Amazon reverte teletrabalho, mas em Portugal ganha terreno

  • ECO
  • 9 Outubro 2024

Empresas internacionais de vários setores estão a reverter o teletrabalho. Em Portugal, o trabalho remoto aumentou no contexto de pós-pandemia e há um crescimento do modelo de trabalho híbrido.

Algumas empresas estão a reverter o teletrabalho e a pedir aos trabalhadores para voltar ao escritório, como a Amazon, que pediu aos trabalhadores para regressar de forma total ao trabalho presencial a partir de janeiro do próximo ano. No entanto, em Portugal, o trabalho remoto tem aumentado desde 2022, e os especialistas esperam a prevalência do trabalho híbrido no futuro.

Várias grandes empresas de diferentes setores têm pedido, no último ano, aos seus funcionários para regressarem ao trabalho presencial. Além da Amazon, os bancos Goldman Sachs e JPMorgan Chase, as tecnológicas Apple e Meta e a fabricante automóvel Tesla avançaram nesse sentido.

Também em Portugal esta situação também tem acontecido, afirma Soraia Duarte, secretária-geral adjunta da UGT: “sim, há empresas em Portugal que estão a reverter o teletrabalho e a exigir o regresso dos trabalhadores aos locais de trabalho, embora essa tendência varie conforme o setor e a cultura organizacional”.

Mas no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), 20,2% das pessoas empregadas em Portugal encontrava-se em teletrabalho, ou seja, cerca de um milhão de pessoas. Estes dados apontam para um crescimento de três pontos percentuais, face ao final de 2022, como mostra o gráfico abaixo.

Teletrabalho tem aumentado em Portugal

Fonte: INE

As investigadoras Ana Alves da Silva e Eugénia Pires, do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor), referem, perante estes números, que “a tendência atual é não só a da consolidação do recurso ao teletrabalho, como até de um ligeiro crescimento nos últimos anos, já em contexto de pós-pandemia”.

As investigadoras detalham que, entre as várias profissões, os especialistas em áreas de informação e de comunicação são os que mais estão a recorrer ao teletrabalho (73,7%), seguidos dos trabalhadores de financeiras e seguros (57,1%).

Fim do teletrabalho? Nem tanto

Depois da experiência de trabalho remoto proporcionada pela pandemia, as empresas portuguesas estão agora a ajustar os seus modelos, isto é, não voltando totalmente atrás, estão a experimentar modelos híbridos.

“O que se tem verificado, quer em Portugal, quer internacionalmente, é que algumas empresas, após a experiência acumulada, estão a readaptar os seus modelos, passando sobretudo para modelos híbridos”, aponta Rafael Rocha, diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

As investigadoras do CoLabor identificam, além disso, que também tem havido uma subida do regime híbrido nas profissões que normalmente não são compatíveis com o teletrabalho a 100%, como “a de assistente social, a de psicólogos ou outros profissionais das atividades de saúde humana e de apoio social”.

A lei do trabalho deve ser mais flexível, por forma a propiciar às empresas instrumentos que lhes permitam ajustar as suas políticas laborais à volatilidade do mercado e da conjuntura.

Rafael Rocha

Diretor-geral da CIP

Nesta transição dos trabalhadores de teletrabalho para o regime híbrido, Soraia Duarte, da UGT, alerta que é essencial “garantir a igualdade de tratamento para todos os trabalhadores ao nível dos salários, acesso à formação e progressão na carreira”. E adiciona ser necessário garantir que “o teletrabalho seja voluntário e reversível”.

Já Rafael Rocha, da CIP, adverte que “a lei do trabalho deve ser mais flexível, por forma a propiciar às empresas instrumentos que lhes permitam ajustar as suas políticas laborais à volatilidade do mercado e da conjuntura”.

Neste momento, a lei do trabalho portuguesa determina que o trabalho à distância depende do “sim” do empregador, mas há exceções. Em situações de violência doméstica e nos casos em que haja filhos até aos três anos, o trabalhador pode fazê-lo, sem que o empregador o possa contrariar, desde que as funções sejam compatíveis.

O futuro é híbrido

O futuro do trabalho é 100% presencial, como quer a Amazon? Os especialistas projetam que em Portugal o regime de trabalho híbrido deverá prevalecer, o que permite, como refere a UGT, “um equilíbrio entre a flexibilidade do teletrabalho e o presencial”.

Por sua vez, Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da Associação Empresarial de Portugal (AEP), sublinha que a “decisão de reverter o teletrabalho terá influência na atratividade laboral, nomeadamente na fixação de talento, sobretudo das camadas mais jovens”. Isto “tendo em conta que vivemos um período de intensa concorrência pelas competências dos trabalhadores, que estão a ser cada vez mais desafiados pelas novas tecnologias, em particular pela inteligência artificial”, aponta.

De resto, todos os especialistas ouvidos pelo ECO apontam vantagens e desvantagens no trabalho à distância. Por exemplo, “um impacto positivo nos territórios do interior (menos desenvolvidos do ponto de vista socioeconómico)”, segundo o presidente da AEP, “ao permitir fixar pessoas nesses territórios, contribui para estimular a criação de riqueza e, consequentemente, reduzir as assimetrias territoriais”. Também a poupança no espaço de escritórios, de acordo com as investigadoras do CoLabor.

A decisão de reverter o teletrabalho terá influência na atratividade laboral, nomeadamente na fixação de talento, sobretudo das camadas mais jovens.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

No entanto, as mesmas alertam para a “maior dificuldade de controlo direto do trabalho realizado, a diluição das sociabilidades e as dificuldades na promoção da cultura organizacional”. A UGT realça que as “dificuldades em integrar novos trabalhadores, a confidencialidade dos dados e também situações de isolamento social e saúde mental” são também alertas a considerar.

Os peritos que prepararam o livro verde sobre a saúde e segurança no trabalho também deixaram alertas nesse sentido, recomendando ao Executivo e às empresas que tenham atenção aos teletrabalhadores e implementem práticas que “eliminem ou reduzam o impacto do isolamento social e a falta de limites entre a vida pessoal ou profissional”.

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Atlético de Madrid e a Riyadh Air anunciam um acordo de patrocínio histórico: o estádio passará a chamar-se “Riyadh Air Metropolitano”

  • Servimedia
  • 9 Outubro 2024

O Atlético de Madrid e a Riyadh Air assinaram um acordo de patrocínio que transformará o estádio do clube vermelho e branco no 'Riyadh Air Metropolitano' durante os próximos nove anos.

Este acordo, que coloca o Atlético como o único clube europeu, a par do Newcastle United, em que o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita depositou a sua confiança, é um marco na história do clube.

A parceria com a Riyadh Air, a companhia aérea de luxo nascida do empenho pessoal do chefe de governo da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, visa estabelecer a empresa como uma referência mundial no setor das companhias aéreas de luxo. O maior acordo de patrocínio da história do Atlético de Madrid demonstra o trabalho contínuo do clube para consolidar a confiança da Riyadh Air, que vê no Atlético de Madrid uma alternativa forte e competitiva para desafiar outros grandes clubes europeus patrocinados por companhias aéreas de renome como a Etihad, a Qatar Airways e a Emirates.

Desde que a Riyadh Air se tornou o principal patrocinador do Atlético, em agosto de 2023, o seu logótipo tem estado presente nas camisolas da equipa principal masculina em todos os jogos nacionais e internacionais. Com o anúncio deste acordo de naming, que se estende até 2033, a marca da companhia aérea saudita ficará ligada a um dos estádios mais emblemáticos e modernos da Europa, reforçando a sua presença global.

Os adeptos poderão ver o novo nome do estádio no próximo jogo em casa, a 20 de outubro, onde as fachadas do estádio ostentarão o nome “Riyadh Air Metropolitano” e as cores corporativas da companhia aérea.

A Riyadh Air, cuja operação comercial terá início no verão de 2025, e o Atlético de Madrid partilham a paixão pela excelência, a sustentabilidade e uma forte aposta na inovação tecnológica, com o objetivo claro de melhorar a experiência dos adeptos e de todos os visitantes que todos os anos se deslocam ao estádio do clube para desfrutar dos eventos de classe mundial que acolhe.

Tony Douglas, Diretor Executivo da Riyadh Air, afirmou: “É uma honra tornarmo-nos o patrocinador da Riyadh Air Metropolitano e prolongar a nossa parceria com o Atlético de Madrid até 2033. Ambas as organizações estão empenhadas em ter sucesso ao mais alto nível, e ter o nosso nome num estádio tão emblemático irá elevar o reconhecimento da Riyadh Air no mundo do desporto e não só.

Miguel Ángel Gil, CEO do Atlético de Madrid, afirmou: “Pouco mais de um ano após a assinatura do acordo de patrocínio com a Riyadh Air, estamos orgulhosos e muito felizes por anunciar a extensão desta parceria, graças ao acordo pelo qual o nosso estádio passará a chamar-se Riyadh Air Metropolitano. Agradeço a Tony Douglas e à sua equipa por confiarem no Atlético de Madrid como parceiro estratégico para o lançamento e desenvolvimento do seu ambicioso projeto global.

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Governo e advogados em reunião decisiva sobre atualização da remuneração dos oficiosos

Pelas 10h30, a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, vai reunir-se com a bastonária da Ordem dos Advogados sobre a revisão da tabela de honorários dos oficiosos.

A secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, vai reunir-se esta quarta-feira com a bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro, tendo na agenda a revisão da tabela de honorários dos defensores oficiosos. O grupo de trabalho vai iniciar os trabalhos às 10h30, no Ministério da Justiça. Estas negociações surgem no decorrer do protesto da Ordem dos Advogados que teve início a 1 de setembro.

Nesta ação de protesto a OA apelou à não inscrição de advogados nas escalas do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais (SADT). O SADT é o sistema que permite que os cidadãos com menor poder económico tenham acesso aos tribunais para defender os seus direitos, uma vez que a justiça não pode ser negada a ninguém. Desta forma, foi criado um sistema sustentado pelo Estado que paga a advogados, os chamados advogados oficiosos, para defender estes tipos de casos.

Em agosto, a OA abriu as candidaturas “extraordinárias” para a inscrição nas escalas do SADT em forma de protesto, abrindo assim a possibilidade aos advogados de não se manterem inscritos nas mesmas. Esta ação insere-se num protesto da OA, que considera que as negociações com o Governo sobre a alteração das tabelas de honorários do SADT para o Orçamento de Estado de 2025 “não estão a decorrer com a prioridade que o assunto impõe”. A tabela remuneratória dos advogados oficiosos não é atualizada há quase 20 anos.

A realização do serviço de escalas depende da prévia inscrição dos advogados num sistema informático gerido pela Ordem, em que os mesmos demonstram disponibilidade para o efeito. No caso das escalas de prevenção não presenciais, os advogados, se não forem chamados para nenhum serviço, não recebem qualquer valor, “apesar de essa prevenção condicionar completamente a sua vida pessoal e profissional”.

A Ordem queixa-se de que a tabela remuneratória dos advogados oficiosos não é atualizada há quase 20 anos. A entidade propôs ao Governo um aumento da tabela de honorários em cerca de 20%. A bastonária, Fernanda Almeida Pinheiro, já teve três reuniões com o Ministério da Justiça, mas, até este momento, ainda não foi alcançado nenhum acordo. “A Ordem dos Advogados propõe que seja inserida uma verba de cerca de 20 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2025″, assume a bastonária.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Face ao protesto, o Ministério da Justiça lançou uma portaria que altera o SADT, passando agora a prever-se a possibilidade de o Tribunal, o Ministério Público ou os Órgãos de Polícia Criminal (como a PJ ou Autoridade Tributária) nomearem qualquer advogado oficioso que, sendo contactado, se manifeste disponível para aceitar a nomeação em caso de falhas nas escalas definidas.

A bastonária da Ordem dos Advogados lamentou “profundamente que a Ministra da Justiça, advogada, e a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, juíza desembargadora, tenham gizado uma portaria ilegal, que viola a LAJ, como resposta a um protesto que justo, totalmente lícito e necessário para repor a dignidade há muito violada do SADT e da Retribuição que é devida à advocacia, nos termos da Lei e das recomendações do Conselho da Europa e do CCBE”.

“Ao invés de fazer o que lhe compete, que é atualizar e rever uma tabela que está prestes a fazer o seu vigésimo aniversário, vem propor uma portaria que regride quase 18 anos o espírito do legislador, trazendo de volta a falta de transparência, a corrupção e o cambão, há muito irradicado dos tribunais. Não existe nenhuma lacuna na lei, o que existem são disposições de segurança para evitar a corrupção”, conclui.

Antes da alteração desta portaria, à OA competia receber as inscrições dos advogados interessados em prestar esse serviço, elaborar as escalas (presenciais ou de prevenção) e fornecer as escalas dos advogados inscritos aos tribunais. E, em caso de necessidade de recurso a um defensor oficioso, o tribunal recorre aos advogados previstos nas escalas presenciais (nas comarcas onde existam) ou recorre à escala de prevenção (não presencial), dando uma hora para que o advogado contactado se apresente em Tribunal.

Assim, o Ministério da Justiça apercebeu-se que a atual Portaria não prevê situações em que a nomeação de Defensor Oficioso não possa ser feita por, entre outras razões: indisponibilidade do sistema de informação que impeça a consulta das escalas, inexistência de escalas ou indisponibilidade do advogado escalado ou não comparência no prazo regulamentar.

No seguimento desta alteração da portaria, a bastonária da Ordem dos Advogados exigiu a demissão da Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, “que foi a interlocutora da Ordem dos Advogados para os assuntos da Justiça, e com quem nunca se dignou sequer a debater esta solução (nem sequer informá-la)”, disse.

“O Ministério da Justiça considera imperioso defender a existência de um sistema de acesso ao direito que disponibilize aos cidadãos que dele precisem um defensor que assegure a proteção dos seus direitos. Ao acautelar a disponibilidade atempada de defensor oficioso, além de se garantir o apoio judiciário a todos que dele precisem, evitam-se atrasos e adiamentos nos processos, poupa-se tempo e recursos aos cidadãos e aos Tribunais, assim se contribuindo para a boa administração da justiça e maior eficiência do sistema judicial“, lê-se no comunicado enviado na terça-feira pelo Ministério da Justiça.

Nenhum ato foi adiado pelos tribunais na primeira semana de outubro por ausência de advogado oficioso, segundo dados do Ministério da Justiça. Entre 1 e 4 de outubro houve registo de 23 faltas de advogados entre aqueles que se encontravam nas escalas de oficiosos definidas para este mês. Nos balanços semanais, o Ministério da Justiça não tem reportado constrangimentos significativos com o protesto que começou no início de setembro, salientando que a revisão do SADT está em curso, incluindo o tema dos honorários.

Mas quanto recebe um oficioso?

A tabela de honorários dos advogados, estagiários e solicitadores pelos serviços que prestem no âmbito do apoio judiciário foi atualizada em janeiro. O diploma atualiza o valor da Unidade de Referência (UR) com base no índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação, e considerando todo o território nacional entre janeiro e setembro de 2023. O aumento foi de 3,2%, o que equivale a um aumento de 0,83 cêntimos, que significa na prática que a UR passa de 25,90 para 26,73 euros.

Por cada processo que um advogado oficioso patrocina, é aplicada a tabela da UR correspondente a cada tipo de processo. Ou seja: os mais complexos correspondem a mais UR e aos mais simples correspondem unidades mais baixas. Por exemplo, se um processo corresponder a oito unidades de referência, um advogado recebe 213,84 euros.

O valor da unidade de referência aplica-se ao apoio judiciário — defesa por parte de advogados oficiosos para cidadãos com menos condições económicas — para nomeação e pagamento da compensação do advogado patrono, pagamento da compensação de advogado oficioso, nomeação e pagamento faseado da compensação de patrono e pagamento faseado da compensação do advogado oficioso.

A tabela de honorários dos advogados oficiosos não era atualizada desde 2009, tendo em 2020, 11 anos depois, o Governo efetuado um aumento de oito cêntimos. Um valor que na altura já tinha ficado aquém das expectativas, por não contemplar a inflação do ano respetivo, nem da quase uma década passada sem qualquer atualização ou reformulação dos honorários destes profissionais.

Dados relativos a novembro do ano passado mostram que a Segurança Social recebe, em média, quase 400 pedidos diários de proteção jurídica por parte de cidadãos sem capacidade para pagar a um advogado. A maioria é aceite, mas, ainda assim, há milhares de solicitações rejeitadas todos os anos. Entre 1 de janeiro de 2018 e 30 de setembro de 2023, foram apresentados 823.659 pedidos de proteção jurídica.

Só em 2022 foram pagos pelo Estado 132,6 milhões de euros em apoio judiciário, o que representa um aumento de quase 50% nos últimos dez anos. No ano passado, foram cerca de 140 mil pessoas que recorreram a este serviço.

O ECO sabe que mais de um terço deste valor, cerca de 50 milhões de euros, foi pago pelo Ministério da Justiça em serviços de advogados oficiosos, nomeados pela Ordem dos Advogados, sendo o restante valor relativo a despesas com perícias do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, serviços de interpretação e tradução, atos de notariado (por exemplo, em processos de inventário) e mediação e arbitragem.

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Da redução do IRC ao IVA: O que querem os patrões para o Orçamento do Estado

A redução do IRC é a medida mais transversal defendida pela generalidade das confederações e associações empresariais, mas há outras propostas como a diminuição da taxa intermédia de IVA.

A redução do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) é a medida mais defendida pelas confederações e associações empresariais para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2925), mas há também propostas para a diminuição da taxa intermédia do IVA, o fim da contribuição extraordinária sobre o setor energético ou o apoio para abate de veículos em fim de vida.

Leia aqui as principais propostas dos patrões para o documento que será entregue na quinta-feira pelo Governo no Parlamento.

CIP valoriza “sinal” do IRC, mas privilegia estabilidade

A redução do IRC tem sido considerada “fundamental” pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), até para atrair investimento estrangeiro para o país, mas Armindo Monteiro já deixou claro que, neste momento, o mais importante é a estabilidade do país, preferindo um acordo no Orçamento do Estado mesmo com cedências neste imposto.

“Se a descida não é tão significativa em 2025, não fazemos disso um deal breaker. Mais do que a velocidade da redução, é importante este sinal. Há dez anos que não estava na agenda do país uma descida da tributação das empresas”, sublinhou Armindo Monteiro, este fim de semana, em declarações à RTP.

Importa lembrar que na versão inicial da proposta de acordo de Concertação Social, o Governo tinha apontado para uma redução de dois pontos percentuais do IRC em 2025, mas esse valor acabou por cair. O entendimento que acabou por ser assinado é vago e diz apenas que esse imposto é para ir aliviando nos próximos anos. A CIP não deixou de sublinhar que o acordo ficou aquém do que seria necessário, mas dado o risco de instabilidade política decidiu assinar.

Não baixar IRC será “oportunidade que se perde”, diz CCP

Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) tem posto o foco do Orçamento do Estado na tributação das empresas e já fez saber que não baixar o IRC será “uma oportunidade que se perde”.

“Quanto ao IRC, estamos totalmente de acordo com a posição do Governo: consideramos que é importante a baixa progressiva da taxa de IRC, mesmo que seja modelada para um período mais longo“, salientou João Vieira Lopes, este fim de semana.

Por outro lado, quanto às medidas de capitalização propostas pelo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, como alternativa à descida do IRC, nomeadamente o regresso do crédito fiscal extraordinário, o responsável considerou que “são positivas”, embora tenha considerado que tal deve surgir não como substituição da descida do IRC, mas numa lógica complementar.

AEP defende fim das tributações autónomas e redução do IRC

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende a redução, simplificação e previsibilidade fiscal, particularmente a diminuição do IRC para 15% pelo menos até 2027, “mantendo-se a discriminação positiva nos territórios do interior”, bem como a eliminação das derramas estaduais e o reforço dos incentivos fiscais para investimento em inovação, transição digital e ambiental. Propõe ainda um incentivo à capitalização de PME “permitindo-lhes transformar uma parte muito significativa dos seus resultados em aumentos de capital, propondo-se no mínimo 50% dos resultados e não os miseráveis 5% que estão em vigor”.

APREN insiste no fim da contribuição extraordinária sobre o setor energético

A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) defende a eliminação da contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), uma reivindicação reiterada, por entender que a taxa não faz sentido. Espera ainda ver no documento apoios fiscais à eletrificação direta e indireta dos consumos de energia a partir de fonte renovável e “autorizações orçamentais necessárias” para aumentar a capacidade das entidades gestoras afetas ao licenciamento de projetos renováveis, quer ambiental, quer municipal.

AHRESP quer taxa intermédia de IVA reduzida para 10%

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) propõe 25 medidas para o Orçamento do Estado, entre as quais a redução da taxa intermédia de IVA para os 10% e a reposição dos refrigerantes e bebidas alcoólicas nesta taxa do IVA, que atualmente são taxados a 23%. Defende também a redução da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas pelos rendimentos de trabalho dos seus trabalhadores, assim como a redução dos impostos sobre o rendimento (IRC e IRS).

ACP quer apoio direto de até 6.000 euros para abate de veículos em fim de vida

O Automóvel Club de Portugal (ACP) propôs ao Governo três medidas que considera urgentes, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, entre as quais um incentivo de 4.000 euros para quem abater a viatura em fim de vida e comprar um ligeiro de passageiros novo ou usado até quatro anos e de 6.000 euros no caso de comerciais ligeiros novos ou usados até quatro anos, de acordo com a Lusa. Caso apenas haja lugar ao abate da viatura em fim de vida num centro certificado, sem compra de veículos novos ou usados até quatro anos, o ACP propõe um incentivo direto de 1.000 euros.

Adicionalmente, propõe a atualização dos escalões fiscais dos veículos para empresas, cuja tributação autónoma está, desde 2011, dividida em três escalões: para viaturas até 25.000 euros, entre 25.000 e 35.000 euros e mais de 35.000. Quer também a integração do Fundo Ambiental no Orçamento do Estado com regras claras e calendário definido no início do ano, abrangendo um número maior de beneficiários.

Industriais das rações preocupados com fim da isenção do IVA

As rações para animais de criação estão isentas de IVA até ao final do ano, uma medida temporária implementada em maio de 2022 para fazer face ao aumento dos custos de produção impulsionados especialmente pela guerra na Ucrânia. A Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA) pressiona agora o Executivo a prolongar esta medida até ao final do próximo ano.

Setor da distribuição pede contenção nas medidas “supostamente bondosas”

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) apelou ao Governo “contenção e realismo” na adoção de medidas “supostamente bondosas”, que se traduzem em encargos e obrigações para as empresas, e defendeu que o Governo deve fazer uma reflexão progressiva sobre a tributação, permitindo que o rendimento disponível dos trabalhadores seja melhorado, segundo a Lusa.

A APED classificou ainda o IRS Jovem como uma medida politicamente controversa, que precisa de “muita modelação” e disse que as mudanças no IRC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas) parecem estar aquém das expectativas inicialmente criadas nas empresas.

ANJE defende redução do IRC para startups

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) propõe a redução do IRC para startups em fase inicial e a criação de incentivos fiscais para investidores em startups tecnológicas. Defende também a criação de incentivos fiscais para exportação, a dedução de custos de expansão internacional e a criação de fundos de capital de risco dedicados à internacionalização.

ANEBE quer congelamento do imposto sobre espirituosas

A ANEBE defende ser fundamental que o Governo reavalie a política fiscal e procure soluções que equilibrem a necessidade de arrecadação com a sustentabilidade do setor, optando por um congelamento da taxa sobre as bebidas espirituosas, de acordo com a Lusa.

“A estabilidade fiscal, ou a cláusula stand-still [que mantém], que muitos países da União Europeia têm em vigor, seria vantajosa para as empresas e para o Estado, pois permitir-lhe-ia aumentar o valor arrecadado em impostos”, advoga.

CPPME defende extinção gradual das tributações autónomas

A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) propõe o fim gradual das tributações autónomas e, em matéria de IRC, que seja aplicada uma taxa reduzida de 12,5% para a generalidade das micro e pequenas empresas, aumentando o limite de 50 mil para 100 mil euros para as sediadas no interior.

Quer também a aplicação do IVA intermédio às bebidas na restauração, assim como a reversão do IVA do gás natural, gás de petróleo liquefeito, gás propano e eletricidade para a taxa reduzida.

AGEFE quer IVA reduzido a 6% na compra de equipamentos energeticamente eficientes

A Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias da Informação e Comunicação (Agefe) defende a redução do IVA para 6% na compra pelo utilizador final de equipamentos energeticamente eficientes e equipamentos para infraestruturas de carregamento de veículos elétricos. Propõe também a expansão ou majoração das respetivas deduções em sede de IRS ou IRC, extensível às despesas e investimentos que contribuam para a transição digital das PME.

Notários querem reduzir IVA nos atos notariais

A Ordem dos Notários quer que o próximo Orçamento do Estado atribua aos cartórios a isenção de IVA nos processos de inventário, a redução do imposto noutros atos notariais e o fim da aplicação do regime de transparência fiscal. Em declarações à Lusa, o bastonário Jorge Batista da Silva estimou o impacto orçamental das propostas do organismo entre 10 e 20 milhões de euros (ME).

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Consumo privado explica metade do crescimento este ano. Veja os seis alertas de Centeno

Governador do Banco de Portugal alerta que é preciso sustentar o crescimento nas exportações e no investimento e não no consumo. E deixa seis avisos à navegação.

Pela primeira vez em cerca de uma década, este ano o contributo do consumo privado para o crescimento da economia portuguesa deverá ser superior ao das exportações ou do investimento. A previsão é do Banco de Portugal (BdP), naquela que é uma evolução que Mário Centeno considera pouco sustentável, embora para os próximos dois anos acredite numa inversão deste comportamento.

Em 2024, o contributo do consumo privado é metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Isto não acontecia há muitos anos em Portugal. Não é necessariamente o modelo de desenvolvimento mais sustentável na economia“, disse o responsável do Banco de Portugal, Mário Centeno, na terça-feira durante a apresentação do “Boletim Económico” de outubro, em Lisboa.

O Banco de Portugal prevê um crescimento da economia este ano de 1,6%, com um contributo do consumo privado de 0,8 pontos percentuais (pp.) e das exportações de 0,7 (pp.). No entanto, para o próximo ano, para o qual projeta um avanço do PIB de 2,1%, aponta para um contributo do consumo privado de 0,8 pp., das exportações de 0,7 pp. e do investimento de 0,5 pp..

Fonte: Boletim Económico de outubro, Banco de Portugal

“No horizonte de previsão vemos uma manutenção de crescimento do consumo privado, mas uma dinâmica superior nas exportações e no investimento. Retomaríamos neste cenário a uma trajetória de crescimento mais sustentável e mais próxima daquela que foi a dos últimos dez anos da economia portuguesa”, assinalou o governador do Banco de Portugal.

Nas suas previsões, divulgadas em setembro, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) tem, contudo, uma posição distinta. A instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral, que prevê uma taxa de crescimento do PIB de 1,8% este ano, aponta para um contributo do consumo privado de 0,7 pp., das exportações de 0,8 pp. e do investimento de 0,1 pp..

Centeno defende a necessidade de sustentar o crescimento nas exportações e no investimento e não no consumo, seja ele público ou privado.

Perante as projeções do Banco de Portugal, Mário Centeno defendeu a “necessidade de sustentar o crescimento nas exportações e no investimento e não no consumo, seja ele público ou privado”, ainda que sublinhe que “desempenhará sempre um papel central quando se mede do lado da despesa a atividade económica”.

O responsável do regulador bancário reconheceu, contudo, que “há boas razões que explicam o comportamento do consumo privado” este ano: “Apesar do aumento da poupança, este crescimento está sustentado num crescimento muito forte do rendimento disponível”, explicou. A influenciar esta evolução está, assim, o aumento do rendimento disponível real, sobre o qual espera um crescimento de 6,6% devido ao dinamismo do mercado de trabalho, do aumento das pensões e de outras transferências e do impacto da redução do IRS.

Centeno realçou ainda a importância do investimento nos próximos anos. “Se não tivermos uma recuperação do investimento dificilmente vamos conseguir sustentar níveis de atividade a crescer como estão na nossa previsão“, frisou.

Os avisos de Centeno à navegação

O governador do Banco de Portugal evitou comentar políticas concretas sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que será entregue na quinta-feira pelo Governo ao Parlamento. No entanto, deixou algumas mensagens que podem ficar de aviso para a ação política:

  • “O exercício de 2024 revela crescimento da despesa pública que não era observado desde 1992. Já passámos por anos suficientes de execuções orçamentais para perceber o que significa”;
  • Vamos ter de começar a pagar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A dívida do PRR vai permanecer até aos próximos 30 ou mais anos. Fazer face à divida do PRR passa hoje a estar em cima da mesa, em particular no próximo quadro comunitário que vai ser iniciado nos próximos meses”;
  • “A política expansionista deve ser usada com muita parcimónia“;
  • “O saldo da Segurança Social não pode ser usado para financiar a despesa permanente na Administração Central e Local. Se o fizermos vamos estar a prejudicar a sustentabilidade da Segurança Social e das poupanças para pagar pensões no futuro”;
  • “A nossa avaliação da situação orçamental desde julho não mudou significativamente. Os riscos que apontávamos nessa altura devem ser transladados para hoje“;
  • “As medidas devem seguir um propósito, devem estar avaliadas. Aquilo que nos deixa um pouco mais ansiosos é serem anunciadas medidas sem o respetivo custo, impacto”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Na véspera da entrega da proposta de Orçamento, a Função Pública negoceia aumentos salariais com o Governo, que volta a reunir-se. PRR em Portugal e crescimento na Alemanha são outros destaques.

A preparação da proposta de Orçamento do Estado para 2025 entra na reta final, na véspera da apresentação do documento na Assembleia da República. As federações sindicais da Administração Pública queriam ser recebidas para negociar a atualização geral dos salários do próximo ano e o Ministério das Finanças fez-lhes a vontade. O PRR em Portugal, o crescimento na Alemanha e os juros nos EUA deverão ser outros “pratos fortes” no noticiário económico desta quarta-feira.

Função Pública negoceia aumentos salariais com o Governo

O Ministério das Finanças convocou as três organizações que representam os funcionários públicos – Fesap, afeta à UGT; Frente Comum, afeta à CGTP; e Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) – para uma reunião na véspera da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2025, para que apresentem o seu caderno reivindicativo. As federações sindicais exigem incrementos remuneratórios de, pelo menos, 6%. O triplo do que está previsto no acordo plurianual para a valorização dos trabalhadores do Estado.

Conselho de Ministros aprova versão final do Orçamento

Dois dias depois de o Governo ter pré-aprovado o Orçamento do Estado para 2025, notando que “a proposta final aguarda apenas o desenrolar das negociações em curso com o Partido Socialista”, o Conselho de Ministros volta a juntar-se esta quarta-feira para aprovar a versão final do documento. Enquanto decorria a reunião da bancada parlamentar do PS para decidir o sentido de voto do maior partido da oposição, em entrevista à SIC, na terça-feira à noite, Montenegro referiu que a proposta está fechada e que isso já foi comunicado ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Castro Almeida dá explicações sobre execução e fiscalização do PRR

O ministro-adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, vai ser ouvido pelos deputados ao final da tarde, depois do plenário, no âmbito do acompanhamento da execução e fiscalização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa Portugal 2030. Esta terça-feira, os ministros das Finanças da União Europeia deram luz verde a uma alteração no PRR de Portugal. Em causa estava a necessidade de adequar os indicadores físicos usados para comprovar o cumprimento das metas e marcos da bazuca.

Deputados chamam ministros ao Parlamento sobre Efacec, TAP e Fertagus

O Parlamento vota esta terça-feira vários requerimentos para a audição de ministros e ex-ministros sobre diferentes dossiês políticos quentes em que estão ou estiveram envolvidos no passado recente. É o caso do pedido do CDS-PP à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública para chamar o ex-ministro das Finanças, João Leão, no âmbito do processo de nacionalização da Efacec. Na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação vai ser apreciado e votado o requerimento do Chega para ouvir os ministros Joaquim Miranda Sarmento e Miguel Pinto Luz, assim como o presidente executivo da Parpública, sobre a escolha do Citibank para assessoria financeira à privatização da TAP. O ministro das Infraestruturas é também chamado pelo PCP para falar sobre a prorrogação do contrato de concessão da Fertagus.

Da previsão de crescimento na Alemanha aos bastidores dos juros nos EUA

No plano macroeconómico, esta quarta-feira volta a ser um dia preenchido no que toca à divulgação de indicadores. Desde logo na Alemanha, com dados sobre as exportações e importações relativas ao mês de agosto e com o Governo a atualizar as previsões de crescimento para a maior economia europeia. Na Índia, é dia de decisões do banco central sobre a política monetária, enquanto nos EUA serão divulgadas as minutas da reunião do comité da Reserva Federal, realizada a 17 e 18 de setembro. Acabou com um corte das taxas de juro em 50 pontos base (pb), na primeira descida em mais de quatro anos, e com a Fed a sinalizar que deverá decidir mais uma descida semelhante até ao final do ano.

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Obras da Barragem do Pisão adjudicadas à espanhola FCC

O consórcio ibérico “Agrupamento FCC Construcción e Alberto Couto Alves” foi o vencedor do concurso público internacional, sendo que a obra será adjudicada pelo valor de 64,99 milhões.

As obras para a construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão foram adjudicadas ao consórcio ibérico liderado pela espanhola FCC por 64,99 milhões de euros.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo “deliberou a aprovação, por unanimidade (e aclamação), da adjudicação da obra para a construção da rede de infraestruturas primárias do Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato – Barragem do Pisão”, numa reunião extraordinária que decorreu esta terça-feira.

O consórcio ibérico “Agrupamento FCC Construcción e Alberto Couto Alves” foi o vencedor do concurso público internacional, sendo que a obra será adjudicada pelo valor de 64,99 milhões de euros.

Havia oito candidatos à construção da barragem, como avançou o Público em maio, mas nem todos passaram à fase de avaliação de candidaturas porque não apresentaram propostas dentro do limite do preço-base do concurso (71,7 milhões de euros).

As infraestruturas primárias são compostas, essencialmente, pela barragem que terá uma altura máxima de 54 metros e uma albufeira de 726 hectares de área inundada, com um volume de armazenamento total de 116,2 hm3. O projeto contempla, além da barragem e da central fotovoltaica, uma central mini-hídrica e canais para regadio agrícola e sistema de abastecimento público de água.

A Barragem do Pisão é o investimento mais avultado inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com uma dotação de mais de 141 milhões de euros e mais dez milhões previstos no Orçamento de Estado. Estes 141 milhões representam uma revisão em alta decorrente da reprogramação do PRR. O projeto inclui ainda a construção de uma central fotovoltaica flutuante, de 150 megawatts, cujo investimento, no valor de cerca de 51 milhões de euros, não está inscrito no PRR.

“Neste momento, todas as componentes deste projeto estão em conformidade ambiental”, ainda que com algumas condicionantes, naturais de um projeto com esta dimensão, e que estão “devidamente calendarizadas e identificadas”, revelou o presidente do Município do Crato, Joaquim Diogo, numa publicação nas redes sociais da CIMAA.

Sendo este um projeto do PRR já poderá vir a beneficiar das alterações aprovadas na Assembleia da República que criam um regime de fiscalização preventiva especial do Tribunal de Contas; permitem que, em caso de impugnação de atos de adjudicação que se destinem à execução do PRR, a Administração Pública possa solicitar ao Tribunal o levantamento provisório do efeito suspensivo automático, e ainda permitem o recurso à arbitragem ou de tentativa de conciliação extrajudicial, quando a delonga dos litígios judiciais possa colocar em risco o cumprimento dos prazos contratuais ou a perda de fundos.

Assim as obras até poderão arrancar ainda este ano, como admitiu o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, no ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO. De acordo com o cronograma submetido pela CIMAA à Comissão Europeia, as obras de construção deverão estar terminadas no final de 2026.

A construção da Barragem do Pisão vai garantir o abastecimento público de água, o estabelecimento de novas áreas de regadio e a produção de energia a partir de fontes renováveis. Mas será necessária a deslocalização da Aldeia do Pisão, que ficará submersa, para uma nova aldeia, em Monte da Velha. “A apresentação do Masterplan da Nova Aldeia” está “prevista para o início de 2025”, segundo a CIMAA.

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O 1º Local Summit: o evento que vai discutir o poder local

  • Local Online
  • 9 Outubro 2024

O primeiro Local Summit acontece no dia 19 de novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde será debatido o futuro das cidades e das freguesias portuguesas.

Sabe quais são as temáticas mais relevantes da sua cidade? Conhece a visão dos seus autarcas para o seu concelho? O primeiro Local Summit do ECO irá ter um dia inteiro de discussão sobre os desafios e oportunidades relativas ao futuro das cidades portuguesas.

Numa altura de investimento nas cidades proporcionada pelo PRR, mas também pelo Portugal 2030, acreditamos que este tema é central na sociedade portuguesa e que merece ser abordado com frontalidade, transparência e pluralidade de opiniões.

Nesse sentido, farão parte desta discussão vários autarcas do país, empresários, universitários e especialistas nacionais sobre os temas em debate.

 

Ao longo do dia 19 de novembro irão estar em discussão temas como as smart cities do futuro, os desafios da mobilidade, a capacidade de reter e atrair talento nas cidades, bem como o papel do poder local na dinamização da atividade económica e empresarial e as diferentes dimensões económicas do turismo, sem esquecer a temática do Interior.

O programa será apresentado brevemente.

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Mútua Saúde já arrancou. Conheça gestores, estratégia e personalidades

A nova grande player nos seguros de saúde está ativa na procura de empresas clientes ou, melhor, cooperantes. Em três anos quer ter 550 mil beneficiários e receitas anuais de 252 milhões de euros.

A nova concorrente de Multicare, Médis, Advance Care já está no mercado como seguradora mutualista, uma cooperativa que vai aproveitar a já implantada rede da Future Healthcare que anuncia mais de 42.400 prestadores de saúde, de todas as especialidades médicas, e que incluem os grupos privados de saúde.

Rui Leão Martinho, lidera um projeto para conquistar 10% das 5.502.036 pessoas em Portugal que não estão cobertas por nenhum sistema ou seguro de saúde.

O objetivo da cooperativa MPS – Mútua Portuguesa de Saúde é ter as empresas como clientes. Parte do pressuposto que 5.502.036 pessoas em Portugal não estão cobertas por nenhum sistema ou seguro de saúde e querem 10% desse novo público. Não incluem nos seus cálculos de base o potencial de atração dos atuais 4 milhões de segurados de saúde, pelo menos no plano de negócios não preveem conquistar aos concorrentes clientes individuais ou empresas com seguros de grupo.

A equipa de gestão está aprovada pela ASF, entidade supervisora do setor, e o presidente do Conselho de administração é Rui Leão Martinho. Nelson Rianço, que antes estava na Future Healthcare, depois de estar Santander Seguros, será o CEO ou presidente da comissão executiva.

Ainda na comissão executiva, Alexandre Lopes ocupar-se á das finanças e e outras áreas no cargo de CFO, enquanto Francisco Reymão, ex-CUF e que esteve ligado ao primeiro seguro de saúde em Portugal, lançado pela seguradora Victoria há alguns anos, ocupa-se das operações como COO. Luís Portugal vai ser o atuário responsável, Filipe Carvalho, da Forvis Mazars, será o ROC, enquanto Victor Caldeira, Ex-Presidente do Tribunal de Contas e do Tribunal de Contas Europeu, terá como missão ser Provedor do Cliente.

Estratégia nasce de uma cooperativa e de um seguro de saúde social

A oferta é desafiadora. A MPS descreve o seu produto como um “seguro de Saúde Social sem limite de idade de adesão, sem exclusão de doenças pré-existentes, nem período de carência, sem limite de capital nas coberturas de hospitalização e ambulatório” e, acrescenta Rui Martinho, embora Temporário Anual Renovável “poderá ser para toda vida”, se o mutualista conservar a subscrição mesmo reformado.

A inspiração veio da espanhola Nueva Mutua Sanitaria, fundada por advogados há 65 anos mas entretanto alargada a outros grupos, ou a francesa Mgen, fundada por professores antes de se difundir a todos os públicos.

O modelo de negócio explica-se começando por as empresas clientes adquirirem, por 60 euros, 1 título de capital da Associação Mutualista por cada empregado que subscreve o seguro MPS. De seguida, a Associação Mutualista adquire, também por 60 euros, 1 título de capital da MPS por cada trabalhador que subscreve ao Seguro de Saúde da MPS.

Após esse custo de entrada, começa uma contribuição das empresas ou colaboradores de 3,5% sobre o rendimento base mensal por 14 meses de cada trabalhador que pretender aderir à MPS. Esta será a principal fonte de receita da mútua a par com as contribuições mensais dos beneficiários no valor de 2 euros.

Os custos da MPS serão as comissões pagas à rede de distribuição, os pagamentos aos prestadores de serviços externos e os custos com o pessoal da própria mútua. A haver lucros estes serão distribuídos aos detentores de títulos de capital, “sujeito ao cumprimento dos requisitos de solvência e garantindo sempre a sustentabilidade no curto, médio e longo prazo”, sublinha fonte da MPS.

Para além da Associação Mutualista, a MPS vai contar no seu capital com a Associação de Cooperadores Fundadores “que se comprometem a contribuir ativamente com vista à promoção da atividade da mútua”, um Cooperador Lead Investor que é a gestora de ativos 3xP Global, um grupo de Cooperadores Estratégicos, que já investiram 4,4 milhões de euros na constituição da cooperativa, composto pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), pela Apifarma, pela Corporation Financiera Azuaga, pelo Grupo Germano de Sousa, pela MONAF e pela Future Healthcare, prevendo-se ainda um grupo para outros cooperantes.

Personalidades da Saúde e setor social juntam-se ao projeto

Para a MPS, o espírito cooperativo atraiu nomes sonantes do empresariado português com os mais diversos contributos. Entre os fundadores estão António Saraiva, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Armindo Monteiro, Presidente da CIP, Fernando Morales, Presidente da Corporación Financiera Azuaga e fundador da Azuaga Seguros, e Miguel Silvestre, Presidente da MONAF e Presidente da PLURAL Cooperativa Farmacêutica.

O conselho de administração, presidido por Rui Martinho, com vasta carreira nos bancos e nos seguros para além de ter sido bastonário da Ordem dos Economistas, conta com os membros da comissão executiva, mas ainda com um elenco de quadros eloquente.

Assim, são administradores não executivos Eurico Castro Alves, Presidente da Convenção Nacional de Saúde, João Almeida Lopes, Presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e Vice-Presidente da Direção da Confederação Empresarial de Portugal, José Germano de Sousa, Ex-Bastonário da Ordem dos Médicos e Administrador do Grupo Germano de Sousa, Duarte Costa, CEO e Miguel Lemos Business Development Executive, ambos da 3xP Global, José Pina, CEO do Grupo Future Healthcare e Luís Malcato, vogal indicado pela Corporation Financiera Azuaga.

No Conselho Fiscal estão, já confirmados pela ASF, Eduardo Alves da Silva e Paula Figueiredo enquanto o advogado José Manuel Mesquita, será Presidente da Assembleia Geral, que conta ainda com Jaime Esteves e Ricardo Valles como vogais.

Finalmente, existe um Conselho Superior e de Estratégia, orgão de apoio à administração. Terá como presidente João Proença, que foi Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE e secretário geral da UGT e, como Vice Presidente, estará João de Lara Everard, presidente da Assembleia Geral da Apifarma e CEO da Korangi. Os restantes membros são Óscar Gaspar, Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Ema Paulino, Presidente da Associação Nacional das Farmácias, João Silveira, Ex-Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Manuel de Lemos, Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Miguel Ginestal, Diretor Geral da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Patrícia Costa e Ana Rodrigues.

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Fidelidade lança centro para estudo das alterações climáticas

O centro vai abordar os riscos específicos das alterações climáticas em Portugal e as suas principais áreas de atuação incluem incêndios, vulnerabilidades das habitações e inundações.

A Fidelidade lançou esta segunda-feira um centro de investigação dedicado às alterações climáticas – denominado Impact Center for Climate Change (ICCC)que promete divulgar o conhecimento científico produzido com a sociedade e agentes políticos.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, na sessão de abertura do evento de apresentação o ICCC, no Pavilhão do Conhecimento, salientou que a seguradora está a lançar “um fundo florestal para gerar créditos de captura de carbono”.

“A nossa missão é criar uma plataforma de partilha ideal sobre o conhecimento [com base científica] relacionado com alterações climáticas”, assinalou Rui Esteves, diretor de Estatística e Estudos Técnicos Não Vida da Fidelidade, no evento de lançamento do centro que teve lugar no Pavilhão do Conhecimento esta segunda-feira.

Segundo Rui Esteves, o plano de ação do centro alinha-se com as matrizes de gestão de riscos: debruça-se sobre a perigosidade, exposição e vulnerabilidade aos riscos climáticos, assim sobre sobre a capacidade de resposta e sensibilização e a capacidade de recuperação.

Com o centro pretende-se gerar valor com “conhecimento técnico”, ou seja, “a capacidade de reintegrar o conhecimento acrescido para a gestão da atividade seguradora”; “sensibilização” no âmbito de divulgar o conhecimento e auxiliar as empresas suas clientes a fixar metas de neutralidade carbónica. Assim como utilizar os conhecimentos adquiridos para ajudar a desenvolver regulamentação para que as vulnerabilidades sejam limitadas, explicou diretor de Estatística e Estudos Técnicos Não Vida da Fidelidade.

O centro vai abordar os riscos específicos das alterações climáticas em Portugal e as suas principais áreas de atuação incluem incêndios, vulnerabilidades das habitações e inundações.

Foram vários os motivos que levaram ao surgimento deste projeto, desde a vulnerabilidade das famílias e empresas aos riscos climáticos até à exposição da Fidelidade aos riscos das alterações climáticos internacional, uma vez que opera em 14 países, estando exposta aos “tufões da Ásia até aos efeitos do El Niño na América do sul, passando pelas inundações em Moçambique”, assinalou Rui Esteves.

No mesmo evento, o CEO da Fidelidade, Rogério Campos Henriques, aproveitou para salientar que a seguradora está a lançar “um fundo florestal para gerar créditos de captura de carbono, investindo em soluções baseadas na natureza, para compensar as emissões residuais que venhamos a ter”.

ICCC junta jornalistas, empresários e entidades públicas. Porquê?

O ICCC conta com patrocínio dos órgãos de gestão da Fidelidade (conselho de administração e comissão executiva), com as competências das equipas internas da companhia e também com a parceria com atores públicos e privados como universidades, centros de investigação, entidades públicas, resseguradores e consórcios internacionais.

Rui Esteves, diretor de Estatística e Estudos Técnicos Não Vida da Fidelidade e co-coodenador do ICCC, foi o keynote speaker do evento e debruçou-se sobre o papel dos seguros num clima de mudança.

Juntamente com os agentes mencionados, o centro conta com Tomé Pedroso, assessor da comissão executiva da Fidelidade e, com Rui Esteves, ambos co-coordenadores do ICCC, responsáveis de propor estratégias e orçamentos para coordenar o centro, e com um Conselho Consultivo encarregado de assegurar a orientação estratégica e a qualidade do conhecimento produzido.

O Conselho Consultivo conta com a perícia de Andrew Revkin, jornalista com cerca de quarenta anos de carreira dedicado ao reporte do clima e desafios da sustentabilidade; Butch Bacani, diretor da área seguradora do Programa Ambiental das Ações Unidas e liderou a criação do Fórum para a Transição de Seguros para Net Zero; Júlia Seixas, professora na Universidade Nova de Lisboa, que exerce funções de pró-reitora para a área de sustentabilidade desde 2021; Nuno Oliveira ecologista e sócio-gerente e CEO da NBI – Natural Business Inteligence; Luísa Schimidt, socióloga e investigadora coordenadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa que dedica a sua carreira à área do ambiente e alterações climáticas; e Pedro Matos Soares professor auxiliar do departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador principal do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que tem investigado sobre modelação climática, alterações climáticas e energia e sustentabilidade.

A seguradora vê no centro um meio para reforçar o seu compromisso em enfrentar os desafios emergentes das alterações climáticas. Compromisso que já lhe valeu classificação de segunda melhor seguradora da Europa e a quarta melhor do mundo em termos de sustentabilidade (em 304 avaliadas), no mais recente estudo sobre a temática da consultora Morningstar Sustainalytics. É também a única seguradora portuguesa a integrar o Fórum para a Transição de Seguros para Net Zero, convocada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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SABSEG entregou prémio literário à obra “Firmamento” de Rui Lage

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2024

O prémio promovido pela corretora e pela FENPROF distingue autores que também são professores.

A corretora de seguros Sabseg entregou, juntamente com a Federação Nacional dos Professores (FENPROF), o Prémio de Poesia António Gedeão 2024 ao escritor Rui Lage pela sua obra “Firmamento”, anunciaram em comunicado.

De acordo com o júri, a obra associa matérias “de índole científica” com “formas que constituem uma leitura singular do mundo e do humano”, surgindo de “maneira inovadora na tradição literária”.

O júri foi constituído por Paulo Sucena, membro do Conselho Nacional da Educação e ex-secretário-geral da FENPROF, José Manuel Mendes e Paula Mendes Coelho que escolheram esta obra como vencedora por unanimidade.

Rui Lage, que foi investigador académico e docente na ACE – Escola de Artes e professor de História Cultural do Teatro na Universidade Lusófona junta-se à lista de vencedores deste prémio onde já constam nomes como A.M. Pires Cabral, vencedor de 2022 com a obra “caderneta de lembranças”, António Carlos Cortez, em 2020, com a obra “Jaguar”, Daniel Jonas, em 2018 com a obra “Oblívio”, Nuno Júdice, em 2016 com “A Convergência dos Ventos”, Manuel Gusmão, em 2014 com “Pequeno Tratado das Figuras”, e Ana Luísa Amaral, em 2012, com “Vozes”.

Nota que o Prémio de Poesia António Gedeão alterna, anualmente, com o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues, que foi ganho, por Ana Cristina Silva, em 2013, por Lídia Jorge, em 2015 e novamente em 2023, por Isabela Figueiredo, em 2017, Luísa Costa Gomes, em 2019, e João de Melo, em 2021.

Os dois prémios distinguem a obra literária de escritores que também são professores, com o objetivo de valorizar o seu trabalho “além do que é a sua exigente atividade na escola”, avançou a agência Lusa.

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F. Rego premeia com Mercedes-Benz vencedor de desafio de Golfe

  • ECO Seguros
  • 8 Outubro 2024

Há mais prémios a ser atribuídos com o apoio da Generali Tranquilidade, Ageas Seguros, INAIN, Sublime Lisboa, Segafredo, Niepoort, COSMOS Travel & Events, Rialto, Elements 75'80 e Sport TV.

O vencedor do desafio ‘hole-in-one’ no âmbito do evento F. Rego Golf Cup vai receber um Mercedes-Benz, prémio que conta com o apoio da MCoutinho e é segurado e gerido pela corretora F. Rego. O tipo de jogada em causa consiste em acertar com a bola num buraco com apenas uma tacada. Segundo comunicado pela corretora, esta terceira edição do evento terá lugar no Vidago Golf Course no próximo sábado e envolve mais de 100 participantes ligados ao setor segurador e empresarial.

Participantes da 2.ª edição da F. Golf Cup.

Há ainda um alargado leque de prémios em disputa para os jogadores do ‘campeonato’, com o apoio de marcas como a Generali Tranquilidade, Ageas Seguros, INAIN, Sublime Lisboa, Segafredo, Niepoort, COSMOS Travel & Events, Rialto, Elements 75’80 e Sport TV.

“Pela envolvência criada, pelas marcas que estão associadas e a expectativa dos jogadores, temos todos os ingredientes para a melhor edição de sempre”, assinalou Sara Rego, administradora do grupo Rego.

Segundo a administradora, o evento tem captado maior audiência. “Esta é a 3ª edição consecutiva e notamos, a cada ano, uma adesão crescente e mais significativa, evidenciando a relevância deste tipo de encontros para estabelecermos sinergias entre clientes, parceiros e colaboradores.”, refere.

O envolvimento da corretora com o desporto vai além do golfe ao promover diretamente oito modalidades. Estas iniciativas alinham-se com os objetivos da empresa de “incentivar a adoção destes hábitos [de prática desportiva]”. Cumprem essa “responsabilidade corporativa” ao apoiar clubes e associações, assim como através da F. Rego Padel Cup.

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