Deputados adiam pela segunda vez votação da proposta sobre reingresso na CGA

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

A proposta foi aprovada na generalidade no parlamento com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal, o voto contra do BE, PCP e Livre a abstenção do PS e do Chega, no final de setembro.

Os deputados adiaram esta quarta-feira, pela segunda vez, a votação da proposta do Governo para o reingresso de funcionários públicos na Caixa Geral de Aposentações (CGA), após o diploma original ter sido devolvido sem promulgação pelo Presidente da República. Em causa está uma proposta de lei que visa clarificar o regresso de trabalhadores à CGA que saíram posteriormente a 1 de janeiro de 2006.

Em 11 de julho, o Governo tinha aprovado, em Conselho de Ministros, um decreto-lei interpretativo sobre o reingresso de funcionários públicos na CGA.

No entanto, o Presidente da República decidiu devolvê-lo sem promulgação, pedindo que fosse “convertido em proposta de lei ou proposta de lei de autorização legislativa”, de modo a “conferir legitimidade política acrescida” a um tema que “dividiu o topo da jurisdição administrativa e merece solução incontroversa”.

O Governo disse que iria seguir a recomendação de Marcelo Rebelo de Sousa e aprovou a proposta de lei, que foi entregue no parlamento, mantendo o mesmo conteúdo. A proposta foi aprovada na generalidade no parlamento com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal, o voto contra do BE, PCP e Livre a abstenção do PS e do Chega, no final de setembro.

Seguiu então para ser discutida e votada na especialidade, na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, mas na reunião de 09 de outubro, sob proposta do grupo parlamentar do PS, este ponto foi adiado por unanimidade para a reunião seguinte.

A discussão e votação foi marcada para esta quarta, mas foi novamente alvo de um adiamento, desta vez por parte do grupo parlamentar do PSD, pedido que teve a abstenção do Bloco de Esquerda e do Livre e votos favoráveis dos restantes partidos presentes.

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O que as PME devem fazer para ter mais e melhores seguros<span class='tag--premium'>premium</span>

Mapear os riscos e investir em medidas de prevenção antes de tomar decisões estratégicas para o negócio pode ser a chave para reduzir as lacunas de proteção das PME. Três especialistas explicam como.

Este artigo é parte integrante da 9.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui. É frequente as pequenas e médias empresas (PME) terem coberturas de seguro que não suprimem as suas necessidades quanto ao risco a que estão expostas, principalmente por não procurarem produtos adequados. Mapear os riscos do negócio é crucial para obter uma melhor cobertura, embora haja limitações na oferta disponível. Nem sempre as PME têm uma oferta à medida das suas necessidades. “Às vezes não há o cuidado das empresas em irem além da contratação de seguros obrigatórios”, observou José Coutinho, chief underwriting officerda Zurich Portugal. “É comum uma PME ter apenas um seguro de incêndio, multirriscos, por exemplo, bastante mais básico, e não se consideram algumas coberturas como, por exemplo, perda

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Governo espanhol atribui Selo de Pegada de Carbono a Howden Iberia

  • ECO Seguros
  • 16 Outubro 2024

A Howden Iberia compromete-se a reduzir a sua pegada de carbono e apoiar projetos de absorção de dióxido de carbono. 

O ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico de Espanha atribuiu à HowdenIberia o selo de Pegada de Carbono pelo seu compromisso ambiental.

Miguel Crespo, diretor de Transformação da Howden Iberia, indica que o “selo nasce com uma dupla finalidade. Por um lado, possibilita às organizações demonstrar a sua participação no registo e, sobretudo, permite refletir o grau de esforço assumido por estas na luta contra as alterações climáticas.”.

Segundo comunicado do corretor, este selo reconhece os esforços da empresa em reduzir e compensar o seu impacto ambiental, assegurando a transparência no processo de medição e compensação de emissões.

Esta certificação reforça o compromisso da Howden em reduzir o seu impacto ambiental, alinhando os seus objetivos corporativos com uma estratégia de sustentabilidade que apoia a transição para uma economia de baixo carbono.

Miguel Crespo, diretor de Transformação da Howden Iberia

Este reconhecimento alinha-se com os objetivos de sustentabilidade e combate às alterações climáticas da corretora. Nesse sentido, a Howden Iberia compromete-se a reduzir a sua pegada de carbono e apoiar projetos de absorção de dióxido de carbono.

“O selo nasce com uma dupla finalidade. Por um lado, possibilita às organizações demonstrar a sua participação no registo e, sobretudo, permite refletir o grau de esforço assumido por estas na luta contra as alterações climáticas.”, remata o diretor de Transformação da Howden Iberia.

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Governo vai regularizar pagamento do passe jovem a operadores até ao final do mês

O Ministério das Infraestruturas reconhece atraso relativamente às verbas de agosto, que vai regularizar. Verbas do passe jovem estudante já foram pagas às autarquias, diz.

O Ministério das Infraestruturas garante que já foram transferidas para as autarquias as verbas necessárias para compensar as empresas de transporte rodoviário de passageiros pela gratuitidade do passe jovem estudante. Montantes relativos aos passes do programa Incentiva+TP, que inclui o passe 4_18, serão regularizados até ao final do mês.

Não existe atraso no pagamento dos passes jovem estudante gratuito pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças às Áreas Metropolitanas (AM) e às Comunidades Intermunicipais (CIM), que são as entidades responsáveis pelos pagamentos aos operadores de transportes, de acordo com o decreto-lei 9/2015, de 5 de janeiro”, afirma o ministério liderado por Miguel Pinto em reação às críticas deixadas esta quarta-feira pela Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP).

A associação ameaçou suspender os passes gratuitos até aos 23 anos a partir de novembro, caso não seja regularizada a dívida do Estado aos operadores. “Nos primeiros três a quatro meses não recebemos nada. Atualmente, o valor em dívida até agosto são 47 milhões de euros”, metade do montante devido, afirmou Luís Cabaço Martins, presidente da ANTROP. “Em novembro não serão fornecidos passes aos jovens se não houver recuperação da dívida”, avisou.

O Ministério das Infraestruturas reconhece que existe um atraso em relação às verbas do programa Incentiva+TP, mas pretende saldá-las ainda este mês.

“No que concerne ao pagamento dos passes no âmbito do programa Incentiva+TP, os 34,2 milhões de euros, referentes ao mês de agosto (e que era devido em setembro) serão pagos até final deste mês. As verbas serão transferidas pelo Fundo Ambiental para as AM e CIM”, afirma o ministério.

“Serão também transferidos os 34,2 milhões de euros referentes a setembro (devido em outubro)”, diz ainda, acrescentando que, tirando o mês de agosto, os prazos de pagamento definido nos diplomas legais “estão a ser cumpridos”.

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CEO da AON França deixa o cargo ao fim de 6 meses

  • ECO Seguros
  • 16 Outubro 2024

Divergências estratégicas levaram Franck Le Vallois a sair prematuramente da AON França. A corretora ainda não anunciou a nova governança.

O CEO da AON França acaba de sair da empresa após seis meses no cargo. Franck Le Vallois e a corretora alegaram “divergências estratégicas” para este súbito e prematuro final de ligação, confirmando notícia publicada no jornal News Assurances Pro.

Franck Le Vallois sai ao fim de seis meses da corretora francesa do grupo AON.

A empresa referiu que a próxima governação será anunciada brevemente, não adiantando mais comentários quanto à saída do gestor.

Franck Le Vallois tinha substituído Laurent Belhout em abril deste ano a frente da sucursal francesa da corretora. Esta passou a integrar uma nova divisão que, para além de França, inclui Marrocos, Espanha e ainda Portugal, esta última liderada por Carlos Freire. Alfonso Gallego de Chaves, Diretor Geral desta nova divisão, deverá assumir o cargo de Le Vallois neste momento.

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Governo italiano adota orçamento de 2025 parcialmente financiado por bancos e seguradoras

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

A primeira-ministra italiana escreveu no X que "3,5 mil milhões de euros de bancos e companhias de seguros serão atribuídos aos cuidados de saúde e às pessoas mais vulneráveis".

O Governo italiano adotou na terça-feira à noite o seu projeto de orçamento para 2025, centrado na redução de impostos para as famílias de baixos rendimentos e parcialmente financiado por uma contribuição de bancos e companhias de seguros.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, destacou na rede social X que “3,5 mil milhões de euros de bancos e companhias de seguros serão atribuídos aos cuidados de saúde e às pessoas mais vulneráveis, de forma a garantir melhores serviços que satisfaçam da melhor forma possível as necessidades de todos”.

O projeto de orçamento prevê cerca de 30 mil milhões de euros para medidas de apoio aos trabalhadores e reformados, indicou, por sua vez, o Ministério da Economia em comunicado, sem especificar a natureza da contribuição do setor financeiro.

Após fortes tensões na coligação de direita e extrema-direita sobre a tributação dos bancos, a Liga de Matteo Salvini (extrema-direita) e a Forza Italia de Antonio Tajani (conservadora) ‘declararam vitória’.

Saudando a intervenção do Governo nos bancos, o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini realçou que “perante os 40 mil milhões de lucros só para o ano de 2023”, espera “contribuições importantes para apoiar o país e, sobretudo, o sistema nacional de saúde”.

“Não haverá novos impostos. A contribuição dos bancos é o resultado de um acordo, como sempre quisemos, e não de uma imposição de cima”, sublinhou o outro vice-chefe do Governo, Antonio Tajani.

“Vence a linha do bom senso que não assusta os mercados e defende a liberdade”, garantiu no X.

A coligação no poder queria evitar a todo o custo uma repetição do imposto de 40% sobre os ‘superlucros’ dos bancos anunciado pelo Governo de Meloni em agosto de 2023, que provocou o pânico na Bolsa de Milão.

Confrontada com o desastre da bolsa, a chefe do governo recuou e diluiu significativamente a sua medida.

Roma deu assim aos bancos a opção de escolher entre pagar a taxa ou aumentar as suas reservas num montante equivalente a duas vezes e meia o imposto.

No final, este imposto não trouxe nada ao Tesouro italiano, mas ajudou a fortalecer o capital dos bancos.

No seu orçamento, Giorgia Meloni renova uma redução dos encargos sociais para salários anuais até 35 mil euros, já em vigor a título temporário.

Outra importante medida emblemática, o Governo mantém a fusão dos dois primeiros escalões de impostos para proporcionar rendimentos anuais até 28.000 euros com uma taxa reduzida de 23% em vez de 25%.

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Biden anuncia 425 milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

Os EUA vão fornecer à Ucrânia, nos próximos meses, "centenas de intercetores de defesa antiaérea, dezenas de sistemas táticos de defesa antiaérea [e] sistemas de artilharia adicionais".

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta quarta-feira, numa chamada telefónica ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, uma nova ajuda militar de Washington a Kiev avaliada em 425 milhões de dólares e incluindo “capacidades de defesa antiaérea adicionais”.

“Para responder às necessidades urgentes da Ucrânia” na sua guerra contra a Rússia, os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia, nos próximos meses, “centenas de intercetores de defesa antiaérea, dezenas de sistemas táticos de defesa antiaérea [e] sistemas de artilharia adicionais”, indicou a Casa Branca num comunicado.

No âmbito do pacote de ajuda militar de 425 milhões de dólares (391 milhões de euros), Washington fornecerá igualmente a Kiev “quantidades significativas de munições, centenas de veículos blindados de transporte de tropas e veículos de combate de infantaria e milhares de veículos blindados adicionais”, acrescentou a Casa Branca na nota de imprensa.

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PS pede ao Governo um levantamento sobre as medidas de combate à pobreza

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

O partido liderado por Pedro Nuno Santos critica a proposta do Orçamento do Estado para 2025 uma vez que é “preocupantemente omissa quanto à estratégia do Governo da AD nas áreas sociais”.

O Grupo Parlamentar do PS pediu esta quarta-feira ao Governo que faça um ponto de situação sobre a implementação das estratégias de combate à pobreza e exclusão, criticando a proposta orçamental apresentada pelo Governo nessas matérias.

Numa nota enviada à comunicação social, o PS frisa que “há precisamente um ano, o Governo do PS lançou a Estratégia Nacional do Combate à Pobreza” e critica a proposta do Orçamento do Estado para 2025 apresentada pelo Governo, referindo que é “preocupantemente omissa quanto à estratégia do Governo da AD nas áreas sociais”.

“Ao invés de acelerar e aprofundar as estratégias e instrumentos já disponíveis, a proposta de Orçamento do Estado para 2025 promete rever as estratégias no âmbito do combate à pobreza e da integração das pessoas em situação de sem abrigo, correndo-se o risco de atrasar as respostas e deixar deteriorar a situação social”, dizem os deputados socialistas.

Os socialistas questionam a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria Palma Ramalho, sobre o estado da implementação das medidas combate à pobreza, a quantidade de medidas foram implementadas, o número de pessoas abrangidas pelas medidas, a despesa associada e quais medidas e prioridades serão alteradas ou abandonadas pelo Governo nestas matérias.

O grupo parlamentar socialista afirma que, entre 2015 e 2023 – anos em que o PS esteve à frente do Governo –, 639 mil pessoas saíram de situação de pobreza como resultado do que dizem ter sido uma “estratégia de reforço dos rendimentos e da melhoria da situação económica e social do país” dos governos socialistas.

O PS critica ainda a recusa do Governo para acompanhar a proposta socialista para um aumento extraordinário das pensões em 1,25 pontos percentuais e afirma que o executivo “prefere alimentar, de modo inaceitável e clientelar, a expectativa de um bónus eleitoralista para os pensionistas em meados do próximo ano, ao mesmo tempo que nada diz sobre a estratégia para o combate à pobreza ou para a inclusão de pessoas em situação de sem abrigo”.

Na mesma nota, o partido lamenta ainda o que diz ser o “agravamento da situação social em Lisboa, com novas bolsas de pobreza e exclusão a alastrar por diferentes zonas da cidade”. Esta questão, consideram os deputados do PS, “não tem tido resposta, desde logo à escala local, registando-se apenas inação, desresponsabilização e algumas ações mediáticas para disfarçar a ausência de uma estratégia integrada”.

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Falência da têxtil Coelima “faz a cama” aos bancos com perdas de 12,5 milhões

Rateio final mostra Caixa com maior valor em dívida após insolvência da histórica empresa de têxteis-lar de Guimarães. Estado fica também a “arder” através da Portugal Ventures e do Banco de Fomento.

Os credores da falida empresa de têxteis-lar Coelima preparam-se para receber 3,5 milhões da massa insolvente, de acordo com a proposta de rateio final que o administrador judicial Pedro Pidwell entregou esta semana no tribunal de Guimarães, consultada pelo ECO.

Apesar de receberem a “fatia de leão”, perto de 2,1 milhões de euros, este dinheiro cobrirá apenas 14,6% dos créditos garantidos do BCP, da Caixa Geral de Depósitos e do Novobanco sobre a histórica empresa vimaranense, fundada em 1922, que entrou em insolvência há mais de três anos. Ficarão por saldar 12,5 milhões.

Reclamando um crédito de 7,6 milhões de euros, o banco público terá direito a um pagamento de 1,1 milhões de euros, ficando ainda assim um valor em dívida de 6,5 milhões depois deste rateio. O administrador de insolvência propôs pagamentos de 702 mil euros ao BCP e de 333 mil euros ao Novobanco. Os dois bancos privados ficam a haver 4,1 milhões e 1,95 milhões dos créditos garantidos, respetivamente.

 

Reportagem na empresa têxtil Coelima, by Mabera - 19DEZ23

A distribuição prevê o pagamento da totalidade dos créditos dos trabalhadores, diretamente ou através do Fundo de Garantia Salarial, num valor que ascende a 58,8 mil euros. Entre crédito garantido e privilegiado, o Instituto da Segurança Social receberá um montante próximo de 350 mil euros.

Relativamente aos créditos garantidos por penhor a cinco sociedades estatais, num total de quase 2,5 milhões de euros, a distribuição proposta pelo administrador judicial entrega 194 mil euros. As mais expostas são a Portugal Ventures, que fica a “arder” acima de um milhão de euros neste processo, o Banco de Fomento (742 mil euros) e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (273 mil euros).

Finalmente, a quantia a ratear pelos credores comuns (e credores garantidos / privilegiados pela parte não satisfeita pelas garantias), entre os quais se encontram a EDP Comercial, a segura de crédito COSEC – entretanto comprada pela Allianz Trade -, a sociedade de advogados Cuatrecasas ou o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE) fica pelos 715 mil euros, quando o valor que lhes foi reconhecido totalizava 30,5 milhões.

No âmbito do processo de insolvência, a centenária Coelima, que chegou a ser um colosso industrial com 3.500 trabalhadores e que à data da falência tinha apenas cerca de 250, acabou em junho de 2021 por ser vendida à Mabera, grupo têxtil do concelho vizinho de Vila Nova de Famalicão, por pouco mais de 3,7 milhões de euros. Um valor claramente insuficiente para satisfazer todos os credores, numa lista com perto de 500 entidades a reclamar créditos na ordem dos 50 milhões.

Foi a 14 de abril de 2021 que a empresa de Pevidém, que era ainda uma das maiores produtoras de roupa de cama do país, se apresentou à insolvência. A gestão invocou nessa altura uma quebra de vendas superior a 60% provocada pela pandemia, uma “pressão insustentável” sobre a tesouraria e a não aprovação das candidaturas que tinha apresentado às linhas Covid-19.

A têxtil minhota já tinha escapado a duas crises, em 1991 e em 2011, que ameaçaram a extinção do negócio. Na primeira foi resgatada pelo Governo de Cavaco Silva, em véspera de eleições, e a família fundadora (Coelho Lima) foi afastada da gestão. Na segunda ocasião, com a troika a entrar em Portugal, foi integrada num grupo (MoreTextile) que resultou da fusão com a JMA Felpos e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal era um fundo bancário (Fundo de Recuperação) gerido pela ECS Capital.

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Joe Biden visita a Angola na primeira semana de dezembro

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

A visita oficial a Angola esteve agendada para esta semana, de 13 a 15 de outubro, mas na semana passada a Casa Branca anunciou o adiamento devido ao furacão Milton.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visita Angola na primeira semana de dezembro, anunciou esta quarta-feira a Casa Branca, reagendando a viagem inicialmente prevista para o início de outubro e que foi cancelada devido ao furacão Milton.

Joe Biden tinha prometido visitar África em 2023, continente onde se trava uma luta pela influência entre os gigantes China, Rússia e Estados Unidos, mas tal não aconteceu.

A visita oficial a Angola esteve agendada para esta semana, de 13 a 15 de outubro, mas na semana passada a Casa Branca anunciou o adiamento, justificando com os impactos de furacões que afetavam várias regiões norte-americanas.

Nessa declaração, assinada pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, referia-se “adiamento” da visita mas sem dar indicação de nova data. Esta quarta, num encontro regular com a imprensa, Jean-Pierre disse que a visita a Angola foi reagendada para a primeira semana de dezembro.

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Coruche coloca à venda 11 lotes no Parque Empresarial do Sorraia

A câmara de Coruche está a alienar terrenos para indústria, comércio e serviços. Os lotes, com áreas entre os 790 e os 14,3 mil metros quadrados, totalizam um preço base de 1,2 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Coruche colocou à venda um total de 11 lotes do Parque Empresarial do Sorraia, inaugurado em 2021, num leilão que abrange seis dos 60,5 hectares da área total desta infraestrutura. A data limite para apresentação de candidatura é 15 de novembro.

Os preços base destes terrenos localizados na Zona Industrial do Monte da Barca Norte variam entre 18.160 euros e 261.264 euros. O processo de venda decorrerá num formato de hasta pública, com licitação verbal em lances mínimos de 500 euros.

Atualmente, o Parque Empresarial do Sorraia tem em marcha várias novidades no que concerne às empresas que escolheram aquela localização para a sua atividade, apurou o ECO/Local Online.

Já em fase de construção estão as instalações de uma empresa de venda de máquinas agrícolas, e, em marcha, numa extensão que abrange 12 lotes do parque, encontra-se o processo para criação de uma empresa de produção de snacks para animais de companhia.

Ainda no campo industrial, aguarda-se a aprovação do projeto para uma fábrica de queijos e enchidos, enquanto num outro lote surgirá uma unidade de equipamentos para tratamento de produtos agrícolas.

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CIP critica “amarras” dos prémios isentos de IRS. UGT avisa para risco de “cavalo de Troia”

Prémios de produtividade isentos de IRS foram uma das medidas da CIP que o Governo acolheu no novo acordo de Concertação, mas Armindo Monteiro critica condições. Já a UGT defende-as.

Depois de um ano a reivindicá-lo, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) conseguiu que a isenção fiscal dos prémios de produtividade fosse acolhida pelo Governo. Mas ficaram estipuladas condições que não agradam aos empregadores. “Amarra” foi mesmo a palavra escolhida pelo presidente da CIP, Armindo Monteiro, para descrever esta quarta-feira esses requisitos, na Conferência Anual do Trabalho, promovida pelo ECO. Já do lado dos trabalhadores, Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, deixou claro que esses “travões” são importantes, para que os prémios não sirvam de “cavalos de Troia” e para que não desincentivem os aumentos salariais.

“Era importante haver a possibilidade de as empresas pagarem ao trabalhador prémios de produtividade. Mas se estabelecemos a regra de que é preciso, primeiro, aumentar todos os trabalhadores por igual coloca-se uma amarra“, sublinhou o patrão dos patrões, num painel dedicado ao novo acordo tripartido sobre valorização salarial e crescimento económico.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025, os prémios de produtividade estão isentos de IRS e de contribuições sociais apenas se o empregador aumentar o seu salário médio em, pelo menos, 4,7%, e se for essa também a subida média dos ordenados que estão, neste momento, abaixo da média da empresa.

São essas condições que o presidente da CIP critica, atirando que, no Estado, estão a ser negociados reforços remuneratórios em torno de 2%, enquanto no setor privado o referencial é mais do dobro (4,7%).

Este prémio não pode substituir aumentos salariais. Por isso, a nossa proposta é que todos os trabalhadores com este prémio teriam de ter, primeiro, um aumento salarial. O que não faz sentido é ter de aumentar todos para atribuir um prémio a alguns. Estamos a impedir que alguns que têm um bom desempenho tenham o prémio“, alertou o presidente da CIP.

Em contraste, o secretário-geral adjunto da UGT alertou que “o ideal” seria as empresas terem regulamentos internos que assegurassem que os prémios são avaliados e atribuídos de forma o mais objetiva possível, não sendo, porém, essa a realidade portuguesa. “Os prémios e a avaliação de desempenho são arbitrários, são irregulares, são quando a empresa quer”, argumentou Sérgio Monte, que salientou que haveria também o risco de os empregadores usarem estes prémios isentos de IRS como “cavalo de Troia”.

O risco que há aqui, e sabemos da capacidade inventiva dos negociadores no terreno, é que esta rubrica pecuniária pudesse ser um cavalo de Troia, que no futuro canalizassem para aí os aumentos porque estão isentos de impostos e contribuições.

Sérgio Monte

Secretário-geral adjunto da UGT

“O risco que há aqui, e sabemos da capacidade inventiva dos negociadores no terreno, é que esta rubrica pecuniária pudesse ser um cavalo de Troia, que no futuro canalizassem para aí os aumentos porque estão isentos de impostos e contribuições“, afirmou.

E, em resposta à intervenção de Armindo Monteiro, deu o exemplo do setor bancário – que foi “ajudado por todos nós” – e agora que está “a dar lucros, está a oferecer aos trabalhadores [aumentos de] 3%“.

Já o advogado David Carvalho Martins, fundador e managing partner da DCM Littler, defendeu que, ainda que perceba as preocupações dos sindicatos, poderia ter ficado salvaguardado de outro modo que o prémio não será confundido com aumentos salariais. “Esse travão já estaria na outra medida do salário médio”, explicou.

“Tudo o que sejam prestações extraordinárias, todo este esforço adicional, devia haver do lado do Estado uma visão mais amigável na tributação“, assinalou o mesmo, referindo-se não apenas aos prémios, mas também ao trabalho suplementar.

Salário médio mais longe do mínimo?

Da esquerda para a direita, Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, Armindo Monteiro, presidente da CIP, e David Carvalho Martins, managing partner da DCM Littler, intervêm num painel da Conferência Anual do Trabalho by ECO.

A isenção fiscal dos prémios de produtividade foi uma das medidas que ficou no novo acordo tripartido sobre valorização salarial e crescimento económico, ao qual o secretário-geral adjunto da UGT deixou elogios, esta quarta-feira. “Estamos satisfeitos com este acordo e esperamos que dinamize a negociação coletiva”, disse Sérgio Monte, na conferência promovida pelo ECO.

Na visão deste sindicalista, o entendimento vai contribuir para que se contrarie o achatamento entre o salário mínimo e o salário médio, tendo destacado que uma novidade positiva é que os referenciais para os aumentos remuneratórios passarão a ser aplicado diretamente nas tabelas, em vez de na massa salarial.

Se não tivéssemos a perspetiva de que é o ponto de partida, não teríamos aderido ao acordo, porque, como está, peca em ambição, em necessidade e no sentido de oportunidade.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Já da parte da CIP, Armindo Monteiro começou por frisar que, em qualquer acordo, é preciso confiança, compromisso e concretização, deixando claro que, se não tivesse a perspetiva que este entendimento é “um ponto de partida”, a confederação que lidera teria voltado a ficar de fora. “Não teríamos aderido, porque o acordo, como está, peca em ambição, em necessidade e no sentido de oportunidade“, declarou o patrão dos patrões.

Armindo Monteiro aproveitou ainda para deixar o recado que o atual desenho do acordo traz “uma evolução tímida nalguns casos e noutros casos mais uma lógica de fixar clientelas eleitorais do que desenvolver a economia como é preciso“.

E se o cenário político fosse outro, garante a CIP, teria sido mais exigente. “Nesta negociação, sentimos que havia um quarto elemento, que foi o Parlamento. O Governo não tinha a disponibilidade negocial, porque não tem a maioria parlamentar. Por isso, os parceiros sociais deram uma latitude bastante grande para que seja possível encontrar esta maioria parlamentar“, sublinhou, numa altura em que a viabilização do Orçamento do Estado para o próximo ano continua por garantir.

Temos um acordo amplo e que deve ser ouvido pelos agentes políticos. Deve fazê-los refletir.

David Carvalho Martins

Fundador da DCM Littler

Por sua vez, David Carvalho Martins deixou elogios ao acordo, dizendo que o país está melhor com ele do que sem ele, e apelou a que os agentes políticos olhem para ele. “Deve fazê-los refletir sobre as soluções aqui encontradas. E naturalmente que será bom haver Orçamento para as implementar“, realçou.

Ainda assim, notou que há margem para melhorias. Por exemplo, há um conjunto de prestações laborais que “ainda são muito penalizadas em termos fiscais”, como o já referido trabalho suplementar. Além disso, o advogado entende que, quanto às compensações pelo teletrabalho, podia também haver aqui uma oportunidade para as rever.

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