres e marítimos”.

“Todos os requisitos legais foram cumpridos, os estudos prévios e financeiros foram efetuados”, assegurou o governante respondendo à questão da eventual ilegalidade da proposta suscitada pela deputada do PS Sancha Campanela.

Hugo Nunes, do Chega, declarou que o partido recusa “dar um cheque em branco” ao Governo Regional (PSD) num projeto que pode constituir “um esquema para empregar amigos”, salientando que é recorrente a multiplicação de organismos que não resolvem os verdadeiros problemas. Apesar das críticas e acusações, o Chega acabou por votar favoravelmente a proposta.

Por seu turno, o líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa, insistiu no incumprimento do programa do executivo madeirense de assegurar uma alternativa à ligação marítima com o Porto Santo em janeiro, altura em que o navio Lobo Marinho vai para a operação de manutenção anual.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis de PSD, Chega, CDS-PP, JPP e PAN, tendo o PS votado contra e o deputado único da IL optado pela abstenção.

A Assembleia Legislativa da Madeira aprovou também por unanimidade votos de congratulação pela atribuição do Prémio Sakarov à líder das forças democráticas da Venezuela, Maria Corina Machado, e o Presidente eleito Edmundo Goncález, da autoria da IL, PSD e CDS-PP.

Uma proposta do PSD para a majoração dos todos apoios da Segurança Social aos residentes na Madeira discutido quarta-feira foi igualmente aprovada por unanimidade.

Quanto ao projeto do PS que pretendia estabelecer o regime jurídico do inventário florestal da região debatido esta semana foi também aprovado, com os votos a favor do proponente, JPP, PAN, IL e Chega, contra do PSD e abstenção do CDS-PP.

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Jerónimo Martins dispara 8% em bolsa após divulgar resultados acima das estimativas

Os analistas aplaudiram os números apresentados pela dona do Pingo Doce esta quarta-feira, com o resultado líquido e o EBITDA a ficarem acima das expectativas dos especialistas.

As ações da Jerónimo Martins estão a negociar em forte alta esta quinta-feira, com os investidores a aplaudir os números apresentados pela dona do Pingo Doce após o fecho da última sessão. Os títulos disparam mais de 8%, naquela que é a melhor sessão em mais de um ano, animados pelos resultados acima das previsões dos analistas.

Esta está a ser uma manhã muito positiva para a Jerónimo Martins. As ações da retalhista seguem a valorizar 7,32% para 17,72 euros, no entanto já estiveram a subir mais de 8%, tendo chegado a negociar acima dos 18 euros. Trata-se da melhor sessão em bolsa desde 26 de outubro do ano passado, quando os títulos escalaram mais de 10%.

A impulsionar as ações estão os resultados apresentados pela empresa esta quarta-feira. A retalhista fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 440 milhões de euros, o que representa uma quebra de 21,2% face aos 558 milhões de euros reportados em igual período do ano passado. A dona do Pingo Doce justifica esta descida com a descida dos preços alimentares, aliada a um aumento dos custos, o que se tem refletido numa “forte pressão sobre as margens”.

Apesar da redução dos lucros, as vendas da companhia liderada por Pedro Soares dos Santos cresceram 10,3% para 24,8 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 2,7% para 1,6 mil milhões de euros, com a margem EBITDA a fixar-se nos 6,6%, abaixo dos 7,1% em que se situou nos primeiros nove meses de 2023.

Os resultados apresentados superaram, no entanto, as estimativas. A retalhista portuguesa registou um EBITDA de 593 milhões de euros e um resultado líquido de 187 milhões de euros, no terceiro trimestre do ano, acima da média de 572 milhões de euros e 166 milhões de euros esperados pelos analistas, respetivamente.

Num primeiro comentário aos resultados, a Jefferies diz que o EBITDA do terceiro trimestre resulta de uma evolução das vendas comparáveis da Biedronka em linha, mas “uma margem melhor que a receada”. Os especialistas notam ainda que as ações continuam baratas.

“O terceiro trimestre será o ponto mais baixo do preço das ações, dada a sua avaliação apelativa combinada com o baixo posicionamento dos investidores, numa altura em que as atuais expectativas do mercado se revelam mais realistas”, acrescenta o JPMorgan.

“Como antecipámos, nestes nove meses de 2024, a inflação alimentar caiu, pondo fim aos aumentos de preços extraordinários registados nos dois últimos anos. Cruzada com a elevada subida dos custos, essa queda da inflação levou à intensificação do ambiente concorrencial e ao agravamento da pressão sobre as margens”, explica o líder da retalhista, Pedro Soares dos Santos, numa mensagem incluída na apresentação de resultados.

Na Polónia, o principal mercado da Jerónimo Martins, com um peso de 70,5% das vendas totais do grupo, as receitas, em moeda local, aumentaram 3,9%. Em euros, atingiram 17,5 mil milhões, um crescimento de 10,4% face ao período homólogo.

A empresa explica que, “perante um contexto concorrencial de uma intensidade sem precedentes e no qual o preço reforçou o seu papel enquanto o fator decisivo de compra, a Biedronka manterá a liderança de preço, continuando a dar prioridade ao crescimento das vendas em volume.” Esta estratégia, admite a companhia, vai manter a margem EBITDA sob pressão.

Já em Portugal, onde detém as marcas Pingo Doce e Recheio, fechou os primeiros nove meses com um aumento de vendas na ordem dos 5%, no caso do Pingo Doce, para 3,7 mil milhões de euros. O Recheio viu as suas receitas aumentarem 1,8% para mil milhões de euros.

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“Estamos otimistas num acordo com o Fundo de Resolução” diz CEO do Novobanco

O líder do Novobanco reiterou o otimismo na possibilidade de o banco chegar a um acordo de capital continente no curto prazo com o Fundo de Resolução.

O Novobanco alcançou um lucro de 610 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, menos 4,4% face ao período homólogo. Apesar da descida, o banco mantém-se no caminho para superar a meta de 700 milhões de euros de lucro anual, conforme revelou esta quinta-feira Mark Bourke, CEO do banco, na apresentação de resultados aos analistas.

“A história é de entrega contínua por parte do banco, tanto em termos de implementação da estratégia como de entrega de resultados financeiros sólidos”, afirmou Bourke, sublinhando que o banco continua a gerar capital de forma consistente, com um aumento de 255 pontos base desde o início do ano.

O resultado alcançado foi impactado pela constituição de uma provisão de 30 milhões de euros no segundo trimestre para o processo de transformação do banco. Excluindo este efeito extraordinário, o lucro teria crescido 0,3% em termos homólogos.

Um dos pontos mais relevantes da apresentação foi o otimismo demonstrado por Bourke relativamente ao possível fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA): “Continuamos muito otimistas quanto à possibilidade de se chegar a uma conclusão a curto prazo com o Fundo [de Resolução] e o acionista. Mas não posso ‘dar mais cor’ que isso”, declarou Bourke, sublinhando ainda que antecipa que o processo “aconteça a muito curto prazo”.

Questionado pelos analistas sobre o processo, Bourke referiu ainda que a sua equipa está “mais otimista” à medida que as negociações avançam. “Estamos mais otimistas tanto em termos de curto prazo como de avanço em termos de negociações”, declarou o CEO do banco.

Estas declarações sugerem que o banco está próximo de alcançar um entendimento com o Fundo de Resolução, tal como o ECO noticiou recentemente.

A confirmar-se, significará que o mecanismo de capitalização do Novobanco, estabelecido em 2017 quando a Lone Star adquiriu 75% do capital da instituição, está prestes a ser encerrado antecipadamente, depois das negociações para este fim se arrastam há anos.

Resultados positivos e sólidos

Ainda no decorrer da apresentação aos analistas, Bourke abordou também o comportamento da margem financeira, principal fonte de receitas do banco, que cresceu 7% para 886,3 milhões de euros, beneficiando do aumento das taxas de juro. Já as comissões subiram 11% para 240,4 milhões de euros, refletindo “a força do franchise do Novobanco apoiada por uma base de clientes em crescimento”, explicou o CEO.

O produto bancário comercial atingiu 1.127 milhões de euros, um aumento de 7% face ao mesmo período de 2023. Bourke destacou que este crescimento demonstra “a capacidade de aumentar as receitas globais em 20%”, em linha com os objetivos de longo prazo do banco.

No que toca à eficiência, o rácio cost-to-income manteve-se estável nos 32,5%, “demonstrando disciplina contínua em torno dos custos, bem como o crescimento da receita”, referiu o CEO, que notou ainda que o custo do risco se fixou em 32 pontos base, refletindo “uma abordagem muito conservadora ao balanço.”

No balanço, do lado dos depósitos de clientes, que cresceram 4,7% desde o início do ano para 29,5 mil milhões de euros, enquanto o crédito líquido aumentou 2,3% para 27,6 mil milhões, Bourke destacou que “isto compara-se bem com qualquer outro banco que verá neste mercado”, salientou o CEO.

“Continuamos no caminho para superar as nossas perspetivas para 2024, com um modelo de negócio sólido, um balanço simples e de baixo risco, operações eficientes e uma rentabilidade sólida”.

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Alentejo 2030 tem 3 milhões de euros para projetos de desenvolvimento económico e inovação

  • Lusa
  • 31 Outubro 2024

O programa Alentejo 2030 abriu candidaturas a dois avisos de concurso destinados a promover o desenvolvimento económico e o "fortalecimento do ecossistema de inovação no território".

O programa Alentejo 2030 abriu candidaturas a dois avisos de concurso destinados a promover o desenvolvimento económico e o “fortalecimento do ecossistema de inovação no território”, com uma verba global de três milhões de euros.

Num comunicado divulgado hoje, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo anunciou a abertura dos dois avisos de concurso para apoiar iniciativas de “empreendedorismo qualificado para ações coletivas e criação de novos negócios”.

“Estes avisos visam potenciar a criação de empresas inovadoras e a oferta de soluções tecnológicas e criativas, estimulando uma economia mais qualificada e competitiva”, explicou a CCDR.

Um dos concursos, intitulado “Empreendedorismo Qualificado Associado ao Conhecimento – Ações Coletivas”, contempla uma dotação disponível de um milhão de euros, sendo este montante cofinanciado a 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

“Este aviso foca-se em projetos coletivos ou individuais em copromoção, com o objetivo de dinamizar o empreendedorismo qualificado e criativo, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios na região”, disse a CCDR.

As ações elegíveis incluem o fomento de parcerias e redes de apoio ao empreendedorismo qualificado e criativo e de suporte a projetos estruturantes para o empreendedorismo.

Podem candidatar-se, até ao dia 16 de dezembro, “associações empresariais, instituições de ensino superior e entidades públicas de promoção do empreendedorismo qualificado”.

O outro aviso de concurso, intitulado “Empreendedorismo Qualificado e Associado ao Conhecimento — Criação de Novas Empresas e Novos Negócios”, tem candidaturas abertas até 15 de janeiro e até 31 de março de 2025.

Esta iniciativa, que envolve uma dotação de dois milhões de euros, com cofinanciamento do programa comunitário FEDER a 85%, destina-se a micro e pequenas empresas em fase de arranque, ou seja, até três anos de atividade.

Está centrado em projetos que “valorizem o conhecimento científico e tecnológico, visando a valorização económica de resultados de I&D [Investigação e Desenvolvimento] e o aumento da capacidade de inovação regional”.

Os avisos enquadram-se com um objetivo do Programa Regional Alentejo 2030 que “pretende desenvolver a capacidade de inovação na região, apoiando a adoção de novas tecnologias e a criação de um ecossistema empresarial baseado no conhecimento”.

A CCDR precisou que “os projetos beneficiários deverão evidenciar impacto coletivo e contribuir para a competitividade regional, através da criação de bens públicos de valor partilhado e a promoção da cooperação entre empresas e instituições de conhecimento”.

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Lisboa, Setúbal e Porto lideram reclamações no Portal da Queixa

Falta de Limpeza, obras, má iluminação pública, problemas na habitação e ruído são os casos mais relatados pelos munícipes. Lisboa lidera o número de queixas.

Desde o início do ano, os munícipes portugueses registaram um total de 1.611 reclamações dirigidas às principais câmaras municipais do país. A liderar a lista está a autarquia de Lisboa (42%), seguido de Setúbal (18,2%) e Porto (17,1%). Braga e Faro fecham o top cinco, ao reunir 3,7% e 2,5% das queixas, respetivamente. Falta de limpeza, obras, má iluminação pública, problemas na habitação e ruído são os principais motivos, de acordo com uma análise do Portal da Queixa.

Em Lisboa, 25% das queixas estão relacionadas com a falta de recolha de lixo e limpeza de terrenos. As obras, que englobam a demora, danos causados, trabalhos mal executados e trânsito causado pela intervenção, representam 13,6% das reclamações. Seguem-se os relatos relacionados com a habitação (7,2%); iluminação pública (7,2%); ruído (6,5%) e viaturas abandonadas (6,3%).

Mais a norte, no Porto, as obras (21,5%) são o maior motivo de reclamação, seguido da falta de limpeza/lixo (20,5%); ruído (11,4%) e buracos nas ruas (5,9%). Outras queixas mais frequentes prendem-se com o estacionamento (5,5%), especificamente a falta de lugar para parquear, viaturas estacionadas em lugares indevidos ou multas aplicadas por estacionamento em lugar inadequado. À semelhança da capital, mas com uma percentagem de queixas menos expressiva, a iluminação pública é contemplada pelas indicações negativas dos munícipes (5,5%).

Já das queixas dirigidas à Câmara Municipal de Setúbal destacam-se problemas com obras (20,2%); falta de limpeza/lixo (15,8%); estacionamento (10,8%); buracos nas ruas (7,2%); habitação (6,5%) e ruído (6,3%).

Braga ocupa a quarta posição, ao acumular 3,7% do total das queixas, seguida de Faro (2,5%). Aveiro (2,2%), Leiria (2,0%), Vila Real (2,0%), Coimbra (1,9%) e Funchal (1,7%) fecham o top dez das cidades portuguesas onde os munícipes mais revelam insatisfação com os espaços e serviços públicos.

O propósito desta análise não é apenas identificar falhas, mas incentivar uma colaboração efetiva para transformar as cidades em espaços onde a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos sejam prioridades.

Pedro Lourenço

Porta-voz do Portal da Queixa

“O propósito desta análise não é apenas identificar falhas, mas incentivar uma colaboração efetiva para transformar as cidades em espaços onde a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos sejam prioridades“, afirma Pedro Lourenço, porta-voz do Portal da Queixa, citado em comunicado. Esta análise da Portal da Queixa, rede social de consumidores online, foi realizada a propósito do Dia Mundial das Cidades, assinalado nesta quinta-feira.

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