Economia portuguesa atinge recorde de financiamento externo em 10 anos

No final do segundo trimestre, a economia nacional financiou o exterior em 2,9% do PIB. Trata-se da maior capacidade de financiamento da economia nacional ao exterior desde o início de 2014.

A economia portuguesa consolidou a sua posição de financiador externo no segundo trimestre de 2024, atingindo um marco significativo ao financiar o exterior em 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Este valor, que traduz a ideia de que a economia está a emprestar mais dinheiro ao exterior do que a pedir emprestado, traduz-se na maior capacidade de financiamento da economia nacional registada desde o início de 2014, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quinta-feira.

Segundo os dados da entidade liderada por Mário Centeno, as famílias foram o “setor” com maior capacidade de financiamento, registando um saldo positivo de 3,4% do PIB no final do segundo trimestre e as empresas não financeiras “o único setor residente a apresentar necessidade de financiamento (3,6% do PIB)”, destaca o comunicado do Banco de Portugal.

O setor financeiro e as administrações públicas também apresentaram saldos positivos, contribuindo com 2% e 1,2% do PIB, respetivamente, para a capacidade de financiamento da economia.

Segundo o Banco de Portugal, o setor financeiro desempenhou um papel crucial no alcance deste recorde da capacidade de financiamento de Portugal no exterior, “financiando o resto do mundo em 3,4% do PIB, devido, sobretudo, à redução das responsabilidades em numerário e depósitos perante o exterior (de 2,6% do PIB).”

Internamente, os dados do Banco de Portugal destacam também que o setor financeiro financiou as administrações públicas e as empresas não financeiras em 1% e 0,7% do PIB, respetivamente.

Os dados mostram ainda que o financiamento às administrações públicas foi marcado pela redução das responsabilidades em numerário e depósitos (3,9% do PIB), parcialmente compensada pelo desinvestimento em títulos de dívida pública portuguesa (2,8% do PIB), e que revelam uma mudança na relação entre particulares e administrações públicas.

Segundo o Banco de Portugal, até ao segundo trimestre deste ano, as famílias desinvestiram em Certificados de Aforro, “pelo que se inverteu a relação de financiamento entre este setor e as administrações públicas.”

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Rádio Comercial lança campanha com Graça (Freitas) assinada pela DJ

  • + M
  • 10 Outubro 2024

A campanha marca presença em televisão, em mupies e nas redes sociais.

A ex diretora-geral da saúde, Graça Freitas, é o rosto da nova campanha da Rádio Comercial, onde chama a atenção para os benefícios do riso para a saúde. A criatividade é da agência DJ e a produção do Rocky Studio.

A escolha de Graça Freitas enquanto protagonista da campanha teve como base a aproximação do inverno e o expectável consequente aumento de pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), assim como a existência de “estudos que comprovam que o riso pode fortalecer o sistema imunitário, elevar os níveis de endorfinas e diminuir a tensão e o stress”, explica-se em nota de imprensa.

Depois de nos ter acompanhado diariamente durante mais de um ano, com uma presença constante na televisão, a Dra. Graça Freitas era pessoa ideal para dar voz a esta mensagem“, diz Diogo Anahory, co-fundador e diretor criativo da DJ, citado em comunicado.

A ideia de termos a Dra. Graça Freitas num filme da Comercial é daquelas que parece impossível, mas depois concretiza-se de uma forma bastante natural e simples: ela foi de uma simpatia enorme desde o primeiro contacto, conhece bem a estação e percebeu o espírito desta campanha”, diz, por seu lado, Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial da Rádio Comercial.

“Acho que a Dra. Graça Freitas representa tudo aquilo que nos aproxima enquanto portugueses: a capacidade de nos ajudarmos, de sermos solidários, de esquecermos o que nos distingue e focar naquilo que nos aproxima. E, à entrada do inverno, a noção de que, contra a neura…o sorriso. E para isso está cá a Rádio Comercial“, acrescenta.

A campanha marca presença em televisão (SIC, SIC Noticias, TVI, CNN, Disney e Star Chanel, Hollywood, em mupies e nas redes sociais (Instagram e Facebook).

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Montenegro elogia “engenharia portuguesa” na Alta Velocidade e promete combate à burocracia

Primeiro-ministro e ministro das Infraestruturas deixaram elogios à vitória da engenharia portuguesa no concurso para o primeiro troço do TGV. Montenegro promete combater "mal" da burocracia.

“Em dia de Orçamento, há mais vida além do Orçamento”, fez questão de assinalar o primeiro-ministro, ao marcar presença na cerimónia de adjudicação ao consórcio LusoLav da concessão da Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã (Aveiro), que decorreu esta quinta-feira, no Campus XXI, em Lisboa. A par do ministro das Infraestruturas, Luís Montenegro deixou elogios ao grupo de construtoras que se juntou no concurso e prometeu ainda combater a burocracia.

A primeira concessão, entre a estação da Campanhã e Oiã (Aveiro) foi adjudicada ao consórcio que inclui a Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, e que entregou a única proposta validada pelo júri.

Luís Montenegro deixou elogios à “engenharia portuguesa” e à “capacidade das empresas portuguesas conseguirem interagir umas com as outras” numa “área onde as empresas têm um know how adquirido em Portugal e no estrangeiro”.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, também destacou o “esforço que o consórcio fez na promoção daquilo que é um desígnio nacional, que é a Alta Velocidade Ferroviária. “O Governo determinou a continuação do procedimento concursal para a adjudicação a um único consórcio. Um consórcio 100% português, com talento português e engenharia portuguesa”, acrescentou.

“É mais uma decisão para gerações, que obriga a consenso, perenidade, previsibilidade. E há consenso na Alta Velocidade em Portugal. Arrancámos e não vamos parar“, disse ainda Miguel Pinto Luz, salientando que “as infraestruturas são a rede vascular da economia”.

Luís Montenegro lamentou a hesitação política que leva ao atraso nos grandes projetos e criticou o excesso de burocracia. “A burocracia é um mal que está propagado por toda a Europa. Em Portugal ainda é levado mais longe. Tentaremos [fazer alguma coisa] nesse domínio para a breve prazo termos processo de decisão mais curtos, para não perder tanto tempo e recursos”, disse.

“Nós temos feito tudo aquilo que está ao nosso alcance para acelerar a execução do PRR, para torná-lo mais simples e para o fazer chegar à vida das pessoas”, afirmou ainda o primeiro-ministro, deixando um apelo para que o Tribunal de Contas seja mais lesto na atribuição dos vistos prévios aos contratos.

“Independentemente desses ciclos de maior indecisão a verdade é que o excesso de regulação e a forma como nos deixamos prender na burocracia tem de ser ultrapassado“, prometeu.

Este primeiro troço da Alta Velocidade tem um total de 71 km e é considerado o mais complexo, já que inclui 11,6 km em túnel e 20,2 km em pontes e viadutos, a modernização da estação da Campanhã, a construção de uma nova estação em Vila Nova de Gaia e uma nova travessia rodoferroviária sobre o Douro. O valor base limite era de 1,66 mil milhões, em valor atual líquido, a que acrescem 480 milhões em fundos comunitários.

O período de desenvolvimento é de cinco anos, seguindo-se 25 anos de disponibilização da infraestrutura pelo concessionário, findo o qual passa para o Estado.

Miguel Pinto Luz destacou o contributo do projeto da Alta Velocidade para criar novas centralidades em Leiria, Aveiro e Coimbra, além de Lisboa e Porto. Luís Montenegro sublinhou o papel da Alta Velocidade para a “coesão territorial e dinamizar a economia”.

O ministro das infraestruturas sublinhou ainda que quer “uma CP moderna e capacitada para concorrer no mercado da Alta Velocidade”, considerando essencial “o reforço de comboios”. Miguel Pinto Luz assegurou que o Governo não travou nenhum concurso para a aquisição de locomotivas e lamentou que um deles tenha sido impugnado. “O Governo tudo fará para agilizar estes processos. Se a CP não for competitiva no mercado liberalizado perde este comboio e não queremos que a CP o perca“.

(Notícia atualizada às 12h58)

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A economia local, as autárquicas e o novo ciclo político. ECO magazine chega às bancas

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

O ECO também é uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A nova edição chegou às bancas.

“Um presidente de câmara não pode estar com grandes filosofias. Vou resolvendo os temas, de forma pragmática”, diz Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa. Para mais que “hoje um presidente da Câmara é um ministro da Segurança Social… para ajudar as pessoas”, afirma o autarca. “Complementa o Governo e, às vezes, na realidade, também o substitui.” E em áreas como saúde e educação, diz Moedas, fazendo duras críticas à forma como foi feita a descentralização de competências.

“Temos um défice de 20 milhões de euros por ano em relação ao que o Estado paga para a educação e o que a CML gasta. A descentralização em Portugal foi mandar os problemas para baixo, mandar sem recursos.” Na saúde, “não aceito, enquanto não garantirem, por documento contratual do Estado, que todo o dinheiro que gastarmos nessa descentralização seja pago pelo Estado”, garante o autarca, entrevistado nesta edição especial do ECO magazine dedicada à economia e ao poder local.

“A descentralização tem de ser revisitada. Eu sou municipalista, não sou um regionalista, nem acredito no regionalismo. Até porque acho que as câmaras podem ter esse papel regional se tivessem uma verdadeira descentralização”, considera ainda.

O turismo e as medidas da autarquia de Lisboa para o regular foram também tema da grande entrevista. “Fui o primeiro a ter a coragem de fazer duas coisas. Aumentar a taxa turística de Lisboa para o dobro, quatro euros, com muitas queixas de muita gente, e pôr os cruzeiros a pagar uma taxa turística. Mas há uma coisa que nunca nos podemos esquecer: 25% do emprego em Lisboa é turismo, 20% da economia. Também é bom dizer que as tecnologias já valem 18% do emprego, ou seja, já estamos a diversificar. O nosso problema não é a questão do turismo, o turismo é um setor muito importante para a economia, é que os outros setores não sejam ainda maiores“, considera.

Há um movimento anti-turismo. Temos os movimentos dos populismos. Vou simplificar para que todos percebam… Temos uma extrema-direita que não gosta dos imigrantes pobres e uma extrema-esquerda que não gosta dos turistas com capacidade financeira, dos turistas ricos. Isto é politicamente muito perigoso, os dois. A falta de humanidade da extrema-direita em relação a quem mais precisa, mas também a falta de consistência e de coerência de uma extrema-esquerda que só aceita o que está dentro do seu conceito de vida”, acusa.

Para comprar a 9.ª edição do ECO magazine clique aqui.

A um ano das próximas eleições autárquicas, analisamos o próximo ciclo político, o que poderemos esperar de políticas públicas e quais os desafios que enfrenta o poder local. O novo ciclo autárquico vai trazer mais de uma centena de novos protagonistas e desafios alargados pela descentralização de competências. Tema do Capital: “Autárquicas 2025. Luzes. Câmara(s). Ação”.

Na opinião ouvimos Manuel Castro Almeida (ministro Adjunto e da Coesão Territorial), Luísa Salgueiro (Associação Nacional de Municípios Portugueses) e António Cunha (CCDR-Norte) sobre os desafios que se apresentam na economia e poder local.

Portugal ganhou medalhas Olímpicas no ciclismo, mas muito antes do ouro conquistado em Paris o país já dava cartas na produção de veículos de duas rodas, com e sem motor. ‘Pedalamos’ até ao distrito de Aveiro e fomos visitar fábricas e conhecer melhor o cluster de bicicletas em Anadia e Águeda. O resultado pode ser lido (e visto) no Chão de Fábrica, “Aveiro pedala até ao pódio mundial das bicicletas”.

Em “Portefólio Perfeito”, analisamos porque as mulheres investidoras geram maior retorno e em “Saber Fazer” fazemos a radiografia ao ecossistema de empreendedorismo do país. Olhamos também para cidades como Lisboa, Braga e Leiria, depois dos resultados do ranking da StartupBlink. ‘Descodificamos’ ainda descentralização e os novos poderes assumidos pelas autarquias.

O ECO magazine traz também os contributos dos diversos meios que fazem parte do universo ECO.

“Autarcas reforçam programas de arrendamento acessível” é o tema desta edição do Local Online; enquanto em Trabalho fomos analisar se os “Rankings das escolas ainda influenciam futuro profissional”; “O que as PME devem fazer para ter mais e melhores seguros” é o tema desta edição do ECO Seguros.

Com um dos mais relevantes julgamentos à porta, em Advocatus o tema não podia ser outro: “3.687 dias depois da queda do BES, Salgado vai a julgamento”.

“ESG. Os riscos e oportunidades para as portuguesas no pódio da Morningstar” é o tema que pode ler nesta edição em Capital Verde; em Fundos Europeus fomos ver qual a “Receita para acelerar os fundos”; enquanto a +M foi ouvir o mercado sobre a futura marca Portugal, que o Governo diz querer para o país: “Marca Portugal. Rebranding em curso?”.

E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO, também com sugestões de espaços para relaxar nas suas férias. Nesta edição voltamos à estrada com o Auto ECO onde, todos os meses, testamos algumas das propostas do mundo automóvel.

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Editorial

O municipalismo

A gestão da coisa pública faz-se tanto melhor quanto for a proximidade entre o decisor e o cidadão. Este princípio de descentralização política — e não apenas administrativa — é genericamente consensual, mas está longe de ser efetiva. Um Estado centralista, o poder na capital, ministros e super diretores-gerais que decidem tudo ou quase tudo, em áreas tão diversas como a educação, a saúde, a segurança, o ambiente. E as autarquias, os presidentes de câmara, são relegados para ‘tarefeiros’ da administração central. É um dos motivos que explica o nosso atraso, a nossa incapacidade, e a forma como alguns tentam responder a esta realidade é com a criação de mais um layer de poder, a regionalização, em vez de potenciar a estrutura que existe.

Nesta edição especial do ECO magazine, dedicada à economia regional, ao poder local, aos negócios que nasceram e cresceram fora de Lisboa e que saíram do país, para o mundo, sem passarem pela capital, a entrevista ao presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, dá pistas interessantes de discussão para o próximo ano.

“Se os municípios tivessem maior autonomia, mais poder, mais capacidade de fazer, seríamos muito mais relevantes (…) O ponto é repensar a descentralização, que seja mesmo efetiva. O Governo deveria olhar para os municípios e descentralizar na totalidade determinadas funções que o Estado, por estar mais longe, não consegue fazer e as pessoas estariam mais agradecidas. Apesar de todos os problemas que tem havido nas autarquias durante anos e anos, as pessoas continuam a confiar nos presidentes de câmara, são os autarcas que resolvem problemas. Mais municipalismo é mais economia e mais emprego. E quando estamos muito dependentes do Estado, não conseguimos desenvolver a economia da mesma forma.”

Moedas tem razão.

Mas o atual ciclo político não ajuda à mudança, basta ver a dificuldade política em torno da proposta de Orçamento. Mas é daquelas reformas essenciais para mudar a governação do país. Dentro de um ano, os portugueses vão ser chamados a escolher novos líderes autárquicos. E por causa das limitações dos mandatos, já é possível antecipar que este novo ciclo vai trazer mais de uma centena de novos presidentes. A campanha eleitoral vai ser uma excelente oportunidade para discutir uma nova fase de descentralização que permita dar uma verdadeira autonomia às câmaras e com o devido envelope orçamental. Primeiro será necessário revisitar o que já está em vigor, como a educação, preparar a descentralização na área da saúde, mas sobretudo olhar para a Lei das Finança Locais e capacitar as autarquias na gestão de recursos humanos.

António Costa

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Ministra da Justiça alarga recrutamento de magistrados e anuncia mais 60 vagas

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

O Ministério da Justiça está a concluir a alteração da lei de ingresso no CEJ e comprometeu-se com mais 60 vagas no próximo ano com o novo polo de formação judiciária em Vila do Conde.

O Ministério da Justiça está a concluir a alteração da lei de ingresso no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e comprometeu-se com mais 60 vagas no próximo ano com o novo polo de formação judiciária em Vila do Conde.

Num discurso na abertura do encontro anual do Conselho Superior da Magistratura, em Vila Real, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, salientou que “a reforma da Justiça não se faz sem bons magistrados” e que, para tal, é necessário “atrair os melhores candidatos e atrair mais candidatos”.

Com a nova proposta de lei, que está em processo legislativo, com as últimas audições, o Governo quer responder a quatro desafios: “Reajustar os requisitos de ingresso, alargando a base de recrutamento para habilitação ao curso, sem pôr em causa os padrões de exigência; simplificar o concurso de habilitação; reduzir a extensão e complexidade do procedimento seletivo (…); valorizar o estatuto do auditor de justiça”, indicou.

Rita Alarcão Júdice garantiu também que está a trabalhar na alteração dos estatutos dos magistrados judiciais, dos magistrados do Ministério Público e da lei de organização do sistema judiciário, com vista a “rejuvenescer o quadro de juízes conselheiros” no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e ampliar o universo de candidatos necessários.

Apoiar a especialização dos conselheiros para que estes possam ficar colocados na secção do STJ com a qual mais se sentem à vontade para exercer funções é outra das medidas em cima da mesa.

Se a Reforma da Justiça é a mais desejada, é também a mais demorada e a mais complexa”, referiu a ministra da Justiça, que salientou ainda a importância de rever o sistema de assessorias dos tribunais, cuja regulamentação avançou em 1998 e que, segundo Rita Alarcão Júdice, deve ser conciliada com a Lei de Organização do Sistema Judiciário, datada de 2013.

Mais avançada está a portaria que vai possibilitar a tramitação eletrónica na fase de inquérito em processo penal e que, segundo a ministra, já foi assinada pela secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo.

“A tramitação eletrónica do inquérito começará a 3 de dezembro”, frisou, manifestando a convicção de que esta portaria “muito contribuirá para agilizar a tramitação processual”.

A governante explicou igualmente que em 2025 os autos de notícia (de crime) de PSP, GNR e PJ também poderão ser enviados de forma eletrónica.

“Traz-nos vantagens organizacionais evidentes. Espero que aumente a fluidez processual e que, nos tribunais, as pessoas sintam as diferenças no trabalho do dia-a-dia”, disse.

Por último, Rita Alarcão Júdice deixou críticas à atuação da Ordem dos Advogados (OA) no protesto iniciado em setembro contra os honorários das defesas oficiosas.

Este protesto levou na quarta-feira a bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, a faltar à reunião no Ministério da Justiça que serviu para apresentar as conclusões e propostas do grupo de trabalho criado pela tutela para rever o sistema de acesso ao Direito e Tribunais (SADT).

“A Ordem decidiu, já depois de termos definido este calendário, enveredar por uma forma de luta não característica de uma ordem profissional, e em nada construtiva. Não paralisámos. O minucioso trabalho de casa foi feito. Fizemos cálculos, comparámos montantes, revimos todos os atos, olhando à sua complexidade, atendemos à procura e às necessidades dos cidadãos a quem o Estado garante apoio judiciário”, concluiu.

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Zurich lança terceira vaga da campanha ‘Seguros a Favor’ para se posicionar de “forma positiva” no mercado

  • ECO Seguros
  • 10 Outubro 2024

"Com esta campanha, temos procurado alargar a nossa presença de forma a chegarmos a um maior número de clientes", assinala Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal.

Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal, considera que a campanha ‘Seguros a Favor’ “tem sido um sucesso” e que é “notória a forma como tem vindo a contribuir para a promoção e posicionamento da Zurich em Portugal”.

As férias já lá vão e a Zurich preparou para a rentreé o lançamento da terceira vaga da campanha multicanal sob o mote “Não fazemos seguros contra, fazemos seguros a favor. Para que tudo corra bem”.

A campanha alarga a sua presença no último trimestre do ano com o objetivo de posicionar a seguradora e a sua oferta de produtos no mercado de “forma positiva”, explica em comunicado a marca.

“A campanha ‘Seguros a Favor’ tem sido um sucesso. É notória a forma como tem vindo a contribuir para a promoção e posicionamento da Zurich em Portugal.”, assinala Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal.

A campanha vai estar em vários canais nos variados formatos: passa pela televisão, rádio, digital, mupis digitais da rede de agentes e pelos seus próprios canais de comunicação.

Publicidade da campanha ‘Seguros a favor’ da Zurich Portugal no aeroporto de Lisboa.

Mantém o patrocínio no programa radiofónico ‘Café da Manhã’ e marca presença no ‘6PM’ da RFM. ‘Seguros a favor’ surge ainda nos canais generalistas e em canais de televisão por cabo “com blocos publicitários em horário nobre e patrocínio de programas”.

Com esta campanha, temos procurado alargar a nossa presença de forma a chegarmos a um maior número de clientes, contando sempre com os nossos parceiros de negócio – enquanto nossos embaixadores, que diariamente divulgam a nossa marca e os nossos produtos”, assinala Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal.

A Zurich Portugal faz parte do sueco Zurich Insurance Group, está em Portugal há 106 anos e conta com mais de 500 trabalhadores e uma rede de distribuição de mais de 1.800 agentes de seguros, corretores, bancos e parcerias que respondem a mais de 750 mil clientes.

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Programa “Promove” financia 29 projetos para o desenvolvimento do interior do país

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

Na sexta edição do programa "Promove" foram premiados 11 projetos de investigação, 18 projetos-piloto e 16 ideias inovadoras. Financiamento ascende a 5,2 milhões de euros.

A edição deste ano do programa “Promove” direciona 5,2 milhões de euros para 29 projetos e 16 ideias inovadoras. A iniciativa da Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI e em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pretende impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões do interior de Portugal.

Nesta sexta edição, foram vencedores 11 projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) mobilizadores, assim como 18 projetos-piloto e 16 ideias inovadoras. A distribuição dos prémios reparte-se entre um financiamento de até 250 mil euros para I&D, e 150 mil euros para os projetos-piloto, enquanto as ideias inovadoras, desenvolvidas por estudantes universitários, têm como prémio 5 mil euros.

Entre os premiados, 11 projetos são do interior norte, dez do centro do país e oito do Alentejo. As ideias inovadoras contam com dez equipas na região centro e seis no norte.

O programa financia iniciativas nas áreas da inteligência artificial, inovações sustentáveis e valorização do património natural e cultural.

Na categoria de I&D, entre os selecionados encontra-se UVineSafe, de Vila Real, que pretende usar radiação UV contra pragas e doenças nas vinhas. Nos projetos-piloto inovadores temos o exemplo da ValorCannBio, de Elvas, cujo objetivo consiste na transformação da biomassa excedente da produção de canábis medicinal em biopesticida para o combate nas doenças dos olivais do Alentejo, como noticiou o ECO/Local Online. Nas ideias inovadoras encontramos, entre outras, a iniciativa 2BeeVigil, da Universidade da Beira Interior. Através da inteligência artificial, esta ideia pretende monitorizar apiários de Apis melífera (colmeias).

Desde 2018, quando começou a operar em Portugal, a Fundação “la Caixa” já distribuiu mais de 17 milhões de euros nas seis edições do programa “Promove”. Este ano, a maior fundação europeia distribui em projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica 50 milhões de euros. Adicionalmente, neste programa, a FCT contribui com mais 5 milhões de euros.

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Iberdrola lança nova campanha, a primeira assinada pela Fuel

  • + M
  • 10 Outubro 2024

A campanha pretende entregar uma mensagem sobre a transição climática, num tom leve e de proximidade que mostre que "todos podem contribuir para um mundo mais verde e ainda poupar na fatura".

“Nota-se logo quando faz um contrato com a natureza” é o mote da nova campanha da Iberdrola, lançada com o objetivo de “despertar para os atos que nem sempre têm resultados visíveis, mas que não é por isso que deixam de causar um grande impacto”. É a primeira campanha assinada pela Fuel, a nova agência criativa da energética.

“De um ponto de vista prático, aderir à energia verde da Iberdrola não pressupõe uma diferença notória nas casas dos nossos clientes. Com esta campanha, queremos chamar a atenção para a diferença que não é diretamente visível no serviço – aquela que se vê na fatura e no planeta. Por isso, para alavancar a premissa da campanha, lançámos uma oferta de 100 euros na fatura da eletricidade, possibilitando a democratização da participação na transição energética e descarbonização a todos os consumidores”, diz Gonçalo Rosa, diretor de marketing da Iberdrola Clientes Portugal, citado em comunicado.

Presente em televisão, rádio, meios digitais e out-of-home, a campanha é assinada pela Fuel e contou com o planeamento de meios da Universal McCann. A produção ficou a cargo da Krypton.

É próxima, leve e bem-humorada, focada na realidade dos clientes. É o primeiro passo de um caminho que esperamos longo e bem-sucedido”, diz João Madeira, co-CEO & chief creative officer da Fuel, sobre a primeira campanha da agência para a Iberdrola.

Com esta comunicação, a Iberdrola pretende entregar uma “mensagem importante sobre a transição climática, num tom leve e apoiado numa estratégia de proximidade que mostra que todos podem contribuir para um mundo mais verde e ainda poupar na fatura”, explica-se em nota de imprensa.

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IP avança com nova candidatura a fundos europeus para a Alta Velocidade em janeiro

Infraestruturas de Portugal vai fazer uma nova candidatura ao Mecanismo Interligar a Europa. Concurso para o terceiro troço previsto para janeiro de 2026.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai avançar em janeiro com uma nova candidatura ao Mecanismo Interligar a Europa, depois de já ter assegurado um financiamento de 813 milhões para a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa. A novidade foi deixada por Carlos Fernandes, vice-presidente da empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária, na cerimónia de adjudicação da concessão do primeiro troço ao consócio Lusolav, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

Já abriu uma nova candidatura que encerra em janeiro e o Estado irá candidatar-se a mais verbas“, afirmou Carlos Fernandes, acrescentando que o projeto da Alta Velocidade português foi o que recebeu mais verbas na última fase de candidaturas ao Mecanismo Interligar a Europa.

A primeira concessão, entre a estação da Campanhã e Oiã (Aveiro) foi adjudicada esta quinta-feira ao consórcio que inclui a Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, que entregou a única proposta validada pelo júri.

A cerimónia contou com a participação do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

Este primeiro troço tem um total de 71 km e é considerado o mais complexo, já que inclui 11,6 km em túnel e 20,2 km em pontes e viadutos, a modernização da estação da Campanhã, a construção de uma nova estação em Vila Nova de Gaia e uma nova travessia rodoferroviária sobre o Douro. O valor base limite era de 1,66 mil milhões, em valor atual líquido, a que acrescem 480 milhões em fundos comunitários. Deverá estar pronto em 2030.

O período de desenvolvimento é de cinco anos, seguindo-se 25 anos de disponibilização da infraestrutura pelo concessionário, findo o qual passa para o Estado.

Em julho foi lançado o concurso para a segunda PPP, entre Oiã e Soure, também com uma extensão de 71 quilómetros, que inclui a adaptação da atual Estação de Coimbra e a quadruplicação da Linha do Norte. O contrato de concessão será adjudicado por um valor máximo de 1.604 milhões de euros, expresso em valor atual líquido. A preços correntes, a IP irá pagar 4.207 milhões, ao longo de 30 anos, a que acrescem 395 milhões em despesas inerentes aos projetos, expropriações e obras. As propostas terão de ser submetidas até janeiro de 2025.

Em janeiro de 2026 deverá avançar o concurso público para a terceira Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e desenvolvimento do troço entre Soure e Carregado. A IP submeteu em setembro o Estudo de Impacto Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente.

Com uma extensão de 140 km, esta PPP, que corresponde à segunda fase do projeto, inclui a construção de uma nova estação em Leiria e a transformação do bairro da zona da estação atual. A conclusão da obra está prevista para meados de 2032.

Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49.

A avançar estão também as linhas de Alta Velocidade Porto – Vigo e Lisboa – Évora, ambas em fase de estudos. O Estudo de Impacto Ambiental da primeira deverá ser entregue durante o próximo ano, estando o concurso previsto para meados de 2026.

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Défice da balança comercial aumenta 7,8% com queda das exportações e subida das importações

As exportações registaram uma queda homóloga de 1,3% em agosto e as importações aumentaram 1,6%. Este comportamento misto aumentou défice do comércio internacional em 192 milhões de euros em um ano.

O comércio internacional português registou uma evolução mista em agosto, com as exportações a recuarem e as importações a subirem, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As exportações de bens diminuíram 1,3% em termos homólogos nominais no mês de agosto, fixando-se nos 5.249 milhões de euros. Esta queda contrasta com o crescimento de 23,9% observado em julho.

Já as importações aumentaram 1,6% face ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 7.889 milhões de euros. Este crescimento representa uma desaceleração face à subida de 15,7% registada em julho.

O material de transporte foi o principal responsável pela queda das exportações, com uma contração de 10,6%. Do lado das importações, destacaram-se os aumentos nos fornecimentos industriais (4,2%) e nos bens de consumo (6,5%). Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações recuaram 1% e as importações subiram 2%.

Estes movimentos fizeram com que o défice da balança comercial registasse um aumento homólogo de 7,8%, agravando-se em 192 milhões de euros face a agosto de 2023, atingindo 2.640 milhões de euros em agosto deste ano. O INE revela que sem combustíveis, o défice aumentou 180 milhões de euros, para 1.956 milhões de euros.

Nos principais parceiros comerciais, as exportações para os EUA caíram 13,9%, enquanto as vendas para a Alemanha aumentaram 14,4%. Nas importações, destacaram-se os acréscimos das compras a Itália, EUA e China, com as importações destes mercados a subirem 25,9%, 44,6% e 15,3%, respetivamente.

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PwC inaugura novo escritório em Matosinhos

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

PwC Portugal e PwC Luxemburgo, através de uma parceria, inauguraram um escritório em Matosinhos com cerca de 230 colaboradores, para juntar trabalhadores nacionais qualificados à praça luxemburguesa.

A consultora PwC inaugurou um novo escritório em Matosinhos, resultante da parceria entre as firmas de Portugal e do Luxemburgo, dedicada ao setor financeiro. Desta união nasce uma entidade que vai criar “centenas de postos de trabalhos altamente qualificados”, segundo comunicado da empresa.

“Numa fase inicial, este projeto contará com cerca de 230 colaboradores, já contratados, distribuídos por um único edifício de 4.500m2, sendo que estimamos chegar aos 700 colaboradores num prazo de três anos” explica António Brochado Correia, senior partner da PwC Portugal. François Mousel, presidente da PwC Luxemburgo, refere que “à medida que a PwC continua a desenvolver-se e a evoluir, este novo escritório de Matosinhos destaca-se como um marco fundamental na sustentabilidade de novos negócios da firma e na manutenção da qualidade dos serviços que prestamos”.

A parceria entre a PwC Portugal e PwC Luxemburgo tem o objetivo de juntar os recursos nacionais à praça financeira luxemburguesa para estar a par de questões como desafios regulamentares, de branqueamento de capitais, exigências de compliance nos sistemas informáticos, cibersegurança, inteligência artificial e critérios ESG, afirma a empresa.

Na cerimónia de inauguração do novo escritório, no dia 3, estiveram presentes a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira e as comissões executivas da PwC Portugal e da PwC Luxemburgo.

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Maria Luís Albuquerque presta contas no Parlamento Europeu a 6 de novembro

Candidata escolhida por Montenegro tem audição marcada no Parlamento Europeu no dia 6 de novembro. Será ouvida durante três horas na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários.

Maria Luís Albuquerque, candidata a integrar o próximo colégio de comissários, vai ser ouvida no Parlamento Europeu, em Bruxelas, no dia 6 de novembro, como parte do calendário de audições aos candidatos aprovado (4 a 12 de novembro). A confirmação surgiu esta quinta-feira após a Conferência dos Presidentes (CoP) composta pela Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Mestola, e pelos presidentes dos grupos políticos, na qual a Comissão dos Assuntos Jurídicos (JURI) deu luz verde para avançar com o processo das audições dos comissários indigitados.

“Os eurodeputados na Comissão dos Assuntos Jurídicos concluíram os procedimentos de análise a conflitos de interesse relativamente aos indigitados a comissários e às suas carteiras”, segundo indica o Parlamento Europeu no comunicado de imprensa publicado esta quinta-feira, 10 de outubro.

Maria Luís Albuquerque será ouvida na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu, no dia 6 de novembro. A audição terá a duração de três horas (entre as 9h e as 12h) e servirá para escrutinar o currículo e o passado de Maria Luís Albuquerque, que foi ministra das Finanças no Governo de Pedro Passos Coelho e que transitou em 2016 para a Global Arrow, uma empresa de gestão de ativos, passando em 2022 para o Morgan Stanley.

Do ECON fazem parte os eurodeputados portugueses Lídia Pereira (PSD), Francisco Assis e Carla Tavares (ambos PS). Além desta Comissão, serão convidados a comparecer também na audição os eurodeputados da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO) – do qual faz parte Sebastião Bugalho (AD) – e a Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos (LIBE) – do qual integra Ana Miguel Pedro e Paulo Cunha (AD) e António Tânger-Corrêa (Chega), como membros suplentes.

A audição acontece depois de Maria Luís Albuquerque ter entregado à Comissão dos Assuntos Jurídicos (JÚRI) a sua declaração de interesses e uma clarificação sobre os seus rendimentos, a pedido dos eurodeputados.

No documento, a antiga ministra das Finanças e nomeada para a pasta de Serviços Financeiros e para a União da Poupança e dos Investimentos salienta não ter “interesses financeiros” que possam ser declarados ou dar origem a um conflito de interesses e que nem ela nem a sua família direta possuem “quaisquer obrigações, ações ou outros ativos ou passivos”, além de uma casa para residência ou de edifícios herdados.

Na segunda missiva enviada aos eurodeputados, a responsável esclarece o seu trabalho com a gestora portuguesa de fundos Horizon Equity Partners, bem como sobre a propriedade de uma empresa com o marido através da qual prestou serviços.

Após a audição, caberá à ao Parlamento Europeu decidir se aprova ou não o nome de Maria Luís Albuquerque como candidata a comissária para os Serviços Financeiros. Caso a primeira audiência não convença os eurodeputados, a ex-governante poderá ser proposta a uma segunda audição, ou num cenário mais gravoso, poderá mesmo ser chumbada pelos eurodeputados. Neste cenário, Portugal será chamado a propor um nome alternativo.

Caso a candidata receba um parecer positivo, o nome de Maria Luís junta-se assim à proposta de colégio de comissários liderado por Ursula von der Leyen, que irá cumprir um novo mandato de cinco anos à frente da Comissão Europeia. Certo, é que de acordo com o calendário aprovado pelo Parlamento Europeu a que o ECO teve acesso, a expectativa é de que o novo executivo comunitário entre em funções no dia 1 de dezembro.

Audições até 12 de novembro

Avaliadas as manifestações de interesse de cada um dos 26 candidatos a comissários, o processo prossegue agora para as audições de confirmação, “sendo que cada comissário será ouvido nas respetivas comissões parlamentares, de acordo com o calendário já acordado”, aponta a nota de imprensa.

As audições dos 26 candidatos vão ocorrer entre 4 e 12 de novembro, com os seis candidatos a vice-presidentes executivos, entre eles Teresa Ribera e Valdis Dombrovskis, a serem ouvidos no dia 12 de dezembro entre as 9h e as 21h30.

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