Câmara de Évora divulga promessa de promotores de central fotovoltaica relativa a minimização de impactos

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

Uma das empresas que pretende construir uma central solar fotovoltaica no concelho de Évora comprometeu-se com a câmara municipal a adotar medidas que visam minimizar os impactos da infraestrutura.

Uma das empresas que pretende construir uma central solar fotovoltaica no concelho de Évora comprometeu-se com a câmara municipal a adotar medidas que visam minimizar os impactos da infraestrutura, revelou o presidente do município.

“A empresa ficou de apresentar um conjunto de medidas que, na sua opinião, poderão minimizar os impactos que se preveem”, indicou o autarca Carlos Pinto de Sá, na reunião de câmara realizada esta semana.

O presidente da Câmara de Évora indicou que o compromisso foi assumido numa reunião com responsáveis da Hyperion Renewables Évora, uma das duas empresas com projetos de centrais solares fotovoltaicas para a freguesia rural de Graça do Divor.

Na reunião, indicou, os promotores recusaram reduzir, mas admitiram “dispersar a área de implantação [do projeto] para que o impacto seja menor” e “tomar um conjunto de outras medidas” preconizadas no Estudo de Impacto Ambiental.

“Ficaram de fazer chegar à câmara um documento com as propostas relativas à minimização dos impactos, que aguardamos”, disse o autarca, na reunião de câmara de quarta-feira, a que a agência Lusa assistiu hoje através das redes sociais do município.

Dirigindo-se aos vereadores, Pinto de Sá realçou ainda que a Hyperion Renewables pretende igualmente instalar, na freguesia rural de Torre de Coelheiros, uma torre, com 100 metros de altura, para a leitura da capacidade eólica na zona, durante um ano.

“É apenas para testes. Só se os dados forem positivos, é que há a possibilidade de colocarem seis turbinas eólicas naquela zona, que complementariam o parque fotovoltaico que já têm também naquela zona”, adiantou.

O autarca esclareceu que não cabe ao município autorizar ou não a instalação da torre, mas sim dar um parecer favorável ou desfavorável, o qual ainda está a ser preparado pelos serviços da câmara.

O projeto da central solar fotovoltaica da Hyperion Renewables, assim como o da IncognitWorld 3, ambos previstos para a Graça do Divor, estão a ser contestados por uma plataforma cívica, que alega que vão provocar “danos irreversíveis” na paisagem e na vida dos moradores e agentes turísticos.

A plataforma Juntos pelo Divor entregou, no início de setembro, um memorando ao presidente da Assembleia da República e enviou também o documento a todos os grupos parlamentares, propondo a “suspensão do processo de licenciamento” destes “megaprojetos”.

Entre outras medidas constantes no documento, é proposta uma “negociação com os promotores” para a relocalização das centrais solares e, para evitar penalizar os promotores, a definição de “formas de compensação, por exemplo permitindo um aumento das tarifas de venda de energia já contratada”.

No final de agosto, a Câmara de Évora divulgou uma “posição consensual” do executivo sobre os dois parques fotovoltaicos previstos para Graça do Divor e exigiu mais informação e negociação prévia com os promotores, por se tratar de uma zona “particularmente sensível”.

Segundo a plataforma cívica, as duas centrais vão ocupar “uma área total de cerca de 650 hectares” e envolvem a instalação de 394.500 painéis, no caso do projeto da Hyperion Renewables Évora, e 362.076 painéis, no caso do da IncognitWorld 3.

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Julgamento do segundo processo contra Rui Pinto arranca a 13 de janeiro

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

Rui Pinto vai responder em julgamento por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático.

O julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, Rui Pinto, arranca no próximo dia 13 de janeiro, no qual responde por 242 crimes relacionados com o acesso a emails do Benfica e de outras entidades.

Segundo o despacho da semana passada do Juízo Central Criminal de Lisboa, a que a Lusa teve esta quinta-feira acesso, a primeira sessão do julgamento começa pelas 14h00. A juíza Tânia Loureiro Gomes marcou mais 16 sessões até início de maio e reservou todas as “segundas-feiras (somente no período da tarde) e quartas-feiras (no período da manhã e no da tarde), de duas em duas semanas, até à conclusão da audiência de julgamento”.

Um apoiantes de Rui Pinto exibe uma faixa de apoio durante a leitura do acórdão do processo Football Leaks, no Campus de Justiça, em Lisboa, 11 de setembro de 2023. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

Para as sessões de 13 e 15 de janeiro estão previstas eventuais exposições introdutórias e tomada de declarações de Rui Pinto. O criador do Football Leaks foi pronunciado para julgamento no passado dia 4 de março, com o Tribunal Central de Instrução Criminal a amnistiar o arguido em 134 crimes de violação de correspondência, com base na aplicação da lei da amnistia aprovada em 2023, durante as Jornadas Mundiais da Juventude, uma vez que os crimes que são imputados foram alegadamente praticados antes de ter completado 30 anos.

Rui Pinto vai responder em julgamento por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático.

Além do Benfica, entre as figuras e instituições visadas encontram-se também outros clubes, Liga, empresas, sociedades de advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.

No despacho de pronúncia, a juíza do processo também comunicou a remoção de um dos crimes de acesso ilegítimo qualificado pelo qual o arguido estava a ser acusado, o que fez passar o total de crimes deste tipo de 202 para 201, pelos quais é pronunciado.

Rui Pinto foi condenado no caso ‘Football Leaks’, em setembro de 2023, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo.

Em novembro de 2023, foi também condenado a seis meses de prisão em França, com pena suspensa, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.

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Governo insiste que só conta com cenário de Orçamento viabilizado

Ministro da Presidência considerou que estão "reunidas todas as condições" para a viabilização da proposta orçamental, através da abstenção.

O Governo reiterou esta quinta-feira que a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) é o único cenário com o qual conta, considerando que “estão reunidas todas as condições” para que o PS se abstenha na votação na generalidade marcada para dia 31 de outubro.

Entendemos que estão reunidas todas as condições para a viabilização através da abstenção. Esse é o único cenário que encaramos. Creio que é o único cenário que todos os portugueses esperam e pretendem, que é ter um Orçamento aprovado e não haver eleições”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.

O governante defendeu que o Executivo fez uma “enorme aproximação em atender às preocupações manifestadas pelo PS” nas negociações para a proposta orçamental, entregue dia 10 de outubro no Parlamento.

A proposta será discutida e votada na generalidade no fim de outubro, mas antes o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, irá anunciar na segunda-feira o sentido de voto do partido.

Leitão Amaro confirma duas reuniões com líder do Chega e diz que “tudo o resto é ficção”

O ministro da Presidência confirmou “duas reuniões” entre primeiro-ministro e líder do Chega sobre o Orçamento do Estado e considerou que “tudo o resto é ficção”, recusando comentar partidos que “mudam de opinião a cada pôr-do-sol”.

No final do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro foi questionado para que serviram as duas reuniões que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, terá tido com o presidente do Chega, André Ventura. “De facto, duas reuniões, é isso mesmo, já foi dito pelo ministro dos Assuntos Parlamentares. Tudo o resto é ficção, para não usar outro termo aqui deste púlpito”, afirmou, sem nunca referir o nome do partido Chega.

De acordo com o ministro da Presidência, “todas as reuniões com todos os líderes e com as delegações no que tem a ver com o Orçamento de Estado foi para perceber os contributos e as medidas que teriam, ponto”.

“Uns responderam de uma maneira, outros responderam de outra, houve uns que reforçaram com contributos escritos e é tudo”, disse.

Leitão Amaro fez questão de salientar que o que foi transmitido em público, quer pelo líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, quer pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, sobre as várias reuniões são “consistentes com a informação do que aconteceu”.

Há outras ficções que são tão descabidas e tão desesperadas e tão inúteis que nem merecem comentários”, disse, afirmando que há partidos que “ninguém sabe muito bem o que pensam porque mudam de opinião a cada pôr-do-sol”.

Em causa as declarações do líder do Chega, que alega ter tido várias reuniões com o primeiro-ministro (chegou a falar em cinco) não divulgadas à comunicação social com vista a um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2025, que incluía a possibilidade de o partido vir a integrar o Governo PSD/CDS-PP, num “contexto político diferente”.

Luís Montenegro, através da rede social X, assegurou que “nunca o Governo propôs um acordo ao Chega”, e acusou André Ventura de mentir. Nos últimos dias, a acusação voltaria a ser repetida por André Ventura, que nunca mais voltaram a ter resposta por parte do primeiro-ministro.

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Merlin e Edge iniciam a construção de cinco data centers em Vila Franca de Xira

  • ECO
  • 17 Outubro 2024

A Merlin Properties e a Edged Energy iniciaram a construção de cinco data centers com acesso a energia renovável, neutralidade carbónica e método de arrefecimento que promove a poupança de água.

A Merlin Properties e a Edged Energy anunciaram o início da construção do novo campus de data centers na Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, em Vila Franca de Xira. Com capacidade de 180 MW, o campus será neutro em carbono e vai utilizar, em exclusivo, energia renovável. A infraestrutura está projetada para responder às necessidades da inteligência artificial generativa e computação avançada.

A expansão, segundo comunicado das empresas, pretende afirmar a posição de Portugal como um hub tecnológico, servindo-se da localização estratégica e dos recursos renováveis. “Portugal sempre foi um mercado estratégico para a Merlin, representando uma parte significativa do nosso portefólio, com ativos no valor de cerca de 1,2 mil milhões de euros”, refere em comunicado Ismael Clemente, diretor executivo e fundador da Merlin Properties. “O país beneficia de uma localização privilegiada para comunicações por cabos submarinos, uma rede elétrica robusta e energia renovável”, acrescenta o diretor.

O campus inclui cinco data centers e será construído em fases, com a primeira unidade prevista para 2027. A longo prazo, a Merlin e a Edged Energy prevêm expandir a capacidade para 300 MW de potência, , o que o coloca já entre o lote das grandes estruturas desta indústria.

O empreendimento será equipado com sistemas de arrefecimento sem água, utilizando a tecnologia ThermalWorks, projetada para suportar altas densidades de computação através do arrefecimento do ar. Além disso, para melhor eficiência energética, serão integrados módulos de arrefecimento líquido.

O projeto, para além da preocupação com o desperdício de água, utiliza geradores a gás natural, minimizando as emissões de carbono face aos convencionais geradores a gasóleo. Os responsáveis do campus estimam economizar cerca de 2,7 mil milhões de litros de água por ano, em contraste com data centers convencionais que usam grandes volumes de água para arrefecimento.

A Merlin e a Edged operam uma rede de data centers sustentáveis na Península Ibérica, com unidades em Barcelona, Madrid e Bilbau. O próximo projeto, em Bilbao-Arasur, deverá iniciar ainda este ano.

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Cortiça ganha qualidades para indústria automóvel com tecnologia de aluna da FEUP no Porto

  • ECO
  • 17 Outubro 2024

Rita Almeida, investigadora da FEUP, desenvolveu um processo para uso de cortiça no interior de carros sem que o material escureça. Investigação está a ser aplicada em parceria com a TMG Automotive.

A cortiça, matéria-prima característica de Portugal, acaba de ganhar uma nova dimensão para utilização na indústria automóvel. A investigação, vertida em dissertação de mestrado, feita por Rita Almeida, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em parceria com a TMG Automotive, veio permitir o uso deste material no interior dos automóveis de forma prolongada.

A tecnologia, já patenteada, estabiliza as caraterísticas naturais da cortiça, o que permite preservar a sua coloração original e melhorar o desempenho em termos de proteção contra radiação ultravioleta (UV) e o envelhecimento térmico. Ou seja, com este processo, a cortiça tem uma duração maior à exposição solar e não escurece. Isto ocorre porque a cortiça, combinada com nanopartículas de hematite, um pigmento, adquire durabilidade à exposição solar.

“A TMG tem percorrido um caminho no sentido de minimizar o impacto ambiental da indústria, apostando cada vez mais na inovação e na utilização de materiais sustentáveis. Uma das filosofias da empresa é considerar que a tecnologia e a qualidade devem andar de mãos dadas” refere a mestre em Engenharia Química da FEUP.

Segundo nota a instituição académica em comunicado, o mercado automóvel tem demonstrado maior interesse na utilização de materiais sustentáveis, como é o caso da cortiça, e este processo pode apresentar novas soluções para esta indústria. No entanto, até agora, o uso deste material no setor automóvel era limitado, devido à tendência para descolorir rapidamente sob a ação da luz solar, tornando-o inviável para áreas do veículo expostas à radiação solar.

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Prazo das concessões portuárias alargado de 30 para 75 anos para “estabilizar” o setor

“Um prazo mais curto desincentivava o investimento que é necessário” nos portos portugueses, justificou o ministro da Presidência, notando que “não implica alterar contratos em vigor".

O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros o aumento dos prazos máximos das concessões dos terminais portuários dos atuais 30 anos para 75 anos, apresentado como “uma medida para [dar] alguma estabilização do setor portuário”.

Em conferência de imprensa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sublinhou que “esta alteração legislativa não implica alterar os contratos que estão em vigor”, mas que “eventuais renovações e novos contratos possam ter este prazo máximo mais elevado”.

“Foi identificado que um prazo mais curto desincentivava o investimento que é necessário e Portugal tem muito a reforçar na sua capacidade portuária”, acrescentou o governante.

A medida, há muito reclamada por operadores e comunidades portuárias, já estava a ser preparada pelo anterior Executivo, que chegou a avançar com um projeto de diploma com as novas bases das concessões portuárias, onde previa esta extensão do prazo máximo das concessões de serviço público.

No comunicado do Conselho de Ministros, entretanto publicado, o Executivo salienta que este prazo de 75 anos foi “determinado em função do período necessário para amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário”.

Na mesma nota acrescenta que a alteração visa “proceder à harmonização das regras europeias aplicáveis quanto ao prazo das concessões portuárias de serviço público, incentivar o investimento e a renovação das infraestruturas e possibilitar que o setor portuário nacional concorra em condições de igualdade no mercado internacional, com benefícios para as exportações e para o desenvolvimento do país”.

Novos operadores e terminais nos portos

A 26 de setembro, o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, tinha referido que o objetivo do decreto de lei, agora aprovado, era “criar as condições para que os privados consigam investir e recuperar o seu investimento ao longo destes anos”.

“Queremos maximizar o potencial de cada porto, ter novos terminais, novos players – e isto é muito importante. E para isso tem de haver uma mudança e essa primeira mudança tem a ver com o que são as concessões dos terminais portuários”, explicou nessa altura.

Na mesma conferência, em Matosinhos, o secretário de Estado apelou a uma “visão coordenada nacional” para os portos e referiu que cada um “irá apresentar um plano concreto para o seu crescimento”, explicitando algumas das prioridades para cada uma das infraestruturas.

O Porto de Leixões precisa de aumentar a capacidade, nomeadamente em contentores; Aveiro tem de expandir-se geograficamente, explorando a sua vocação industrial; Figueira da Foz tem de ser capaz de encontrar novas oportunidades; o Porto de Lisboa tem de rever a simbiose entre o porto e a cidade; Setúbal é um dos portos com maior potencial do país; e Sines tem a possibilidade de expandir terminais.

Hugo Espírito Santo adiantou ainda que o setor está atrasado na sustentabilidade e é preciso apostar na intermodalidade, garantindo que a ferrovia e a rodovia estejam plenamente integradas e, no futuro, com o novo aeroporto. A digitalização foi outra das prioridades apontadas pelo governante para este setor.

(Notícia atualizada com comunicado do Conselho de Ministros)

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Miranda tem novo escritório em Lisboa e renova a sua marca

A Miranda & Associados mudou-se para o Edifício ALLO – Alcântara Lisbon Offices, na Avenida da Índia. A sociedade de advogados alterou também o seu logótipo.

A Miranda & Associados mudou de escritório para a zona de Alcântara, mais concretamente para o Edifício ALLO – Alcântara Lisbon Offices, na Avenida da Índia. A sociedade de advogados alterou também o seu logótipo.

“As novas instalações beneficiam de uma envolvente que alia a modernidade e a história, com uma oferta diferenciadora em termos de lazer, serviços de apoio, acessibilidade e uma boa rede de transportes públicos. Este novo espaço foi cuidadosamente pensado para responder às necessidades atuais e futuras da firma, tendo sido concebido para propiciar um ambiente colaborativo e acolhedor, tanto para os advogados e demais colaboradores como para os clientes, e cumprindo os mais elevados padrões de bem-estar, segurança e tecnologia que uma sociedade de advogados de perfil internacional deve observar nos dias de hoje”, refere o escritório em comunicado.

Já sobre a mudança do logótipo, afirmam que a nova imagem procura refletir a evolução da firma e as respetivas ambições para o futuro, “dele constando uma versão simplificada do nome da firma – apenas Miranda, como é habitualmente conhecida e como os seus colaboradores a ela se referem”. “Irá também ser utilizada uma nova identidade visual, incorporando um logo renovado da Miranda Alliance”, acrescentam.

“Estamos a viver momentos de grande entusiasmo na Miranda e na Miranda Alliance. Esta é para nós uma nova etapa empolgante, num espaço em que o foco foi assumidamente privilegiar a colaboração entre as nossas pessoas e o seu conforto, sem descurar a necessidade de elevada concentração típica da nossa profissão. No mesmo registo, pretendemos propiciar aos nossos clientes, colegas e outras pessoas que nos visitam um ótimo acolhimento”, refere o managing partner Diogo Xavier da Cunha.

O líder da Miranda assume que querem que a marca celebre o “multiculturalismo” da empresa e reflita uma “posição e estratégia internacional únicas”. “Esta é também a nossa forma de partilhar com os nossos parceiros internacionais o nosso sentido de pertença e compromisso absoluto para com a Miranda Alliance”, disse.

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Governo aprova 331 milhões para proteger a floresta e aumenta em 50% apoio às empresas afetadas pelos incêndios

O montante será financiado pelo Fundo Ambiental e deverá ser executado no prazo de 20 anos. O Conselho de Ministros reforçou em 50% os apoios às empresas atingidas pelos incêndios de setembro.

O Governo aprovou um investimento de 331 milhões de euros a ser executado num prazo de 20 anos no sentido de melhorar a gestão florestal e reconfigurar a paisagem de forma a torna-la mais resiliente aos incêndios, anunciou António Leitão Amaro. A decisão foi anunciada esta quinta-feira durante o briefing do Conselho de Ministros. O montante será financiado pelo Fundo Ambiental.

“Trata-se de uma intervenção estrutural. [A verba] é destinada a financiar operações integradas de gestão da paisagem”, explicou o governante, detalhando que se tratam de operações que “na prática alteram a florestam, melhoram o planeamento familiar e reconfiguram a paisagem tornando-a mais resiliente, mais forte, mais robusta, mais capaz de prevenir incêndios“.

Além deste pacote, o Conselho de Ministros decidiu reforçar os apoios dos empreendedores vítimas dos incêndios de setembro, n região de Aveiro e do Porto. No que toca às ajudas concedidas às empresas afetadas pela catástrofe na região de Aveiro, o Governo aumentou o limiar máximo de 200 mil para 300 mil euros.

“No plano dos apoios às empresas afetadas por catástrofes, mudámos o regime geral, mas aplica-se também a esta situação [incêndios]. Aumentámos de 200 mil para 300 mil o limite de apoio de empresas afetadas pelos incêndios. É um reforço em 50% do valor que existia“, referiu o ministro da Presidência, esta quinta-feira.

Quanto aos apoios aos agricultores afetados, Leitão Amaro referiu que já estão a ser pagos os apoios no valor de seis mil euros às pessoas afetadas, “de forma simplificada”, e que “em breve” será feito um balanço sobre esses apoios pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. Recorde-se, que o pagamento aos agricultores começou a ser feito esta semana, e segundo o Governo vai abranger entre cinco mil e oito mil pessoas. O valor máximo de indemnização para cada agricultor é de seis mil euros.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Notícia atualizada às 17h11 pela última vez

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Zelensky diz que plano para a vitória acabará com guerra na Ucrânia no “próximo ano”

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

"Se começarmos agora e seguirmos o plano para a vitória, podemos acabar esta guerra mais tarde no próximo ano", disse o presidente da Ucrânia no Conselho Europeu.

O Presidente da Ucrânia advertiu esta quinta-feira a União Europeia (UE) que o seu plano para a vitória “é para este momento” e que avançar com esta proposta hoje pode fazer com que o conflito com a Rússia acabe “no próximo ano”.

“O plano para a vitória foi desenhado para este momento. Encorajo-vos a todos a ajudarem a concretizá-lo. Se começarmos agora e seguirmos o plano para a vitória, podemos acabar esta guerra mais tarde no próximo ano”, disse Volodymyr Zelensky, na intervenção perante o Conselho Europeu, a que a Lusa teve acesso.

O Presidente ucraniano acrescentou que o plano para a vitória “é uma ponte” para um processo de paz duradouro e construído em preceitos diplomáticos. “Vocês podem ajudar a fazer com que seja uma realidade”, apelou, perante os 27 chefes de Estado e de Governo da UE, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, em Bruxelas.

A concretização do plano, advertiu Volodymyr Zelensky, também vai “salvaguardar os países bálticos, nórdicos, a Polónia e os Balcãs”, que também estão “na mira da Rússia”. O chefe de Estado ucraniano apresentou o seu plano para a vitória no conflito que começou há mais de dois anos e meio com uma invasão da Rússia.

O plano contempla cinco pontos e o principal é a concretização de um convite para aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Apesar de a União Europeia não decidir sobre esse convite, que é pedido insistentemente desde 2022, 23 dos 32 países que integram o bloco político-militar fazem parte da UE.

O pedido para aderir ao bloco político-militar deu lugar à criação do Conselho NATO-Ucrânia, em julho de 2023, mas Volodymyr Zelensky e o seu Governo têm insistido num convite.

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Construtora de ex-presidente do Braga faliu. Fatia de 3% da Via do Infante em leilão por 6 milhões

Lote de ações da concessionária da algarvia A22 em leilão eletrónico na insolvência da J. Gomes. Empreiteiro João Gomes de Oliveira chegou a processar quatro bancos por recusarem empréstimo à empresa.

Um lote composto por 75.798 ações da empresa concessionária da Via do Infante, no Algarve, representativas de 3% do capital social e avaliadas em 5,985 milhões de euros, vai ser leiloado no âmbito do processo de insolvência da construtora J. Gomes, que era detida por João Gomes de Oliveira, ex-presidente do Sporting Clube de Braga.

O leilão eletrónico organizado pela Leilosoc, que está a rececionar licitações até 25 de outubro de 2024, inclui também a participação de 3%, avaliada em 44 mil euros, na sociedade “Algarve International, BV”, com sede na Holanda, que era propriedade da empresa de construção fundada em 1968, que chegou a ser uma das maiores do Norte e participou em várias obras públicas, como estradas, escolas e hospitais.

Após ser decretada a falência, em 2016, o empreiteiro João Gomes de Oliveira, que antecedeu António Salvador no Sporting de Braga, chegou a processar a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novobanco e o Montepio Geral. Numa ação em que reclamava uma indemnização de 116 milhões de euros, acusava os quatro bancos de terem tido responsabilidade direta no fecho da empresa por, entre 2008 e 2009, terem “estrangulado a tesouraria com agravamentos brutais das taxas de juro, restrições ao crédito e pedidos de reembolso de empréstimos”.

Em comunicado, a Leilosoc salienta que a venda destas ações pretende “atrair investidores que procuram diversificar os seus portefólios e participar num mercado que, apesar das mudanças, continua a desempenhar um papel fundamental na economia regional e nacional”. “Este leilão eletrónico reflete o dinamismo do mercado de concessões em Portugal, visto que evidencia oportunidades para novos investidores no segmento”, acrescenta.

Assinado em maio de 2000 quando a Autoestrada do Algarve (A22) funcionava em regime de SCUT, sem portagens, o contrato de concessão assinado com o Estado termina em maio de 2030.

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Portugueses cada vez mais adeptos da Black Friday. 90% quer aproveitar período para fazer compras 

  • + M
  • 17 Outubro 2024

O valor médio que os portugueses tencionam gastar na Black Friday, recuou 8% em relação ao ano passado, para 330 euros. Produtos de tecnologia (54%) são os principais alvos para compra.

Há mais portugueses a querer aproveitar as oportunidades de compra proporcionadas pela Black Friday. No cômputo geral, 90% dos cidadãos afirma ter intenção de comprar na Black Friday, mais dois pontos percentuais em relação ao ano passado (88%).

Por outro lado, cresce também a percentagem de pessoas (31%) que tenciona gastar mais este ano do que em 2023 (26%), sobretudo na faixa etária dos 25-34 anos, ao mesmo tempo que recua a percentagem de pessoas que preveem gastar menos nesta campanha (31%), em relação ao ano anterior (42%). Uma grande parte dos inquiridos (38%) diz ainda que pretende gastar o mesmo que no ano passado.

No entanto, o valor médio que os portugueses tencionam gastar é 8% inferior ao do ano passado. Enquanto em 2023 os portugueses disseram que tencionavam gastar 359 euros, este ano essa estimativa desceu para os 330 euros.

As conclusões são do estudo Black Friday 2024, elaborado pela NetSonda para a Worten, que mostra ainda que produtos de tecnologia (54%), moda e acessórios (38%), eletrodomésticos (36%) e livros (33%) são os principais alvos da maioria dos portugueses nesta altura de promoções.

Grande parte dos inquiridos (72%) assume aproveitar as promoções para si mesmo, mas quase metade (47%), encara a Black Friday como uma oportunidade de antecipar as compras de Natal. Já 55% dizem que aproveitam esta altura para simplesmente poder comprar com promoções.

O estudo nota ainda que dois quintos dos potenciais compradores da Black Friday costumam começar a acompanhar os preços com uma antecedência de entre um a dois meses, enquanto cerca de um terço não faz qualquer tipo de preparação.

A Worten é a marca com maior recordação por parte dos consumidores (85%), com a Fnac (46%) e a Rádio Popular (31%) a fecharem o top três de notoriedade. Segundo o estudo, a Worten foi também a loja onde mais inquiridos compraram algum produto na Black Friday no ano passado (58%), seguida pela Fnac (28%) e Amazon (21%).

Para este ano, 60% dos participantes no estudo tencionam comprar na Worten, sendo que há mais homens (68%) a demonstrar essa intenção do que as mulheres (53%). Para 2024, “a previsão de compra é omnicanal (online e loja física), sendo que quem prevê comprar na Worten comprará mais em loja física (43%)”, refere-se em comunicado. Ainda assim, 38% diz que vai fazer as compras de forma exclusiva online (valor mais alto desde 2020, ano de pandemia).

Quanto à adesão a campanhas de Black Friday, as apps das marcas (82%) e a televisão (80%) são os canais com maior impacto junto dos inquiridos.

A totalidade do universo em estudo (100%) revelou saber o que é a campanha de Black Friday, com este período de ofertas a destacar-se em comparação a outras campanhas similares como a Cyber Monday (76%), os Hot Days (62%) ou os Singles Day (37%). Entre estes, 85% associa a Black Friday a compras com descontos/preços baixos em várias lojas.

O estudo Black Friday 2024, realizado pela NetSonda para a Worten, decorreu entre os dias 2 e 9 de setembro. Foram realizadas mil entrevistas online, com uma amostra representativa da população portuguesa entre os 18 e os 45 anos. Esta dimensão amostral corresponde a uma margem de erro de próxima dos 3,10%.

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Fórum para a Competitividade prevê crescimento entre 1,7% e 1,9% este ano

Economistas do Fórum para a Competitividade estima uma taxa de crescimento entre 1,8% e 1,9% este ano e e entre 1,8% e 2,2% em 2025.

O Fórum para a Competitividade prevê um crescimento da economia portuguesa alinhado com as estimativas do Governo de 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 inscritas no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). De acordo com a nota divulgada esta quinta-feira, os economistas apontam este ano para uma taxa de crescimento do PIB entre 1,8% e 1,9% este ano e entre 1,8% e 2,2% no próximo.

A nota assinada pelo diretor do gabinete de estudos, Pedro Braz Teixeira, assinala que a tendência geral dos indicadores do terceiro trimestre deste ano seria de abrandamento, com exceção das exportações de bens, “que conheceram uma encomenda excecional, no valor de 0,3% do PIB, que deverá beneficiar muito os dados deste período”.

Ainda assim, destaca que “a nível nacional, a incerteza política mantém-se muito elevada, com riscos de a proposta de Orçamento de 2025 não ser aprovada e haver eleições legislativas antecipadas, menos de 12 meses depois das últimas”.

“Como é evidente, esta evolução seria prejudicial para o desempenho da nossa economia, sobretudo a nível do investimento“, aponta. No que toca à taxa de inflação prevê que passe de 4,3% em 2023 para entre 2,3% e 2,4% em 2024 e entre 1,8% e 2,2% em 2025.

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